Chereads / Assim eu me tornei! / Chapter 26 - 27 - Nexus I

Chapter 26 - 27 - Nexus I

Astracar, após o término do teletransporte, percebe uma mudança drástica no ambiente. O ar, antes vibrante com ki e prana, agora parece desprovido dessas energias vitais. Ele conclui que está distante do culto Sol e Lua. Observando ao redor, ele nota árvores de troncos cinzentos e folhas tão negras quanto a noite sem estrelas. A grama exibe um tom de verde sinistro, quase venenoso, e as poças d'água são de um roxo profundo. Os animais, que mais parecem criaturas zumbificadas, não emitem qualquer sinal de vida, mesmo quando Astracar tenta senti-los através do prana.

Com um gesto decidido, ele invoca um arco feito de mana pura e prepara uma flecha sagrada. Ao dispará-la contra uma das árvores sombrias, a madeira começa a arder com chamas que parecem purificar a corrupção ao redor. Astracar, embora não seja um mestre em manipular mana ou energia sagrada, possui habilidades avançadas em ambos, graças aos ensinamentos de Lampião e Maria Bonita nas terras áridas do sertão, e é um mestre em prana, herança de seu treinamento com Solaris.

Ele então avança pela Floresta Morta, envolto em seu manto de Sol Celestial, que irradia uma luz purificadora. As runas gravadas no tecido brilham, ativando a habilidade de purificação. Com passos cautelosos e atentos, ele explora o terreno hostil, mantendo suas peixeiras sempre à mão, prontas para qualquer confronto.

Enquanto isso, no culto, Charlotte sente a ausência prolongada de seu irmão e a preocupação cresce em seu coração. Ela se levanta de seu trono e caminha até o portal por onde Astracar deveria retornar. Ao chegar, os cavaleiros a saúdam com notícias perturbadoras: "Eu Saúdo a Lua Celestial, o portal brilhou em um tom preto." Palavras que fazem Charlotte estremecer. "Preciso ir à Biblioteca Lunar," ela pensa consigo mesma. Sem hesitar, ela emite uma ordem clara e direta: "Chamem os capitães Elionora, Declina e Solaris. E diga para Solaris me encontrar na Biblioteca Lunar, junto com as outras. E não permitam que ninguém se aproxime deste portal."

Com a determinação de uma líder nata, Charlotte se prepara para desvendar o mistério do portal negro e garantir o retorno seguro de seu irmão.

Astracar avança cautelosamente pela floresta sombria, onde a energia vital parece ser drenada a cada passo. O ki e a prana, essências para o mundo, esvaem-se como se a própria floresta os consumisse. Ele sente olhares ocultos o seguindo, mas estranhamente, as criaturas que o observam não atacam. Talvez haja algum código não dito entre eles ou talvez ele seja considerado insignificante. No entanto, a verdadeira surpresa aguarda no coração da floresta morta: um templo antigo, erigido em honra a deuses esquecidos ou a forças desconhecidas. Quando Astracar tenta se aproximar, a terra se agita e do solo emergem criaturas grotescas, semelhantes a zumbis, e um imponente cavaleiro da morte. Este último, com uma inteligência sinistra refletida em seus olhos vazios, bloqueia o caminho de Astracar e o desafia com palavras frias: "Ei, garoto, o que você busca aqui?"

Enquanto isso, na Biblioteca Lunar, Charlotte, imersa em sua busca por conhecimento, folheia antigos grimórios e pergaminhos desbotados. Ela busca um portal de teletransporte negro, uma passagem que poderia alterar os fundamentos do espaço e do tempo. Sua pesquisa é interrompida pela chegada de seus capitães, que a saúdam com uma reverência profunda: "Nós saudamos a Lua Celestial," eles declaram em uníssono.

Charlotte não perde tempo e questiona o Capitão Solaris sobre o progresso de seu irmão. "O sol Divino não é um gênio como você, mas ele é digno do título de sol Divino," responde Solaris, com um olhar penetrante que não esconde sua admiração. Charlotte, ansiosa, indaga sobre o ranking atual de seu irmão, e a resposta a deixa visivelmente animada. "Ele está agora no Rank Superior *Estrela Nascente*. Seus talentos são impressionantes; uma pessoa normal levaria no mínimo três anos para alcançar tal feito."

Satisfeita, Charlotte então faz um pedido solene ao Capitão Solaris, pedindo-lhe que cuide das terras do sertão. O ar ao redor congela com a seriedade de seu tom. Solaris, reconhecendo a gravidade da tarefa, ajoelha-se e jura pela sua honra e pelo nome da Lua Celestial proteger o povo e a terra do sertão. Com um sorriso de aprovação, Charlotte confirma sua confiança nele, sabendo que a ordem foi restaurada e que agora apenas precisa ser mantida.

Charlotte olha para suas duas capitãs com um semblante de determinação. "Garotas, preciso que me ajudem a vasculhar informações sobre o portal negro," ela pede, sua voz suave mas carregada de urgência. Declina, sempre pronta para um desafio, sorri e responde com entusiasmo: "Claro, Char, conte comigo. E sobre o sol, né?" Ela faz uma pausa, seu sorriso indicando que ela está bem ciente da importância do irmão de Charlotte no grande esquema das coisas.

Eleonora, com sua postura séria e olhar focado, assente. "Vou ajudar, mas depois você treina comigo, Char," ela diz, lembrando Charlotte de suas próprias responsabilidades e do equilíbrio necessário entre liderança e autodesenvolvimento.

Charlotte concorda com a cabeça, grata pela lealdade e apoio de suas capitãs. Juntas, elas começam a mergulhar nos mistérios que os antigos textos podem revelar, cada página virada trazendo-as mais perto de desvendar os segredos do portal negro e, talvez, do destino que aguarda todos eles.