O cheiro de Lucas me acerta depois que eu já tentei matá-lo.
Uma mistura inconfundível do ar livre, de âmbar e fumaça de fogueira, de algo tão singularmente companheiro que me atrai mesmo através da dor do nosso passado.
É ele. Ele está aqui.
A faca cai da minha mão trêmula enquanto cada músculo do meu corpo relaxa com alívio. Eu tinha estado tão tensa, enrolada feito uma mola pronta para disparar, aterrorizada de perder minha vida essa noite. Mas agora Lucas está aqui.
Ele veio por mim.
"Lucas," eu solto, esperança e prece em um só, o som mal mais do que um sussurro. Meu corpo inteiro desmorona, exausto do estresse.
Ele está mesmo aqui. Não estou sonhando. Ele não é uma alucinação. Isso é real. Real.
Meu companheiro.
Meu salvador.