A luz do sol banhava o quarto com uma aura dourada, tocando suavemente a pele de Astracar, que despertava de um sono profundo. O quarto, adornado com tapeçarias que contavam histórias de bravura e honra, parecia um santuário de paz. As peixeiras de Astracar, que jaziam ao lado da cama, refletiam o brilho do sol, suas lâminas tão afiadas quanto as memórias da batalha anterior.
O som de passos cautelosos aproximando-se da porta fez com que Astracar agarrasse rapidamente suas armas, seu coração batendo no ritmo de um tambor de guerra. Mas, ao invés do inimigo, era Charlotte, sua irmã, que aparecia com uma bandeja repleta de iguarias que espalhavam um aroma convidativo pelo ar. O susto inicial deu lugar a um caloroso sorriso compartilhado entre os dois, um momento de reencontro que aquecia mais do que os raios solares.
Charlotte, com seus cabelos Brancos em uma trança elaborada, vestia um vestido azul celeste que realçava a alegria em seus olhos. "Finalmente acordou, Astra," ela exclamou, colocando a bandeja sobre uma mesa de madeira entalhada. "Os chefs prepararam uma refeição digna de um guerreiro. Temos muito o que conversar!" Sua voz dançava no ar, tão animada quanto as chamas de uma fogueira.
Ela sai do quarto para Astracar Aruma-se com um manto de artes marciais que reflete a majestade do pôr do sol. O tecido vermelho vivo é adornado com runas douradas que cintilam e dançam à luz, evocando a imagem do sol em seu esplendor máximo. As runas são símbolos antigos, cada uma contando uma história de poder e proteção, ligadas à energia solar que alimenta a vida e inspira os guerreiros.
Sob o manto, ele usa roupas simples, mas funcionais, que permitem liberdade de movimento essencial para um lutador. Seus sapatos de pano leves são quase silenciosos, permitindo que ele se mova com a graça de um felino caçador. Eles são de um tom neutro, não chamam atenção, mas são feitos de um material resistente que protege seus pés nas superfícies mais ásperas.
A bandana vermelha, um símbolo de sua jornada e das pessoas que o influenciaram, está amarrada ao redor do pescoço. Não é apenas um acessório, mas um talismã, um lembrete constante de Lampião e Maria Bonita, e das lições que eles lhe ensinaram. A bandana é mais do que um pedaço de tecido; é um pedaço da história de Astracar, um fragmento de seu coração e alma que ele carrega consigo aonde quer que vá.
Ao sair do quarto, foi recebido com respeito pelos cavaleiros que guardavam o corredor, suas armaduras reluzindo como estrelas cadentes. Charlotte, com um sorriso que iluminava o caminho, guiou-o até a cozinha, onde o chefe aguardava com uma empolgação contagiante. "Hoje irei caprichar," disse o chefe, um homem robusto com um bigode tão imponente quanto sua reputação culinária. "Faz tempo que não vemos a lua Celestial tão alegre."
E assim, enquanto Astracar se sentava à mesa, o aroma das carnes sendo preparadas prometia uma refeição que saciaria não apenas a fome, mas também a alma, um banquete que celebrava o alvorecer de um novo dia e o reencontro de dois corações que compartilhavam não só o sangue, mas também o destino.
Enquanto Astracar saboreava os pedaços de carne, cada um com seu próprio tempero e ponto de cozimento, alguns bem passados, outros mal passados, Charlotte observava com um sorriso terno. "Parece que está gostando das carnes," ela comentou, sua voz suave.
Astracar apenas concordou com um aceno, seus pensamentos perdidos nas memórias que lentamente se entrelaçam em sua mente. Charlotte, percebendo a mudança sutil em seu semblante, adotou um tom mais sério. "Astracar, você realmente recuperou suas memórias sobre mim? Então, por que não está agindo como se eu fosse uma inimiga?"
A pausa que se seguiu foi preenchida com a tensão de perguntas não ditas e verdades não reveladas. Astracar colocou seu garfo lentamente sobre o prato, sua atenção agora totalmente voltada para Charlotte. "Nossas vidas passadas, não definem nossa existência atual," ele começou, sua voz firme. "E naquela vida, você poderia ter me matado, mas escolheu se sacrificar para salvar o mundo. Você foi uma heroína nas sombras, e isso é algo que não posso ignorar."
Charlotte sorriu, um sorriso que iluminou seu rosto e pareceu aliviar o peso de um fardo invisível. A conversa então tomou um rumo inesperado quando Astracar, com um olhar pensativo, perguntou: "Irmã, o que aconteceu com Lampião e Maria Bonita? E o sertão?"
A resposta de Charlotte veio após uma hesitação momentânea, como se as palavras carregassem o peso da história. "Sobre Maria e Lampião, eles e boa parte do bando encontraram seu fim durante a emboscada do coronel. Ele agora jaz congelado eternamente. Quanto ao sertão, está sob a proteção dos nossos cavaleiros solares. E quanto ao padre Antônio, ele desapareceu sem deixar rastros, mas as crianças estão seguras e bem."
A expressão de Astracar se tornou sombria, uma mistura de tristeza e ódio transparecendo em seus olhos. "Então, o padre Antônio é um servo de Santirama?" ele questionou, sua voz baixa quase um sussurro.
Charlotte simplesmente concordou, e o silêncio que se seguiu. Algum minutos depois Astracar, ja havia finalizado a refeição. Charlotte levou Astracar para o seu escritorio onde a vista das terras do culto se estendia até onde os olhos podiam ver. O céu estava tingido com as cores do crepúsculo, e uma brisa suave carregava consigo os sussurros da noite que se aproximava.
"Astracar," ela começou, sua voz calma e clara, "no mundo de onde você veio, os poderes eram simples e diretos, divididos em apenas quatro ranks. Mas aqui, as coisas são mais complexas. Existem **oito ranks**, cada um representando um estágio diferente no caminho do poder."
Ela apontou para o horizonte, onde as primeiras estrelas começavam a brilhar. "Vamos começar pelo **Rank F**, o **Fulgor Inicial**. É o primeiro vislumbre do poder, como a primeira estrela da noite. Depois vem a **Fagulha Ascendente**, uma promessa de que há mais a ser descoberto."
Astracar ouvia atentamente, absorvendo cada palavra. "E depois?" ele perguntou.
"Depois temos o **Rank E**, começando com o **Eco Distante**. É o poder que começa a ressoar dentro de você, seguido pela **Estrela Nascente**, que marca o surgimento de um novo talento."
Charlotte fez uma pausa, permitindo que Astracar digerisse as informações. "O **Rank D** é onde as coisas começam a ficar sérias. O **Desejo de Diamante** reflete uma determinação inquebrável, e o **Dragão Adormecido** é o potencial que aguarda para ser despertado."
Astracar assentiu, começando a entender a complexidade dos ranks. "E os ranks superiores?"
"Ah, os ranks superiores," Charlotte sorriu. "O **Rank C** é o **Cristal Crescente**, o poder que se solidifica e começa a brilhar verdadeiramente. E o **Cometa Cruzando** é a beleza de uma trajetória que não pode ser ignorada."
"O **Rank B** traz o **Brilho do Bastião**, a força que se torna um refúgio para os outros. E a **Besta Despertar** é a fera interior que se liberta com um poder selvagem."
"Então chegamos ao **Rank A**, onde você encontra o **Ápice Alado**, o ponto onde o talento realmente ganha asas. E a **Aurora Ascendente** é o prenúncio de um domínio que está prestes a se revelar."
Charlotte olhou para Astracar, seus olhos brilhando com uma luz que parecia refletir os próprios céus. "E finalmente, o **Rank S**. O **Solstício Supremo** é o ápice do poder comum, e o **Serpente Cósmica**... bem, é o poder que transcende o que conhecemos, serpenteando através das estrelas e do próprio tecido da realidade, Todos os Ranks são divididos em Inferior,Intermediário E Superior."
Astracar sentiu uma mistura de admiração e ansiedade. "É um caminho longo, Que Rank Voce esta Irmã?" ele disse.
"Sim, mas é um caminho que você não percorrerá sozinho, Meu Irmãozinho, Estou Rank serpente Cósmica - Superior" Charlotte respondeu, colocando uma mão em seu ombro. "Eu estarei com você em cada passo, em cada ascensão, até que você alcance as estrelas. Mais Esta muito Tarde amanhã apresentarei seus professores e as energias deste vasto mundo!"
E assim, sob o manto da noite que caía, Astracar começou a compreender a magnitude do caminho que tinha pela frente.