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Chapter 3 - Terra de ninguém

288 DC Winterfell

Jaehaerys/jon (pov)

Após mostrar ao meu tio os ovos e os pergaminhos e solicitar que fosse para as terras do Gargalo, voltei à minha rotina de treino e estudo. Depois de duas semanas, meu tio me informou que Lord Howland Reed estava a caminho e, pelo tempo do recebimento da mensagem, ele estaria em Winterfell em alguns dias. Durante esses dias, li o conteúdo das cartas que estavam com minha mãe. Aparentemente, a Companhia da Rosa estava disposta a lutar por ela, porém as negociações não avançaram. Também descobri que meu pai tem uma conta no Banco de Ferro com 200 mil dragões de ouro. Isso vai me ajudar muito. Trarei a Companhia da Rosa para o meu lado e, com o dinheiro e conhecimento, tornarei o Gargalo um ótimo ponto de apoio.

Estávamos esperando Lord Howland no pátio. Catelyn parecia feliz; não era para menos, afinal eu estaria partindo para terras inóspitas. Assim que ele entrou, notei que ele já não era tão jovem quanto na visão que tive sobre ele. A idade parecia estar chegando, e quando desceu do cavalo, reparei que ele mancava. Ele devia se considerar com sorte, pois lutar contra a Espada do Amanhã e sair vivo não era algo que acontecia com frequência. Quando chegou em frente ao meu tio, ajoelhou-se.

— Lord Stark.

— Levante-se, amigo. Preparei quartos para você e seus homens.

Notei que ele não tinha uma grande comitiva, apenas alguns homens com capas verdes, arcos nas costas e espadas de pequeno porte. Assim que ele se levantou, cumprimentou todos, mas quando chegou a mim, vi dúvidas em seus olhos. Para facilitar as coisas, fiz uma reverência.

— Meu lord, Jon Snow, bastardo de Winterfell.

Catelyn parecia em dúvida entre sorrir e ficar brava pelas minhas palavras. Lord Reed apenas assentiu, mas vi dúvidas em seus olhos. Após as apresentações, Lord Howland foi para seus aposentos. Fui em direção ao escritório de meu tio; chegando lá, bati e entrei sem esperar permissão.

— Jon, espere até que eu diga que possa entrar — falou meu tio.

Olhei para ele com as sobrancelhas levantadas. Notei que Catelyn parecia feliz com algo.

— Bom, não sei o que você estava fazendo, mas quando nosso convidado estiver descansado, vamos mostrar aquilo para ele.

A lady presente claramente estava com dúvidas, porém se conteve.

— Catelyn, por favor, deixe eu e Jon sozinhos — falou meu tio.

Ela parecia querer protestar, mas desistiu da ideia ao perceber que não levaria a nada.

— Jon, tem certeza de que quer fazer isso? Não falo de mostrar os ovos, mas qualquer que seja seu plano para o futuro.

— Veja, tio, se alguém tomasse Winterfell dos Starks, por exemplo, os Reis Vermelhos ou, como os chamamos agora, os Boltons, você ficaria parado sem fazer nada?

Notei que ele se remexia na cadeira, desconfortável.

— Não — respondeu ele.

— Então essa é sua resposta. Me tiram algo e eu tomarei de volta, com ou sem você, tio. A guerra vai chegar, queira você ou não. Só que eu não matarei inocentes e ficarei rindo sobre seus corpos. Isso te lembra algo?

Falei vendo-o olhar para baixo, envergonhado.

— Bom, pense nisso. Amanhã entrarei em detalhes sobre meus planos.

LORD STARK (pov)

— Jon partirá com Howland Reed para o Gargalo daqui a três dias.

Falei para minha esposa, vendo seu sorriso.

— E quanto a Robb? — perguntou ela.

— Falarei com os Manderly, Robb partirá para lá no próximo mês; até lá, ele poderá treinar um pouco mais.

— Claro, será maravilhoso para ele conhecer seus futuros vassalos.

Apenas assenti. Ouvi alguém batendo na porta. Antes de dar permissão para entrar, vi Jon passar por ela como se não se importasse com Catelyn ou comigo.

— Jon, espere até que eu diga que possa entrar.

Ele levantou as sobrancelhas, como se dissesse que não precisava de permissão.

— Bom, não sei o que você estava fazendo, mas quando nosso convidado estiver descansado, vamos mostrar aquilo para ele.

Quando ele falou, notei que minha esposa estava em dúvida. Mandei-a sair; precisava conversar com Jon a sós. Após nossa conversa, que me deixou desconfortável devido às lembranças daquele dia em Porto Real, informei Howland que nos encontraríamos nas criptas depois do café da manhã. Fui para meus aposentos e notei que Catelyn estava apreensiva. Apenas disse que Jon não faria nada contra Robb e fui dormir.

Na manhã seguinte, me preparei para o dia que viria e fui ao grande salão. Notei que Howland estava me esperando na porta.

— Bom dia, meu lorde.

— Bom dia.

— Tem uma pergunta direta: o garoto sabe?

— Sim, explicarei melhor sobre isso mais tarde, mas ele sabe.

Notei o homem com um misto de emoções.

— O que ele fará agora?

— Ele explicará depois do café, nas criptas.

Quando entramos, notei minha esposa e meus filhos me aguardando. Durante o café, Robb fez algumas perguntas sobre as terras do Gargalo. Nesse ponto, todos já sabiam que Jon iria para lá. Howland Reed informou que, em geral, as terras eram pouco desenvolvidas, tendo o Fosso Cailin como sua fortaleza mais conhecida devido à sua história na defesa do Norte contra os Andalos. Seus pântanos eram intransponíveis, nem os Homens de Ferro se arriscavam lá, e havia florestas densas e grandes cavernas na região Oeste. Havia planícies perto da Estrada do Rei, mas não eram as únicas.

Após o café, fui com Howland para as criptas. Chegando lá, Jon não estava presente. Depois de um tempo, ele chegou.

— Desculpe, tive um último combate com o Sr. Rodrik. Devo dizer que saí vitorioso.

Aquilo era algo inesperado. O Sr. Rodrik não deixaria Jon ganhar facilmente. Ele era um menino mais alto que os outros para sua idade, mas ainda era um menino.

— Vossa Graça — falou Lord Reed, olhando para Jon com um sorriso nos olhos.

— Bom, vamos. Não podemos conversar aqui; preciso te mostrar algo.

Entramos nas criptas e fomos em direção à parte subterrânea. Chegando na estátua, Jon abriu a porta e notei o homem ao meu lado se impressionar. Descemos as escadas até a sala dos baús. Assim que chegamos, Jon mostrou os ovos e os pergaminhos. O Sr. Reed parecia não acreditar no que via. Após mostrar os pergaminhos, o Sr. Reed parecia ficar tenso.

— Bom, agora que você está atualizado, vamos ao ponto. Vi nas memórias de minha mãe que você era um amigo para ela. Vi que ela cuidou de você no Torneio de Harrenhal, após sua luta com os Frey — falou Jon.

— Ela era uma grande amiga. Depois dos boatos sobre o sequestro, não pensei duas vezes e fui para a batalha. Era uma grande amiga — disse Lord Reed, parecendo lembrar dos velhos tempos.

— Jure fidelidade a mim e tornarei o Gargalo uma potência dentro dos Sete Reinos. Você deve saber de Daenys, a Sonhadora. Ela via o futuro, eu vejo o passado. Passei os últimos anos estudando a civilização valeriana. Posso aplicar esse conhecimento em suas terras e recuperar o que foi perdido.

Jon falou olhando para o homem que parecia incrédulo. Eu também não esperava isso.

— Não levantarei bandeiras contra o Norte — falou o homem, parecendo certo disso.

Jon apenas suspirou.

— Não pretendo levantar bandeiras contra o Norte, meu lorde. Mas, se não tiver escolha, farei o que for necessário. E você, tio, já teve tempo para pensar: inimigo ou amigo?

Jon falou olhando para mim. Não estava esperando isso, mas já sabia que uma hora isso aconteceria. Robert Baratheon me enganou ou foi enganado; isso era um fato. Esperava que fosse a segunda opção. Não poderia me esquecer do que aconteceu em Porto Real; aquilo não era o homem que conheci no Vale, e havia Lyanna. Ela não me perdoaria se deixasse Jon sozinho nessa luta.

— E as crianças, o que você fará?

— Nada. Não matarei inocentes, tem minha palavra, tio.

Sem pensar duas vezes, dobrei meus joelhos.

— Eu, Eddard Stark, juro lealdade ao Rei Jaehaerys Targaryen, terceiro de seu nome. Eu prometo servir com honra e coragem, defender o reino e proteger a coroa. Eu serei fiel às suas ordens e lutarei pela justiça e pela paz sob seu comando. Assim, eu me comprometo, com minha vida e meu nome, a ser um fiel vassalo, agora e sempre, juro pelos deuses novos e antigos.

— Eu, Jaehaerys Targaryen, terceiro de meu nome, recebo seu juramento. Juro que você terá sempre um lugar em minha lareira e comida e bebida à minha mesa, e juro não lhe pedir qualquer serviço que questione sua honra. Juro pelos deuses novos e antigos, levante-se príncipe Eddard Stark, Guardião do Norte.

Jon cumpriu o que seu antecessor prometeu. Agora o Norte era um principado e meus filhos eram príncipes, e os filhos dos meus filhos serão príncipes. Jon parecia determinado a melhorar o Norte, algo que nem seu próprio antecessor havia priorizado.

Olhei para Lord Howland Reed e assenti. Ele se ajoelhou diante de Jaehaerys e fez seu juramento. Quando ele se levantou, Jaehaerys falou:

— O Gargalo ficará sob o cuidado do Norte. Usarei todo meu conhecimento em prática; o Norte nunca mais será pobre. O Banco de Ferro tem 200 mil dragões de ouro que me pertencem; meu pai tinha uma conta lá. A Companhia da Rosa jurou lealdade à minha mãe; irei atrás de seu juramento. Eles perdem apenas para a Companhia Dourada, que tem 15 mil soldados. A Companhia da Rosa deve ter metade disso, mas ainda assim é de grande importância. São soldados que só dobram os joelhos para um rei com sangue Stark. Pretendo trazê-los para Westeros.

Assim que Jon falou, entendi por que ele iria para o Gargalo. O Norte poderia reunir um exército de cerca de 40 mil homens, menos equipado em comparação aos outros reinos. O Gargalo enviava o menor número, enquanto o restante das 12 grandes casas mandavam em média 3.250 homens, o Gargalo enviava 1.000. Tinha um vasto território, porém pouco habitado.

— Quantos navios de patrulha o Norte tem? — perguntou Jaehaerys.

— Em média, 46. A maioria está nas mãos dos Manderly e dos Mormont.

— Vou precisar de 10 navios para o Gargalo — falou ele. Não era impossível, mas causaria uma dor de cabeça. Após levarmos os baús para fora das criptas e colocá-los em uma carroça que seria guardada por Rodrik, em pessoa, e seus homens mais confiáveis, passados alguns dias, Jon estava se preparando para partir. Fui ao seu quarto e notei que tudo já estava pronto para sua partida.

— Jon, posso falar com você?

Assim que ele se virou, vi que sua capa era a de seu pai com o broche de sua mãe.

— Claro — respondeu ele.

— Os navios estão indo para o Gargalo: 4 dos Mormont e 6 dos Manderly ficarão no leste e no oeste.

Jon assentiu e falou:

— Sou grato a você, Lord Stark. Não se preocupe, manterei minha promessa: inocentes não serão feridos em minha campanha. Como eu disse, obrigado por me salvar; não esquecerei isso. O Norte, no futuro, será visto como o auge da civilização.

— Não precisa agradecer. Você é família. Sei que não considera Winterfell seu lar, mas saiba que sempre estará aberta para você enquanto eu respirar.

— Obrigado. Manterei contato.

Fui em direção ao pátio, onde todos estavam.

— Vá em paz, irmão. Que os deuses o protejam em sua jornada — falou Robb.

— Fique em paz, irmão. Que os deuses o protejam em sua jornada — respondeu jon, Sansa, parecendo triste. Catelyn parecia feliz.

— Lady Catelyn, agradeço sua hospitalidade.

— Que você tenha uma boa jornada — agradeceu ela.

Jon olhou para Arya, muito nova para perceber o que estava acontecendo.

Após a despedida, Jon foi ao seu cavalo. Howland veio até mim e falou:

— Cuidarei dele.

— Sua segurança não me preocupa, mas o fogo que ele tem dentro dele, não sei se o lobo pode segurar o dragão por muito tempo — falei. Ela apenas olhou para Jon.

— Que os deuses protejam vocês em sua jornada — falei para todos.

Jon olhou para mim e falou:

— Obrigado, sangue do meu sangue — e saiu com sua comitiva.

Jaehaerys/jon (pov) 

Estrada do Rei

Já fazia dois dias que partimos para o Gargalo. Sor Howland Reed não falou muito, parecendo pensativo. No terceiro dia, o chamei:

— Seus homens são confiáveis?

Perguntei sem rodeios.

— Claro, Vossa Graça.

— Jon, me chame de Jon. Preciso de um relatório sobre o Gargalo: seus homens, a população, os soldados, tudo.

— Na verdade, Jon, não tenho muitas informações. Os planta-los têm um pouco mais de mil soldados, sendo duzentos arqueiros, quatrocentos soldados de infantaria, duzentos cavaleiros e duzentos caçadores dos pântanos. Os caçadores dos pântanos são os melhores; são treinados em ações furtivas, especialistas em arcos e pequenas espadas, e são excelentes guerreiros para operações silenciosas.

— E quanto aos portos? Como estão?

— Lamento, temos apenas dois: um a leste e outro a oeste. O porto do oeste está quase sem vida devido ao temor dos Homens de Ferro. A maioria da população vive nos pântanos ou nas montanhas. Não posso dizer ao certo quantos são exatamente. Nosso território se estende desde Fosso Cailin até As Gêmeas. A única estrada viável para grandes transportes é a Estrada do Rei, pois os pântanos são perigosos para quem não conhece a região. Nos tempos dos reis dos Plantagenetas, Fosso Cailin era a principal fortaleza; hoje em dia, não passa de algumas torres quebradas. Atalaia do Lago conta com a maioria da nossa mão de obra. Atualmente, temos uma população de cerca de 500 pessoas; se for me arriscar em uma estimativa, acho que temos um pouco mais de 5 mil pessoas espalhadas entre ferreiros, agricultores e comerciantes. No entanto, nosso comércio é interno; minha casa conta atualmente com 500 dragões de ouro.

Após ele terminar, parecia que o Gargalo era quase uma região selvagem. No entanto, também não tinha espiões, e aqueles que se aventuravam provavelmente morriam no terreno.

— Juntem todos os ferreiros e carpinteiros e enviem-nos para o leste. Vamos construir um local para construção de navios de defesa e comércio. Solicitei ao meu tio o envio de navios para o Gargalo enquanto construímos os portos. Eles protegerão a costa. Eu pagarei uma ou duas moedas de ouro por mês a todo homem e mulher que quiser ir para lá.

Quando falei, vi Lord Reed arregalar os olhos.

— Precisamos de empenho. Tenho os projetos desenhados e faremos navios que até os Homens de Ferro temerão.

Depois de nossa conversa, dei mais alguns detalhes. Howland Reed enviou um corvo à frente. Os homens e mulheres deverão ser preparados e enviados para as imediações do rio Mander. Após alguns dias de viagem, pude ver Fosso Cailin. Lord Reed não mentiu; era apenas uma velha fortaleza em ruínas. Após construir os navios que me levaria a Essos para pegar o ouro e a Companhia da Rosa, o próximo passo seria a fortaleza. Mas eu precisava dos homens e do ouro. Já tinha algumas ideias. Após passarmos pela velha fortaleza, seguimos para Atalaia do Lago. Após dias de viagem, quando chegamos, notei a falta de um Meistre. Uma jovem, que deveria ter em torno de 11 a 12 anos, e um garoto com 9 ou 10 anos estavam nos aguardando. Olhei ao redor e notei a fortaleza sobre o pântano e a cidade ao redor, não muito grande, também flutuando, mas parecia vazia.

— Bem-vindo de volta, meu lorde — falou uma senhora que presumi ser a governanta da fortaleza.

— Jon, estes são meus filhos, Meera e Jojen Reed.

— Vossa Graça — disseram eles.

Quando falaram, notei que a governanta não parecia surpresa.

— Jon por enquanto — eles assentiram.

— Meu senhor, recebemos seu corvo. Muitos já foram para onde o senhor informou, e outros estão se preparando. Tememos que ficarão menos de 100 pessoas aqui.

— Os caçadores dos pântanos ficarão aqui. Partiremos amanhã para onde o rio Mander encontra o mar. Meus filhos irão também.

Após as apresentações, fui para dentro da fortaleza. Após um banho e um descanso, fui em direção ao salão de jantar, onde Lord Reed estava esperando junto com seus filhos. Assim que entrei, eles se levantaram.

— Ainda não sou um rei, fiquem à vontade.

Após minhas palavras, notei que éramos apenas sua família e eu.

— É verdade que você tem um ovo de dragão vivo? — perguntou o menino, sendo repreendido pela irmã.

— Sim, é verdade. Preciso de um lugar seguro para guardá-los.

— Jon, eu tenho uma passagem secreta no meu quarto. Posso guardá-los lá, se você quiser.

— Agradeço, mas parece que alguém está interessado em vê-los, não é mesmo?

Meera e Jojen apenas assentiram. O senhor dos Pântanos falou que confiava em seu pessoal, então eu não precisava ficar olhando para todos os lados para ver se alguém estava observando. Após a refeição, fomos para os aposentos de Lord Reed.

Quando as duas crianças olharam para os ovos, abriram um sorriso.

— Quando vão chocar?

— Vai demorar?

— Vão ser grandes?

Me encheram de perguntas.

— Eles vão chocar, mas não agora. Preciso de mais tempo. Não posso cuidar de três dragões agora. Preciso ir para Essos para juntar forças e dinheiro.

— Papai disse que você tem grandes planos para nossa terra.

— Isso é verdade, porém vai levar tempo.

Eles olharam um para o outro e concordaram. De repente, os olhos do garoto ficaram brancos e um rato começou a agir estranho.

— Warg — olhei para o garoto; se ele tivesse nascido em qualquer outro lugar que não fosse ali, estaria morto.

— Queremos ajudar.

— Bom, toda ajuda é bem-vinda. Vamos para onde o rio Mander encontra o mar a leste. Levem tudo o que puderem sobre cavernas e montanhas, dessa região. 

Ambos assentiram e foram atrás das informações.

— Os ovos ficarão aqui, mas o bloco de aço Valeriano deve ser guardado em outro lugar. Meu baú com as cartas de minha mãe irá conosco; não pretendo voltar aqui tão cedo — falei, e vi Lord Reed assentir. Após guardar as coisas, fui para meus aposentos. Novamente, o sonho com a mulher ruiva veio; apenas aproveitei. Quando acordei, notei uma movimentação no pátio. Eram o restante dos homens que iriam conosco para o futuro porto do Lagarto.

— As terras de ninguém serão o marco inicial para mim. Não me esquecerei disso — falei.