Quando a lua no céu estava em seu auge, banhando a terra com sua luz prateada, o culto do Sol e da Lua se preparava para o confronto. As sombras projetadas pelo luar pareciam dançar com um propósito silencioso, enquanto as forças do culto se moviam com precisão calculada, ocupando suas posições ao redor das mansões dos anciãos corrompidos.
Nyctea, a líder dos Guerreiros da
Lua Nova, era uma mestra da
furtividade e das operações
secretas. Sob sua liderança, seus
guerreiros se moviam com a
precisão e a graça de predadores
noturnos, invisíveis aos olhos
comuns. Naquela noite, a lua
cheia estava em seu auge, e as
sombras pareciam ganhar vida ao
redor deles, respondendo à
vontade de Nyctea.
Ao se aproximarem da mansão
dos anciãos, Nyctea levantou
uma mão, e todos os guerreiros congelaram instantaneamente,fundindo-se com a escuridão ao redor. Seus olhos afiados como de um felino
vasculhavam o terreno,
identificando os guardas e as
armadilhas ocultas. Ela notou as patrulhas regulares e as Bestas de guarda, treinados para farejar
intrusos. Usando sinais de mão
complexos, Nyctea indicou que
seus guerreiros se dividissem em
pequenos grupos, cada um
designado para uma tarefa
específica.
Os Guerreiros da Lua Nova se dispersaram, movendo-se sem som algum. O primeiro grupo, liderado por Nyctea, deslizou
pelas paredes externas, usando
ganchos e cordas para escalar as
alturas sem deixar vestígios. Ao
alcançarem uma varanda, Nyctea
fez uma pausa, os sentidos em
alerta. Ela percebeu um fio quase
invisivel, uma armadilha que
ativaria um alarme silencioso.
Com destreza, Nyctea cortou o fio
sem causar danos, permitindo
que seus guerreiros
prosseguissem.
Outro grupo, especializado em
desativar mecanismos e
armadilhas, se dirigiu para os
corredores internos, onde
armadilhas mágicas e físicas
estavam escondidas. Revertando as formulas,
eles desativaram uma a uma,
garantindo que o caminho
estivesse livre para os próximos
movimentos. Cada passo era
calculado, cada ação
meticulosamente planejada para
evitar alertar os anciãos.
Enquanto seus guerreiros se
moviam com eficiência letal,
Nyctea recebeu a mensagem de Charlotte: "Resgate os escravos."A ordem era clara, e Nyctea sabia exatamente o que precisava ser feito. Com um movimento ágil,ela se dirigiu para as câmaras subterrâneas, onde os escravos eram mantidos. Guiando seu grupo através dos corredores estreitos e mal iluminados, ela sentiu o cheiro de sangue e
magia antiga, sinais de rituais
profanos que os anciãos
realizavam para drenar a energia
vital dos prisioneiros.
Ao se aproximarem das câmaras,Nyctea fez uma pausa, seus olhos brilhando com determinação.
Usando um pequeno espelho, ela
espiou ao redor da esquina,
observando dois guardas
pesadamente armados
protegendo a entrada. Com um
sinal quase imperceptível, ela
ordenou a dois de seus guerreiros que eliminassem os guardas. Eles se moveram como fantasmas, se aproximando por trás e, em um
movimento sincronizado,
cortaram a garganta dos guardas
antes que pudessem emitir
qualquer som. O corpo dos
guardas caiu no chão sem vida,
sem fazer barulho.
Nyctea e seu grupo avançaram,
finalmente alcançando as
câmaras dos escravos. As portas eram de aço maciço, protegidas por selos mágicos que apenas os anciãos poderiam desfazer. No
entanto, Nyctea havia se
preparado para isso. Ela retirou
de sua bolsa um frasco contendo
um líquido brilhante, que ela
aplicou cuidadosamente nos
selos. O líquido corroeu os selos
mágicos em segundos,
permitindo que ela e seus
guerreiros abrissem a porta.
Dentro das câmaras, a visão era desoladora. Homens, mulheres e até mesmo crianças estavam
acorrentados às paredes, seus corpos marcados por feridas e cicatrizes. Seus olhos, antes
cheios de vida, agora estavam vazios, resultado da constante drenagem de suas energias.
Nyctea sentiu um aperto no
coração, mas não podia deixar
que a emoção a dominasse.
Precisava ser rápida e eficiente. Ela se aproximou de uma jovem que parecia ter perdido as forças há muito tempo. Seus olhos se abriram com dificuldade ao ver
Nyctea, uma faísca de esperança apareceu em seus olhos.
Estamos aqui para libertá-los,"
sussurrou Nyctea, enquanto
começava a quebrar as correntes
com uma lâmina mágica
especialmente preparada para
essa tarefa.
Os Guerreiros da Lua Nova
trabalharam rapidamente,
liberando os escravos e tratando
seus ferimentos da melhor
maneira possível com os
recursos limitados que tinham.
Nyctea, porém, sabia que a
verdadeira missão ainda não
estava completa. O resgate era
apenas o começo, agora
precisavam garantir a segurança dos prisioneiros enquanto saíam da mansão.
Com todos os escravos
libertados, Nyctea liderou a
retirada. Enquanto recuavam, os guerreiros que haviam mapeado o local rapidamente guiaram o
grupo pelas rotas seguras,
evitando confrontos
desnecessários. Nyctea
permaneceu na retaguarda, seus
sentidos sempre em alerta,
pronta para agir caso fossem
descobertos. Mas graças à
eficiência e ao planejamento de sua equipe, conseguiram sair da mansão sem incidentes.
Ao se distanciarem da mansão,
Nyctea enviou um sinal para
Charlotte, informando que os
escravos estavam a salvo.
Mesmo enquanto se afastavam,
seus olhos estavam fixos no
horizonte, onde a mansão dos
anciãos se erguia. Ela sabia que a
missão ainda não estava
completa e que a verdadeira
batalha estava por vir. Mas por
agora, havia cumprido sua parte,
e os Guerreiros da Lua Nova se
reuniram em torno dela, prontos
para o próximo comando.
Nyctea, apesar de manter a
compostura, sentia uma fúria
silenciosa crescer dentro dela. Os
anciãos pagariam caro por suas
ações, e ela se certificaria de que
cada um deles enfrentasse a
justiça. Naquela noite, sob a luz
da lua cheia, ela jurou que
nenhuma sombra seria grande o
suficiente para esconder os
culpados do seu julgamento.