**Capítulo 1: O Começo de uma Lenda**
Aureliano olhava para a vastidão do mar à sua frente. As águas eram calmas, mas seu coração estava agitado. Estava em um pequeno barco, remando em direção à ilha Honey, um local tão perigoso quanto secreto, conhecido apenas pelos piratas mais infames do Novo Mundo. A ilha, escondida nas sombras da criminalidade, era agora o ponto de encontro de uma força em ascensão: os Piratas Rocks.
Aos 19 anos, Aureliano não era um nome que causasse temor ou respeito. Ele não tinha uma aparência impressionante ou uma aura ameaçadora. Seu corpo era esguio, seus olhos, embora atentos, não refletiam o poder que muitos esperavam em um pirata. Mas ele tinha algo que ninguém ali compreendia completamente: a liberdade de ir onde quisesse, desde que já tivesse estado lá. Seu poder de "jump" lhe dava a capacidade de teleportar-se para qualquer lugar conhecido. Porém, Honey Island era um território novo para ele, um lugar onde nunca havia pisado antes. Por isso, a única maneira de chegar lá era da forma tradicional, remando em um simples barquinho.
Finalmente, as margens da ilha começaram a surgir à distância. Aureliano sentiu um arrepio de excitação correr pela espinha. Ele sabia que o que estava prestes a testemunhar moldaria o futuro dos mares. Os Rocks estavam se formando, e ele queria fazer parte disso.
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Atravessando as ruas estreitas e sombrias de Honey Island, Aureliano notou que, apesar da tensão no ar, ninguém prestava muita atenção a ele. Para os outros piratas, ele era apenas mais um jovem aspirante, alguém sem grande importância em meio aos gigantes que se reuniam ali. Ele sabia que não possuía a força bruta de Barba Branca, o carisma devastador de Rocks D. Xebec, ou o poder destrutivo de Charlotte Linlin. Mas ele tinha algo diferente: o desejo ardente de ser livre e fazer parte da história que estava sendo escrita naquele momento.
Ele encontrou um pequeno bar escondido entre os becos, o tipo de lugar onde informações e segredos se trocavam como mercadorias. Ao entrar, o cheiro de rum barato e suor o atingiu como uma onda. Vários piratas estavam espalhados pelo ambiente, discutindo em tons baixos, bebendo e ocasionalmente soltando gargalhadas roucas.
Aureliano caminhou até o balcão e pediu uma bebida simples. O barman, um homem com uma cicatriz profunda atravessando o rosto, entregou-lhe o copo sem dizer uma palavra. Aureliano sabia que não se destacava naquele lugar. Sem uma presença ameaçadora ou um nome reconhecido, ele passava despercebido, o que, para ele, era uma vantagem.
Ele levou o copo aos lábios, mas antes de beber, seus olhos se fixaram em uma figura ao longe. Sentado em uma mesa afastada, estava um jovem Edward Newgate, o futuro Barba Branca, embora naquela época ele ainda não tivesse ganho o apelido. Ao seu lado, Charlotte Linlin, conhecida como Big Mom, e Golden Lion Shiki, todos em conversas baixas e tensas. Mas a figura que mais capturava a atenção de Aureliano era a do homem sentado à cabeceira da mesa: Rocks D. Xebec, o capitão que planejava dominar o mundo.
Aureliano sentiu o coração acelerar. Esses eram os titãs dos mares, figuras lendárias cujas histórias ecoariam através dos séculos. E ali estava ele, um jovem que poucos notavam, com um poder que ninguém entendia completamente.
Ele terminou sua bebida e tomou uma decisão. Se quisesse fazer parte daquela história, precisaria se apresentar, mostrar que tinha algo a oferecer. Mas como? Ele não era o mais forte ou o mais temido, mas sabia que seu poder era único.
Lentamente, Aureliano se aproximou da mesa onde os grandes se reuniam. Todos os olhares se voltaram para ele, avaliando-o, julgando-o. Um silêncio pesado caiu sobre o bar enquanto ele parava diante de Rocks.
"Eu sou Aureliano," disse ele, sua voz firme apesar do nervosismo. "E eu quero me juntar a vocês."
Os piratas ao redor começaram a rir, um riso de deboche. Um jovem desconhecido sem poder ou reputação se oferecendo para se unir à tripulação mais poderosa do mundo? Era ridículo.
Mas Rocks D. Xebec não riu. Seus olhos penetrantes fixaram-se em Aureliano, avaliando-o de uma forma que fez o jovem sentir como se estivesse sendo despido por dentro.
"E o que você tem a oferecer, garoto?" Rocks finalmente perguntou, sua voz profunda e perigosa.
Aureliano não hesitou. "Eu posso ir a qualquer lugar, a qualquer momento," respondeu, mantendo o olhar firme no capitão. "E eu posso levar qualquer um comigo. Não sou o mais forte, mas sou o mais livre. E em um mundo onde todos buscam poder, a liberdade é o maior poder de todos."
O silêncio caiu sobre a mesa. Os olhos de Rocks brilharam com um interesse genuíno. Ele sabia o valor de alguém que poderia se mover livremente, sem restrições, especialmente em tempos de guerra e conflitos.
Finalmente, Rocks se recostou na cadeira e sorriu, um sorriso que não trazia conforto, mas sim promessas de caos. "Veremos, garoto. Veremos se você é realmente o homem mais livre do mundo."
E assim, com essas palavras, Aureliano deu o primeiro passo para se tornar parte da lenda dos Rocks. Ele sabia que a jornada seria longa e perigosa, mas estava preparado. Afinal, ele não era o mais forte, mas era o mais livre, e em um mundo tão vasto e imprevisível, isso poderia ser tudo o que ele precisava.
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Assim começa a saga de Aureliano, o "Homem Mais Livre do Mundo", um jovem que, vindo de um lugar distante e desconhecido, estava determinado a deixar sua marca na história do mundo de One Piece. Seu poder não estava na força bruta, mas na liberdade absoluta, uma habilidade que o tornaria um dos piratas mais temidos e respeitados dos mares.