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Os olhos de Sara encontraram os de Nora, indiferentes, e seu coração se apertou. Ela não tinha ideia de quanto tempo Nora havia presenciado a confrontação, mas vê-la agora era como um tapa no rosto. Quando crianças, se Nora a visse sendo machucada, ela teria avançado para salvá-la ou vingá-la.
Sara deu um sorriso trêmulo a Nora e virou-se rapidamente. Ao fazê-lo, sentiu o arrependimento inundá-la. A confrontação a havia abalado. Ela havia tratado Nora tão mal no passado, impelida pela influência de sua mãe e pelo desejo de evitar sua ira. Agora, diante das consequências de seus atos, ela não podia deixar de se sentir arrependida.
Seus ombros caíram e ela caminhou cegamente em direção à biblioteca, perdida nas memórias de sua infância.
Ela se lembrou de quão próximas ela e Nora já foram, de como sua irmã sempre estava lá para confortá-la quando ela estava triste ou com medo. Ela havia afastado Nora, e sabia que não podia voltar ao passado.