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Chapter 2 - A Mulher Vivendo em Pesadelos

Emily Molson era uma força da natureza. Apesar de sua estrutura pequena - as garotas malvadas da escola costumavam chama-la de "baixinha Em" - ela sabia se manter firme numa briga e era tão tenaz quanto um pitbull quando a situação exigia. E mesmo quando não exigia - pelo menos segundo sua mãe. Mas a mulher nem deveria ter dito nada. Afinal de contas, toda a teimosia de Emily vinha de Jane Molson.

Foi com essa tenacidade que Emily se candidatou à academia de polícia. Ela passou pela primeira rodada de seleções, sangue, suor e lágrimas, superando os obstáculos com nada além de coragem e determinação. Ela conseguiu também. Entrar na academia de polícia, só para ver seu trabalho árduo virar nada quando seu segredo foi descoberto e ela foi expulsa.

O segredo de Emily não era algo tão emocionante quanto ser uma espiã estrangeira. Não, o problema de Emily era algo que as pessoas têm de vez em quando, só que o dela era mais constante.

Pesadelos.

Por semanas ela vinha lutando contra eles, e a academia a dispensou quando seus gritos começaram a acordar os outros recrutas.

"Você não pode entrar nesta profissão já tendo pesadelos assim, isso vai te mastigar e cuspir fora", disseram a ela. Daí em diante, ela buscou se formar em contabilidade. Desde então, ela pulou de emprego em emprego. A falta de sono apropriado interferindo até que de alguma forma ela tropeçou no seu emprego atual. Um que ela mantinha pelos últimos dois anos. Um milagre que ela ainda estava tentando entender.

Emily não era mais a Emily, a eterna caçadora de empregos. Ela era Emily Molson, assistente pessoal de Derek Haven, CEO do Grupo Haven. Pela primeira vez, não ter uma boa relação com o sono foi uma benção. As longas horas de trabalho. Os começos cedo no dia.

Quem se importaria em trabalhar até tarde quando só se espera por pesadelos? Definitivamente não ela. E ela definitivamente não se importava que ser a Assistente Pessoal dele significava chegar ao trabalho antes dele. Ela estava acordada de qualquer forma, pelo menos agora ela poderia justificar como não querendo se atrasar em vez de ser incapaz de voltar a dormir depois de um pesadelo ruim.

E apesar da sua reputação de chefe brutal. Uma reputação bem merecida. O Assistente Pessoal que Emily substituiu era um jovem, ele estava chorando alto e xingando todo mundo quando Emily chegou. Derek na verdade não era ruim de trabalhar.

Ele nunca fez avanços inadequados para cima dela - uma verdadeira raridade no mundo do trabalho. E ele não se importava quando às vezes, o cabelo de Emily estava um pouco demais frisado, cortesia de seu revirar durante a noite toda. Nem nunca mencionou que em alguns dias as olheiras sob seus olhos castanhos a faziam parecer que ela tinha enfrentado um boxeador profissional.

Na verdade, às vezes quando olhava para ele. Emily via um vislumbre de sombra sob seus próprios olhos também. E nesses momentos ela juraria que ele parecia tão cansado quanto ela se sentia. Mas isso era apenas um pensamento desejoso.

Uma esperança tola de que ela não era a única pessoa no mundo lutando para dormir.