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Chapter 3 - **Capítulo 3: O Peso da Liberdade**

**Capítulo 3: O Peso da Liberdade**

Rocks D. Xebec observava Aureliano atentamente, seu olhar fixo no jovem pirata que acabara de se comprometer a realizar um ato que muitos considerariam impossível. Por mais que Rocks soubesse que Aureliano acreditava em suas próprias palavras, ainda havia uma margem de dúvida. Muitos piratas aspirantes haviam chegado até ele com bravatas e sonhos impossíveis, mas poucos tinham o poder para torná-los reais.

Então, quando Aureliano simplesmente desapareceu diante de seus olhos, em um piscar de olhos, a mente de Rocks começou a trabalhar a mil por hora. O garoto não estava mentindo. Ele realmente podia fazer aquilo. Aureliano não tinha uma aura de poder esmagadora, não irradiava aquela força natural que Rocks via em homens como Barba Branca ou Shiki. Mas, mesmo assim, havia algo nele — algo que Rocks não conseguia ignorar.

Ele sentiu uma presença incomum no jovem, algo que ele inicialmente não conseguira identificar. Agora, Rocks compreendia que o haki de Aureliano, embora ainda em crescimento, era afiado e focado, como olhos invisíveis que varriam tudo ao redor. O poder de observação do garoto era perigoso, mais do que qualquer força bruta poderia sugerir. E, se o que Aureliano dissera fosse verdade — que ele poderia levar outras pessoas com ele —, isso o tornava uma ameaça ainda mais insidiosa.

Enquanto Rocks considerava as implicações, ele ouviu um leve zumbido no ar, seguido pela repentina reentrada de Aureliano no ambiente. Não se passaram nem dez segundos desde que ele desaparecera, e agora, ele estava de volta. Mas não estava sozinho.

Um Vice-Almirante da Marinha estava ao lado de Aureliano, seus olhos arregalados em confusão e terror. O homem estava em meio a dar ordens a seus subordinados quando, em um piscar de olhos, se viu transportado de sua base naval diretamente para a presença do pirata mais temido do mundo. Ele sentiu um arrepio percorrer sua espinha no exato momento em que Aureliano apareceu atrás dele. Foi só então que ele percebeu o perigo, mas era tarde demais.

Rocks, com um semblante agora sombrio, cruzou os braços e observou o Vice-Almirante que, desorientado, tentou processar o que havia acabado de acontecer. "Então é real," pensou Rocks, mal acreditando no que seus olhos viam. Aureliano não era apenas mais um pirata ambicioso com sonhos grandiosos. Ele era algo muito mais perigoso. Um ser que podia virar o jogo do mundo pirata de cabeça para baixo em segundos.

O Vice-Almirante, ainda atordoado, instintivamente levou a mão à sua espada, seu corpo movido pela intenção de lutar. Mas essa decisão selou seu destino. Antes que ele pudesse sequer sacar a lâmina, Rocks moveu-se com uma velocidade que desafiava a percepção, seu punho revestido em haki avançado rasgando o ar e colidindo diretamente com o peito do Vice-Almirante. O golpe foi devastador, esmagando a armadura do homem e interrompendo qualquer esperança de contra-ataque.

Aureliano observou tudo através de seu haki da observação, cada detalhe da velocidade e poder de Rocks gravado em sua mente. Ele sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao testemunhar a facilidade com que Rocks despachou o Vice-Almirante. Aureliano sempre soubera que Rocks era um monstro, mas ver isso em ação era uma experiência completamente diferente. Ele agora compreendia que, apesar de seu poder único, ainda havia muito que ele precisava aprender, muito a ser treinado, se quisesse sobreviver neste mundo governado por titãs.

Rocks voltou sua atenção para Aureliano, seus olhos brilhando com uma nova compreensão. "Você é mais interessante do que eu imaginava, garoto," disse ele, sua voz pesada com a promessa de novos desafios. "Mas não se engane. Este é apenas o começo. O poder que você tem pode mudar tudo, mas só se você tiver a força para controlá-lo."

Aureliano assentiu lentamente, as palavras de Rocks ecoando em sua mente. Ele precisava ser mais forte, muito mais forte, se quisesse evitar o destino que acabara de testemunhar no Vice-Almirante. A visão do corpo inerte do homem no chão servia como um lembrete gritante de que, neste mundo, poder e liberdade eram inseparáveis. E, se ele quisesse ser verdadeiramente livre, precisaria de ambos.

O capítulo terminou com Aureliano olhando para o céu através da janela do prédio, a lua cheia brilhando no horizonte. Este era apenas o começo de sua jornada, uma jornada que o levaria a lugares inimagináveis — e a desafios ainda maiores.