O grande chefe estava sentado dentro de sua casa. Dois guardas guardavam a porta da sala. Estava em seu sofá de couro macio marrom sentado enquanto fumava o seu charuto. Era um homem grisalho com estatura mediana. Tinha em torno de cinquenta e poucos anos e costumava ser até que um bom chefe. Ele ficou no lugar do ultimo chefe que morreu há poucos anos atrás por circunstâncias não muito claras. Era o seu braço direito. Nunca deixou de fazer aquilo que era lhe mandado e sempre ajudava a toda organização a se manter. Estava aguardando notícias de uma regional quando um dos guardas que ficava ao lado de fora da casa entrou na sala.
- Chefe!
- Sim!
O seu tom de voz era de um homem bravo. Não deixava transparecer a sua preocupação com nada. As pessoas olhavam para ele como se comandasse tudo com mão de ferro.
- Temos notícias de uma das regionais.
- E o que houve?
Ele se virou para o guarda. Parecia que ele iria o engolir com aquele olhar penetrante.
- Um dos chefes das regionais nos falou sobre um suposto assassino.
- Um assassino?
Ele coçou o que tinha de barba.
- Isso pode ser um evento isolado. Não temos com o que nos preocuparmos.
- Mas chefe....
- Haan?
Ele olhou com um olhar de furor.
- Nada, chefe. Com licença.
O guarda saiu da sala. O grande chefe foi até a janela enquanto via o guarda passando e foi se encontrar com o chefe da regional que aguardava do lado de fora.
"Algo me diz que vai começar uma tempestade!"
Olhou para o céu cheio de nuvens. Estava com bastante sol e nada que pudesse lhe preocupar naquela manhã.