288 DC banco de ferro
Jaehaerys/jon(pov)
— Bem-vindos ao Banco de Ferro. Espero que nossas negociações sejam satisfatórias para ambas as partes — disse um homem bem vestido, adornado com um colar de ferro.
— Obrigado, mas vim apenas para receber o que é devido. Como diz o lema do banco, "paga o que deve, recebe o que é devido e nunca se esquece de suas dívidas". Você já deve saber do item que carrego, pois tenho outro igual a ele — respondi, enquanto abria o baú e entregava o pergaminho que meu pai deixou com o número da conta dele. Assim que o homem viu o selo no final do pergaminho, seus olhos se arregalaram.
— Bom, temo que isso esteja fora de minha competência. Informarei o conselho. Espere aqui — disse ele, visivelmente preocupado, e se dirigiu para um corredor. Após algum tempo, outro homem entrou. Este usava um cordão de ouro.
— Bem-vindos. A que devo a honra?
— Sou alguém que veio pegar o que me pertence — respondi.
— Claro, sigam-me. No entanto, seus homens ficarão em outro lugar.
— Este aqui irá comigo. Ele é meu conselheiro — acrescentei, apontando para Lord Reed.
— Muito bem.
Os guardas que acompanhavam o homem pegaram um baú, e fomos em direção a uma escadaria que levava a uma grande sala. Assim que entramos, avistei uma grande mesa com sete pessoas sentadas. O homem que nos trouxe fez uma reverência e saiu.
— Não tenho tempo para jogos. — Falei, retirando a máscara. — Meu nome é Jaehaerys Targaryen. Meu pai era Rhaegar Targaryen, minha mãe Lyanna Stark. Sim, isso mesmo; todos vocês foram enganados pelo Lobo Silencioso. Vim para pegar o que me pertence e fazer um acordo com esta instituição.
Notei alguns com os olhos arregalados, conversando entre si em murmúrios.
— Como você pode provar sua identidade? — perguntou o homem ao centro.
— Não posso oferecer mais do que minha palavra, este pergaminho e isso — respondi, retirando a Blackfyre do baú. Vi a admiração nos olhos deles.
— O último homem que vi com essa espada foi Rhaegar Targaryen, quando ele abriu sua conta pessoal aqui.
— Eu sei que ele tinha a maior conta aqui, 200 mil dragões de ouro. Se o que está no papel estiver correto, ele retirou tudo dos cofres da coroa e confiou a vocês esse dinheiro. Quero-o de volta.
Vi alguns ficarem tensos.
— Meu nome é Tycho Nestoris. Não podemos simplesmente devolver esse dinheiro com base apenas na sua palavra. — falou o homem ao centro.
— Entendo sua posição. Não quero tudo. Pelo que sei, a coroa de Westeros começou a pegar empréstimos com vocês. Os pagamentos estão atrasados, e qual é o lema do banco mesmo? O banco recebe o que é devido. Então, proponho o seguinte: darei 30 mil dragões de ouro para abater na dívida. Ficarei com 120.000, o restante ficara com os Targaryen perdidos aqui — Viserys e Daenerys. No entanto, a dívida deve ser cobrada em sua totalidade pela coroa até eu me sentar no Trono de Ferro. Já tenho o apoio do Norte e pretendo usar esse dinheiro para fortalecer meus aliados. Sei que vocês conhecem meu navio lá fora. Se eu fiz isso sem ouro, imaginem o que posso fazer com ele. Posso levar vocês ao meu navio.
Após minha fala, entreguei o pergaminho que meu pai tinha deixado confirmando meu nascimento e a legitimação de seu casamento com minha mãe. Tycho Nestoris quebrou o selo e leu o pergaminho, passando-o para os outros.
— Bom, precisaremos de um tempo para deliberar. Amanhã teremos uma resposta.
— Aceitável — respondi.
— Meus homens levarão vocês para uma de nossas estalagens. Mostre esta moeda ao proprietário caso haja algum problema — disse Tycho, lançando uma moeda de ferro para mim. Após os guardas nos levarem até nossos homens, fomos em direção à estalagem com os soldados do Banco de Ferro. Ao chegarmos, percebi vários olhares para mim. Mostrei a moeda ao proprietário, que assentiu e nos mostrou nossos quartos.
— Lorde Reed, vá ao navio e informe para ficarem em alerta máximo. Eu irei atrás da Companhia da Rosa. Precisamos nos misturar.
O homem assentiu e partiu para cumprir minhas ordens. Depois de algum tempo, saí de meus aposentos e fui em direção ao recepcionista.
— Preciso de roupas novas — falei, mostrando a moeda.
O homem assentiu e me deu algumas roupas. Após me trocar, saí para as ruas.
Parecia apenas um garoto na multidão, maravilhado com os comerciantes e animais. Não se comparava a Valíria, mas ainda assim era incrível. Pedi algumas informações sobre a localização do quartel da Companhia da Rosa. Após algum tempo procurando, encontrei o quartel, um prédio não muito imponente.
Assim que entrei, alguns olhares curiosos se voltaram para mim.
— O que você quer, garoto? Não estamos contratando — disse um homem olhando para mim.
— Não quero um trabalho. Quero falar com seu líder.
O homem começou a rir, seguido por outros. Apenas peguei a moeda e a mostrei. Imediatamente, as risadas cessaram e os olhares se tornaram atentos. Um homem grande, de cabelos pretos até os ombros, entrou.
— O que um garoto insignificante quer comigo?
Ele respeitava a força.
— Proponho um duelo. Se eu ganhar, você me ouvirá. Se eu perder, deixarei isso aqui — falei, mostrando a moeda.
Os homens respeitavam a força.
— Pode enfiar essa moeda onde quiser, mas aceito seu duelo. No entanto, garoto, é até a morte. Está preparado para isso?
— Dê-me uma espada — respondi, olhando para ele. Vi ele levantar uma sobrancelha.
Fomos para os fundos do prédio. O homem não esperou muito; assim que me posicionei, ele veio com toda a fúria. Embora eu estivesse mais forte devido aos trabalhos realizados, não era páreo para ele.
O primeiro golpe veio de cima para baixo, lento mas mortal. Desviei para a esquerda, e contra ataquei mas o homem foi mais rápido e defendeu o golpe. Não podia enfrentá-lo de igual para igual, então usei toda a minha velocidade para acertar alguns golpes, sempre nos braços dominantes dele. A luta continuou até que o cansaço começou a me atingir. Falhei em uma das minhas esquivas e tive que bloquear um golpe com minha espada. O impacto sacudiu todo o meu corpo, e sem tempo para pensar, o homem me deu um soco na cara, me fazendo cambalear para trás.
— Você luta bem, garoto. Qual é seu nome?
— Jaehaerys Targaryen, filho de Lyanna Stark.
Assim que as palavras saíram da minha boca, vi o homem arregalar os olhos, parecendo perdido. Foi o suficiente para eu acertar mais uma vez seu braço com toda minha força. Ele gritou de dor e largou a espada. Apontei para seu peito e disse:
— Você se rende?
Ele olhou para mim e respondeu:
— Você tem os olhos de sua mãe.
Depois disso, tudo ficou escuro e eu apaguei.
Horas depois,
acordei em uma cama, com meu corpo doendo de uma forma inimaginável. Olhei ao redor e notei que o homem com quem havia duelado estava ali.
— Bom, temos negócios a fazer, meu senhor? — perguntei, tentando me apoiar na cama.
— Mervyn Flowers — respondeu ele, com um olhar atento.
— Vim atrás do juramento que você fez para minha mãe em Dorne.
Ele arregalou os olhos.
— Como eu sei disso, Não importa se você não acreditar. Tenho em minha posse um pergaminho lacrado que concede a vocês o direito de retornar para casa. A Companhia da Rosa não se ajoelhou para os dragões; foi fundada por homens e mulheres que só dobram o joelho para um rei com sangue Stark. Posso ter o nome de meu pai, mas sou filho de minha mãe; o sangue dos reis de Inverno corre em minhas veias.
Após minha fala, o homem parecia surpreso.
— Bem, você é filho de sua mãe. Quando recebemos um mensageiro de sua parte oferecendo ouro e o retorno para casa, eu não acreditei. Achei que ela estava sendo forçada, mas fui para Dorne mesmo assim. Quando cheguei lá, vi que ela comandava mais do que seu pai. Ele era quem o controlava, não o contrário. Descobri também que ela estava grávida. Acertamos os detalhes; meus homens, em troca de ouro e terras no Norte, iriamos lutar sob a bandeira dela. Não me entenda mal, a honra não enche a barriga nem dá dignidade para viver. O ouro é importante. Ela prometeu cuidar do meu povo em troca de nossa lealdade. Voltei com a missão de levar meus homens e lutar sob a bandeira dela, mas um dia antes da partida para Westeros, chegou a notícia de sua morte. Como a gravidez não era de conhecimento geral, presumimos que você também tinha morrido. Mas o Lobo Silencioso enganou a todos. Brindarei a Lord Stark e sua coragem; ele colocou a família acima da sua lealdade, manchando sua própria honra. Ele é um verdadeiro nortista.
— Lutará por mim? — perguntei a Mervyn.
— Eu sim, mas meus homens precisam de dignidade para viver. A Companhia Dourada pega os melhores trabalhos, deixando o resto para nós lutarmos. Não podemos competir com eles.
— Eu tenho o ouro. O navio que todos falam é meu.
Ele arregalou os olhos.
— Como você construiu aquilo? Eu vi-o na baía. É uma maravilha.
— Não entrarei em detalhes, mas estou nas Terras do Gargalo, digamos que estou melhorando as terras de lá.
— Aquilo é um monte de pantano — respondeu Mervyn, surpreso.
— Bom, o monte de pantano construiu aquilo em cinco meses. Agora que temos uma base, podemos construir outro em dois, isso com um porto. Não vou dizer que será fácil; temos muito trabalho pela frente, mas também tenho algumas ideias. Garanto que nunca mais vocês e seus homens serão tratados como escória. Pegarei o ouro amanhã com o Banco de Ferro e darei 6 dragões de ouro por homem adiantado.
Ele pareceu ponderar e, então, se ajoelhou.
— Eu, Mervyn Flowers, juro lealdade ao Rei Jaehaerys Targaryen,. Eu prometo servir com honra e coragem, defender o reino e proteger a coroa. Eu serei fiel às suas ordens e lutarei pela justiça e pela paz sob seu comando. Assim, eu me comprometo, com minha vida e meu nome, a ser um fiel soldado, agora e sempre, juro pelos deuses novos e antigos.
— Eu, Jaehaerys Targaryen, terceiro de meu nome, recebo seu juramento. Juro que você terá sempre um lugar em minha lareira e comida e bebida à minha mesa, e juro não lhe pedir qualquer serviço que questione sua honra — respondi.
Após seu juramento, pedi um relatório sobre a situação da Companhia.
— Temos um pouco mais de 7.500 guerreiros: 2.500 arqueiros, 3.000 soldados de infantaria, 1.000 cavaleiros e 1.000 homens entre ferreiros, curandeiros e pessoal de apoio. Sem contar suas famílias, temos em torno de 14.000 pessoas direta e indiretamente.
— Bom, converse com seus homens. Suas famílias virão assim que mais navios chegarem. Dou minha palavra. Explique minha proposta, mas não fale que sou o rei. Ainda não sabemos em quem podemos confiar. Preciso ir, Lord Reed deve estar tendo uma crise.
— Vossa Graça — respondeu Mervyn.
— Apenas Jon.
— Meus homens levarão você.
— Agradeço.
Assim que saí da sede da Companhia da Rosa, fui em direção ao local onde estava hospedado. Chegando lá, notei Lord Reed em frente à porta.
— Jon, estávamos indo atrás de você.
— Bom, estou aqui agora. Vamos, precisamos descansar; amanhã será um dia longo.
Na manhã seguinte, fui acordado com batidas na porta. Meu corpo doía do combate anterior. Levantei e fui até a porta.
— O Banco de Ferro tem sua resposta. Eles solicitam sua presença.
Apenas assenti e fui. Após acordar Lord Reed, nos arrumamos, comemos e partimos para o Banco de Ferro, escoltados por um grupo de soldados. Assim que chegamos, não usamos a entrada principal, mas sim uma entrada secundária. Após entrarmos, fomos em direção à sala de ontem. Nossos homens ficaram fora e eu e Lord Reed seguimos em frente. Quando entramos na sala, os mesmos homens estavam lá.
— Bem-vindo. Vejo que aproveitou nossa cidade — disse Tycho Nestoris, olhando para o meu olho roxo.
— Uma pequena aventura — respondi.
— Bom, sem mais demora, o Banco de Ferro aceita sua proposta. No entanto, queremos o projeto do navio e como construí-lo.
— Senhor, não estou negociando; estou apenas pegando o que é meu. Porém, em boa fé, entregarei o projeto de um navio menor, mas melhor do que vocês têm e facilmente construível com seus portos. Ou espere até eu tomar o trono e enviarei os projetos, mas isso pode demorar anos.
Tycho Nestoris sussurrou algo para o ouvido de outro homem.
— Aceitamos o projeto do novo navio, mas se você tomar o trono, queremos o projeto de seu navio também.
— Aceitável — confirmei.
Após um momento, o homem trouxe um contrato.
— Carregaremos o ouro para seu navio. Levará dois dias para a conclusão: 120.000 dragões de ouro. 30.000 serão usados para abater a dívida do Trono de Ferro, mas só serão subtraídos depois que você ascender ao trono. Os outros 50.000 ficarão para seus parentes reivindicarem. Quando podemos receber o projeto?
— Antes de eu partir, você o receberá.
— Então foi um prazer fazer negócios com Vossa Graça.
— Agradeço sua hospitalidade. Lembrarei disso no futuro.
Após deixar Lord Reed cuidando dos detalhes, antes de sair da sala, falei:
— Mande 45.000 dragões de ouro para a sede da Companhia da Rosa, por favor falei para reed.
— Claro, Vossa Graça.
Esperei os funcionários carregarem o dinheiro e partimos em um comboio para a sede. Se eu estivesse certo, um passarinho me seguia.
Assim que cheguei, fui recebido por Mervyn e seus capitães.
— Vossa Graça.
— Apenas Jon. Tenho um passarinho me seguindo. Ele é careca. Se puder capturá-lo, agradeço — falei, apontando para um homem de capuz que, ao perceber, começou a correr. Os homens de Lord Reed o capturaram e o trouxeram até mim.
— Olá, Lord Varys. Pretendia encontrá-lo no futuro, mas aqui está você.
Ele me olhou com os olhos arregalados.
— Não o machuquem. Levem-no para o navio — ordenei aos homens de Lord Reed. Eles pegaram o homem e saíram.
Voltei a olhar para os homens à minha frente.
— Vamos aos negócios.
Entramos em uma sala onde todos se sentaram. Me ofereceram um pouco de sale pao, mostrando um pouco da cultura do norte.
— Bom, senhores, tenho muito a fazer e pouco tempo. Mervyn já deve ter adiantado o assunt, então vamos em frente. Vocês aceitam?
— Falo em nome dos capitães. Vi seu comboio de ouro, mas não é isso que está em questão aqui. Queremos um lugar para chamar de nosso, mas não um lugar esquecido pelos deuses.
— Vocês têm minha palavra, senhores. Juro por minha mãe, Lyanna Stark, que vocês não serão esquecidos. Não prometo uma recepção calorosa nem um começo fácil, mas em um ou, no máximo, dois anos, vocês terão terras para chamar de suas. Não precisarão mais vender suas espadas por comidapara vida digna. O Gargalo não está em ótimas condições, mas juro pelo nome de minha mãe que tornarei o lugar conhecido no mundo por seu desenvolvimento.
Após minha fala, vi muitos capitães surpresos, principalmente pela menção de minha mãe. Ponderava que precisava dar algo para que eles acreditassem. A reputação de minha mãe era inabalável.
— Seu pai sequestrou sua mãe e mesmo assim você usa o nome dele? — falou um dos capitães. Percebi que eles não sabiam sobre a rebelião e olhei para os capitães e, em seguida, para Mervyn Flowers.
— Minha mãe não foi sequestrada — disse eu. — Sor Mervyn Flowers é minha testemunha.
Todos olharam para ele.
— Ele fala a verdade. Fui a Dorne, onde encontrei Lady Stark. Ela estava grávida e me contou a verdade. Iria contar a vocês, mas as notícias de sua morte chegaram, e o sonho de voltar para casa também. Não queria dar falsas esperanças — explicou Mervyn Flowers.
Após deliberarem, todos na sala fizeram seu juramento a mim.
— Senhor Mervyn, o ouro está lá embaixo. Distribua-o e vá para o Gargalo. Deixarei um homem de nossa tripulação para guiá-los. Cuide da logística e, se houver gastos adicionais, informe-me quando chegarem, e eu os reembolsarei. Vejo vocês em casa, senhores — falei, vendo Lorde Flowers assentir. Depois de sair da sede, fui em direção ao navio; precisava cuidar de um passarinho.
mais tarde lobo do pantalo
Assim que cheguei no navio, notei que os homens patrulhavam com mais cuidado. Afinal, 75.000 dragões de ouro estavam sendo carregados. Acredito que amanhã à tarde estaremos prontos para partir. Fui para o terceiro andar, onde estavam os aposentos do capitão. Assim que entrei, vi Lord Varys sentado tomando uma taça de vinho. Ao me ver, levantou-se.
— Vossa Graça.
— Ambos sabemos onde está a sua lealdade. Não vamos perder tempo. Por que estava me seguindo?
— Vejo que tem a inteligência de sua mãe. Não é todo dia que um navio desse porte é visto, muito menos guardas do Banco de Ferro conduzindo um comboio para uma companhia mercenária. Me pergunto o que acontecerá quando os rumores se espalharem. O Lobo Silencioso é um jogador muito mais astuto do que eu pensava.
— Meu tio enganou a todos, inclusive você.
— De fato. E agora?
Contei sobre minhas visões do passado. Notei que ele parecia não gostar de magia, devido à sua história. Após compartilhar meus planos para o reino, ele respondeu:
— Veja o que construí sem dinheiro ou apoio, apenas com conhecimento.
— De fato, conhecimento é uma arma poderosa, mas sem força, não passa de palavras sem valor.
— E quanto a dragões?
Vi seus olhos se arregalarem.
— Bem, digamos que preciso de tempo para eles.
— Presumo que quer minha lealdade — disse ele.
— Vi como você acompanhava meu pai na Baixada das Pulgas. Sua fidelidade é ao povo, não aos reis, e eu sou fiel ao povo. Então temos algo em comum. Estar aqui significa que a coroa não é leal ao povo.
— Correto. O rei só se corrompeu. Pensávamos que os cofres estavam cheios, mas seu pai levou uma parte do ouro para o Banco de Ferro. Vejo que está fazendo bom proveito, com a Companhia da Rosa, descendentes dos nortenhos que se recusaram a dobrar os joelhos.
— Sim, tomarei o que é meu, não por capricho ou por ser rei, mas para trazer justiça à minha família. Pensei em me revelar ao rei, mas eu e você sabemos como isso acaba. Não verei minha terra definhar por um tolo apaixonado.
— Minha lealdade é com o povo. Enquanto pensar assim, terá meus sussurros.
— Tenho trabalho para você. Deixei 50.000 dragões para meus tios. Preciso que você os faça chegar até eles, para que tenham uma vida decente até eu tomar o que é meu.
— Nesse aspecto, já estava trabalhando com um amigo para localizá-los. Meus próprios planos não serão mais úteis agora.
— Paguei um pouco da dívida da coroa ao Banco de Ferro. Sei que os rumores se espalharam sobre mim, mas poucos sabem quem realmente sou. Quando voltar à capital, mantenha a discrição, principalmente com a Companhia da Rosa. Eles estão indo para o Gargalo, mas irão separados para evitar rumores.
— Farei o meu melhor, Vossa Graça.
— Jon, por enquanto.
— Claro, Jon. Quando posso voltar à terra?
— Agora. Mas gostaria de saber mais sobre a capital, se possível.
Naquela noite, Lorde Varys me contou tudo o que pôde sobre King's Landing.