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Chapter 45 - 45 - Lua Celestial V

Quando a lua no céu estava em seu auge, banhando a terra com sua luz prateada, o culto do Sol e da Lua se preparava para o confronto. As sombras projetadas pelo luar pareciam dançar com um propósito silencioso, enquanto as forças do culto se moviam com precisão calculada, ocupando suas posições ao redor das mansões dos anciãos corrompidos.

Nyctea, a líder dos Guerreiros da

Lua Nova, era uma mestra da

furtividade e das operações

secretas. Sob sua liderança, seus

guerreiros se moviam com a

precisão e a graça de predadores

noturnos, invisíveis aos olhos

comuns. Naquela noite, a lua

cheia estava em seu auge, e as

sombras pareciam ganhar vida ao

redor deles, respondendo à

vontade de Nyctea.

Ao se aproximarem da mansão

dos anciãos, Nyctea levantou

uma mão, e todos os guerreiros congelaram instantaneamente,fundindo-se com a escuridão ao redor. Seus olhos afiados como de um felino

vasculhavam o terreno,

identificando os guardas e as

armadilhas ocultas. Ela notou as patrulhas regulares e as Bestas de guarda, treinados para farejar

intrusos. Usando sinais de mão

complexos, Nyctea indicou que

seus guerreiros se dividissem em

pequenos grupos, cada um

designado para uma tarefa

específica.

Os Guerreiros da Lua Nova se dispersaram, movendo-se sem som algum. O primeiro grupo, liderado por Nyctea, deslizou

pelas paredes externas, usando

ganchos e cordas para escalar as

alturas sem deixar vestígios. Ao

alcançarem uma varanda, Nyctea

fez uma pausa, os sentidos em

alerta. Ela percebeu um fio quase

invisivel, uma armadilha que

ativaria um alarme silencioso.

Com destreza, Nyctea cortou o fio

sem causar danos, permitindo

que seus guerreiros

prosseguissem.

Outro grupo, especializado em

desativar mecanismos e

armadilhas, se dirigiu para os

corredores internos, onde

armadilhas mágicas e físicas

estavam escondidas. Revertando as formulas,

eles desativaram uma a uma,

garantindo que o caminho

estivesse livre para os próximos

movimentos. Cada passo era

calculado, cada ação

meticulosamente planejada para

evitar alertar os anciãos.

Enquanto seus guerreiros se

moviam com eficiência letal,

Nyctea recebeu a mensagem de Charlotte: "Resgate os escravos."A ordem era clara, e Nyctea sabia exatamente o que precisava ser feito. Com um movimento ágil,ela se dirigiu para as câmaras subterrâneas, onde os escravos eram mantidos. Guiando seu grupo através dos corredores estreitos e mal iluminados, ela sentiu o cheiro de sangue e

magia antiga, sinais de rituais

profanos que os anciãos

realizavam para drenar a energia

vital dos prisioneiros.

Ao se aproximarem das câmaras,Nyctea fez uma pausa, seus olhos brilhando com determinação.

Usando um pequeno espelho, ela

espiou ao redor da esquina,

observando dois guardas

pesadamente armados

protegendo a entrada. Com um

sinal quase imperceptível, ela

ordenou a dois de seus guerreiros que eliminassem os guardas. Eles se moveram como fantasmas, se aproximando por trás e, em um

movimento sincronizado,

cortaram a garganta dos guardas

antes que pudessem emitir

qualquer som. O corpo dos

guardas caiu no chão sem vida,

sem fazer barulho.

Nyctea e seu grupo avançaram,

finalmente alcançando as

câmaras dos escravos. As portas eram de aço maciço, protegidas por selos mágicos que apenas os anciãos poderiam desfazer. No

entanto, Nyctea havia se

preparado para isso. Ela retirou

de sua bolsa um frasco contendo

um líquido brilhante, que ela

aplicou cuidadosamente nos

selos. O líquido corroeu os selos

mágicos em segundos,

permitindo que ela e seus

guerreiros abrissem a porta.

Dentro das câmaras, a visão era desoladora. Homens, mulheres e até mesmo crianças estavam

acorrentados às paredes, seus corpos marcados por feridas e cicatrizes. Seus olhos, antes

cheios de vida, agora estavam vazios, resultado da constante drenagem de suas energias.

Nyctea sentiu um aperto no

coração, mas não podia deixar

que a emoção a dominasse.

Precisava ser rápida e eficiente. Ela se aproximou de uma jovem que parecia ter perdido as forças há muito tempo. Seus olhos se abriram com dificuldade ao ver

Nyctea, uma faísca de esperança apareceu em seus olhos.

Estamos aqui para libertá-los,"

sussurrou Nyctea, enquanto

começava a quebrar as correntes

com uma lâmina mágica

especialmente preparada para

essa tarefa.

Os Guerreiros da Lua Nova

trabalharam rapidamente,

liberando os escravos e tratando

seus ferimentos da melhor

maneira possível com os

recursos limitados que tinham.

Nyctea, porém, sabia que a

verdadeira missão ainda não

estava completa. O resgate era

apenas o começo, agora

precisavam garantir a segurança dos prisioneiros enquanto saíam da mansão.

Com todos os escravos

libertados, Nyctea liderou a

retirada. Enquanto recuavam, os guerreiros que haviam mapeado o local rapidamente guiaram o

grupo pelas rotas seguras,

evitando confrontos

desnecessários. Nyctea

permaneceu na retaguarda, seus

sentidos sempre em alerta,

pronta para agir caso fossem

descobertos. Mas graças à

eficiência e ao planejamento de sua equipe, conseguiram sair da mansão sem incidentes.

Ao se distanciarem da mansão,

Nyctea enviou um sinal para

Charlotte, informando que os

escravos estavam a salvo.

Mesmo enquanto se afastavam,

seus olhos estavam fixos no

horizonte, onde a mansão dos

anciãos se erguia. Ela sabia que a

missão ainda não estava

completa e que a verdadeira

batalha estava por vir. Mas por

agora, havia cumprido sua parte,

e os Guerreiros da Lua Nova se

reuniram em torno dela, prontos

para o próximo comando.

Nyctea, apesar de manter a

compostura, sentia uma fúria

silenciosa crescer dentro dela. Os

anciãos pagariam caro por suas

ações, e ela se certificaria de que

cada um deles enfrentasse a

justiça. Naquela noite, sob a luz

da lua cheia, ela jurou que

nenhuma sombra seria grande o

suficiente para esconder os

culpados do seu julgamento.