Chereads / Vendida Para o Mafioso / Chapter 1 - Capítulo 1. Negócios

Vendida Para o Mafioso

🇧🇷Deypi_63
  • --
    chs / week
  • --
    NOT RATINGS
  • 5.9k
    Views
Synopsis

Chapter 1 - Capítulo 1. Negócios

Narrador

Os raios de sol de um amanhecer nem tão tranquilo, entraram pela janela de um quarto simples, porém limpo, de uma casa humilde em um bairro pobre. Os gritos da mulher se faziam ouvir longe. Deitada na cama, coberta por um lençol, com as pernas abertas e joelhos dobrados, tinha dores de parto.

Um homem atarracado e mal vestido, andava de um lado para o outro no corredor, sem conseguir esperar, adentrou ao quarto, intempestivamente, quando escutou um pequeno choro invadir o espaço. A parteira entregou o pequeno embrulho em seus braços e deu a notícia:

É uma menina

O homem irradiou felicidade, deu um sorriso bem grande e olhou para a mulher na cama. Seguiu até lá, deu um beijo em sua testa e disse:

— Obrigado, querida, você trabalhou muito bem. — Como se ela fosse uma funcionária parideira.

A mulher, que era sua esposa, muito nova ainda, olhou para ele, triste, pois ele não tinha um pingo de consideração por ela, só queria que ela lhe desse filhos. Foi vendida pelo pai, aos dezesseis anos e criança que nasceu, era sua primeira filha e ele a estava levando embora.

Ele saiu, levando o pequeno ser em seus braços, a parteira o chamou, dizendo que a criança ainda não foi limpa e ele se virando, respondeu:

— Pode ficar tranquila, estou levando-a para a enfermeira cuidar. — Não deixaria ninguém cuidar do seu pequeno tesouro, que não fosse especializada.

E foi isso que ele fez, cheio de interesses gananciosos. Quando, finalmente, a criança estava limpa e devidamente vestida, ele a pegou e a colocou em um cesto de vime, todo acolchoado e forrado de cetim branco e saiu.

Entrou no carro e dirigiu para um outro local, totalmente diferente. Lá, ele entregou o sexto para uma babá, que já tem tudo preparado para alimentar a pequena recém-nascida, tão inocente e sem noção de que sua vida, apesar de muito valiosa, não lhe pertencia.

O homem foi para o seu quarto, que é totalmente diferente do anterior na casa pobre. Agora era um local asseado, grande, muito bem mobiliado e limpo. Tomou um banho e vestiu um terno de corte especial, se arrumou com o que tinha de melhor, pois não poupava gastos quando se tratava de si mesmo.

Já pronto, ele foi até o quarto do bebê e pegou o cesto com a recém nascida, novamente. Saiu, entrou no carro e seguiu em direção a uma mansão na área vip da cidade, cercada de seguranças e empregados.

Lá, ele já estava sendo esperado e nem precisou bater à porta, ela já estava aberta, com a governanta esperando. Foi direcionado a um escritório luxuoso, onde um senhor o esperava.

O senhor de meia-idade, sentado imponente em uma cadeira atrás da mesa, refletindo sua maturidade em seus cabelos brancos, observou o homem impecavelmente vestido e penteado. Tentava parecer rico, no que, definitivamente, não era bem sucedido e entrou em seu escritório, sentindo-se o poderoso. Tem aproximadamente 50 anos e carrega um pequeno cesto nos braços.

— O que trouxe para mim, Edgar? — Perguntou o velho, sério, sem expressar interesse específico.

— Trouxe a futura esposa de seu neto, ele está com 10 anos e daqui a 18 anos, já terá a sua esposa, escolhida especialmente para ele. — disse Edgar, tratando a filha como mercadoria.

O velho se levantou e foi até o sexto, olhar a pequena recém-nascida. Ergueu o manto que a cobria e observou a pequena criança loirinha e de pele alva como a neve.

Havia feito circular o "pedido" há alguns meses, especificando como a criança deveria ser e até agora, nenhuma das que lhe trouxeram, era boa o suficiente, mas essa, era perfeita.

— Mais parece um anjinho. Realmente, você se superou dessa vez, Edgar, quanto quer por ela? — perguntou o velho mafioso, sabendo que o preço já foi dado, por ele mesmo.

Edgar escreveu um valor num papel e entregou ao velho, que o olhou e consentiu, era um pouco acima do que prometeu, mas valeria o preço, pois era linda e sempre disseram que loiras são burras e ele acreditava nisso.

— Bom negócio fizemos aqui, Edgar, mas você não terá mais contato nenhum com a pequena. Você registrará ela em seu nome e no nome da própria mãe e depois assinará um termo de responsabilidade, passando ela para minha tutoria. Eu a colocarei em um internato, onde ela será criada até os 18 anos e sairá para casar com meu neto. Concorda com isso? — perguntou o mafioso, como se aquela transação fosse a coisa mais normal do mundo.

Edgar assentiu com a cabeça e fez uma ressalva.

— Para defender o meu investimento, caso vocês desistam dele, eu quero que esta menina seja criada com todas as mordomias necessárias, com aulas de línguas estrangeiras, de computação e todas as modernidades que existem de internet. Quero que ela estude as matérias normais e se especialize naquilo que ela se destacar, se concordarem com isso, eu aceito os seus termos.

O velho parou, sentou e pensou, analisou os prós e os contras, tentando imaginar uma mulher bonita e inteligente para seu neto. Não era o ideal, pois as mulheres inteligentes costumam exigir mais de seus maridos, porém, poderia pagar uma pessoa para instruí-la no comportamento de uma esposa ideal, que seria submissa e obediente.

Pensando assim, aceitou o pedido do negociante, sabia que seria difícil encontrar outra tão perfeita.

Edgar, saindo dali, foi direto ao cartório e registrou a pequena, com a certidão de casamento. Pegou a certidão de nascimento da menina, pagou ao escrivão do cartório uma boa quantia, para que não exigisse mais nada, deu o horário do nascimento, o sexo, cor e filiação, assim como o endereço da periferia, onde a mãe ainda estava e morava.

Desta forma, a criança recém-nascida passou a se chamar Érida, a futura esposa do próximo capo.