"Isso foi acidental," Layla apontou, mantendo sua voz firme, mas seu pulso acelerado.
"Eu não acho," Lucius respondeu, seu sorriso se alargando enquanto ele se aproximava. "Você quer me possuir, não é? Não seja tímida. Eu sou todo seu. Já que você está tentando ser uma boa esposa, por que não começar me dando um pouco de prazer?" Seus dedos levemente colocaram uma mecha de cabelo dela atrás da orelha, seu toque demorando.
"Ser uma boa esposa não significa que estou obrigada a focar apenas nisso," Layla retrucou, tentando manter sua compostura. Ela não queria provocá-lo, especialmente depois de ver a arma que ele carregava casualmente. Ela precisava da ajuda dele para suas próprias ambições, e antagonizá-lo agora poderia arruinar tudo.
Lucius levantou uma sobrancelha, seu olhar aguçado. "Você está falando sério, Layla? Você percebe o que está fazendo comigo agora?" Sua mão deslizou pela coxa dela, apertando firme o suficiente para fazê-la soltar um suspiro suave. Ele começou a traçar círculos lentos e deliberados em sua pele, seus olhos nunca deixando os dela.
Layla engoliu, lutando para permanecer calma. "Que tal começarmos nos conhecendo melhor?" ela sugeriu, tentando desviar sua atenção. Se ela pudesse apenas mudar a conversa, talvez pudesse criar alguma distância. "Eu só conheço seu nome e um pouco sobre seu trabalho. Mal sabemos algo pessoal um sobre o outro."
Lucius sorriu, claramente divertido com sua tentativa de adiar. Ele já sabia mais sobre ela do que ela provavelmente percebia. Mas ouvi-la falar era muito mais prazeroso.
"Certo," ele concordou, recostando-se um pouco.
"Maravilhoso!" Layla juntou as mãos, cautelosamente otimista. "Você não deveria me soltar então?" ela perguntou, esperando que ele entendesse a indireta.
Seu sorriso malicioso se aprofundou. "Acho que essa posição é perfeita para nos conhecermos."
'Ele é mais difícil de lidar do que pensei,' Layla refletiu, mas pelo menos ele estava cooperando por agora. Ela precisava jogar suas cartas corretamente. "Tudo bem então," ela continuou, mantendo seu tom leve. "Me diga, por que você não casou antes? Houve alguém que você amou? Já teve uma paixão por alguém?"
"Não esperava que você fosse direto a essas perguntas," Lucius comentou, com um toque de diversão em sua voz. "Eu nunca encontrei alguém que pudesse me lidar adequadamente. Não, nunca estive apaixonado. Embora, eu tenha tido uma paixão uma vez—quatro anos atrás."
"Quem?" Layla perguntou, sua curiosidade aguçada. "Por que você não se aproximou dela? Você não sabe que o amor surge quando duas pessoas se conectam? Aquela mulher poderia ser sua esposa agora," ela sugeriu, um brilho brincalhão em seus olhos.
Lucius riu, claramente entretido por sua provocação. "Você provavelmente está certa. Mas eu não pensei muito nisso na época. Além disso, agora eu tenho você—alguém ansiosa para ser minha esposa leal e devota," ele respondeu, seu sorriso nunca deixando seu rosto.
"Sim!" Layla sorriu, tentando jogar junto com seu jogo. Mas seus pensamentos rapidamente mudaram, e ela decidiu testar as águas. "Seu pai parece não aprovar o que você faz. Você se envolve em atividades ilegais? Eu preferiria saber com antecedência para poder evitar me envolver."
Os olhos de Lucius escureceram levemente enquanto seu sorriso se transformava em algo mais perigoso. "Isso é decepcionante, esposa. Você jurou me apoiar em todas as situações. Já está procurando uma saída?"
"Não," Layla rapidamente esclareceu, mantendo seu tom neutro. "Estou dizendo que não gosto de me envolver em coisas que vão contra minha ética."
Lucius levantou uma sobrancelha. "Palavras ousadas para alguém que está na minha frente. No entanto, na frente de sua família, você nunca falou com tanta dignidade e certeza moral."
Sua expressão mudou, seus olhos traindo um lampejo de dor. Lucius tocou um ponto sensível. Ele continuou, sua voz assumindo uma borda mais afiada. "Você suportou abuso e tormento por anos, nunca encontrando a força para pará-lo. Você não acha meus métodos mais eficazes?"
"Eu não poderia viver comigo mesma se eu matasse alguém," Layla retrucou, sua voz firme, embora seu coração palpitasse com o pensamento de seu poder.
Lucius se inclinou para mais perto, seus olhos agudos como os que lhe perfuravam. "Quem disse que eu matei alguém? Você viu isso com seus próprios olhos? Ou está apenas alimentando rumores?" Sua voz era baixa, quase um sussurro, mas tinha um desafio inconfundível.
"Ah... eu... eu..." Layla gaguejou, suas palavras falhando enquanto ela lutava para encontrar uma resposta. Nada concreto lhe veio à mente.
Lucius riu suavemente, afastando uma mecha solta de cabelo do rosto dela. "Relaxe," ele disse, seu tom se suavizando um pouco. "Eu não me envolvo em nada ilegal. Fique tranquila, seu marido vai mantê-la segura de qualquer perigo." Seu sorriso retornou, mais sinistro desta vez. "Embora, você deveria saber— eu sou o perigo que as pessoas devem evitar."
Ele se inclinou mais perto, inalando o leve aroma de sua fragrância natural, demorando-se o suficiente para fazer seu coração acelerar. "Teremos uma festa de recepção em breve," ele continuou, sua voz agora mais suave. "Depois disso, iremos para nossa lua de mel. Você pode escolher o lugar. Mas primeiro..." Ele se endireitou, sua expressão se tornando séria. "Preciso terminar alguns dos meus trabalhos."
"Claro, termine todo o seu trabalho. Isso é mais importante," Layla respondeu, forçando um sorriso enquanto concordava. Em sua mente, no entanto, ela já estava planejando maneiras de evitar a lua de mel.
Lucius pareceu satisfeito com sua resposta. "Vamos jantar fora esta noite,"ele sugeriu casualmente.
"Ok," Layla concordou. "Agora, você pode me soltar," ela acrescentou, esperando por um espaço.
"Beije-me, e eu irei," Lucius exigiu, seus olhos brilhando de diversão.
Sem muita escolha, Layla se inclinou e pressionou brevemente os lábios contra os dele antes de se afastar.
Lucius levantou uma sobrancelha, claramente não impressionado. "Faça direito," ele insistiu, seu tom brincalhão, mas firme. "Eu já te ensinei o suficiente agora."
Engolindo sua frustração, Layla sabia que lidar com Lucius exigiria mais paciência do que ela havia imaginado. Ela se inclinou novamente, desta vez beijando-o com mais intenção, mordiscando suavemente seus lábios. Lucius respondeu com igual fervor, aprofundando o beijo, sua mão deslizando atrás de sua cabeça para segurá-la no lugar quando ela tentou se afastar.
Ele não a soltou até estar satisfeito, deixando-os ambos ofegantes quando finalmente se separaram.
"Te vejo esta noite," Lucius disse, um sorriso puxando o canto de seus lábios. Ele gentilmente a empurrou de volta para a cama e, com uma última olhada, saiu do quarto, deixando Layla atordoada—tanto seu coração quanto sua mente acelerados com um sentimento desconhecido.