- Calma. Eu posso explicar tudo!
Joel e Arthur penduravam o homem no céu em meio a luz do dia. Pessoas passavam lá embaixo enquanto o chefe fazia as perguntas.
- Por que você não nos trouxe o que lhe pedimos?
- Eu tentei trazer, mas fomos atacados.
- Quem lhes atacou?
- Não sei dizer. Era um vulto muito rápido. Ele veio, pegou a maleta que continha o arquivo e fugiu com ela.
- E para qual direção ele foi?
- Ele fugiu pelos ares. Parecia uma sombra.
Arthur sentiu um calafrio.
- Chefe. Acho que ele está falando algo certo. Quando eu vim para cá eu vi uma sombra que estava me perseguindo. Deve ser o mesmo cara.
O chefe se virou para Arthur.
- Calado! Se não quiser ser o proximo a ser pendurado.
Ele voltou ao homem esticado.
- Você quer que eu acredite nisso?
- Estou lhe falando. Ele pegou a mala e fugiu pelos ares.
- Não tem jeito. Pode soltar!
O homem foi largado no arranha-ceu.
- Aaaaah!
O corpo ficou estirado em meio a um prédio em obras. O chefe acendeu o cigarro.
- Não dá para acreditar no que ele falou. Um homem que apareceu, pegou a mala que tinha o arquivo e sumiu pelos ares. Se ele falasse que o homem pegou a mala e dissessea direção que ele foi, seria mais fácil.
- Chefe! Mas e se ele tivesse dizendo a verdade?
- Hein? Você acreditou nesse conto da carochinha?
- Não muito. Mas e se ele não viu para onde o homem foi? Seria mais facil de acreditar nisso.
- Eu não acreditei nessa história. É mais fácil sabermos que tem alguém nos perseguindo e que está agora com o nosso arquivo. Pode ser da polícia e de alguma organização rival.
- O senhor tem alguma suspeita, chefe?
- No momento não. Vamos ter que investigar mais a fundo. Mas essa pessoa não deve estar longe porque aonde tem fumaça, tem fogo.