Chereads / [ASOIAF] O Leão vermelho e a Criança louca. PT / Chapter 6 - Desejo de Roxton - parte 1

Chapter 6 - Desejo de Roxton - parte 1

Cerella estava assistindo a partida de seu avô das escadarias do castelo, junto de Daeron. Gwayne estava ao lado de seu avô, que acabara de subir em seu garanhão baio, vestia um gibão fino escarlate e uma capa branca, com o símbolo de sua casa. Então, Cerella viu Gwayne dar tapinhas no cavalo, então eles partiram. Gwayne subiu até as escadarias após isso. Eles viram Sor Lymond ter uma última palavra com Sor Leo antes dele abrir os portões do vilarejo. Sor Lymond pôs o cavalo a galope e partiu levando consigo seis cavaleiros.

Na manhã seguinte, Gwayne chamou o Meistre Caster para tratar de assuntos.

Gwayne desejava saber como estava a situação financeira de sua casa, o imposto arrecadado do vilarejo e o tributo pago à casa senhorial, Os Sarsfield. A casa Vikary era pequena, mas sempre foi bastante rica, e sobre a liderança de seu avô ela entrou em tempos dourados. Pensou.

Sobre comando de Sor Lymond a casa conseguia manter seiscentos homens de armas bem armados e equipados, e além deles mantinha cem cavaleiros juramentados.

Seu avô os dera terras e os alimentou, e agora tem as suas espadas juradas.

— Podemos começar, Senhor? — Disse o Meistre. — Gwayne assentiu.

Então ele o entregou um papel.

Gwayne olhou calmamente, examinando cada linha.

- Quatrocentos e oitenta e cinco homens.... Murmurou.

- Quinhentas e dez mulheres....

- Duzentos e cinco, entre crianças e jovens.

— Contando ambos os sexos? Indagou Gwayne.

— Sim, meu senhor.

"Impostos do vilarejo"

- Nove mil e setecentos centavos de cobre dos impostos do vilarejo.

— É cobrado apenas dos homens, não?

O velho assentiu com a cabeça.

— Bom. — disse Gwayne.

"Impostos sobre o ofício"

- Cento e quarenta e quatro veados de prata dos ofícios no vilarejo e fora dele.

— Bom, eu acho. — murmurou.

"Soldos e tributos"

- seis mil centavos de cobre para o soldo dos soldados.

Ele fez uma cara impressionada até chegar a metade do papel, após isso sua face se tornou um abismo duro.

— Pagamos tudo isso a casa Sarsfield? — ele estava abismado. Como meu avô concordou em pagar tanto?

— Talvez ele tenha seus motivos, meu senhor.

— Bom, iremos pagar apenas vinte por cento do tributo. — Disse Gwayne obstinado.

— Não é melhor esperar seu avô para tomar essa decisão, meu senhor?

— Eu sou o senhor enquanto meu avô não estiver, só isso já basta. Disse calmamente.

— Será feito meu senhor. — disse o Meistre.

Gwayne continuou a ler a folha.

— quatrocentos veados, que loucura. Murmurou.

"Renda da casa Vikary, vilarejo e comércio, dentro e fora"

— Dez mil centavos de bronze...

Mil veados de prata... Do comércio e propriedades.... Cento e oitenta dragões de ouro... Além de cem das minas...

— Nossa renda total tirando as despesas e tributos é de treze mil e setecentos centavos de cobre, mil e sessenta e quatro veados de prata e duzentos e oitenta dragões de ouro.

"Em cofre"

— Uau.. ele murmurou. — Bom, terminamos, Meistre Caster, está dispensado.

Já tinham se passado uma semana desde que seu avô partiu para Porto Real.

Gwayne manteve o vilarejo em ordem, principalmente os soldados. Ele cuidou muito bem para que eles não se tornassem desleixados sem o avô ali, visitou o arsenal e o quartel, manteve os em excelência e disciplina. Era como ele gostaria que todos exércitos fossem, bem treinados, disciplinados e brutais. Ele treinou com eles algumas vezes durante a semana seguinte e jantou com eles. Aprendeu a inspirar os homens com Wulf, eles precisam de um pouco de companheirismo e então você os tem sua lealdade.

Ele ordenou um dos guardas para reunir os jovens do vilarejo e também os principais donos de lojas de tapeçaria, coureiros, oleiros, e ferreiros. Gwayne mandou-os escolher um dos ofícios para aprender, e deu opção do ofício marcial também. a maioria escolheu o marcial.

— Muito bem, estão dispensados. — Disse Gwayne.

Daeron sussurrou em seu ouvido.

"Você é muito bom"

Gwayne sorriu para ele, depois ambos partiram para ver uma das aulas de dança da Cerella. Ela já tinha se tornado ótima naquilo.

Gwayne e Daeron entraram na sala conversando e rindo em voz alta. A Septa estava sentada na parede e os mandou terem modos.

Observaram a Carella girar e girar, depois rodopiar no ar e então descer até o chão como se fosse uma pena.

— Vá dançar com ela, Daeron. — disse ele, dando tapas nas costas do amigo e levantando.

— Se for a sua ordem, meu senhor... — disse Daeron com o rosto ficando vermelho e balançando as pernas nervosamente no banco. Gwayne deu um tapa fraco na orelha dele.

— Medroso. — disser andando em direção a professora, ele a tomou pela mão e a girou.

— Aprendeu um pouco assistindo, meu senhor. — disse ela. Ele dançou um pouco com ela, então deslizou entre ela e pegou a mão de Cerella.

— Olá, jovem senhora.

Disse ele, olhando para o suor que já começava a se formar na testa dela depois de horas de treino.

— Você precisa de um banho, linda senhora. Disse com um sorriso agradável no rosto.

— Não seja mal, Gwayne. — disse ela, colocando a mão suada no rosto dele e rindo. Então, ele a levantou e a girou no ar.

— Acabamos. Por fim disse. — tenho que guardar minha energia para o treino com as espadas ao invés das senhoras.

Deu um beijinho na bochecha dela e partiu com Daeron. Eles treinaram à tarde, sob supervisão de Sor Desmond. Gwayne começou a treinar a usar uma besta, acertou três das cinco tentativas ao alvo.

Então bufou.

— Foi bem, é difícil de primeira. — Disse Sor Desmond.

Gwayne decidiu mudar de treino, Sor Desmond colocou três cavaleiros contra ele ao mesmo tempo.

Gwayne conseguiu vencer, mas sempre o de trás o acertava na perna e Sor Desmond gritava. "Morto" e Gwayne respondia com "Maldição"

Ele conseguiu uma vez após dez tentativas. "Bom" exclamou Sor Desmond.

— Meu Senhor! — chamou um guarda na porta. — O que é? — Disse Gwayne.

— Chegou um corvo de Porto Real, Meistre Caster disse ser do Senhor seu avô.

— Muito obrigado, está dispensado. — Disse Gwayne, então se despediu de forma régia para os outros cavaleiros, chamou Daeron e foram para o castelo.

Meistre Caster o esperava a porta com a carta na mão, ele a pegou e a abriu, leu apenas o início, depois disse a Daeron para buscar Cerella e o encontrar na sala da lareira.

Eles chegaram alguns minutos depois, Gwayne já estava lendo pela segunda vez.

— Aconteceu algo com ele? — Cerella chegou ofegante. Quais são as notícias primo?

— Bom, não se preocupe, não aconteceu nada com o nosso avô. — disse ele, entregando a carta para ela ler. Então, disse para o guarda na porta chamar o Sor Leo.

Ela logo começou a ler.

"Deve ir para a sede da casa... Bem aparentado e forte..."

— Isso quer dizer que ele quer que eu vá de armadura. — completou Gwayne.

— Eu entendi essa parte, primo. — disse ela, fazendo uma careta. Depois continuou.

"Com uma escolta suficientemente forte... Partir no mesmo dia em que o corvo chegar...

— Mas que Droga. — disse ela.

— Cuidado com a boca, Jovem senhora. Disse a Septa Lorren.

— Ele quer que você impressione alguém, uma senhora da Casa Roxton. — Disse Cerella.

— A mim me parece mais que eu estarei lá impressionando o pai dela. — disse ele, de forma carrancuda.

— Meu Senhor, a casa Roxton é antiga e rica, seu avô está dando um ótimo conselho.

— Você está certa, Septa, eu só gostaria de saber os planos do meu avô por ele, e não por uma droga de corvo — disse ele, sentando-se na mesa frustrado.

— Ele ainda está tentando te proteger do mundo. — disse ela, sentando ao seu lado e colocando a mão em seu rosto. Então, sorriu de forma agradável. — acredito que depois disso ele não vai mais ter escolha.

Septa Lorren o conhecia desde criança, sempre soube como acalmar o Gwayne. Ela tinha vinte e sete anos, era alta e bela, com cabelos dourados escondidos embaixo do véu, olhos verdes e um sorriso gentil.

— Sim, obrigado Lorren. Disse ele sorrindo.

— Septa Lorren. Corrigiu ela, fechando os braços e fazendo beicinho.

— Me chamou, Senhor? Disse Sor Leo.

— Sim, obrigado por ter vindo rápido, Sor.

Escolha vinte dos melhores cavaleiros, e mande os cavalariços preparar vinte e dois cavalos.

— Será feito, meu senhor. — Disse Sor Leo. Então, saiu.

— Para que mais um cavalo, primo? Indagou Cerella.

Daeron virá comigo. Ele fez uma cara de surpresa ao ouvir isso.

— Eu... irei mesmo?— perguntou ele, com olhos arregalados. — Vá buscar sua armadura, Daeron. — Disse Gwayne.

Daeron ainda estava incrédulo, mas já estava com um sorriso no rosto.

Ele se aproximou e beijou a testa da prima. — Será Senhora de ForteOrgulho por um curto período de tempo, prima. Não se acostume. Ela riu.

— Septa Lorren, cuide dela por favor e a aconselhe bem. — Cerella fez uma pose carrancuda.

— Eu irei, meu senhor — disse a Septa se levantando. Gwayne a abraçou também.

— Diga ao Sor Leo que ele irá ser o Guarda do portão do Castelo até nos voltarmos, ele deve achar outro cavaleiro para cuidar do portão do vilarejo antes disso.

"Forte e Orgulhoso" Pensou Gwayne. acho que o Lorde Roxton vai sentir o nosso orgulho e a filha dele sentirá a minha forte beleza.