{ 25/08/1992 - 07:30 }
As Lovegood chegaram à casa dos Weasley através de um portal criado por Harry. Molly e Arthur os receberam calorosamente e os levaram aos quartos de hóspedes quando escutaram de Harry que a casa das duas acabara de ser destruída. Após se instalarem, todos se reuniram na sala de estar para conversar sobre o que havia ocorrido e como era possível Harry escutar orações, principalmente uma oração que se ele não tivesse atendido, com certeza teria ocorrido uma catástrofe na família Lovegood.
Harry havia desempenhado um papel crucial ao salvar Luna e sua mãe numa velocidade e proficiência de agir antes que tudo fosse tarde demais. Ele tinha estado em pensamento profundo sobre algo oculto enquanto conversavam sobre o evento, e estudando a garotinha loira de olhos lilás que brincava no canto com Gina, foi que ele enfim perguntou:
- Desde quando Luna pode enxergar criaturas Eldritch? - Harry indagou para Atena, enquanto via ela tomar uma xícara de chá com um ar de tranquilidade inabalada, mesmo em meio a uma catástrofe que poderia ter levado a vida dela e da própria filha.
- Criaturas Eldritch? - Molly indagou confusa, com Arthur dando de ombros sem saber o que era isso.
- Atena, me responde à pergunta. - Harry continuou seriamente. - Desde quando sua filha pode enxergar o Reino entre os Reinos?
Atena, no entanto, parecia completamente tranquila e serena. Harry não conseguia entender como ela podia manter essa calma inabalável em meio a um acidente como aquele.
Luna deu indício de querer se levantar e seguir alguma coisa no canto de visão de Harry, mas que logo o mesmo a interrompeu como um pai censurando a filha:
- Luna! - Harry a chamou com autoridade, tendo a menininha travando no lugar, como se tivesse sido pega fazendo algo errado. - Continue brincando com Gina, é falta de educação abandonar seus amigos. - Finalizou ele vendo que a menininha iria seguir o pequeno homenzinho grotesco no chão, mas o que ela não via e Harry, sim, era que essa pequena e inofensiva criatura grotesca, estava sendo seguida da porta por uma bem maior e malévola, que parecia que a mente da menina não podia compreender e enxergar.
- Eu acho que é só uma questão de estar aberto para essas coisas. Muitas pessoas fecham suas mentes para o que é diferente ou incomum. - Atena respondeu com a maior calmaria do mundo, sob tensão dos Weasleys que nunca viram esse estado autoritário e sério vindo do Potter. - Eu mesma tive um sonho noite passada, que por mais que tenha sido estranho, não quer dizer que foi verdade. Digo, eu nunca tinha visto meu rosto em um sonho, e foi a coisa mais estranha que já ocorreu.
- Viu seu próprio rosto? - Harry indagou, interrompendo abruptamente o copo de água que bebia.
- Sim, estava eu e Luna indo dormir enquanto minha Poção de Clarividência era finalizada na fermentação do laboratório, e no meio da noite algo parece ter dado errado, já que a casa inteira explodiu, levando-me e minha garotinha para nossa próxima grande aventura. - Atena explicava com um jeito engraçado, mas que Harry finalmente notava um ar de preocupação no fundo do tom de voz da mulher. - Era como se eu assistisse tudo em terceira pessoa, mas no fim, mesmo com nossos corpos destruídos e eu acordando desse pesadelo, nada de mal ocorreu.
- Como nada de mal ocorreu? - Harry indagou sobre o absurdo disso, quando essa mulher claramente estava dizendo que sonhou com algo que ocorreu minutos atrás.
- Bom, no meu sonho nós havíamos morrido, mas na realidade você surgiu e nos salvou. - Atena disse novamente com a maior calma do mundo. - Eu te agradeço eternamente, Aslan Potter. - Concluiu ela, com uma nova vozinha surgindo ao lado.
- É Rei Aslan, mamãe. - Luna apareceu com seus cativantes e brilhantes olhos lilás. - E temos que nos curvar assim. - Concluiu ela segurando com as duas mãos a ponta do vestido, realizando uma reverência.
- Não se curve, por favor. - Harry cortou a menininha, com um toque gentil no ombro. - E é Harry... só Harry, certo, gracinha? - Harry indagou fingindo um flerte brincalhão, com a menininha fugindo de volta para sua melhor amiga toda tímida.
- Bom, uma pena ter que recomeçar todo aquele projeto... mas é a vida. - Atena disse com um bocejo cansado. - Pelo menos encontrei um. - Disse ela secando Harry de cima embaixo.
- Um o quê? - Harry indagou confuso.
- Um médium, profeta, alguém com capacidade de premonição e clarividência como venho tentando fermentar minha poção. - Atena dizia a tudo, com Molly e Arthur somente assistindo à troca dessa estranha conversa. - Não sei como consegue, se é magia antiga, ou alguma poção super poderosa... mas sei que você vê mais do que aparenta, principalmente com como está se mostrando preocupado com minha filha se ela pode ou não enxergar o que você é capaz.
Com curtos segundos de silêncio, mas um período extremamente longo de pensamentos, foi que Harry somente olhou para Luna, os Weasleys, a porta da qual duas criaturas Eldritch logo saiam quando perceberam que ninguém ali era capaz de vê-los, e assim voltou seu olhar para Atena.
- Não... - Harry disse forçando um sorriso. - Só o que vejo é minha própria insanidade, e uma longa e feliz vida para você, tá bom. - Harry se levantou enquanto se espreguiçava. - Enfim, só tente não explodir sua casa com a filha dentro, isso também beira a um tipo de insanidade. - Finalizou o mesmo fingindo brincadeira, porém ainda perplexo com a serenidade e estranha personalidade dessa Atena Lovegood.
Como ela podia ser tão calma e tranquila em meio a um acidente como aquele? A criança estava com os olhos destruídos a um nível que seria difícil até mesmo curar com magia, e acreditava ele que só alguém muito capaz seria capaz de ajudar, com sorte do mesmo ter acesso ao Elixir da Vida vindo da Pedra Filosofal incrustada no seu braço, pois do contrário estaria ele desesperado para salvar as duas. E assim saindo da casa com a desculpa de ir tomar um ar, foi que Molly, Arthur e Atena olharam para Harry com desconfiança.
- Você vai voltar para a casa Lovegood, não vai? - Perguntou Molly, preocupada com a maneira que Harry vinha agindo desde que pareceu entrar em transe pouco antes de sumir em um portal de sua casa, e surgir rapidamente com duas conhecidas que quase foram mortas em um acidente magico.
Harry não respondeu, mas sua expressão confirmou a suspeita de Molly. Ele se afastou rapidamente e saiu da casa dos Weasleys de forma enigmática, deixando todos com a sensação de que ele estava indo em direção ao local do acidente naquele portal esmeralda que o engoliu no manejo de seus braços.
Molly, Arthur e Atena ficaram em silêncio por alguns instantes, pensando no que fazer. Sabiam que Harry era capaz de enfrentar grandes perigos e que, se ele estivesse planejando alguma coisa, provavelmente seria algo muito arriscado.
- Eu confio em Harry. Se ele está planejando algo, é porque sabe o que está fazendo. - Finalmente, Atena quebrou o silêncio. Sob suspiro de Molly, que não sabia como sua amiga podia ser tão indiferente e confiante nessa calma toda, principalmente com alguém que acabou de conhecer.
- É Rei Aslan, mamãe. - Luna a corrigiu enquanto brincava com Gina.
- Claro, minha filha. - Atena suspirou enquanto via que finalmente encontrou alguém que entenderia sua garotinha e poderia a proteger do sobrenatural que Luna sempre dizia ver. - Rei Aslan. - Finalizou ela testando o título em sua voz, e concordava que era bem agradável e combinava com o rapaz, mesmo que ele não estivesse à vontade para carregar esse título ainda.
{ 01/09/1992 - 10:00 }
A reconstrução da casa Lovegood foi rápida e eficaz pelo uso de magia que o sistema magico de emergência realizou na cena do acidente, Luna que queria ainda brincar com Gina, ia na Toca durante toda a estadia de Harry lá, visando sempre brincar com sua melhor amiga e cativar ainda mais seu herói, que fazia a ruiva adorar ainda mais sua amiga por manter por perto o herói das duas, seja conversando ou brincando dos jogos delas duas.
Todos os dias Harry brincava com as garotinhas, estudava com Percy, corrigia as poções e bugigangas que os gêmeos planejavam, escutava Ron reclamar sobre as artes das trevas e a Sonserina, e junto a isso passava a noite toda com Molly no quarto, e as manhãs recebia Arthur que se mostrava cansado e aceitava de bom grado largar seu Alter Ego, voltando assim a sua forma feminina de Arthuriana, na qual recebia uma massagem completa, e mais algumas coisas até pegar no sono.
E quando menos percebeu, logo era primeiro de setembro, todas as coisas de Harry já estavam empacotadas em sua maleta engana trouxa presa a pulseira dele, o mesmo se encontrava na sala de estar enquanto escutava a cacofonia de conversas e ordens de Molly, que mandava seus filhos guardarem todos os materiais apressadamente, pois mais um atraso e eles perdiam o trem.
[ ... ]
- Harry, querido, você tem certeza de que está bem? - Perguntou Molly Weasley com uma expressão de preocupação em seu rosto. - Eu sei que você teve férias difíceis e estou preocupada com você.
- Estou bem, Molly. - Respondeu Harry com um sorriso reconfortante. - Eu tive férias ótimas com seus filhos me buscando, só preciso resolver algumas coisas aqui e nada mais. - Indicou ele tocando a lateral da cabeça, dando a entender que tinha muitos pensamentos sem conclusões, e só assim ele conseguiria normalizar as coisas em sua vida.
Os Weasleys sorriram em apoio enquanto viam seus filhos atravessar a plataforma da sociedade No-mag que ligava ao Expresso de Hogwarts, um evento que vinham fazendo todos os anos para que toda a ninhada se sentisse acolhido por essa atmosfera, e vendo a alegria da pequena Gina valia muito a pena fingir ignorância de onde era a plataforma só para sua garotinha estar toda eufórica, igual Ron se mostrou ano passado, e toda sua ninhada se mostrava quando chegava sua vez de ir para o castelo.
Harry, que estava logo atrás de Arthur, no qual tocou as costas da esposa e assim andavam para plataforma magica oculta na pilastra, logo teve Harry os acompanhando quando na frente do Potter os mais velhos sumiram, fazendo Harry dar de cara com a passagem solida.
- Que filho da puta. - Harry praguejou com uma dor desgraçada por bater o nariz e testa na pilastra. - Oh caralho, que porra é essa. - Logo ele se ligou quando novamente se aproximou e dessa vez chocou sua mão na pilastra mágica, realmente sentindo que a parede era solida.
Harry sentou-se em um banco próximo à plataforma 9 ¾, olhando atentamente para a parede de tijolos. Ele estava esperando que a plataforma se abrisse, como sempre fazia quando ia para Hogwarts. Mas algo estava diferente. A plataforma não parecia querer se abrir e ninguém aparentava sair dali para ele buscar ajuda.
Harry suspirou e se recostou no banco, pensando em como poderia chegar a Hogwarts agora. Ele sabia que poderia voltar para a Toca e informar Molly, mas se saísse agora era capaz da própria mulher aparecer procurando-o na estação, e ambos se perderem um do outro no caminho.
Enquanto pensava no que fazer, Harry notou uma figura alta e magra se aproximando da plataforma. Era a feiticeira metamorfomaga que ele conhecia bem. Ela olhou para Harry com uma expressão curiosa e surpresa enquanto o estudava para ver se era ele mesmo.
- Harry? Nossa que mudança... - Nynphadora Tonks foi que se aproximou, o estudando de cima a baixo. - Não, pera! O que está fazendo aqui ainda, o trem está para partir.
- A plataforma não está abrindo. - Disse Harry, apontando para a parede de tijolos. - Aliás, oi, tudo bem com você..., está gostosa demais nesse uniforme militar.
- Estranho. Vou dar uma olhada. - Disse ela com um ar de profissional enquanto cortava o flerte dele, se virando em direção à pilastra, dando visão clara de sua parte traseira ao Potter, que simplesmente se apoiava no banco e secava sua primeira namorada.
Ela caminhou até a parede e examinou atentamente as pedras. Depois de alguns segundos, ela se virou para Harry:
- Foi aparentemente selada por algum tipo de feitiço. Não há como entrar e nem sair agora. - Explicou ela suspirando.
- E os pais das crianças No-mag do outro lado? - Harry indagou.
- Assim como eu fui designada aqui para encontrar qualquer criança que se perdeu da plataforma, temos Aurores no lado interno da Dimensão Espelho, auxiliando quem se perdeu da saída, os guiando de volta para casa pelo Beco Diagonal... mas agora com a passagem trancada, teremos que acionar uma investigação sobre quem fez isso. - Tonks franziu a testa. - Preciso verificar se há outras crianças por aqui que perderam o trem. - Ela varreu a área com os olhos, procurando por outros estudantes. - Você está sozinho?
- Estou com Molly e Arthur Weasley..., ou melhor, eu estava com elas. - Harry explicou o obvio. - Enfim, fique à vontade para fazer seu trabalho. - Deixou claro ele que não sairia dali, enquanto abria um livro para ler.
[ ... ]
- Harry, acho que essa passagem não será desbloqueada tão cedo, a magia residual daqui é muito forte. Será melhor avisarmos o escritório de que a um problema magico antes de te levarmos para Hogsmeade. - Nynphadora disse quando voltara sem nenhuma criança perdida, e mais uma vez estudava a passagem trancada.
- Bom, certo, então... - Harry se levantou com um suspiro. - Te vejo algum dia e tenha uma ótima vida. - Finalizou ele começando a se afastar.
- Espera aí! - Nynphadora o seguiu. - Tá pensando que vai aonde?
- Vou para os Weasley avisar de que está tudo bem, e depois me teletransportar para Hogsmeade.
- Aparatar Harry, e não pode fazer isso de tão longe. - Ela o corrigiu, com o rapaz pouco se importando.
- Não sei aparatar, Nynpha. - Harry disse com o cabelo dela começando a avermelhar, mas que logo parou esse processo. - E eu disse teletransportar... pode parecer igual pelo resultado, mas tem diferença.
- Não me chame de Nynpha. - Ela o censurou seriamente, com Harry parando e se virando enquanto a estudava.
- Por quê? - Harry indagou confuso. - Você adorava quando eu te chamava assim na cama... aliás, é sério? - Harry disse dessa vez com um riso malicioso. - Terminou comigo por uma carta? - Continuava ele de forma sarcástica.
- Digo... sei que não nos veríamos tão frequentemente com você se formando, porém uma visita final para esclarecer as coisas seria ótimo. - Harry deixou claro enquanto via a garota recuar. - Mas me diga... porque terminar, e por que através de uma carta?
- Consegui o estágio de Auror. - Nynphadora disse cabisbaixa.
- Eu lembro, principalmente de ter lhe enviado um uniforme com transcrições magicas de proteção, só para descobrir que no fim daquela carta você estava terminando comigo, simplesmente com um "acabou". - Ditou ele, cruzando os braços, vendo que a garota usava a roupa em questão com a insígnia de Auror. - Aliás, meus parabéns pelo estágio... ficou maravilhosa vestida toda profissional assim. - Disse Harry se aproximando, tocando ao queixo dela de forma carinhosa, não gostando nada dela toda receosa e sem reação.
- É esse o problema. - Nynphadora disse como se explicasse tudo ao aconchegar seu rosto ainda mais no toque carinhoso de Harry. - Isso, você me segurando, me apoiando, cuidando de mim e me mimando. Harry, eu sou mais velha que você e você me forneceu o sexo mais gostoso da minha vida.
- Hum... isso é ruim? - Harry indagou agora confuso. - Digo, eu deveria ter mandado um pouco mal? Ter falhado em achar o clítoris ou te tocar como se fosse massinha de modelar enquanto você tem que me guiar todo o caminho? Pois sua mãe tentou fazer isso e no fim ela acabou inconsciente após três horas de foda.
- Harry, você fez do meu último ano em Hogwarts o melhor de todos, e eu nunca vou esquecer isso... mas você é distração demais para o meu bem. - Nynphadora explicava enquanto novamente começava a sentir um calor com o que ele dizia. - Eu sempre ficava toda hora esperando por você, você me ocupava longe da tensão que é o último ano em Hogwarts, assim como fez com todas minhas amigas e deixou todas as garotas do sétimo ano feliz em concluir Hogwarts, toda hora pensando em você e toda hora isso resultava em eu me excitar e querer largar minhas responsabilidades para te caçar e ficar com você por horas, estou começando uma carreira no ministério e isso não tem como com você me distraindo com esse pau a todo momento.
- Caramba. - Harry riu de toda merda que estava escutando, e os elogios malucos que agora, sim, ele via no vocabulário de Nynphadora. - Eu já escutei casais reclamando de frustração sexual e inatividade de algum lado, mas nunca de excesso disso ser um problema... - Harry pensava sobre a situação. - Olhe, não sei se tento ficar irritado com nosso término ser por uma carta, ou orgulhoso do fato de você não aguentar a pressão do pai aqui, ao ponto de querer terminar. - Riu ele ainda mais da cara de Nynphadora. - Enfim, esquece isso, só queria saber o porquê mesmo, não que estava frustrado com a situação ou iria agir feito um perseguidor maluco. - Disse ele indiferente ao término, deixando a garota até mesmo um pouco ofendida com tudo sendo resolvido tão fácil. - Pois bem... como disse, tenha uma ótima vida, Adeus, Nynphadora Tonks.
Vendo que a situação estava em ordem, e Harry estava indo embora, logo Nynphadora o puxou pela mão e o levou até um canto oculto da estação:
- Vem comigo, agora. - Disse Tonks autoritária. - Vamos para o Ministério da Magia. Lá podemos esperar até que tudo se resolva enquanto pedimos para a chefe notificar Arthur da situação.
Harry seguiu Tonks para fora da estação em um lugar oculto da visão dos No-mag, gostando de como sua falta de reação ao término fisgou algo na garota e agora ela queria-o por perto, o mesmo foi aparatado ao lado de Tonks direto para o Ministério da Magia. Quando chegaram lá, Nynphadora tropeçou com Harry a segurando para não cair, e explicou a situação a um dos funcionários do Ministério, com eles sendo levados para um escritório de Aurores sem necessidade de o Potter entregar sua varinha, pois se seu olhar significasse algo, ele iria entrar em guerra ali mesmo, pois não entregaria suas armas.
Harry se sentou em uma cadeira desconfortável, observando enquanto Tonks conversava com o funcionário. Ele se perguntou quanto tempo teria que esperar até que a situação fosse resolvida.
[ ... ]
- Eles vão tentar desfazer o feitiço na brecha da plataforma, mas pode levar algum tempo. Os Weasleys já foram notificados e lhe desejaram um ótimo ano em Hogwarts, e aguardam cartas suas. Enquanto isso, podemos esperar a chefe.
- Tem certeza? - Harry indagou enquanto via a correria do ministério. - Não quero atrapalhar seu serviço.
- Na verdade, entrei no intervalo mais cedo, assim podemos esperar juntos. - Nynphadora disse enquanto se aproximava dele no banco.
- Sabe que sei me virar sozinho, não é? - Harry indagou fingindo não notar como a garota parecia se aproximar dele, quando ela mesma é quem terminou por causa dessas distrações.
- Da última vez você invadiu o subsolo do castelo, enfrentou fases criadas pelo corpo de Hogwarts e peitou um bruxo das trevas até se exaurir completamente. - Nynphadora disse tudo o que ele fizera no final do ano letivo.
- Melhor do que ver o circo pegar fogo sem controle algum. - Harry disse com graça enquanto se virava de frente a anterior ruiva que agora tinha seu cabelo se alterando em um rosado e lilás. - E pelo que me lembre, tinha uma certa bruxa do sétimo ano que ajudou um primeiranista tímido a explodir a cabeça de um Troll pervertido.
- Águas passadas, agora sou uma nova pessoa. - Nynphadora fingiu ignorância e um senso de responsabilidade adulta, que não combinava nada com ela.
- Bom, eu preciso ir ao banheiro, para onde fica? - Harry indagou, com Nynphadora indicando ao fundo do corredor vazio, no qual Harry seguiu calmamente, e antes de entrar, olhou Nynphadora que o estudava minuciosamente, tendo ele sorrindo maliciosamente para ela, logo indo para dentro do banheiro.
- Porra, por que ele tem que ser tão maduro em nosso término? - Nynphadora praguejou quando se levantou, e seguiu rapidamente para onde ele havia entrado.
[ ... ]
Após se entenderem de verdade e da única maneira que os dois sabiam agir em conjunto, Harry e Tonks continuaram conversando no escritório de Aurores enquanto almoçavam no intervalo de sua Auror favorita, esperando que a parede para a plataforma 9 ¾ fosse desbloqueada para Harry enfim fugir do Ministério e poder ir voando para Hogwarts, na visão dele iria demorar, mas seria bem legal.
De repente, eles ouviram um som de batida da porta, sob passo apressado de uma mulher que diga de passagem Harry achou atraente, sendo essa a própria chefe do corpo de Aurores que entrava no setor e seguia para seu escritório.
- Auror Tonks, o que está fazendo aqui? - Perguntou ela antes de chegar a porta de seu escritório, surpresa com a presença do homem ao lado de sua estagiária, que detinha de uma cicatriz inconfundível na testa, mas uma aparência muito diferente do que todos alegavam.
Chefe, este é Harry Potter. - Tonks se levantou e se aproximou, pouco notando ela como seus olhos estavam tão verdes quanto os do próprio Potter. - Ele perdeu o trem para Hogwarts e agora estamos tentando ajudá-lo a chegar lá até a plataforma ser desbloqueada.
- Entendo. Prazer em conhecê-lo, Sr. Potter. - Disse a chefe do corpo de Aurores estendendo a mão. - Me chamo Amélia Bones.
Harry se levantou e apertou a mão de Amélia, puxando-a levemente enquanto depositava um beijo na parte superior.
- O prazer é meu, Sra. Bones. - Harry sorriu para a mulher. - Diga-se de passagem é tão linda quanto Nynphadora tem elogiado você todas as noites. - Harry riu quando Amélia olhou impressionada para ele, e deixava Nynphadora toda corada na interação dos dois.
Assim, cortando a conversa que poderia envergonhá-la ainda mais, Tonks continuou explicando a situação e Amélia suspirou.
- Isso é problemático. Precisamos garantir que tudo funcione bem, se a brecha se trancou como nunca visto, o que impede dela se abrir para qualquer pessoa, seja Mag ou No-mag. - Amélia explicou com Tonks concordando, tendo Harry gostando de como a mulher não dizia a palavra depreciativa "trouxa".
- Eu sei, chefe. Por isso abri uma investigação e comuniquei outros Aurores de que deviam fechar o perímetro da área como se fosse uma investigação No-mag, assim evita que eles pisem perto e desconfiem de Aurores vestidos estranhamente da sociedade deles, podendo trabalhar sem ameaçar o estatuto de sigilo.
Amélia refletiu por um momento, impressionada como sua estagiária agiu tão rápido e profissional, pouco sabendo ela que Nynphadora tinha acabado de ter uma rapidinha com Harry no banheiro dali.
- Não vejo como podemos resolver isso sem atrasos. Precisarei ir a Hogwarts e me encontrar com o diretor para ver como estão as alas do castelo ao ponto de terem bloqueado a passagem que fica numa distância tão grande.
- Você está indo para Hogwarts, agora? - Perguntou Harry. - Como? Vai voando ou aparatando?
- Não temos vassouras para ir voando até o castelo. - Amélia disse sob estranhar de Harry, onde logo ele se tocou que só ele era capaz de voar, isso com base no olhar de Nynphadora ameaçando-o a ficar em silêncio. - E aparatar de tal distância seria um suicídio magico completo.
- Sei. - Harry não concordou com o último, sabendo que podia ir facilmente para Hogsmeade com seus portais, lógico que gastavam uma grande quantidade de Magoi, mas suicídio por dreno magico? Qual o nível atrofiado dessa raça para algo tão simples ser tão grandioso a eles?
- Sim. Precisamos garantir que tudo esteja em ordem e já que está fazendo um trabalho ideal, não vejo problema em mantê-la no comando dessa operação. - Disse Amélia achando graça do cabelo de sua estagiária ficando ainda mais rosado. - Enfim, desde que tudo tem estado em ordem, fora o evento atual, creio que poderei me ausentar por algumas horas enquanto levo o Sr. Potter ao castelo. Acha que consegue administrar a situação no lado No-mag da plataforma junto a Auror Jones?
- Sim, senhora! - Nynphadora realizou uma pose militar com seu cabelo se tornando preto, e logo se aproximou de Harry enquanto plantava um beijo em sua boca, saindo logo em direção à porta.
- Opa. - Harry riu quando a garota tropeçou ao travar na porta do setor, percebendo o que fez inconscientemente na frente de sua chefe, tendo seus cabelos voltando ao rosa choque, com ela enfim correndo em direção a sua amiga que esperava do outro lado da porta e ria pra caralho da cena que acabou de presenciar.
- Devo me preocupar contigo distraindo minhas estagiarias, senhor Potter? - Amélia disse em um tom sério, com o Potter rindo.
- Na verdade, não. - Harry riu de como era imprevisível essa garota desde que ele a conheceu. - Nynphadora terminou comigo para que não houvesse distrações em seu estágio aqui no Ministério... e olha que são poucas pessoas que largariam mão de algo de sua vida pessoal para a profissional. - Finalizou ele, com Amélia pensativa sobre a garota, pois realmente na primeira impressão, ela se apresentou como uma garota moleca recém-formada e estabanada, mas com pouco tempo de serviço, já foi capaz de mostrar um intelecto superior ao de muitos no ministério e uma proficiência magica incrível de metamorfomago quando sempre ela se superava ao ter seus olhos brilhando em esmeralda, olhos idênticos ao do rapaz ao seu lado.
- "Talvez seja por isso que Alastor se interessou tanto em treinar ela, depois de tanto tempo inativo." - Amélia pensou, por fim com um sorriso.
E com isso dou fim ao nono capítulo da Changed Prophecy e a Câmara Secreta.
Espero que tenham gostado da maneira que abordei diferente essa plataforma bloqueada, quis trazer algo que envolva fatos de como os feiticeiros não estão prontos para uma rebelião dos Elfos Domésticos, pois se não conseguem nem determinar rápido a magia de um interferindo nas alas, imagina um exército se rebelando e usando sua magia única.
Enfim, logo trago mais, não se esqueçam daquele apoio fera na seção de comentários. XD
-- Personagens Apresentadas --
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Nynphadora Tonks:
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Amélia Bones:
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