A voz familiar vem de trás de nós. Girando, encontro a Irmã Miriam parada na porta, exatamente como eu lembrava dela. Pele pálida. Cabelos escuros que parecem engolir luz em vez de refleti-la. Olhos vermelhos arrepiantes que parecem brilhar na luz suave do ambiente.
Ocorre-me que as cortinas estão todas escancaradas, deixando a luz natural entrar nesse espaço. E ela me visitou durante o dia quando nos conhecemos.
Preciso realmente aprender mais sobre vampiros. Minha falta de conhecimento pode acabar me matando.
"Como que a gente veio parar aqui?" eu pergunto, detestando o leve tremor em minhas palavras.
Não é todo dia que você abre os olhos e percebe que foi magicamente transportado para outro lugar.
A Irmã Miriam sorri, mas há algo perturbador na expressão dela. Não chega a alcançar os olhos. Lembro agora como o rosto dela não se move de verdade com seus sorrisos. "Você me chamou, não foi?"