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Chapter 3 - Lupir, o pet

A condição em que se encontrava era delicada, Lupir deveria planejar bem seu retorno, principalmente o caminho que seria o mais difícil, uma vez que se juntasse ao seu clã buscaria retribuir com juros tudo o que ele passou, como um lobisomem quão melhor sua condição mais forte é o nível que sua transformação alcança.

quando sozinho enfrentou os seus seis perseguidores sozinho apesar de muito ferido ele conseguiu matar três deles e fugir, pelas condições a qual ele foi posto a prova seu desempenho Havia sido excelente, lamentavelmente suas transformação gloriosa em um grande lobisomem bípede de três metros de altura havia sido reduzida a isto.

No entanto, Lupir sabia que sua força ainda estava lá, escondida dentro dele. Ele podia sentir sua energia latente, pronta para ser liberada novamente. E quando isso acontecesse, seus inimigos saberiam que Lupir não era um lobo a ser subestimado.

Ele precisava apenas se recuperar, se fortalecer. E então, ele iria buscar sua vingança, iria mostrar-lhes o terror de sua fúria.

Enquanto comia, lupir escutou passos que se aproximavam cada vez mais, ao virar seu rosto viu apenas um velho que mantinha um passo lento e constante em sua direção.

Ele vestia uma camisa branca simples e calças jeans desgastados, com um par de sapatos confortáveis que pareciam ter sido usados por anos. Seu rosto estava enrugado pelo tempo, com linhas profundas.

O rosto do velho, era um mapa de linhas profundas, apesar disso sua feição era suave e tranquila.

O nariz era reto e simples, sem qualquer característica notável. A boca era pequena, com lábios finos e pálidos que se curvavam ligeiramente para cima, dando-lhe um ar de sábio bondoso.

A barba grisalha estava bem aparada, destacando as linhas do rosto e dando-lhe um ar de autoridade. O cabelo grisalho estava cortado rente, revelando as orelhas pequenas.

Seus olhos azuis cristalinos embora cansados, ainda brilhavam com uma luz suave, aqueles olhos profundos o observaram com curiosidade, o que deixou Lupir cauteloso.

Ele não carregava nada nas mãos, apenas um lenço branco no bolso da camisa. Não havia nada de especial ou notável nele, apenas um homem comum que parecia ter passado a vida trabalhando duro.

Quando o velho se aproximou de Lupir, ele parou e olhou para o cachorro ferido com uma expressão de desdém, quase piedade. Seus olhos observaram Lupir com uma mistura de surpresa e desaprovação, como se estivesse vendo um animal que havia se deixado chegar àquela situação.

O velho balançou a cabeça lentamente, seu rosto mostrando uma expressão de "coitado". Ele parecia estar pensando: "Como você chegou a isso? Você era um lobo orgulhoso e agora está aqui, ferido e indefeso".

— Você está em mau estado, meu amigo — disse o ancião sua voz suave, mas com um tom de crítica.

Lupir sentiu uma onda de vergonha ao olhar para aquele idoso, ele sabia estar em uma situação difícil, mas não precisava que alguém o lembrasse disso.

E além do mais aquele velho é louco, porque estava falando com um cachorro?

Uma rápida ideia se passou pela cabeça de Lupir, o velho sabia, desde o início quem ele era

Quando estava prestes a lhe responder o velho interrompeu

— Tudo bem, se não quer conversar, apenas fingirei que nunca o vi

Aquele ancião seguiu seu caminho, deixando o pobre lupir atordoado encarando suas costas até que desapareceu de sua visão.

O que há com essas pessoas? Há sábios por todos os lados que podem ver meu passado com apenas um olhar.

Minutos depois o velho que há pouco havia cruzado o caminho com lupir, estava parado encarando um saco de lixo num canto da rua.

— e então, porque não me responde? — gritou o velho

O que acabou por chamar a atenção de alguns transeuntes

— Pobre Sr. Lin., parece que sua doença esta pior a cada dia — alguém comentou

O velho continuou;

— Todos vão me dar um gelo hoje, tudo bem, posso ser um velho solitário, mas não suficiente para andar com tão má companhia — disse o Sr. Lin. Com raiva logo chutando o saco de lixo que tombou de lado.

Alguns segundos depois Sr. Lin. Apanha um tijolo jogado num canto de um pequeno muro em construção

— Rapaz, você não gostaria de me fazer companhia? — perguntou o velho

O silêncio deixou irritado o idoso

— Mais um mal-educado! — irado novamente Senhor Lin. Agarrou o tijolo e atirou por cima do muro e seguiu seu caminho resmungando.

Um som abafado se dispersou no ar, um corpo tombou desfalecido com um fio de sangue em sua cabeça, se lupir estivesse Presente reconheceria que aquele homem caído com um tijolo ao seu lado era um dos seus perseguidores, que havia se separado dos outros dois para cobrir mais terreno em seu encalço.

No prédio Phoenix levantei da cadeira, esticando os braços e alongando as costas após ter Ficado praticamente o dia todo sentado cuidando da papelada, foi gratificante ver que a maior parte do que estava reservado para semana toda já estava feito, me senti feliz apesar de fadigado como recompensa poderia maneirar o resto da semana com o que restou.

Olhei para a tela do meu celular na parede e vi que já eram dezessete horas, deu o tempo de ir embora.

Me despedi dos meus colegas e da minha chefe e segui para a minha jornada de volta a casa.

O sol já havia começado a se pôr, lançando um brilho dourado sobre a cidade, enquanto eu embarcava no ônibus que me levaria de volta para casa. O veículo estava quase vazio, com apenas alguns passageiros espalhados pelos assentos.

Encontrei um lugar confortável perto da janela e me sentei, O motor do ônibus roncou e começamos a nos mover, saindo do terminal e entrando no trânsito da cidade.

Olhei pela janela e observei as ruas movimentadas, as lojas e os prédios iluminados pela luz do crepúsculo. O sol estava se pondo lentamente, lançando sombras longas sobre o asfalto.

À medida que o ônibus continuava sua rota, o trânsito foi diminuindo e o número de passageiros foi aumentando. Um grupo de estudantes entrou no ônibus, rindo e conversando animadamente.

O motorista anunciou a próxima parada e eu verifiquei se estava perto da minha. Ainda faltavam algumas estações até chegar ao próximo ponto

O ônibus continuou sua jornada, passando por ruas principais e secundárias. Eu me sentia relaxado, observando a cidade passar pela janela e pensando no meu dia.

Finalmente, o motorista anunciou a minha parada e eu me levantei, sentindo-me aliviado segui para próxima parada, onde não levou mais que alguns minutos para que o último ônibus do dia chegasse, Trevor estava como de costume na direção do veículo, acenei com a cabeça assim que entrei e ele fez o mesmo, me posicionei num lugar próximo à janela, pois é meu habito de observar o caminho mesmo fazendo isso praticamente todos os dias, jamais me canso.

Após algumas poucas paradas, cheguei ao meu destino, ao ver o pequeno estabelecimento ainda aberto me dirigi para lá para comprar salgadinhos de queijo, eu simplesmente não consigo resistir.

Ao chegar à porta do mercado, vi algo que me chamou a atenção. Um cachorro ferido estava deitado no chão, perto da entrada. Ele estava gemendo baixinho e sua pelagem estava suja e ensanguentada.

Meu coração se apertou ao ver o cachorro sofrendo. Eu me agachei ao lado dele e vendo suas feridas. Percebi um corte profundo na perna e estava com bastante sangue coagulado

Não pude deixar de me comover

— o que houve com esse cachorro aqui? — perguntei ao Sr. Davis

— Apareceu por aqui esta tarde — respondeu — provavelmente é um vira-lata que se envolveu numa briga com outros cachorros de rua

Nunca acreditei que poderia resolver todos os problemas do mundo, mas o desse pobre cachorro eu acreditava firmemente que eu poderia, pelo destino eu seria seu benfeitor

— Eu posso levá-lo para casa e cuidar dele — ofereci

Sr. Davis sorriu.

— Obrigado, rapaz. Você é muito bondoso. Leve-o e cuide dele. Se precisar de ajuda, eu me disponho

Agradeceu e me ajudou a levantar o cachorro. Coloquei-o em meus braços e o carreguei para casa

Durante o caminho, o cachorro olhou para mim com olhos tristes

E parecia estranhamente assustado, o que me fez sentir ainda mais pena do coitado que além de viver nas ruas deve ter sofrido também com a maldade humana.

Ele se demonstrou tão dócil desde o primeiro contato certamente é um bom animal, e eu sentia que não me arrependeria dessa decisão

— Não se preocupe, você vai ficar bem — falei para ele se acalmar, já que o sentia tremer levemente.

Lupir não sabia o que fazer desde que aquela criatura assustadora apareceu, de início parecia um ser humano comum não havia nada notável, mas Lupir percebeu assim que olhou para seu rosto que estava diante de algo que não era nada inferior ao próprio deus da morte e quando ele o tocou sentiu tudo o que lhe restava de suas forças se esvair.

Mal possuía forças para resistir pelos ferimentos e agora em suas mãos a chance de escapar era ínfima, tudo que lhe restava era aguardar, pois, seu destino já não mais lhe pertencia.

Enquanto caminhava para casa, Desmond não notou que olhos o seguiam ao longe.

— Tem certeza que é o Lupir? — perguntou o jovem de cabelos escuros

— O cheiro é o dele, vamos rápido — respondeu o homem corpulento e careca

Dessa vez, você não vai conseguir fugir Lupir — disse sorrindo enquanto seus olhos incendiavam com um brilho vermelho demoníaco