288 Essos braavos
varys(pov)
Poucas coisas me deixavam admirado, e aquele navio era uma delas. Ele era colossal; nada em termos de construção marítima se comparava a ele. Era um verdadeiro monstro do mar, e nem mesmo os navios feito pelos nascidos de ferro poderiam competir com ele. Estava no porto, ajustando os últimos detalhes com Illyrio. Precisávamos começar a mover as peças no tabuleiro. Havíamos encontrado os dragões perdidos, e agora precisávamos agir com cautela, especialmente considerando que o rei só falava em acabar com os últimos vestígios do dragão, quando não estava bêbado ou em bordéis. Não era necessário ser um grande matemático para saber que as reservas acabariam cedo ou tarde. Os dragões tinham deixado os cofres com uma quantidade de ouro muito menor do que o esperado. Ninguém sabia para onde parte do ouro tinha ido; era um mistério.
Enquanto meus pensamentos divagavam, notei um grupo de pessoas subindo pelo porto, sendo recebidas pelo próprio Meistre da cidade. Eles trocaram algumas palavras e seguiram em direção à rua principal. Quando vi o que eles estavam carregando, arregalei os olhos. Já havia visto aquele baú na Fortaleza Vermelha anos atrás.
Flashback
— Meu príncipe, o rei está solicitando sua presença e ele não está de bom humor — informei a Rhaegar Targaryen, o príncipe prateado.
— Ficaria admirado o dia em que ele estiver de bom humor. Espero que ele tenha pelo menos tomado um banho — respondeu ele com um sorriso.
— Não contaria com isso — disse eu.
Ele apenas sorriu e apontou para o embrulho em minha mão.
— Sim, consegui roubar da Companhia Dourada. Foi difícil, mas aqui está — disse a ele, entregando o embrulho. Assim que o abriu, não vi surpresa em seus olhos.
— Blackfyre. É uma espada de um rei. Eu ainda sou um príncipe — falou ele, colocando a espada no baú.
— Obrigado, Varys. Estou em dívida com você. Quando precisar de algo, por menor que seja, diga-me e eu farei — disse Rhaegar Targaryen, parecendo cansado antes de se retirar para falar com o louco.
Agora
Aquele baú era pessoal do príncipe prateado. O que ele estava fazendo ali? Precisava descobrir. Segui o grupo de perto e percebi que seu destino era o Banco de Ferro. No mínimo, era interessante. Após horas, os homens que haviam entrado foram escoltados para uma estalagem do banco. Todo homem sabia que não se brinca com o Banco de Ferro. Precisava acompanhar de longe.
Depois de algum tempo, vários saíram de lá, incluindo alguns homens mascarados que eram, na verdade, apenas soldados. Um menino, no máximo de dez anos, saiu com roupas de Braavos, mas algo chamou minha atenção: a maneira como o recepcionista o acompanhou até a porta e apontou para uma direção. O rapaz parecia maravilhado com o lugar. Quando consegui me aproximar dele, ele parecia um nortenho, com cabelos escuros e pele pálida, o que era estranho. Minhas suspeitas foram confirmadas quando ele entrou na Companhia da Rosa. Eles eram conhecidos por serem descendentes de nortenhos que não se ajoelharam aos dragões.
Assim que ele entrou, pediu para falar com o líder, mas foi ignorado até mostrar a moeda do Banco de Ferro. Eles não davam aquilo para qualquer um. O silêncio reinou na sala, e várias pessoas que estavam ali se retiraram. Não podia ficar mais; isso levantaria suspeitas. Fui direto para a saída e esperei até ele sair, o que levou toda a noite. Quando ele finalmente saiu, foi escoltado por guardas da Rosa e mancava. Após algum tempo, chegaram ao local de partida. Vi que o homem se chamava Jon; o nome não era estranho, mas não tinha tempo para lembrar agora. Me hospedei em um lugar próximo e esperei até amanhecer.
Quando o dia começou a clarear, vi um representante do banco ir até a estalagem e informar algo. Em seguida, o grupo de mascarados saiu. Seu destino, tão certo quanto ontem. Segui-os de perto. Após saírem do banco, foram até uma comitiva preparada pelo próprio banco e seguiram até a Companhia da Rosa. Algo me surpreendeu: um homem grande o chamou de "vossa graça". Não fazia sentido; eles só se ajoelhavam para os strak, ninguém mais.
— Apenas Jon. Tenho um passarinho me seguindo. Ele é careca. Se puder capturá-lo, agradeço — falei, apontando para um homem de capuz que, ao perceber, começou a correr. Os homens de Lord Reed o capturaram e o trouxeram até mim.
O menino falou: "Isso não é possível. Como ele sabe?" Tentei fugir, mas era tarde demais; fui arrastado pelos homens até ele.
— Olá, Lord Varys. Pretendia encontrá-lo no futuro, mas aqui está você.
Eu arregalei os olhos assim que vi sua fisionomia. Como era possível? Tirando o cabelo e os olhos, era Rhaegar Targaryen renascido. As peças começavam a se encaixar em minha mente: Lyanna Stark, Torre da Alegria, um bebê trazido como um bastardo. Como não vi antes? Estava ali, na cara.
— Não o machuquem. Levem-no para o navio — ordenou aos homens.
Colocaram um saco na minha cabeça e me levaram para o navio. Quando cheguei, retiraram o saco e parecia que não estava em um navio, apenas com um leve balanço. Horas se passaram até que finalmente a porta foi aberta.
dia seguinte
Jaehaerys(pov)
A conversa com o Aranha foi esclarecedora; consegui entender seus planos apenas com uma conversa. Após passarmos a noite conversando, deixei o homem descansar e fui para meus aposentos. Na manhã seguinte, segui o homem até a saída do navio.
— Espero que nossa conversa tenha sido do seu agrado — falei.
— Certamente. Ainda estou processando tudo, mas foi bastante esclarecedor.
— Varys, cuide da minha família e eu não esquecerei disso, até da minha família do Norte.
— Farei o possível.
— Informe ao rei sobre o navio, mas não mencione quem era o capitão. Pretendo fazer uma grande entrada, mas preciso de tempo.
— Farei o melhor.
— Eu tenho a espada, está guardada em um local seguro.
Vi o homem acenar com a cabeça.
— Desejo boa viagem, Jon.
— Para você também, Varys.
Falei e vi o homem retornar ao porto. Durante a manhã, observei vários navios da Companhia da Rosa partindo.
— Jon, o navio está pronto para a partida. 75 mil dragões de ouro. O último carregamento veio com uma mensagem pedindo sua parte do acordo — falou Lorde Reed.
— Eu irei em terra firme entregar — respondi.
Assim que falei, dirigi-me a um dos barcos menores e segui para o porto. Ao chegar, notei vários homens me observando com ambição nos olhos e os soldados do Banco de Ferro. Tycho estava me esperando.
— Bom, vejo que veio cumprir sua parte no acordo.
— Sou alguém de palavra. Aqui está o projeto. É um navio focado em comércio, mas mais rápido do que os seus e facilmente construído — falei, entregando o projeto ao homem. Ele pegou o caderno e o folheou.
— Foi um prazer fazer negócios com você. O carregamento foi percebido por alguns homens com más intenções. Tenha cuidado na viagem de volta ao seu destino.
— Igualmente. Tenho algo para eles.
Falei, apertando a mão do homem e retornando para o navio. Assim que embarquei, o capitão içou as velas e partimos a toda velocidade para casa.
Alto mar
— Coloque os homens em postos. Se algum navio se aproximar demais, fogo! — ordenei, a voz firme e autoritária.
O sol se inclinava para o horizonte, tingindo o céu com tons vibrantes de laranja e vermelho enquanto o "Lobo do Pantalo" avançava com majestade. O navio, carregado com ouro e Força do Dragão, cortava as ondas rumo a Westeros, o céu cada vez mais escurecendo atrás de nós.
Eu observava o mar com tensão crescente quando uma frota de piratas começou a nos alcançar. Suas velas negras e cascos envelhecidos avançavam rapidamente, como uma mancha de sombras na água. Meu coração acelerou ao ver os navios inimigos, a promessa de combate e destruição se aproximando com cada segundo que passava.
— Preparar arpoões e escorpiões! — gritei, enquanto a equipe se movia rapidamente para cumprir as ordens. A atmosfera estava carregada de tensão; os homens estavam silenciosos, mas com a determinação estampada em seus rostos.
Quando os piratas estavam a uma distância segura, sinalizei para iniciar o ataque. Os arpoões partiram dos escorpiões com um estalo agudo, cruzando o ar em um voo mortal. O som metálico dos arpoões se fixando nos cascos dos navios inimigos foi seguido por um estrondo crescente enquanto o líquido negro, a Força do Dragão, começava a espalhar-se.
— Disparem flechas de fogo! — ordenei, e imediatamente as flechas incandescentes voaram em direção aos navios inimigos. O impacto gerou explosões ensurdecedoras, chamas e fumaça se espalhando em uma cena apocalíptica. As embarcações inimigas eram engolidas por uma onda de destruição, os piratas gritando em desespero enquanto tentavam apagar os incêndios e proteger suas vidas.
Os piratas, com a situação se deteriorando rapidamente, lançaram flechas flamejantes em nossa direção. No entanto, a maioria desses ataques não causou dano significativo ao nosso navio, graças às nossas defesas bem preparadas. Cada explosão dos nossos escorpiões parecia mais devastadora que a anterior, e os gritos dos piratas misturavam-se ao rugido das chamas.
A batalha se desenrolava com uma violência brutal. Os piratas começaram a recuar, suas embarcações tremendo e a maioria já em chamas. O caos se espalhou entre eles, e o campo de batalha rapidamente se encheu com o som de madeira estilhaçada e água sendo tumultuada.
Após um tempo, o campo de batalha mergulhou em um silêncio sombrio, quebrado apenas pelos esporádicos estalos de chamas e o crepitar do fogo. Os navios inimigos, agora em ruínas ou em retirada, deixaram de representar uma ameaça.
-nunca vi uma chama assim queima ate na agua
falou lorde reed olhado para os navios inimigos em chmas
Com a batalha encerrada e o horizonte mostrando promessas de novos desafios, preparei-me para a próxima etapa da jornada. A vitória era nossa, mas o retorno a Westeros ainda nos aguardava com novos desafios e perigos.
dias depois
Durante a viagem, alguns corajosos tentaram, mas encontraram o mesmo destino: fogo e sangue. Os marinheiros ficaram impressionados com o poder de fogo; o navio parecia imbatível. Nossa viagem estava chegando ao fim e, se as coisas tivessem seguido meu planejamento, Varys chegaria à capital e informaria sobre o navio. O rumor logo morreria; eu precisava esconder o navio até estar pronto para a batalha.
— Parem o navio, estamos ao alcance dos lobos selvagens. Esperem o anoitecer para partirmos para o porto — ordenei ao capitão. Não queria que os rumores chegassem ao Gargalo. Fui para a cabine e comecei a traçar projetos. Precisava de comida para os homens que chegariam. Terminaríamos a construção do Porto do Leste e iniciaríamos o do Oeste. Se tudo corresse bem, a construção já estaria a todo vapor com 600 trabalhadores experientes: 200 no Oeste, 200 no Leste e 100 na construção de uma estrada que cortaria o Gargalo ao meio, ligando os dois portos. Também precisava capacitar os 1.000 homens da Companhia da Rosa nas novas técnicas de construção.
Ao cair da noite, rumamos para a costa e deixamos o navio a uma distância segura. Daria 10 moedas de ouro para cada trabalhador; o custo seria em média de 5.500 moedas de ouro. Lorde Reed tinha o controle de quem trabalhou mais e quem trabalhou menos, o que resultaria em um total de 69.500 moedas sobrando — mais do que o Norte possuía em sua totalidade. Teria que administrar bem essa quantia.
Pagaríamos bem os trabalhadores, mas conforme a dificuldade do serviço. Saindo desses pensamentos, notei um grupo de homens com tochas acesas na praia; a estrutura do porto começava a se formar.
— Bem-vindos de volta, pai — disse Meera, abraçando o pai.
— É bom estar em casa. Algum problema? — perguntei.
— Apenas bêbados falando como vão beber até cair com o dinheiro.
— Bom, isso é bom. Ordem aos homens: precisamos tirar a quantia de lá e levar a Atláida Água.
Depois disso, os guardas foram em direção ao acampamento para acordar os outros e começar o descarregamento. Durante a noite, retiraram todo o ouro que estava em baús grandes e pequenos, separando o ouro dos 300 trabalhadores que estavam aqui e enviariam o pagamento para os 300 da Costa Oeste.
Quando a manhã chegou, a notícia tinha se espalhado. Vários trabalhadores festejavam; eu não dormi a noite inteira, precisando organizar tudo.
— Bom, aqui está o pagamento de vocês. Lorde Reed cuidará dos pagamentos. Serão 10 moedas de ouro para cada um, dependendo do quanto trabalharam, mas o mínimo é 5. Aproveitem. Para aqueles que quiserem ficar, terão um salário de 2 moedas por semana. Porém, hoje é dia de descanso; amanhã o trabalho ficará a todo vapor.
Após minha fala, os homens gritaram "Viva o Lobo do Pantalao!" e eu fui em direção a uma tenda e dormi.
dia seguinte
Acordei com meu corpo doendo — não era para menos, dormi o dia inteiro e a noite inteira. Notei um movimento de várias pessoas; o sol parecia ter acabado de nascer. Sai de minha cabine e encontrei Lorde Reed.
— Jon, ninguém saiu. Festejaram ontem e hoje estão focados no trabalho. Conforme seu projeto, precisamos ir ao local de construção.
Quando chego ao local onde o novo porto será erguido na costa leste do Gargalo, sinto uma mistura de expectativa e entusiasmo. O terreno é um vasto campo de atividade, ainda em seus estágios iniciais de desenvolvimento. O som do trabalho é incessante, uma combinação de martelos, serras e o ruído das máquinas de construção.
O chão, ainda coberto de terra solta e detritos, é onde as fundações estão sendo lançadas. Pilares de pedra são colocados cuidadosamente, e os trabalhadores estão ocupados erguendo as estruturas de suporte para as docas. Vejo grandes blocos de pedra empilhados ao longo da costa, preparados para serem moldados em muros e cais. A visão é um caos ordenado de esforço coletivo, com homens e mulheres se movendo rapidamente de um lado para o outro, carregando materiais e realizando tarefas.
Os primeiros sinais das docas começam a tomar forma. Estruturas de madeira estão sendo levantadas, e os trilhos de ferro para os guindastes estão sendo instalados. As fundações são imensas, projetadas para suportar não apenas os grandes navios de guerra e mercantes, mas também as inúmeras atividades que ocorrerão aqui. É um trabalho monumental, e eu posso sentir a ambição por trás de cada ação.
O cenário ao redor é uma mistura de elementos naturais e criados pelo homem. O mar ainda está calmo e vasto, com ondas suaves batendo contra a costa rochosa. O horizonte é pontilhado com as silhuetas das torres de construção e das gruas, todas se erguendo contra o céu.
Enquanto o sol começa a se pôr, o local ainda está iluminado pelos lampiões de trabalho e pelas tochas dos trabalhadores. As sombras das estruturas inacabadas se alongam sobre o campo de construção, criando um contraste dramático com a luz dourada do entardecer. Há uma sensação palpável de potencial no ar, e eu não posso deixar de me maravilhar com o futuro grandioso que este porto representará.
O som da construção continua até tarde da noite, e eu sinto um senso de orgulho por estar aqui, testemunhando os primeiros passos desse projeto monumental. O porto ainda está em formação, mas a visão de sua grandeza futura é clara, e a promessa de uma nova era para o Gargalo está se tornando uma realidade a cada dia que passa.
Lorde Varys(pov)
Porto real
Senti o cheiro desagradável à distância; aquela cidade era muitas coisas, menos cheirosa. No entanto, parecia estar cheia de vida. Ao desembarcar no porto, percebi a dimensão do navio e imaginei o que ele faria quando se sentasse no Trono de Ferro. Fui em direção à Fortaleza Vermelha, pensando em uma história convincente, já que os rumores provavelmente já haviam chegado. Assim que entrei, fui direto aos meus aposentos, tomei um banho e pedi para um dos criados informar sobre minha chegada e convocar uma reunião do Pequeno Conselho.
Quando cheguei à sala de reuniões, percebi que todos estavam presentes, exceto o rei.
— Lorde Varys, espero que sua viagem tenha sido agradável — disse Jon Arryn, visivelmente mais velho do que eu lembrava.
— Certamente, mas trago notícias não muito agradáveis — respondi, observando a reação dos presentes. Renly e Stannis Baratheon se acomodaram em seus lugares, a Mão ficou tensa, e Lorde Baelish parecia indiferente. As portas se abriram, e um odor desagradável invadiu o ambiente.
— Em nome dos deuses, eunuco, por que me tirar de minha diversão? O que é tão importante? — questionou o rei ao entrar, acompanhado por Sor Barristan Selmy.
— Receio que sejam notícias do Leste — respondi.
— Vamos, vamos, não tenho o dia todo — apressou-se o rei.
— Bom, não consegui localizar os dragões em Essos, mas obtive informações sobre o Banco de Ferro. Parece que os 200 mil galeões de ouro que faltavam aos cofres estão em posse do Banco de Ferro.
— Veja, Jon, ouro dos dragões. Vamos pegá-lo — disse o rei.
Todos na sala ficaram tensos; ninguém brinca com o Banco de Ferro.
— Está em nome de Rhaegar Targaryen, Vossa Graça. Apenas um parente pode solicitá-lo. Acredito que somente meu informante e as pessoas nesta sala saibam disso — expliquei.
O rei levantou-se de repente.
— EU EXIJO ESSE OURO! SE OS DRAGÕES PUSEREM AS MÃOS NELE, VIRÃO ATRÁS DE NÓS!
— Vossa Graça, isso não é possível. O Banco de Ferro é famoso por respeitar o ouro em sua posse — disse a Mão.
— Mas se os dragões souberem, estaremos dando a eles a oportunidade de comprar um exército — falou Lorde Baelish.
— Veja, até o pequeno homem sabe — , não conseguindo esconder um leve sorriso. Lorde Baelish não poderia ir contra o rei.
— Não podemos ir contra o Banco. Temos que encontrar os dragões e matá-los — afirmou a Mão.
— Isso está bastante difícil. Ninguém os viu. Rezemos para que estejam mortos — falei, e todos concordaram, exceto o cavaleiro atrás do rei, que parecia ter engolido uma espada.
— Tenho outras notícias, e isso não são rumores. Eu vi.
— E sobre o navio misterioso? — perguntou Stannis.
— Os boatos são verdadeiros; era enorme, com 50 pés de comprimento. — Todos prestaram mais atenção.
— Sob que bandeira navegava? — indagou a Mão, com Lorde Baelish agora visivelmente atento.
— Nenhuma. Era tripulado por homens com máscaras, sem bandeiras. Pelo que ouvi, não ficaram muito tempo; fizeram algum acordo com o Banco de Ferro e com a Companhia da Rosa antes de partir para o desconhecido. Posso dizer que quem o construiu está além de qualquer pessoa normal.
— É mentira, é impossível — disse o mestre dos navios.
— Asseguro-lhe, meu lorde, é verdade. Tinha três mastros de vela. Não pude ver muito, mas uma coisa é certa: é magnífico. Acho que tal conhecimento está em posse do Banco de Ferro agora — respondi, vendo Stannis pensativo.
— Você me surpreende, lorde Varys. Como conseguiu informações do Banco de Ferro? — perguntou baelish,
— Lamento, mas não posso revelar. Se o Banco de Ferro souber, acredito que meu informante estará morto, e não terei informações no futuro — expliquei.
— Bom, esse navio é apenas um. Espero ver tal coisa algum dia. Ache os dragões e acabe com eles. Sor Barristan, vamos, estou ansioso para aproveitar — disse o rei. Em seguida, todos saíram. Que o jogo comece.