*Lauren*
Eu sentia cada rajada do vento furioso enquanto ele castigava o bangalô, enviando folhas em uma dança selvagem pelo ar. Ao meu lado, Shelby me passou outra tábua de madeira e suas mãos tremiam com a preocupação.
"Me passa os pregos," eu disse, tentando soar mais calma do que me sentia. Shelby fez sem perder o ritmo. "Contanto que a gente cubra todo o vidro, devemos estar seguros. Espero que estejamos nos preparando demais."
Eu martelava ferozmente, a tábua tremendo sob cada golpe. Com cada pancada e rangido, o bangalô lentamente se transformava em uma fortaleza, e minha ansiedade aliviava um pouco.
"Quase lá," Shelby murmurou, mais para si mesma que para mim, sua voz mal audível por cima do assalto implacável do vento.
Eu olhei para o perfil dela, gravado com concentração e algo mais—uma preocupação persistente que parecia espelhar a minha. Era claro que nenhuma de nós poderia ignorar a severidade da tempestade que se aproximava.