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"Se quer que eu arranque sua garganta e sugue seu sangue até secar, continue se debatendo feito um peixe morto."
O delicioso sabor do treinamento de Jerico agride meus ouvidos de uma forma que é confortável demais, considerando o veneno que sai da boca dele.
"Eu gosto de peixe," eu respiro com dificuldade, desistindo por um segundo. Lucas tinha razão. Jerico está me martelando com quedas de novo.
Desta vez, meus braços e pernas estão amarrados.
Porque, aparentemente, "eu preciso praticar."
Bem que eu desconfiava que o Jerico é um velho sádico, mas pelo menos ele escolheu guarda-costas que não ficam rindo e sorrindo o tempo todo enquanto veem a pessoa protegida sendo espancada e machucada. Ou, nesse caso específico, se debatendo como um peixe.
Trincando os dentes, me debato contra as cordas que cavam nos meus pulsos e tornozelos, esfolando minha pele. Vai cicatrizar até noite, mas por enquanto, dói pra cacete.