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Chapter 33 - Coisa que eu nunca senti.

Alexia mal conseguia falar, mas com um aceno firme, sua voz parecia ter sumido, os olhos nem enxergavam mais, tanto que ela chorou, e depois de quase fazer Benício ter num ataque nervoso ela finalmente respondeu, encarando os olhos ansiosos dele.

— Sim, amor, é tudo que eu mais quero.

Benício sorriu grato e aliviado, ele colocou o anel em seu dedo, e os dois se abraçaram, emocionados e felizes, selando esse momento com aplausos das pessoas que ali estavam.

Fred mesmo estranhando essa atitude de Benício, decide não entrar em discussão, ele vai observar Benício a distância, vai analisar cada detalhe, pois não está convencido de que ele está sendo sincero com ela.

O casal ficaram ali, abraçados, observando o pôr do sol sobre Paris, e sabendo que estavam prestes a embarcar num novo momento do relacionamento deles. Depois do pedido pegaram viagem para cidade que moram. Benício se sentia leve por tudo estar dando certo para eles. Alexia parecia uma criança que havia acabado de receber o que tanto queria.

Vanusa assim que viu o anel da sua vó no dedo de Alexia, não conteve a emoção.

— Não acredito, filho, enfim vão se casar?— ela pergunta abraçando Benício alegremente.

— Sim mãe, ela aceitou.

— A senhora sabia do pedido?— Alexia pergunta.

— Claro, assim que ele disse que ia te pedir em casamento, abri o cofre e dei o anel, eu sabia que seria seu assim que coloquei meu olhos em você naquela cama de hospital. Você gostou?

— Se eu gostei? Eu amei. Prometo que vou cuidar muito bem dele. Pois sei como esse anel significa para a família de vocês.

— E de mim, você não vai cuidar não?— Benício brinca, se fazendo de ofendido.

— Claro que sim, você é o meu amor e custumo cuidar bem do que eu amo.— Ela fala abraçando fortemente ele.

Para comemorar, Vanusa faz um jantar especial, convida os gêmeos, os amigos próximos, ela queria que essa notícia seja ouvida por todos. Pela cidade ser pequena, todos se conheciam, então seria difícil guardar segredo.

— Ainda bem que minha nora não tem frescura.— Vanusa comenta admirando ela ajudando a cozinhar.

Depois do animado jantar Vanusa e o pai de Benício saem para deixa-los sozinhos. Alexia vai para a cozinha e decide lavar a louça.

— O que está fazendo?— Benício pergunta, colocando um morango banhado de chocolate na boca.

— Guloso.— Ela brinca.— Vou levar a louça, do jeito que conheço sua mãe, ela vai chegar e querer levar. Não custa nada.

— Então deixa que eu lavo.— Ele fala parando na frente dela e colocando um morango na boca de Alexia e se aproxima mordendo o mesmo e logo depois dando lhe um leve beijo.— Você ajudou a fazer a comida, nada mais justo do que te eu lavar. Enquanto Benício lava a louça, Alexia guarda, as vezes ela se pegava hipnotizada nessa nova versão. Benício nunca se mostrou tão carinho e prestativo.— Até que enfim, está acabando.

— Sei lá de onde surgiu esse tanto de panela.— Ela brinca, guardando os talheres do lado dele.

— Eii, amor.— Benício chama a atenção dela. Alexia olha pra ele e joga um pouco de água nela.

— Ei, seu doido. Cuidado aí com a água, eu arrumei meu cabelo!— Ela brinca.

— Desculpe, não resisti.— Ele fala rindo vendo a cara de frustração dela.— Não faz esse beicinho. Você sabe que adoro te fazer rir.

— Claro que eu sei.— Ela fala pausadamente passando a mão no rosto molhado, se aproximando e falando de uma forma desafiadora.— Sabe, agora tenho que retribuir a brincadeira!— Os dois começam a jogar água um no outro, rindo e se divertindo como duas crianças. Benício pega um pouco de espuma de sabão e joga em Alexia, que dá um grito falso de indignação.— Você vai pagar por isso, Benício!

— Ah é? E como você vai me fazer pagar?

— Assim!

Ela joga mais água nele, e os dois continuam brincando, completamente envolvidos no momento. Até que Benício segura Alexia pela cintura e a aproxima do balcão, olhando-a nos olhos.

— Sabe, estou adorando esses momentos com você. É como se o mundo inteiro desaparecesse e só restasse nós dois.

— Eu também adoro, Beh. Você está fazendo me faz sentir especial. Coisa que nunca senti antes.

— Desculpa por isso, amor. Você é especial. Mais do que imagina.

Benício segurou o rosto de Alexia suavemente, envolvendo-a em seus braços enquanto a atraía para perto de si. Seus lábios se encontraram em um beijo apaixonado, cheio de desejo e entrega. Alexia sentia o coração acelerar, suas mãos tremiam levemente enquanto se perdia no toque suave de Benício. Eles sentem uma explosão de emoções e sensações que a deixavam sem fôlego. Benício sentia um calafrio percorrer sua espinha, uma mistura de paixão e ternura ao beijar a mulher que tanto ama. Seus olhos brilhavam de admiração e carinho, e seu coração transbordava aquela sensação de segurança, coisa que eles nunca sentiram por ninguém na vida.

O beijo era a prova de que estavam exatamente onde deveriam estar, juntos e completamente apaixonados.

— Wow, isso foi inesperado.— Ela fala ofegante.

— Eu queria te mostrar o quanto te amo, Alexia. E sei que não preciso de palavras para fazer isso.

Eles se abraçam, apreciando o momento de paz e tranquilidade. Benício tira os fios de cabelos que estavam bagunçados no rosto de Alexia, ela sorri grata pelo momento. Mas uma batida na porta faz os dois voltarem a realidade. Benício e Alexia vão abrir e se deparam com Dafne. Assim que ela vê Alexia abraçada com Benício, molhados e sorrindo ela fecha a cara demonstrando o quanto isso a incomodou.

— Dafne? Oque faz aqui na minha casa, a essa hora?— Benício pergunta não gostando de ve-la ali.

— Então é verdade? Você vai mesmo casar com a Alexia?— Ela pergunta descendo os olhos para o enorme diamante rosa tinha no anel que Benício deu para a Alexia.

— Sim, é verdade!— Alexia fala a encarando. — Me diz Dafne, o que exatamente você tem haver com isso?

— Eu tenho tudo haver com isso!