Ele a guiou através da pegajosa massa de gente e virou-se para olhá-la quando alcançaram a escada.
"Você está bem?!" Ele gritou acima da música alta e Beatrix assentiu.
Ele deu a ela um sorriso e o fôlego dela falhou enquanto o calor se espalhava por ela. A vida era realmente injusta. Como é que as pessoas podem parecer ainda mais lindas quando sorriem enquanto ela parecia o Chucky do filme de terror?
Beatrix tentou ignorar as borboletas em seu estômago com ele segurando suas mãos. Ela o seguiu escada acima enquanto tentava o seu melhor para não tocar nos corrimões ou esbarrar nas pessoas que se amassavam.
Eca! Ok, talvez ela estivesse apenas com inveja deles, sugando a vida um do outro.
Uma vez no topo, ele virou bruscamente, e um pânico a percorreu enquanto ela tentava descobrir para onde ele a estava levando.
Eles chegaram a um pequeno corredor e ele abriu uma porta, levando-a para dentro dela. Beatrix percebeu que estavam agora no terraço do bar.
"Você tem medo de altura?" Ele perguntou enquanto se aproximavam da beirada do terraço.
"N-não." Beatrix respondeu e mordeu os lábios nervosamente. Deus, ele ia empurrá-la do prédio? Sim, essa deve ser a razão, porque por que diabos ele a traria aqui? Beatrix olhou ao redor para ver se havia alguém por perto, mas infelizmente estavam sozinhos.
Então não haveria testemunhas se ele decidisse empurrá-la? Caramba, ela deve ser mesmo burra por seguir um completo estranho gato e misterioso até a beirada de um terraço.
"Bom, vamos sentar." Ele disse enquanto a ajudava a sentar-se na beirada com os pés balançando no ar frio.
Ele sentou ao lado dela e Beatrix percebeu o quão perto estavam quando sua mão roçou a dele.
Ela fingiu estar ocupada enquanto encarava o céu negro estrelado. Seu coração acelerou enquanto roubava um olhar para ele.
"Você vai querer tomar cuidado, não queremos seu belo corpo espatifado no chão, não é mesmo?"
Ele disse, entretido com o constrangimento dela e gesticulou para o chão abaixo deles.
Beatrix engoliu e balançou a cabeça negativamente.
Ele sorriu de lado, mas não disse nada. Eles ficaram em silêncio por um tempo com Beatrix lançando olhares furtivos para ele. Agora que estavam fora das luzes intensas, ela percebeu que ele tinha muitas tatuagens.
Começavam em seu pescoço e ingressavam em sua camisa solta preta de gola baixa que pendia profundamente
sobre seu peito firme.
Caramba, isso não deve ter doído? Ela sabia que toda tatuagem tinha um significado, ela se perguntava qual seria a história dele para ter tantas.
"Você pode olhar para mim, sabia, eu não mordo" sua
voz grave saiu de sua boca quebrando o silêncio.
Beatrix finalmente levantou o olhar para ele. Ela percebeu que ele era mais bonito fora da iluminação tênue do bar.
O homem virou-se para olhar para ela, encontrando seu olhar. Eles se encararam por um minuto enquanto o tempo parecia desacelerar.
O pulso de Beatrix começou sua própria pequena corrida por suas veias à medida que ela se conscientizava dos próprios batimentos cardíacos. Ela corou e rapidamente desviou o olhar.
"Você é uma coisinha tímida, não é querida?" Ele riu, e o rubor intensificou-se em seu rosto.
"Qual o seu nome?" ele perguntou e passou a língua pelos lábios.
Beatrix imaginou como seria o gosto.
"Beatrix." Ela respondeu antes que seus pensamentos fugissem para o sul.
"Beatrix." Ele repetiu o nome dela e o nome dela nunca tinha soado tão bonito.
Seu sotaque carregado fez seu nome soar sexy. Não como o nome de alguma mulher velha. Pela primeira vez Beatrix amou seu nome.
"Eu sou Rhys." Ele se apresentou.
"Erm, oi Rhys." Ela disse suavemente com um sorriso bobo marcado em seu rosto. Rhys, ela adorou o nome. Beatrix e Rhys, bonito. Então Beys ou Trixys? Qual seria um bom nome para um casal?
Beatrix endureceu quando percebeu no que estava pensando. Ela não podia acreditar que já estava planejando o nome do casal deles. Isso é o que acontece quando você passa a vida toda solteira. Ela gemeu internamente.
"Oi." Ele respondeu de volta com um sorriso divertido no rosto.
Seu coração se agitou ao ver como ele era bonito com o sorriso no rosto.
"Então, você é daqui?" Ele perguntou curioso enquanto passava as mãos pelos cabelos e se inclinava para trás esperando a resposta dela.
"Ah, não. Eu sou do País XY. Viemos aqui por causa de um projeto da escola. Voltaremos depois de amanhã."
"Hm, entendo." ele murmurou, uma decepção evidente em sua voz. Por que ele estaria decepcionado? Seria porque não a veria mais?
Ela mexeu nos dedos ansiosamente, sentindo-se sufocada por estar tão perto desse deus perfeito. Ela não se lembra da última vez que esteve tão perto de um garoto. Talvez no jardim de infância, quando a professora os dividiu em grupos para colorir?
"Uh, então" ela pigarreou quebrando o silêncio, "Por que você quis que viéssemos para um lugar privado?"
Ele virou para ela e a encarou intensamente nos olhos. Beatrix engoliu com a intensidade do olhar e sua respiração acelerou pelo quão próximos eles estavam.
"Você é realmente assim inocente, hein?"
Ele traçou os olhos lentamente para baixo, queimando-os em
cada centímetro dela enquanto os levava para baixo e de volta
para cima novamente, erguendo uma sobrancelha em sua direção.
Beatrix esfregou a nuca, "Eu, inocente? Claro que não! Na última vez, abri sem querer um site pornô e, meu Deus! As coisas que vi lá, sinto que estou corrompida para sempre."
Ela soltou uma risada desajeitada, passando a mão
pelos cabelos longos à frente. Ela não conseguia ficar parada. Seus nervos estavam absolutamente matando-a naquele momento.
Rhys a encarou por um segundo antes de cair na gargalhada.
"Você é interessante, amor, a mulher mais interessante que eu já conheci." Ele disse enquanto o canto de seus lábios se curvava para cima.