**Capítulo 4: O Início da Ansiedade**
A vasta sala de reuniões da base da Marinha estava envolta em um silêncio tenso. Almirante Kong, um gigante de homem conhecido por sua força bruta e autoridade inquestionável, estava sentado à cabeceira da mesa, seus olhos fixos na tela à sua frente. Ao seu redor, as futuras "estrelas" da Marinha aguardavam em expectativa. Monkey D. Garp, com seus músculos esculpidos como os de uma estátua grega, exalava uma confiança quase despreocupada. Ao seu lado, Tsuru, com um olhar afiado e analítico, e Sengoku, com seu semblante sério, estavam mais atentos, prontos para absorver cada detalhe.
O vídeo começa a rodar, mostrando a última localização conhecida do vice-almirante desaparecido. A imagem é estática por alguns momentos até que, em um piscar de olhos, algo impossível acontece: uma figura indistinta aparece atrás do vice-almirante e, em menos de um segundo, ele simplesmente some. Não há luta, não há resistência; apenas um desaparecimento súbito e perturbador.
Kong, mantendo a calma, fala, sua voz grave ecoando pela sala:
— Como vocês podem ver, parece ser obra de um usuário de Akuma no Mi. É uma habilidade bem preocupante.
Garp, apesar do que viu, mantém sua postura relaxada, até um pouco entediado. Para ele, isso era apenas mais uma curiosidade, uma distração no grande jogo que ele adorava jogar. Mas Tsuru, por outro lado, não escondia sua preocupação. Ela franze a testa, refletindo sobre o que acabara de ver, enquanto Sengoku mantém uma expressão ponderada, claramente inquieto com o que a habilidade daquele homem poderia significar para a segurança dos mares.
— Hmm, então foi assim que ele desapareceu. Intrigante... — murmurou Tsuru, com uma voz tão calma quanto tensa.
O trio dourado, mesmo que ainda não estivesse completamente ciente, sentia que uma nova ameaça estava se desenrolando diante de seus olhos. Algo que poderia trazer consequências significativas para a Marinha e o mundo como um todo. O desconforto, ainda que silencioso, se instalou em suas mentes. A ansiedade começava a brotar.
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A cena muda abruptamente para uma imensa sala de reuniões em um dos prédios luxuosos da Ilha Honey. A atmosfera estava elétrica, carregada com a presença dos piratas mais temidos do mundo. No centro de tudo, Rocks D. Xebec, o líder do grupo que começava a dominar os mares, observava seus comandantes reunidos. Charlotte Linlin, Shiki, Edward Newgate, e outros, todos estavam ali, aguardando as palavras de seu capitão.
Rocks, com seu habitual sorriso predatório, que deixava claro seu desejo insaciável por poder, começou a falar, sua voz ressoando com uma autoridade que não poderia ser contestada:
— Então, hoje devemos, de uma vez por todas, tomar o controle desta ilha e, assim, expandir e dominar este mar inteiro!
O haki do conquistador de Rocks vazou, enchendo a sala com uma pressão esmagadora que fez todos os presentes se endireitarem em seus assentos, tensos e, ao mesmo tempo, excitados. Eles sabiam que o momento que esperavam estava finalmente chegando. Mas foi a próxima frase de Rocks que trouxe surpresa a todos.
— E quem vai liderar e será o grande executor é nada mais nada menos que Aureliano!
Um silêncio desconfortável se seguiu. Todos se entreolharam, confusos. "Quem?", essa era a pergunta que dominava suas mentes. Mesmo os mais poderosos e influentes presentes, como Linlin, Shiki e Newgate, pareciam perplexos. Aureliano não era um nome que eles estavam acostumados a ouvir. Na verdade, ele parecia quase invisível para eles, uma presença tão insignificante que havia passado despercebida por todos desde o primeiro encontro.
Então, como se estivesse sempre ali, como uma sombra nascida da própria escuridão, Aureliano apareceu no canto da sala, próximo a uma janela. Big Mom, surpreendida, virou-se rapidamente, os olhos arregalados em confusão:
— Ué, não tinha ninguém ali, tinha?
Aureliano, mantendo sua compostura calma, olhou em volta para todos os rostos surpresos, e então fixou seu olhar em Rocks. O jovem pirata se lembrava claramente da "pequena" tarefa que Rocks lhe havia dado. Naquele mesmo dia, Rocks havia ordenado que ele lidasse com todos os líderes dos grupos piratas da ilha — enviando-os diretamente para Impel Down, o que, de certa forma, parecia irônico, pois ele, um pirata, estava realizando o trabalho de um marinheiro. Mas ele entendia o plano: Rocks queria decapitar as facções e absorver o restante dos piratas, sem líderes para os guiar.
Enquanto todos ainda estavam perplexos, Rocks sorriu com sua característica malícia e disse com firmeza:
— Não se preocupem, Aureliano aqui tem o que é necessário para cumprir esta tarefa importante!
Newgate, não convencido, franziu a testa e questionou:
— Capitão, não sei por que você confia e acredita nesse cara. Olha para ele, eu sinto que ele não é forte.
Linlin e Shiki concordaram com um aceno de cabeça. Parecia que nenhum dos veteranos confiava na capacidade de Aureliano.
Rocks, rindo de forma debochada, respondeu:
— Bom, é ver para crer então. Aureliano, é com você!
Aureliano, sem qualquer hesitação, respondeu calmamente:
— Tudo bem.
O capítulo termina com uma sensação de antecipação crescente, enquanto todos os olhos estão fixos em Aureliano, o homem que muitos subestimavam, mas que estava prestes a mostrar o porquê de Rocks D. Xebec ter tanta confiança nele.