Depois de agradecer a Lauren mais uma vez e dar-lhe um breve abraço, saí rapidamente da mansão. O sol logo se poria, e eu queria passear um pouco pela cidade para tirar algumas fotos do que precisava fazer em seguida. Embora eu não tivesse absolutamente certeza do que Dina estava fazendo, tinha um bom palpite.
O centro da cidade parecia ainda mais movimentado naquela noite do que eu me lembrava da última vez que estive lá. Parecia que alguns shoppings a mais haviam surgido e alguns novos arranha-céus que estavam em construção na última vez que estive lá também haviam sido inaugurados. Como de costume, a multidão era uma boa mistura de pessoas, desde casais, universitários e estudantes do ensino médio até adultos que trabalhavam regularmente. Eu costumava vir aqui com minha irmã o tempo todo para sair após a escola ou sempre que tínhamos permissão ou tempo.
Depois de encontrar um bom lugar em frente a um dos shoppings que minha irmã e eu gostávamos de frequentar, tirei meu celular e tirei algumas selfies. Por pouco não esbarrei em um homem que passava enquanto eu estava focada em postar minhas selfies na minha conta de mídia social.
"Estou aqui agora. É melhor você vir me encontrar..."
Foi isso que pensei na minha cabeça quando apertei o botão para postar minhas fotos. Dina deve ter sabido que, como todas aquelas vezes em que desapareceu, ela me devia algo ou pelo menos uma explicação. Se eu não pudesse encontrá-la, o melhor que eu poderia fazer era dizer a ela que agora estava de volta ao país para que ela entrasse em contato comigo e me encontrasse.
É melhor ela me encontrar...
...
"Gostaria de fazer o check-in, por favor..." disse eu à recepcionista no saguão do hotel.
"Por favor, espere um momento", ela respondeu com um sorriso educado.
Enquanto esperava que ela organizasse a documentação e o depósito de segurança do quarto, tirei meu telefone e fiz um pequeno vídeo de mim mesma, garantindo mostrar uma boa vista do saguão do hotel antes de postá-lo nas mídias sociais. Se Dina estiver observando, ela saberá exatamente onde me encontrar.
"Este é o cartão-chave do seu quarto. O nome de usuário e a senha do Wi-Fi podem ser encontrados aqui..." a recepcionista me informou profissionalmente.
O resto de suas instruções se perdeu ao fundo enquanto eu focava meus olhos no meu telefone. Normalmente, Dina me ligaria, mas como ela não fez isso, ela deve estar com medo de alguém grampear seu telefone ou rastreá-la com base no sinal do telefone. Dei de ombros, pensando que ela poderia facilmente me ligar de outro número se quisesse.
É isso? A busca por ela se tornou tão ruim?
Dina deveria ser muito boa e experiente nesses tipos de coisas e eu não deveria ter que me preocupar em seu lugar.
"Umm... obrigada", agradeci à jovem educadamente antes de seguir para o meu quarto de hotel.
O quarto do hotel era padrão e modesto, mas eu gostava do seu toque moderno, além das avaliações online dizerem que este hotel era limpo e tinha uma equipe boa e amigável. Depois de tomar um banho quente rápido e lavar meu cabelo, saí do banheiro com um roupão branco enrolado ao corpo e com meu cabelo ainda pingando. Foi bastante decepcionante que meu telefone não tivesse tocado nem uma vez, mesmo tendo desativado o modo silencioso.
Quando é que Dina vai me ligar?
Joguei-me na cama antes de estender a mão para pegar o secador de cabelo. Foi então que meu telefone começou a tocar e vibrar na mesma mesa, bem ao lado do secador de cabelo. Minha mão estendida de repente mudou de destino enquanto eu pegava apressadamente meu telefone. Como eu havia previsto, havia um número estrangeiro não reconhecido exibido na tela do meu telefone.
"Dina..." eu disse em voz baixa quando a linha conectou.
"Bem... alguém certamente parece furioso..." a doce e familiar voz provocadora de Dina respondeu pelo telefone antes de ela soltar uma risada.
Meus olhos se estreitaram diante de sua atitude aparentemente despreocupada. Eu sabia que não deveria me sentir surpresa, mas isso não me impedia de ficar irritada com o quanto ela parecia feliz enquanto eu sofria novamente limpando a bagunça que ela havia causado.
"Onde você está agora?" eu perguntei.
"Isso importa? Bem-vinda de volta à cidade", minha irmã respondeu.
"Para onde você correu desta vez? Onde você está e com quem você está? Na verdade, não importa mais, apenas volte para casa", eu lhe disse apressadamente.
"Sinto muito, Leya, mas realmente não posso voltar desta vez", ela disse, soando verdadeiramente arrependida.
"Por quê? Escute, o que você está passando é apenas outra ilusão. Isso vai passar e você voltará para casa como todas as vezes anteriores", eu disse antes de soltar um suspiro.
"Não. Desta vez é diferente. Você provavelmente não entende, mas ele é realmente meu verdadeiro amor", Dina argumentou teimosamente.
Eu não tinha ideia de quantas vezes Dina havia falado sobre 'verdadeiro amor' para mim ao longo dos anos.
"Deixe-me entender isso e você pode me dizer se minha especulação está correta. Você conheceu um homem bonito que veio trabalhar na mansão como motorista. De alguma forma, você acabou dormindo com ele e agora vocês fugiram juntos. Estou certa?" eu perguntei, embora já soubesse a resposta muito bem.
"Quase isso, exceto que você perdeu o fato de que eu me apaixonei por ele à primeira vista..." ela respondeu casualmente.
"Mana, quantas vezes você se apaixonou à primeira vista?" eu perguntei antes de prensar meus lábios em uma linha fina e apertada.
"Umm... algumas vezes?" ela respondeu com voz aguda.
"Um pouco mais de dez vezes..." eu a corrigi lentamente e claramente.
"Hmm? Tantas vezes? Tem certeza?" ela perguntou antes de rir novamente.
--Continua...