Gwayne levantou na primeira luz da manhã e acordou Daeron, que se espreguiçou na cama e olhou para ele.
— Precisamos ir assim tão cedo? — disse ele, de forma sonolenta.
— rápido, quero partir antes do primeiro pássaro cantar. — disse Gwayne.
Daeron o ajudou a vestir sua armadura, enquanto bocejava.
Depois, Gwayne desceu imediatamente para o pátio do castelo, onde encontrou com Sor Jodi segurando dois cavalos já selados e com armadura.
Daeron chegou vestido em sua cota de malha e gibão após uns minutos. Gwayne o olhou de cima a baixo.
A cota de malha caia até a sua coxa por causa da baixa altura de Daeron.
Ele segurou-se para não soltar um sorrisinho.
— olhe para nós, já somos homens. — Disse Gwayne. — chegue mais perto, deixe-me ver se ela está bem atada. —
Gwayne inspecionou para ver se estava tudo no lugar certo. — parece bom.
Sor Jodi se aproxima com sorriso no rosto. — olha só, vai matar muitos nortenhos, rapaz.
— Nenhum nortenho pode me matar nessa coisa. — diz Daeron, soltando uma risada boba.
Gwayne riu e montou em seu cavalo, não demorou para partir depois disso.
Chegaram no Rochedo Casterly após um dia e meio de cavalgada, de longe viram o enorme exército que se reuniu sobre o estandarte Lannister.
— É o maior exército que meus olhos já viram. — Disse Gwayne. — deve ter mais de 30 mil soldados.
— Impossível nós perdemos essa guerra! — riu Daeron, embora estivesse um pouco preocupado.
Avistaram várias bandeiras sobre os acampamentos, uma árvore queimada, laranja e cinza. Marbrand. Um unicórnio púrpura empinado em fundo prata, Brax. Kayce, Farman, Westerling.
Todos responderam ao chamado do jovem leão.
Montamos acampamento ao lado da Casa Clifton, na qual a Lady Cerella foi prometida a um dos homens dessa casa. Erguemos nosso estandarte, uma cabeça de javali vermelho no branco, sob uma curva de ouro sinistro, um leão de prata rampante e com uma cauda bifurcada, armado e definhado em ouro, no vermelho.
Gwayne enviou um dos cavaleiros para anunciar a presença de sua casa e partiu para o acampamento dos Clifton.
cumprimentou Sor Gareth Clifton, que estava sentado em uma cadeira de madeira em sua tenda.
— Notícias de seu avô? — exclamou Gareth. — Não o vejo em lugar algum.
— Meu avô tem assuntos mais importantes em Bosque D'ouro, por assim dizer. — Gwayne sorriu, não queria passar por arrogante. — Eu vim conhecer o homem de sua casa que irá desposar minha prima como esposa, onde eu posso o encontrar?
Gareth fez uma cara surpresa.
— Temo que não posso encontrar, jovem. Sor Humfrey partiu para as terras da coroa a algumas luas.
— Por que?
— Ele não revelou suas intenções para mim, sinto muito.
Após isso, Gwayne se despediu de Sor Gareth e retornou ao seu próprio acampamento para esperar a hora da marcha, o que não demorou muito.
No outro dia de manhã o exército iniciou a marcha para o Dente dourado, sobre comando de Sor Jaime.
Esse exército enorme demorou cinco dias para alcançar o destino.
Gwayne foi convidado para o banquete dentro do castelo, assim como outros senhores. Ele vestiu uma roupa apropriado, por assim dizer e levou Daeron consigo.
Daeron avistou todo tipo de Lorde, dos pomposos e dos mais humildes a caminho do castelo, cavaleiros orgulhosos com suas roupas esplêndidas. Comparado a eles, Eu e Gwayne somos simples cavaleiros andantes, pois deixamos as roupas belas em casa. Mas Gwayne ainda chamava mais atenção do que eles, não são todos que possuem olhos tão atraentes. Além da altura, um e oitenta e quatro aos dezesseis anos, isso chama atenção das senhoras e ladys.
Era um belo castelo dourado, com pedras douradas e coberto de estandartes.
Eles estavam no meio do salão, entre as fileiras de mesa olhando, decidindo onde sentar e aproveitando os olhares. Ainda eram jovens e ansiosos por se mostrar. Gwayne olhava em direção ao estrado para ver se encontrava Sor Jaime, mas ele ainda não estava lá. Passou um gigante por ele, o único que conseguiria olhar Gwayne por cima, o Javali Forte de Crakenhall. Senhor Roland Crakenhall.
Pensou Daeron.
— Não encontrei Sor Lymond ainda, onde aquele javali velho se encontra, Sor? Perguntou Lorde Roland.
— Não tenho a honra de ser um Sor, meu Senhor. Meu avô não virá. Mas É uma honra conhecer um velho amigo dele, prazer, meu nome é Gwayne Vikary.
— respondeu ele.
— Amigo? — Lorde Roland gargalhou. — Um dia ainda lutaremos para decidir quem tem o Javali mais forte, garoto. — Ele caiu na gargalhada.
Gwayne riu junto.
— Prazer te conhecer, garoto.
Eles apertaram as mãos.
Depois disso, Gwayne se sentou com Daeron em um lugar longe do Estrado. Encheram a cara de vinho e comeram tortas de frango e coxas molhadas ao mel e temperadas com especiarias de essos. Gwayne matou a curiosidade de ver o Sor Jaime novamente, estava no estrado vestido de couro dourado e atraindo a atenção de todas senhoras e Lady.
— É um homem a ser seguido. — Disse Gwayne. — Daeron concordou.
— É uma pena ele ser um Lannister. — Disse Gwayne.
Mas essas palavras caíram em ouvidos errados, Sor Lorent Lorch ouviu.
— O que você quis dizer com isso, garoto? Perguntou Sor Lorent, com pouca gentileza na voz.
— Você não ouviu nada, está bêbado, Sor cara estúpida. — Disse Gwayne, com a voz trêmula de vinho.
— Você quer morrer, Garoto? — Perguntou, Sor Lorent.
— Pedimos desculpas, Sor. — respondeu Daeron e pediu ajuda a um dos cavaleiros da casa Lefford para carregar o Gwayne. Gwayne e Daeron andaram cambaleando de volta ao acampamento. Como estava bêbado também, Daeron apenas pediu para o cavaleiro jogar ele na cama e Daeron se jogou por cima.
"Vinho Redwyne é muito bom, meu bom Daeron" murmurou Gwayne.
Daeron riu e ambos adormeceram.