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Chapter 49 - 49 - Lua Celestial IX

O continente inteiro, envolto em silêncio, acompanhava o desfecho da luta decisiva entre Charlotte e sua antiga mestra, Selene. A transmissão ao vivo não perdeu nenhum detalhe, e a vitória de Charlotte ecoava por todas as regiões, como uma prova incontestável da força do Culto Sol e Lua. As ruínas da mansão, congeladas e partidas ao meio, eram agora testemunhas de uma nova era que se iniciava.

Charlotte, com sua katana ainda em punho, observava o espaço onde Selene havia desaparecido em pó prateado. A batalha havia terminado, mas o peso da traição e da perda ainda era palpável em seu coração. Cada vitória tem um preço, e agora, enquanto as câmeras captavam seu olhar resoluto, todos sabiam que a líder do culto não era apenas uma guerreira implacável, mas também alguém moldada pela dor e pela responsabilidade.

Os líderes mundiais, que antes temiam o poder do culto, agora compreendiam a verdadeira extensão da influência de Charlotte. Não havia mais espaço para subestimações. O Culto Sol e Lua, renascido das cinzas de sua corrupção interna, tinha uma força inabalável e uma líder que comandava o respeito e o medo de todos.

Astracar, observando deixou escapar um sorriso leve. Ele entendia mais do que a maioria o que aquela vitória significava, não apenas para Charlotte, mas para o destino do culto e de todo o continente. Uma nova era estava apenas começando, e ele sabia que, de uma forma ou de outra, ia precisar ser mais forte para está lado de Charlotte nos desafios que ainda estavam por vir.

Charlotte, agora de pé entre os escombros congelados, suspirou. O vento frio da noite trouxe consigo uma sensação de vazio, mas também de renascimento. Seus olhos brilharam sob a luz da lua, que, mais próxima do que nunca, parecia reconhecer a nova soberana do culto.

"Era da Lua", murmurou ela para si mesma, sabendo que a jornada apenas começara.

Charlotte, ainda de pé em meio ao cenário devastado, sentiu uma nova onda de poder fluindo por todo o seu ser. A lua, que parecia cada vez mais próxima, começou a irradiar uma luz intensa e prateada, envolvendo seu corpo em um brilho celestial. Com um gesto firme, ela ergueu a mão para o céu, invocando o Ciclo Divino Jaci: Manifestação.

O continente inteiro assistia em silêncio absoluto quando a transformação começou. Seus cabelos, antes de um branco imaculado, começaram a brilhar em tons de azul profundo, como o reflexo da lua em águas calmas. Os fios flutuavam ao seu redor como se o espaço em torno dela estivesse sem gravidade, leves e etéreos. Seus olhos, outrora de um azul intenso, agora brilhavam com um prateado lunar, irradiando a mesma energia gélida que envolvia sua aura.

Então, como um símbolo de sua ascensão divina, dois chifres de gelo se formaram em sua cabeça, emergindo lentamente e se curvando suavemente para trás, como uma coroa natural esculpida pela própria lua. A cada segundo, a aura ao redor de Charlotte se tornava mais intensa, e uma coroa de gelo, adornada com cristais brilhantes, apareceu sobre sua cabeça, simbolizando sua soberania sobre o culto e o domínio da lua.

O solo congelado ao seu redor começou a expandir, cobrindo a terra com uma camada prateada de gelo, como se toda a natureza se curvasse diante de sua presença. A temperatura caía cada vez mais, e o ar parecia se tornar mais rarefeito, como se o mundo estivesse à beira de testemunhar algo que transcendia a mortalidade.

Aquela era a prova definitiva de seu poder, uma manifestação que oscilava entre o divino e o terreno. Charlotte, em seu auge, se revelava como a verdadeira imperatriz do culto, e todos os que observavam — líderes, guerreiros, governantes — sabiam que estavam diante de algo incomparável. Não era mais apenas a líder do culto, mas uma força da natureza, uma personificação viva da lua e do gelo.

Seu olhar percorreu o horizonte, os olhos prateados refletindo a luz lunar, enquanto sua voz ecoou, poderosa e inabalável:

"Esta é a Era da Lua... e eu sou sua soberana."

O continente inteiro, paralisado pela magnitude da cena, compreendeu que a ascensão de Charlotte marcava o início de um novo capítulo, onde seu poder não teria rival.