Estava escuro.
Em um beco William negociava as coisas.
- E então?
- O que foi?
- Quero saber.
- Sobre?
- E aí? Vai ou não vai?
Sacou um pacote do bolso.
- Se os homens vem, estamos ferrados!
- Eu sei quem são.
- Sabe?
- Sim. Vê se não mela!
- Como vou saber se você está falando a verdade?
- Os caras que cuidam do beco fazem parte da mesma gangue.
- Não sei não.
O homem do pacote começou a desconfiar.
- Você tem ou não tem.
- Tenho. Mas como vou saber se você está dizendo a verdade?
- Confia, parça!
- Sei não.
- Se não sabe levo o pacote de volta.
Ele guardou no bolso de novo.
- Pera
O outro estendeu a mão.
- Xeu vê!
O homem do pacote tirou.
- É a boa a procedência?
- Qual é mano. Tá tirando?
- Tá certo.
O cliente tirou umas notas do bolso.
- Aqui.
O homem do pacote conferiu.
- Tá certo! Toma!
O cliente pegou o pacote.
- Obrigado!
- Vaza! Não te conheço!
O cliente guardou o pacote e correu na noite.
O homem do pacote entrou no beco e seguiu para outro escuro.
Ele sentia que naquela escuridão alguem o seguia.