Chapter 9 - Jogada

- Calma. Eu posso explicar tudo!

Joel e Arthur penduravam o homem no céu em meio a luz do dia. Pessoas passavam lá embaixo enquanto o chefe fazia as perguntas.

- Por que você não nos trouxe o que lhe pedimos?

- Eu tentei trazer, mas fomos atacados.

- Quem lhes atacou?

- Não sei dizer. Era um vulto muito rápido. Ele veio, pegou a maleta que continha o arquivo e fugiu com ela.

- E para qual direção ele foi?

- Ele fugiu pelos ares. Parecia uma sombra.

Arthur sentiu um calafrio.

- Chefe. Acho que ele está falando algo certo. Quando eu vim para cá eu vi uma sombra que estava me perseguindo. Deve ser o mesmo cara.

O chefe se virou para Arthur.

- Calado! Se não quiser ser o proximo a ser pendurado.

Ele voltou ao homem esticado.

- Você quer que eu acredite nisso?

- Estou lhe falando. Ele pegou a mala e fugiu pelos ares.

- Não tem jeito. Pode soltar!

O homem foi largado no arranha-ceu.

- Aaaaah!

O corpo ficou estirado em meio a um prédio em obras. O chefe acendeu o cigarro.

- Não dá para acreditar no que ele falou. Um homem que apareceu, pegou a mala que tinha o arquivo e sumiu pelos ares. Se ele falasse que o homem pegou a mala e dissessea direção que ele foi, seria mais fácil.

- Chefe! Mas e se ele tivesse dizendo a verdade?

- Hein? Você acreditou nesse conto da carochinha?

- Não muito. Mas e se ele não viu para onde o homem foi? Seria mais facil de acreditar nisso.

- Eu não acreditei nessa história. É mais fácil sabermos que tem alguém nos perseguindo e que está agora com o nosso arquivo. Pode ser da polícia e de alguma organização rival.

- O senhor tem alguma suspeita, chefe?

- No momento não. Vamos ter que investigar mais a fundo. Mas essa pessoa não deve estar longe porque aonde tem fumaça, tem fogo.