Daeron cavalgava a toda velocidade, seu coração batendo tão rápido quanto os cascos do cavalo, e o suor escorria por seu rosto. Ao seu lado, Jacks lutava para manter o ritmo dele e Mark se pendurava fragilmente, suas roupas encharcadas de sangue faziam Daeron estremecer. As muralhas do vilarejo surgiram à frente, foram recebidos por Sor Leo, seus olhos arregalaram-se de preocupação ao ver a quantidade de sangue nas roupas de Mark.
— Por todos os deuses, o que aconteceu? — exclamou Sor Leo, a voz carregada de alarme. Outros guardas se aproximaram para ver a situação.
"Não há tempo!" Daeron mal conseguia controlar o tremor em sua voz enquanto saltava do cavalo.
Ajudou Jacks a descer Mark, que já estava ficando pálido.
Sor Leo e os soldados se aproximaram para apoiar o peso de Mark.
— Levem-no para o Meistre, rápido! — Sor Leo ordenou.
Enquanto dois soldados levavam Mark para a fortaleza, Sor Lymond se aproximava a cavalo e cercado por cavaleiros.
Sor Lymond estava com um olhar perplexo, mas não surpreso. O que fez ele sentir como se tivesse algo errado, foi a expressão assustada em Daeron e ele estar no cavalo de Gwayne, ele soube imediatamente que a situação era grave. Daeron correu até ele, quase tropeçando em sua pressa.
— Gwayne precisa de ajuda, senhor! — disse ele, recuperando o fôlego. — temos que ir agora! Ele está em perigo, vai ser cercado pelos cavaleiros dos Sarsfield!
A expressão de Sor Lymond endureceu e seu rosto se tornou sombrio.
— Onde ele está? — indagou Sor Lymond, com a voz firme e resoluta.
— Ao sul, não muito longe da entrada para o lago...
Sor Lymond apertou as rédeas de seu cavalo, a mandíbula cerrada com uma raiva que mal conseguiu conter.
— Cavaleiros! Comigo! — bradou ele, erguendo a espada. Os cavaleiros gritaram em resposta, "Por Vikary!"
Daeron avistou Sor Hoot descendo as escadarias e montando em um cavalo.
— Organize a defesa, Sor Leo. — disse Lymond e depois virou para Sor Patrick.
— Não temos tempo, eu irei na frente com os cavaleiros e você lidera os homens no chão.
Sor Patrick assentiu.
— Eu irei junto, senhor! — disse, Sor Hoot. — eu sei onde fica o acampamento deles.
Lymond aceitou e virou o cavalo em direção a estrada.
Daeron se lançou de volta ao cavalo, a imagem de Gwayne, cercado e lutando sozinho, era insuportável para ele.
"Por favor, esteja bem", ele disparou a galope atrás de Sor Lymond e seus cavaleiros.
Enquanto isso, Lorde Wyli implorava pela vida e chorava aos pés de Gwayne.
Ele ouviu cavaleiros correndo do lado oposto de onde ele esperava, Gwayne tinha a esperança de seu avô chegar antes, mas que seja assim. Pensou ele.
— Levante-se, gordo! — gritou Gwayne, fazendo levantar a força e o virando em direção ao som, colocando uma adaga em seu pescoço.
Logo os cavaleiros surgiram e começaram a rodear em sua volta, o amaldiçoando e apontando suas espadas.
Gwayne riu.
— Solte o agora! — disse um rapaz imberbe.
Gwayne fez um pequeno corte no pescoço de Lorde Wyli, fazendo sangue escorrer.
— Matem ele logo! — disse Lorde Wyli.
Os cavaleiros se entreolharam, dois deles desceram e Gwayne virou o gordo em suas direções.
— Mais um passo e eu corto a jugular dele!
Eles pararam.
Então, começaram o som de milhares de cascos batendo contra o chão.
Gwayne riu.
"Vão todos morrer" sussurrou ele no ouvido de Lorde Wyli.
Os cavaleiros retornaram para os cavalos, empunhando suas espadas, não demorou muito para Sor Lymond cair sobre eles.
Ao ver a quantidade de cavaleiros, alguns tentaram lutar mas a maioria tentou fugir, nenhum conseguiu.
Enquanto a luta já esfriava, com apenas alguns sons de espadas se chocando, Sor Lymond desceu do cavalo e caminhou até Gwayne, que jogou Lorde Wyli em seus pés.
— Eu te entrego o Lorde Sarsfield, senhor.
— disse Gwayne.
Sor Lymond estava enfurecido com a atitude de seu neto.
— Olhe o que você fez, Gwayne!
Lorde Wyli choramingava no chão.
Daeron desceu do cavalo e abraçou Gwayne.
— Eu fiz isso por Gerard e Mary! Por Maeve!
— Eu pensei em tudo, não a erros. — disse ele.
"Eu estava tão preocupado" sussurrou Daeron.
Eles vão desaparecer na viagem para Casterly, sem corpos para serem encontrados.
— E aqueles que já chegaram em Casterly, Gwayne? — exclamou Sor Lymond.
— Estamos em guerra e com certeza eles conhecem seu senhor, melhor do que nós, vão pensar que ele decidiu ficar um tempo a mais conosco.
— Os Lannister?
— Estão em guerra, o exército da casa Sarsfield vai estar lá e eles não vão notar a falta da presença desse aí, eles não precisam do gordo e sim de seus homens. — Gwayne se aproximou e o chutou no estômago.
— Por que você trouxe sua filhinha, Lorde Sarsfield? — indagou Gwayne, com interesse.
Ele não respondeu.
Gwayne riu e coçou a cabeça com a adaga.
— Última chance Lorde Wyli, na próxima irei cortar seu nariz. — disse ele, de forma eloquente.
Lorde Wyli se estremeceu ao ouvir isso.
— Eu pretendia oferecer a mão dela a Martyn Lannister... — gaguejou ele. — filho de Kevan...
— Eu sei de quem ele é filho. — Gwayne se abaixou e cochichou no ouvido dele. "cadê a Every?" Lorde Wyli o olhou assustado e Gwayne riu.
Sor Patrick acabara de chegar com o exército.
— Vamos pôr um fim nisso! — exclamou Gwayne, enquanto montava em seu cavalo. — vamos massacrar os homens dele!
Sor Lymond notou que não tinha escolha a não ser participar do plano do neto, ele ficou enfurecido mas também notou que Lorde Wulf o ensinou muito bem, não podia negar sentir um pouco de orgulho, afinal seu neto era para ser... Enquanto seu neto gritava ordens e agitava o coração dos homens, Sor Lymond se pegou lembrando do nascimento de Gwayne, a felicidade no rosto de Jeanne ao ver o bebê a quem deu a luz, ele cresceu e se tornou uma bela e saudável criança, todos se atraiam para a luz de Gwayne, uma criança fácil ao riso e ainda mais a fúria... Eu deveria ter percebido na época, ele era destinado a grandes coisas e quem poderia dizer o contrário?
Todos o adoravam e até mesmo quem era indiferente a ele, era atraído a luz e eloquência de Gwayne.
Uma época distante, acho que ele estava no sétimo dia de seu nome quando foi arrastado para todo o lado por Jeanne, para ser exibido como o novo orgulho da família.
Gwayne parecia gostar das viagens, ela o levou para ilha bela para conhecer os Farman, e também os Clifton, uma casa cavaleiresca jurada a casa Farman, foi uma passagem curta, depois o levou para leão-do-mar, a sede dos Rotherly de sua mãe, depois, Marbrand, Westerling, Crackenhall, Brax e Lannisporto... Por fim, para o Rochedo, mas isso só aconteceu três anos depois, Jeanne queria o apresentar a sua antiga amiga, a Rainha.
Jeanne e Ryam discutiram sobre o assunto durante esses três anos de espera, foi tempo o suficiente para afetar Gwayne, eu fui contra tudo isso, mas ela já estava decidida.
Então, chegou o dia em que o Rei Robert anunciaria sua vinda ao Rochedo para um grande torneio, e com ele, sua rainha.
Jeanne foi contra vontade de Ryam, mas ele a acompanhou, minha filha era querida por muitos e tinha muitos conhecidos em muitos lugares, inclusive no Rochedo. Ela não queria que o filho fosse ocultado por culpa de querelas passadas, ela tinha sido dama de companhia de Cersei quando elas ainda eram jovens, então, Jeanne tinha a esperança de rever sua amiga e de apresentar seu filho a Rainha do reino.
Quando eles retornaram, Jeanne e Gwayne pareciam felizes... mas não Ryam, o amor deles parecia ter se esvaido durante a viagem, após isso, eles pararam de dormir no mesmo quarto, eles mantiveram uma relação amigável apesar de tudo, não queriam que isso afetasse seu filho, mas foi inútil.
Eu percebo agora, alguns meses depois eles morreram, e a segunda grande tristeza na vida de Gwayne chegou.
Sor Lymond montou em seu cavalo e ergueu a espada.
— Vocês ouviram! Matem todos! — exclamou Sor Lymond.
Os homens rugiram em resposta.
Gwayne assentiu para seu avô, mas não obteve resposta.
Sor Hoot se aproximou deles e os informou o local do acampamento.
Sor Lymond suspirou e seu rosto se tornou sombrio.
"Aqueles malditos"
Gwayne colocou novamente seu capacete e foi a frente, pisoteando as pernas de Lorde Sarsfield.
Sor Lymond olhou para o gordo berrando e depois para uns cavaleiros que estavam ao redor.
— Levem ele para o castelo...
— Senhor, ele tem que vir junto. — disse Gwayne. — isso termina hoje!
Depois ele mandou alguns homens de volta ao castelo e buscarem os cachorros.
— Por que os cachorros? — indagou Sor Lymond.
Gwayne abriu um sorriso feroz e apontou com a espada para Lorde Wyli.
Eles cercaram o acampamento uma hora depois, Sor Lymond usou o Lorde Sarsfield para fazer seus homens largarem as armas, e depois deu ordem para os arqueiros atacar.
A gritaria que se seguiu foi assustadora, os cavaleiros avançaram após uma saraivada de flechas dos arqueiros.
Gwayne avançou com eles, não demorou muito para terminarem, homens agonizavam no chão e eram finalizados por soldados desmontados.
Gwayne desmontou e se sentou em uma pedra, ao redor dele a morte.
Ele removeu o elmo por fim e mandou trazer Lorde Sarsfield diante dele.
Dois homens o arrastavam pelos braços e o jogaram na frente de Gwayne.
Sor Lymond e os cavaleiros se aproximaram para ver o que iria acontecer.
— Ela está em Sarsfield! A garota está no meu castelo! — berrou lorde Wyli. — me deixem vivo e eu mandarei trazerem ela de volta...
Os homens riram.
Sor Lymond olhou para Gwayne após ouvir sobre a garota, mas ele estava com o rosto severo.
— tragam os cachorros! — gritou Gwayne.
Lorde Wyli estremeceu e os cachorros foram posicionados em volta, com homens os segurando.
— Eu lhes darei ouro! Muito ouro!
— soltem!
Um segundo depois os cachorros estavam encima dele, um grande cachorro malhado grudou em seu rosto, arrancando o nariz e partes da bochecha.
Os homens ficaram inquietos com o horror do ataque.
"Puxem" disse Gwayne.
Os homens trouxeram os cachorros de volta e Lorde Sarsfield estava agonizando no chão.
— Amarrem os membros dele com cordas! — disse Gwayne.
Os homens se entreolharam e depois olharam para Sor Lymond.
— Façam o que ele diz. — disse ele, então se afastou para as árvores.
Os homens amarraram cordas em suas pernas e braços.
— Agora amarrem nos cavalos. — disse Gwayne, se aproximando.
Eles fizeram e se afastaram.
Daeron desviou o olhar.
Lorde Wyli deu um último grito, antes dos cavalos começarem a andar.
Gwayne bateu com a espada em um dos cavalos, fazendo ele avançar rápido e levando consigo um dos braços.
Ele riu.
Os outros cavalos se assustaram e fizeram o mesmo, e o que restou do lorde Sarsfield caiu no chão.
Gwayne se sentou na pedra novamente e observou a destruição em sua volta, enquanto os homens se afastavam de volta para a estrada.
"Agora seu julgamento está terminado" sussurrou Gwayne.
Daeron sentiu uma forte compaixão por seu amigo ao ver ele no meio daquela desolação, ele sentou se no lado dele.
Sor Lymond se virou e foi embora para a estrada com os homens.
— Vamos embora? — perguntou Daeron.
Após um longo silêncio, ele falou.
— Você precisa ir, Daeron. — Gwayne se levantou e parou em frente ao corpo de lorde Sarsfield. — vá com meu avô.
— Mas...
Daeron beijou o na bochecha e partiu olhando para trás, ao chegar entre as árvores ele olhou uma última vez e ele continuava lá, parado em pé.
Daeron saiu para a estrada e encontrou Sor Lymond a cavalo.
— Cadê ele? — perguntou Sor Lymond.
— Ele não vira...
Sor Lymond avançou uns passos com o cavalo em direção a ele, mas desistiu e voltou com o cavalo, galopando a frente dos homens e liderando a marcha para o vilarejo.
Daeron foi o último a passar pelo portão do vilarejo, virando o cavalo e olhando para a escuridão da estrada.
— Não se preocupe com ele, Gwayne sabe se cuidar. — disse Sor Hoot, enquanto se apeoximava com o cavalo.
— Eu sei... Mesmo assim...
— Eu entendo, mas não há nada que possamos fazer. — disse Sor Hoot, enquanto se afastava.
Sor Leo começou a fechar o portão e Daeron subiu a muralha do vilarejo para continuar olhando a estrada.
Após três horas ele desistiu e foi para casa.
...
Gwayne acordou no meio do que os velhos chamam de "hora do lobo", o período mais sombrio da noite, quando o frio e o medo se intensificam. Abriu os olhos lentamente, mas não encontrou Daeron ao seu lado.
Então, ele notou que o vento sacudia a tenda violentamente e o medo cresceu em seu coração. Trovões estrondavam como o rugido de feras colossais, enquanto relâmpagos rasgavam o céu e a chuva caia forte.
Gwayne saiu para fora assustado.
Tudo ao redor estava mergulhado em escuridão, mas o céu iluminava o mundo em uma tonalidade vermelha, contrastando com as nuvens negras que cobriam o céu.
"Tem alguém aqui?" gritou ele.
Mas a voz foi ofuscada pelo rugido da tempestade, não houve resposta, apenas o silêncio de um campo de batalha abandonado, ele avistou cadáveres espalhados por toda a parte e criaturas aladas, voavam no céu. Ao longe, uma montanha negra brilhava, sua superfície raxada com fogo e fumaça, como se o próprio inferno estivesse tentando escapar.
Então, ele a viu.
A garota apareceu, parada na beirada de um precipício, olhando para o vazio do oceano.
Ele se aproximou, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ela se virou para ele.
O vento fazia seu vestido rasgado voar no ar, seus olhos púrpuras e desesperados.
"Você tem que me trazer de volta, por favor, me salve" choramingou ela, a voz quase engolida pelo uivo da tempestade.
"Qual seu nome?" Perguntou Gwayne
Ele se aproximou, estendendo a mão, querendo trazê-la para um lugar seguro.
Mas quando mais ele se aproximava, mais ela recuava, até seus pés estarem perigosamente perto da borda do precipício.
"Por favor..." Implorou ele, estendendo a mão ainda mais.
"Aerea..." sussurrou ela, lágrimas escorriam por seu rosto pálido. Então, num último ato de complacência, deu um passo para trás e sumiu na escuridão.
Ele sentiu o mundo parar.
sem pensar, correu até a borda e se lançou no abismo, o vento assobiava em seu ouvido enquanto caia, sua mão extendida na esperança de alcançá-la, no último segundo, seus dedos tocaram os dela, mas foi tarde demais, Aerea atingiu as águas negras com um estrondo violento e desapareceu nas profundezas. Gwayne se chocou contra as águas logo após ela, surgindo sobre a superfície segundos depois.
Gwayne mergulhou logo em seguida, tentando desesperadamente encontrá-la,
mas não havia sinal dela na escuridão abaixo, quando voltou à superfície sem sucesso, o desespero cresceu dentro de si.
"Aerea!" gritou ele.
Ele mergulhou novamente atrás dela, indo o mais fundo que conseguiu, mas foi inútil.
Então, quando voltou à superfície ele ergueu os olhos para o alto do penhasco.
Lá em cima, uma figura sombria estava observando-o. Tinha uma forma de homem, mas... Era como se fosse feito de sombras vivas, seus olhos... Um amarelo doentio... O olhar da criatura pareceu perfurar a alma de Gwayne, ele sentiu um terror profundo que congelou seu sangue.
Gwayne sabia que estava diante de algo além da compreensão dos homens, algo antigo e poderoso.
"Então era disso que ela estava se afastando, estava atrás de mim esse tempo inteiro" pensou ele.
A figura exalava uma aura de maldade, um poder que ameaçava devorá-lo de dentro para fora.
Ele tentou nada para longe, mas uma onda explodiu em cima dele, arrastando-o para as profundezas do mar, a escuridão o envolveu completamente enquanto seu corpo afundava sem resistência.
Quando ele abriu os olhos novamente, viu Aerea ao seu lado, flutuando na escuridão, deitada ao seu lado, olhando diretamente para ele, seu rosto, agora estava intocado de nenhuma ferida... O rosto dela estava tranquilo, quase sereno. Gwayne estendeu a mão para tocar seu rosto, ele sentiu uma estranha calma ao lado dela.
"Eu vou te salvar!" prometeu ele em pensamentos. Ambos fecharam os olhos, se rendendo à escuridão que os envolvia.
Após um breve momento, Gwayne percebeu que até agora não se afogou, então, ele acordou em choque.
"Pelos sete... Aerea..." Pensou ele, então olhou em volta.
Olhando para trás, ele viu algo grande...
"Ó, adorável Gwayne... Você acordou cedo demais" disse uma voz doce, mas o que era... Gwayne sentiu terror e fascínio ao mesmo tempo.
Parecia um monstruoso alce, mas... Onde deveria estar a cabeça do animal, tinha um tronco feminino, e de onde deveria estar saindo mãos, eram chifres e embaixo, um rosto... "Volte a dormir, pequeno homem" disse a coisa, com a voz terrivelmente doce...
Gwayne acordou na manhã seguinte, e olhou logo ao redor para ver o que tinha acontecido.
"O que era aquilo..." Gwayne notou o sol alto no céu, brilhando como se nunca tivesse existido trevas nesse lugar.
Gwayne então olhou para os cadáveres, o corpo do Lorde Sarsfield não estava no mesmo lugar, estava empilhado, formando uma escultura mórbida e na maioria das árvores ao redor da clareira, tinha um corpo empalado nos galhos.
"Aquela coisa fez isso" ele finalmente entendeu e riu.
"Como vou explicar isso a eles..."
Gwayne montou em seu cavalo e retornou ao vilarejo, Sor Leo o olhou de forma surpresa.
Ele não entendeu e seguiu para o castelo, onde encontrou Cerella na sala da lareira tomando desjejum com Sor Lymond.
Gwayne entrou na sala com cabelos úmidos de sangue e armadura manchada de vermelho.
— Pelos sete infernos, Gwayne. — ela deu um olhar espantado. — o que aconteceu, você está bem? — disse ela, se levantando e indo até ele.
— Estou... — disse ele, com um sorriso estranho. — Só preciso de um banho.
— O que aconteceu enquanto eu estava fora? — indagou ela, aos dois.
— Problemas foram resolvidos... — disse ele, se retirando.
Quando estava para sair, seu avô falou.
— Precisamos conversa, Gwayne.
Então, ele saiu.
Gwayne pediu ajuda a um dos soldados para o ajudar a tirar a armadura, depois ele tomou banho e vestiu uma roupa decente.
Ordenou que sua armadura fosse novamente limpa, e voltou à sala.
Sor Lymond então falou.
— Temos que falar urgentemente sobre o chamado dos Lannister. — disse olhando para Cerella.
Gwayne vai nas fileiras de Sor Jaime, e Daeron pode ir junto se for sua vontade. — disse olhando para ele.
— Septa Lorren e Sor Belvedere irão cuidar de você, Cerella — disse Sor Lymond, sem rodeios. — nós somos obrigados por nossa honra a ir... E você, por seu dever, deve ir para ilha bela.
— Eu irei partir mais tarde, tenho que limpar umas sujeiras na floresta... — disse olhando para Gwayne — irei cuidar do recrutamento e melhorar o que puder melhorar da defesa, depois me juntarei ao exército de Lorde Tywin.
Cerella se sentou.
— Eu sei que a Senhora Stark era uma Tully antes do casamento — disse ela, transtornada. — Vai ser dois contra um...
— Cyre, vai ficar tudo bem. — disse Gwayne, sentando-se ao lado dela. — terei trinta mil homens ao meu lado, nos venceremos sem dúvidas.
Então, ele se levantou e foi para perto de Sor Lymond.
— Se ambos morrermos, o que será dela? — sussurrou ele.
Sor Lymond sentou-se na poltrona e seu rosto ficou em assombro.
— Você tem que ficar avô, cuide da defesa desse lugar e eu lido com os nortenhos.
— Isso é loucura, Gwayne. — disse Cerella, o abraçando. — Não! Não!
— Um de nós deve ficar... eu sou jovem, fui criado para guerra, é o esperado de mim — Gwayne levantou-se e foi até seu avô, colocou a mão no ombro dele.
— O Senhor provou sua coragem em Pyke, deixe comigo dessa vez.