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Chapter 8 - Plataforma-Nove-Três-Quartos. (PT-02)

Continuação do Capítulo anterior pelo limite de palavras na postagem.

- Eu tenho onze anos, pode parecer loucura..., mas até agora tudo isso de magia está sendo maluquice para mim. - Ele enfim terminou onde a mulher tanto se mostrava surpresa, quando compreendia com a magia ser uma verdadeira maluquice para quem não está familiarizado a ela.

 

 

- Bom, é a primeira vez que meu Ronyquin vai para Hogwarts... Tudo o que tem que fazer é seguir direto no meio das colunas, entre as plataformas nove e dez. - A ruiva explicara para entendimento do Potter e bufo exasperado do ruivo pelo apelido. - Pode ir correndo se estiver nervoso. - Enfim, a mesma terminara onde Harry se posicionara enquanto encarava a coluna do lado da garotinha ruiva, que se encontrava lhe dando uma boa sorte.

 

 

Correndo como informado pela ruiva, Harry enfim transcorrera pela parede de pedra que mais parecia uma miragem e véu invisível que abraçava sua pele, para logo ser possível notar um grande trem após estranhamente através o que deveria ser sólido.

A fumaça da locomotiva se dispersava sobre as cabeças das pessoas que conversavam euforicamente, enquanto gatos de todas as cores trançavam por entre as pernas delas. Corujas piavam umas para as outras, descontentes, sobrepondo-se à balbúrdia e ao barulho das malas pesadas que eram arrastadas.

Harry caminhava lentamente por meio dos adultos, onde era possível sentir Fyexbolt se remexendo sob seu blazer devido aos ruídos diversificados de animais do local.

Muitos encaravam Harry com curiosidade, tanto pela espada escura que sempre se predominava embainhada em sua cintura, junto a cicatriz em sua testa que faziam muitos acreditarem ser alguém muito famoso, porém o aspecto físico do mesmo não convinha com quem teorizavam, e já achavam ser só um fã boy do garoto-que-sobreviveu, no qual não seria o primeiro louco a fatiar a testa para ter uma cicatriz parecida.

 

 

Os primeiros vagões já estavam cheios de estudantes, uns debruçados às janelas conversando com as famílias, outros brigando devido aos lugares. Harry empurrava o carrinho pela plataforma procurando um lugar vago do lado de fora. Para assim passar por um garoto de rosto redondo que estava dizendo:

 

- Vó, perdi meu sapo outra vez.

 

 

- Ah, Nevílle... - Ele escutara a senhora suspirar.

 

 

Mais adiante, um garoto com cabelos rastafári estava cercado por um pequeno grupo de meninos:

 

- Deixe a gente espiar, Lino, vamos.

 

O menino levantou a tampa de uma caixa que carregava nos braços e as pessoas em volta deram gritos e berros quando uma coisa dentro da caixa esticou para fora com uma perna comprida e peluda.

 

 

Harry continuará andando pela aglomeração até que encontrou um compartimento vago no final do trem. Primeiro pôs sua coruja para dentro e começou a empurrar e a forçar com a mala em direção à porta do trem, onde antes de ultrapassá-la tivera a interrupção de um garoto:

 

- Quer uma ajuda? - Era um dos gêmeos ruivos que ele seguira para atravessar a barreira.

 

 

- Por favor... - Harry disse enquanto separava sua recente maleta ganha.

 

 

- Gred! Vem dar uma ajuda aqui! - O ruivo igualmente idêntico ao irmão exasperou-se onde logo com a ajuda dos gêmeos, os malões de Harry finalmente foram colocados em um canto do compartimento.

 

 

- Obrigado. - Harry disse afastando os cabelos da testa levemente suada pela recente correria que tivera meia hora atrás.

 

 

- Que é isso? - Perguntou de repente um dos gêmeos apontando para a cicatriz de Harry, onde o mesmo logo se olhara no reflexo do vidro e percebia que o mesmo se referia a sua cicatriz.

 

 

- Caramba! - Disse o outro gêmeo. - Você é…?

 

 

- Ele é... - Disse o outro gêmeo. - Não é? - Acrescentou para Harry.

 

 

- O quê? - Indagou o Potter, ainda não entendendo a que se referiam.

 

 

- Harry Potter! - Disseram os gêmeos em coro.

 

 

- Ah, É! Esse é meu nome. - Disse Harry onde os dois garotos olharam boquiabertos e Harry sentiu-se meio envergonhado. Então, para seu alívio, ouviram uma voz pela porta aberta do trem.

 

 

- Fred? George? Vocês estão aí? - Novamente a ruiva de antes surgiu gritando, porém, sua voz vinha de fora do trem e Harry podia ver que com ela trazia a ruivinha maravilhada pelo que deveria ser todo o expresso de Hogwarts.

 

 

- Estamos indo, mamãe! - Ambos gritaram dando uma última espiada em Harry, os gêmeos saltaram para fora do trem.

 

 

Harry sentou-se à janela onde, meio escondido, podia observar a família de cabelos ruivos na plataforma. A mãe tinha acabado de puxar o lenço.

 

 

- Rony, você está com uma crosta no nariz. - A matriarca ruiva disse com o menino mais novo tentando fugir das garras dela, mas ela o agarrou e começou a limpar a ponta do nariz dele.

 

 

- Mamãe, sai para lá. - Desvencilhou-se.

 

 

- Aaaah, o Ronyquin está com uma coisa no nariz? - Caçoou um dos gêmeos fazendo Harry rir, pois gostara da personalidade daqueles dois.

 

 

- Cale a boca. - Disse Rony.

 

 

- Onde está o Percy? - Perguntou a mãe.

 

 

- Está vindo aí. - Ambos os gêmeos ruivos disseram como se homenageassem um rei que vinha com vestes largas e pretas de Hogwarts, e Harry reparou que tinha um distintivo de prata reluzente com a letra "M".

 

 

- Não posso demorar, mãe - falou ele. - Estou lá na frente, os monitores têm vagões separados…

 

- Ah, você é monitor, Percy? - Perguntou um dos gêmeos, com ar de grande surpresa. - Devia ter avisado, não fazíamos ideia.

 

 

- Espere aí, acho que me lembro de ter ouvido ele dizer alguma coisa - Disse o outro gêmeo. - Uma vez…

 

 

- Ou duas…

 

 

- Um minuto…

 

 

- O verão todo! - Ambos ditaram em coro.

 

 

- Ah, calem a boca! - Disse Percy, o monitor. Ato que fizera Harry sorrir ainda mais pela palhaçada dos ruivos.

 

 

- Afinal, por que foi que o Percy ganhou vestes novas? - Disse um dos gêmeos.

 

 

- Porque é monitor. - Disse a mãe com carinho. - Está bem, querido, tenha um bom ano letivo. Mande-me uma coruja quando chegar. - Por fim, ela beijou Percy no rosto e ele foi embora. Então. Virou-se para os gêmeos. - Agora, vocês dois, este ano, se comportem. Se receber mais uma coruja dizendo que vocês… Vocês explodiram um banheiro ou…

 

 

- Explodiram um banheiro? Nunca explodimos um banheiro. - Um dos ruivos disse como se tal acusação fosse uma descrença.

 

 

- Mas é uma grande ideia, obrigado, mamãe. - Outro ruivo ditara sob olhar malicioso do irmão, que já imaginava uma de suas pegadinhas dando certo.

 

 

- Não tem graça. E cuidem do Rony. - A mãe os censurou com um tom de voz duro, porém sua expressão negava a esse fato.

 

 

- Não se preocupe, Ronyquin está seguro com a gente. - Ambos os gêmeos ditaram fazendo posição de sentido.

 

 

- Cale a boca - Mandou Rony outra vez enquanto o nariz dele já estava vermelho onde a mãe o esfregara.

 

 

- Ei, mãe, advinha? Adivinha quem acabamos de encontrar no trem? - Um dos ruivos iniciou.

 

 

Harry, que se encontrava sentado e focado na conversa engraçada dos gêmeos, estranhou, pois conseguia escutar claramente o que eles diziam, mesmo estando do lado de fora com todo o barulho da locomotiva e gritaria eufórica dos alunos e familiares.

Era como se sua audição ficasse mais aguçada em apenas um ponto em respectivo que ele focava.

 

 

- Acabamos de ver Harry Potter! É incrível... Ele está maior que nós e parece que é da nossa idade... Você não tinha dito que ele tinha onze anos? - Um dos ruivos ditara com deveras emoção na voz.

 

 

- Harry Potter! - A vozinha da ruiva mais nova surgiu com surpresa maravilhada e curiosidade. - Ah, mamãe, posso subir no trem para ver ele, mamãe, ali, por favor…

 

 

- O coitado não é um bicho de zoológico para você ficar olhando. É ele mesmo, Fred? Como você sabe? - A matriarca disse com uma convicção natural de que estava se referindo ao gêmeo certo, no qual Harry prontamente tentara identificar qualquer diferença entre o outro gêmeo a fim de marcá-los sem erro.

 

 

- Perguntei a ele. Vi a cicatriz. Está lá mesmo, parece uma runa e estranhamente tem nossa altura e parece até mais velho.

 

 

A ruiva mais velha até tentara continuar a conversa, porém ouviu-se um alto apito, e nisso a mulher dissera:

 

- Depressa! Não vão perder o trem. - Disse a mãe, e os três garotos embarcaram no trem.

 

Ambos nesse exato momento invadiram a cabine do Potter, debruçaram-se na janela para a mãe lhes dar um beijo de despedida e a irmãzinha começou a chorar sob olhar de Harry, e surpresa da mãe, que agora, sim, via a cicatriz em si.

 

- Não chore, Ginny, vamos lhe mandar um monte de corujas. - Um dos gêmeos disse sob continuação do outro.

 

 

- Vamos lhe mandar uma tampa de vaso de Hogwarts.

 

 

- George! - A ruiva censurara o garoto que rira em resposta. Onde Harry pudera notar que ele tinha uma leve sarda individual na bochecha esquerda, enquanto o outro gêmeo, que a mãe chamara de Fred, tinha uma mesma sarda, porém na bochecha direita.

 

 

- Estou só brincando, mamãe. - George respondeu animadamente onde logo o trem começou a andar após o último apito e trancafiar magico das portas.

 

 

Harry viu a mãe dos garotos acenando e a irmã, meio risonha, meio chorosa, correndo para acompanhar o trem até ele ganhar velocidade e ela ficar para trás acenando.

Harry observou a menina e a mãe desaparecerem quando o trem fez a curva. As casas passaram num relâmpago pela janela.

Harry sentiu uma grande excitação. Não sabia aonde estava indo, mas tinha de ser melhor do que o lugar que estava deixando para trás.

 

 

Nisso, ambos os gêmeos ruivos enfim repararam que invadiram uma cabine ocupada:

 

- Não se preocupem! Podem ficar se quiserem. - Harry disse enquanto abria o livro recente ganho, para logo no início se surpreender com as informações.

 

 

[ ... ]

Desde a partida do trem, o que antes era muitas vozes eufóricas devido à viagem, simplesmente silenciou-se com o passar dos minutos.

Harry nesse momento se encontrava focado na leitura do livro que recebera de Niklaus, o mesmo acabara por notar que aquilo, na verdade, era um bestiário propriamente escrito por um tal de Newt Scamander, ali continha informações das mais derivadas criaturas, seja pequena, mediana, grande ou gigante.

Tinha descrito o tipo de alimentação de cada uma, os medicamentos para doenças comuns delas, onde sobreviviam e qual o melhor bioma para cada uma.

 

 

Harry nunca pensara que pudessem existir tantas criaturas distintas da sua realidade, porém antes de continuar o mesmo fora interrompido pela voz de um dos ruivos que se encontrava a sua frente:

 

- Então é você mesmo? O grande Harry Potter!? - O gêmeo de sarda na bochecha direita, a qual Harry sabia agora ser Fred, indagara com euforia na voz sob riso de Harry.

 

 

- Não é para tanto... é só Harry. - O moreno dissera enquanto ainda estranhava toda essa grandiosidade pela qual todos o tratavam.

 

 

- É verdade que matou um dragão? Como foi? - George, o gêmeo de sarda na bochecha esquerda, indagou com os olhos brilhando sob confusão do Potter.

 

 

- Como e por que eu mataria um dragão? - Harry disse em dúvida.

 

 

- Ora, está em um dos famosos contos das grandes aventuras do Garoto-Que-Sobreviveu. - Ambos os ruivos disseram em conjunto.

 

 

- Acho que enganaram vocês, ou então simplesmente leram alguma história fictícia. - Harry disse com graça. - Pouco sabia que dragões existiam, não teria a mínima chance de eu matar um, por que mataria? Sendo que poderia domesticá-lo e alimentá-lo como um novo amigo protetor. - Harry por fim disse enquanto os ruivos riam.

 

 

Era notável que os contos eram deveras exagerados, onde ver toda essa humildade e até sarcasmo no Potter fazia eles gostarem ainda mais do mesmo, pois os livros sempre trataram a ele como um grande bruxo de onze anos que se mostrava bem à frente de sua geração, dando a si um ar de arrogante.

Sendo, na realidade, uma história completamente diferente.

Nisso, após folhear rapidamente as últimas páginas do livro, o mesmo sentira deveras curiosidade com a maleta a seu lado. No livro citava que tudo que precisasse estaria lá dentro, nisso com sua curiosidade gritante, o Potter enfim pegara a maleta sob atenção dos ruivos.

Para só quando ele abrir parcialmente a mala, um rugido feroz surgir dali de dentro, sendo possível apenas de se escutar dentro da cabine respectiva.

 

 

- Oh... O que tem aí dentro? - George indagou com surpresa e euforia maliciosa.

 

 

- Eu sabia, tem um dragão! - Fred disse fazendo o outro ruivo concordar com a cabeça.

 

 

- Eu não faço ideia! Ganhei essa maleta de um recente conhecido. - Harry dissera enquanto agora terminava de abrir e a mantinha no chão.

 

 

- É uma maleta interdimensional? - Um dos ruivos disse indagativa e euforicamente enquanto de cima podia ver uma espécie de escada improvisada numa tora, enquanto a volta dela se encontrava uma espécie de escritório com ervas, frascos de poções, ingredientes e gavetas.

 

 

- Isso é muito legal. - Harry disse enquanto colocava a mão maleta adentro e sentia uma leve brisa ali, como se pudesse entrar mesmo ali e se situar naquela sala.

 

 

- Você irá entrar? - Outro ruivo disse com um olhar pidão, como se praticamente implorasse para o Potter deixá-lo ver também.

 

 

- Claro! - Harry disse enquanto se levantava de seu assento e colocava o pé maleta adentro, onde já sentia o primeiro degrau improvisado da escada de madeira. Algo que o fizera continuar até restar apenas sua cabeça maleta afora.

 

- Se quiserem vir também... Vai ser legal descobrir o que tem aqui dentro... bom, isso ou ao menos eu não morrerei sozinho - Harry por fim disse enquanto enfim descia ainda mais sob olhar dos dois ruivos que não sabiam se ele estava realmente brincando por mais um rugido ressoar.

 

Algo que de imediato fora respondido com os gêmeos se levantando e enfim descendo junto ao Potter.

 

 

[ ... ]

Já se passavam vários minutos desde que Harry e os gêmeos adentraram a maleta, cada um dali se maravilhava com a enorme casa que existia dentro daquela maleta.

Harry era o mais surpreso com tudo, onde os gêmeos já escutavam sobre coisas do tipo, e suas brincadeiras e cotidianos na sociedade bruxa os faziam ter um melhor entendimento sobre a mágica.

 

 

- Gente... Vem ver isso aqui! - Harry disse aos gêmeos que fuçavam as gavetas a procura de algo interessante. Onde com a voz do Potter vindo de fora da casa, ambos enfim caminharam até o local de destino.

 

 

Nisso, ao chegar no local de destino, cada gêmeo arregalou os olhos com a visão que tinha.

Era como se fosse um mundo ali dentro. O céu levemente alaranjado pelo pôr do sol, as grandiosas terras e montanhas a distância, até mesmo as bestas voadoras que sobrevoavam os céus, enquanto outras caminhavam por terra.

Era uma coisa completamente surreal para cada um deles, o que antes os gêmeos imaginavam ser uma "maleta casa", agora era um mundo inteiro ali dentro, e pelo que aparentava, existiam centenas de setores com ambientes derivados, biomas diversos e estações diversificadas para cada intitulação animal.

 

 

Harry, que folheava rapidamente o livro em mãos, logo disse:

 

- Aqueles ali são Arpéu. - Harry disse a raça do animal enquanto apontava para vários animais grandiosos de quatro patas com uma aparente pele bem grossa, igual a de dragões em ilustrações.

 

- Aquela é uma Occami. - O Potter disse o que lia enquanto apontava para uma espécie de cobra com pássaro repleta de penas a uma grandiosa distância.

 

- E isso é um Tronquilho. - Por fim, Harry disse com um bichinho verde que parecia um ramo, no qual andava sob uma das pilastras de madeira dali.

 

 

A surpresa no olhar de ambos os gêmeos era predominante ali, principalmente quando a fênix de Harry sairá do bolso de seu blazer, para assim começar a brincar com o suposto Tronquilho.

 

 

- Gred... essa maleta é aquela, não é? - Um dos gêmeos disse em dúvida ao outro.

 

 

- Com certeza, Forge... - O outro respondeu.

 

 

- Que maleta, do que estão falando? - Harry indagou a ambos que logo o encararam estranhamente.

 

 

- Cara, nós temos aula sobre isso em Hogwarts! Ou pelo menos um dos únicos livros que buscamos aprofundarmos realmente no estudo. - George disse.

 

 

- Animais Fantásticos e Onde Habitam! Escrito por Newt Scamander. - Fred complementou.

 

 

- Quando Niklaus me explicou sobre a maleta, ele disse mesmo que isso era de um velho amigo chamado Newt. - Harry explicara surpreso.

 

 

- Acho que você não entendeu. Essa é a mala perdida do famoso Magizoologista Newt Scamander. Só existem livros citando essa maleta a qual tal bruxo portou durante parte de sua vida e quando se aposentou visou sumir com ela e nunca expor aonde a levou, e você agora tem em mãos um artefato tão raro e incrível. - George disse onde pela primeira vez ele via o ruivo falar sem um tom de brincadeira.

 

 

- Não importa o que faça! Não deixe ninguém descobrir sobre ela... Se cair nos ouvidos do ministério, com certeza tentarão confiscá-la por conta dos raros animais que habitam aqui dentro. - Fred continuou sob consentimento de Harry.

 

 

- Mas como irei esconder isso? - Harry indagou, pois claramente os professores de Hogwarts não seriam enganados por uma mala com um imenso mundo dentro dela.

 

 

- É citado que essa é uma mala engana trouxa. - Fred disse.

 

- Só tem de ativar a opção, que irá parecer ser apenas uma maleta comum. Pelo menos servira até você a guardar nos dormitórios. - George terminou de explicar onde logo o trio visara voltar a cabine de trem com a fênix do Potter ficando ali dentro enquanto brincava com o novo amigo dela.

 

 

[ ... ]

Harry, Fred e George, que até então se situavam numa mala interdimensional na última cabine da locomotiva, logo visaram sair lá de dentro, onde para surpresa deles se encontrava outro garotinho ruivo sentado logo ali.

 

 

O mesmo encarava em confusão o fato de seus irmãos saírem de uma maleta, para só assim os dois ruivos dizerem:

 

- Oi, Rony. - Os gêmeos disseram em coro.

 

 

- Escuta aqui, vamos para o meio do trem. Pelo que parece, Lino trouxe uma tarântula gigante. - Fred dissera enquanto ia para porta com seu irmão no encalço.

 

 

- Certo. - Resmungou Rony.

 

 

- Harry, nós já nos apresentamos? - Disse o outro gêmeo onde antes de Harry responder ele já ditara. - Gred e Forge Weasley. E este é o Ronyquin, nosso irmãozinho.

 

- Não se esqueça do "engana trouxa", amigão. - Por fim, ambos os ruivos ditaram em coro, sob consentimento do Potter que acenara em despedida.

 

 

- Até mais. - Dissera Harry enquanto os gêmeos fechavam a porta da cabine ao passar.

 

 

Nisso, Harry rapidamente visara sua maleta em todos os cantos, onde logo encontrou uma espécie de pequenino botão descrito como "engana trouxa". Que ao ter sido utilizada não demonstrara nada de diferente.

Porém, ao abri-la, só era possível de se notar uma mala comum de tamanho médio com algumas roupas padrão de Hogwarts, relógios e uma carteira comumente que os trouxas utilizam.

 

 

- Você é Harry Potter mesmo? - Rony deixou escapar de forma curiosa, ao mesmo momento em que Harry colocava seu bestiário dentro da maleta e a ajeitava sob o banco. O fazendo confirmar calmamente sob olhar admirado do ruivo menor.

 

 

- Ah, bom, pensei que fosse uma brincadeira do Fred e do George sobre você ser da mesma idade que eles... - Rony disse impressionado ou algo que o fez ficar vermelho na face com a boa aparência de Harry. - E você tem a... - Por fim, ele disse meio sem jeito apontando para a testa de Harry. Que logo afastara a franja bagunçada para mostrar a cicatriz em forma de relâmpago.

 

 

- Na verdade... caso você tiver onze anos, então temos a mesma idade. - Harry respondeu enquanto puxava a franja de seu cabelo para trás, deixando-o bagunçado, porém bem estiloso ao ver do menor.

 

 

- Mas... isso é impossível! Nunca foi dito nada sobre crianças bruxas crescendo antes da hora. - Rony disse sem saber como explicar sobre Harry de onze anos ter aparência de dezoito.

 

 

- Antes eu até estranhava tudo isso, e me achava deveras diferente dos demais. - Harry disse enquanto se lembrava do que essa aparência custou a ele. - Porém, ver que existem duendes, bruxos, magia... Isso me fez ver que nada é muito impossível. - Por fim, o moreno explicara.

 

 

- Uau! - O garotinho dissera impressionado por alguns minutos olhando Harry, depois, como se de repente tivesse se dado conta do que estava fazendo, olhou depressa para fora da janela outra vez.

 

 

Notando o rosto corado dele por encarar Harry muito tempo, o moreno logo sorriu enquanto puxava assunto:

 

- Todos na sua família são bruxos? - Perguntou Harry, que achava tudo de magia tão interessante, quanto Rony o achava.

 

 

- Hum… São, acho que sim. Creio que mamãe tem um primo em segundo grau que é contador, mas mora muito longe.

 

 

- Então você já deve conhecer muitas mágicas. - Harry não perguntou, mas sim praticamente afirmou, pois assim como ele entende do mundo trouxa, o garotinho deveria entender do mundo bruxo.

 

 

Era até estranho Harry o considerar garotinho sendo da mesma idade que si, porém a diferença de maturidade e inocência era algo deveras distante.

Enquanto um com certeza deveria ficar envergonhado por pegar na mão de uma garota, outro já entendia bem dessas relações com o sexo oposto devido algumas obrigações que forçaram ele a fazer.

Os Weasley aparentemente eram uma dessas antigas famílias de bruxos de que um menino pálido em Madam Malkin falava com uma das atendentes. Recordava daquele outro garotinho, e nele conseguia ver um orgulho e até arrogância predominante, já nesse a sua frente se mesclava uma vasta inocência e humildade.

Porém, quem Harry era para julgar alguém, na verdade, ele meio que sentia que era um pouco de tudo. Corajoso, humilde, leal, orgulhoso, ambicioso, carismático… e talvez até psicótico.

 

 

Nisso, vendo o silêncio que se instaurara pelos devaneios de Harry, logo foi-se possível de escutar:

 

- Ouvi dizer que você foi viver com os trouxas. Como eles são? - Rony perguntou.

 

 

- Horríveis… Bom, nem todos. Mas minha tia e meu tio são, eu gostaria de ter tido três irmãos bruxos, ou talvez apenar ter vivido com meu priminho Duda. - Harry respondeu enquanto sorria pela drástica mudança de agir que seu primo Duda teve após receber sua primeira bronca da vida, sendo essa vinda do próprio Potter.

 

 

- Seis. - Rony disse enquanto por um segundo ele pareceu triste. - Sou o sexto a ir para Hogwarts. Pode-se dizer que tenho de fazer justiça ao nosso nome. - Vendo que Harry se interessou pela história, o garoto logo continuará. - Bill e Charlie já terminaram a escola. Bill foi chefe dos monitores e Charlie foi capitão do time de Quadribol. Agora Percy é monitor. Fred e George fazem muita bagunça, mas tiram notas ótimas e todo mundo acha que eles são realmente engraçados.

 

- Todos esperam que eu me saia tão bem quanto os outros, mas se eu me sair bem, não será nada de mais, porque eles fizeram isso primeiro. E não se ganha nada novo ao ter cinco irmãos. Uso as vestes velhas de Bill, a varinha velha de Charlie e o rato velho do Percy… - Enquanto dizia, Rony meteu a mão no bolso interno do paletó e tirou um rato-cinzento e gordo que estava dormindo.

 

 

- O nome dele é Perébas e ele é inútil, raramente acorda. Percy ganhou uma coruja de meu pai por ser escolhido monitor, mas eles não podiam ter… quero dizer, em vez disso ganhei Perebas. - Nisso, as orelhas de Rony ficaram vermelhas. Parecia estar achando que falara demais, porque voltou a olhar para fora pela janela.

 

 

Harry não achava nada de mais que alguém não tivesse dinheiro para comprar uma coruja. Afinal, ele desde cedo sempre tivera que trabalhar para se sustentar. Em certa parte ele se incomodou com o garoto reclamando tanto de sua vida quando tinha uma família amorosa para cuidá-lo, mas não iria julgá-lo, principalmente por ser uma criança e ainda ter muito ao que aprender, e realmente se colocar no lado dos pais dele só faria ao garoto se incomodar à toa.

Nisso, Harry contara resumidamente algumas partes de sua vida, como sempre teve que trabalhar após seu corpo sofrer tais drásticas mudanças, como nunca recebera um presente de aniversário na vida.

Tudo isso sendo dito, onde o garotinho ruivo se animara um pouco. Pelo fato de Harry não se incomodar com ele contando sobre sua vida e aparentar ter uma vida tão difícil quanto a dele.

Algo que novamente incomodou ao Potter pelo olhar de comparação do garotinho e como ele achava que a vida dele em um lar amoroso era algo tão complicado quanto viver em um lar abusivo feito o dos Dursley, porém, que novamente Harry descartara por ser só a mentalidade de uma criança que não entende a complicação de tudo a que Harry falou.

 

 

- ... E até Rubeus me contar, eu não sabia o que era ser bruxo, nem quem eram meus pais, muito menos esse Voldemort. - Harry dissera olhando para a janela, onde logo notou Rony pasmo. - Que foi? - Harry indagou em confusão.

 

 

- Você disse o nome de Você-Sabe-Quem! - Exclamou Rony parecendo ao mesmo tempo, chocado e impressionado. - Todos que o chamam são amaldiçoados, e eu achava que de todas as pessoas, você…

 

 

- Não estou tentando ser corajoso nem nada dizendo o nome dele. É que nunca soube que não se podia dizer. Está vendo o que quero dizer? Tenho muito que aprender…, mas não se importe comigo dizendo "Voldemort", dizem ser um nome amaldiçoado, mas talvez seja apenas um título que se tornou tão famoso ao ponto dos aliados dele inventarem que deviam temer o nome. - Por fim, Harry disse, onde mesmo assim a admiração no olhar do garoto ainda era evidente.

 

 

Enquanto conversavam, o trem seguia seu rumo em um ambiente que o Potter não conseguia saber onde era, pois com certeza não era Londres, algo mais como se ao passar pela barreira da plataforma, o mesmo tivesse entrado em um mundo completamente diferente, sem as casas costumeiras, carros e ambiente dos No-mag, até mesmo o ar parecia mais limpo e agradável. Agora corriam por campos cheios de vacas e carneiros, vez ou outra cabanas e vilarejos eram apresentados e logo perdidos pela alta velocidade do expresso. Ficaram calados por um tempo, contemplando os campos e as estradinhas passarem num lampejo, e até insetos que se prostravam vez ou outra janela afora, eram diferentes da sociedade No-maj, fazendo o Potter realmente teorizar que não se encontrava mais ligado ao planeta terra, bom figurativamente falando é claro, pois na visão dele a sociedade moderna dos No-maj já teria colocado sua marca em lugares tão abertos, sejam com postes de luz, estradas e edifícios... mas aqui não, por longas extensões de terras e morros, só animais, vilarejos, insetos estranhos e pessoal com robes antigos, cajados e pássaros voando em ciclos confusos dos quais ele nunca viu e muito menos em tamanha quantidade.

 

 

Por volta do meio-dia e meia ouviram um grande barulho no corredor e uma mulher de cabelos escuros e um lindo sorriso na face surgiu com um carrinho de doces e salgados:

 

- Querem alguma coisa do carrinho, queridos? - A mulher perguntou enquanto Rony encarava tudo com os olhos brilhando, junto ao Potter que visava seu olhar especificamente na mulher.

 

 

Harry, que vira muitas coisas de aparência ótima, ergueu-se rapidamente, mas as orelhas de Rony ficaram vermelhas outra vez e ele murmurou que trouxera sanduíches enquanto o moreno ia até o corredor.

Nunca tivera dinheiro para doces na casa dos Dursley e agora que seus bolsos retiniam com moedas de ouro e prata, estava disposto a comprar quantas barrinhas de chocolate pudesse carregar, mas a mulher não tinha barrinhas. Tinha feijõezinhos de todos os sabores, balas de goma, chicletes de bola, sapos de chocolate, tortinhas de abóbora, bolos de caldeirão, varinhas de alcaçuz e várias outras coisas estranhas que Harry nunca vira na sua vida. A coisa mais próxima ali que ele já provara, eram as coxinhas, sendo elas salgadas e doces.

Não querendo perder nada, ele comprou todas as coxinhas e diversos doces derivados, pagou à mulher que sorrira de uma forma sedutora ao Potter, algo que fizera Rony corar envergonhado e Harry piscar para a mesma em resposta.

Rony arregalou os olhos quando Harry trouxe tudo para a cabine e despejou no assento vazio.

 

 

- Que fome, hein? - Rony disse enquanto Harry ria.

 

 

- Morrendo de fome. - Respondeu Harry pegando uma coxinha de frango e a mordendo. - Nunca tive muito dinheiro para comer doces ou salgados, então tenho que aproveitar. - Por fim, o mesmo respondeu enquanto via Rony tirar um embrulho encaroçado e abriu-o.

 

 

Havia quatro sanduíches dentro. Abriu um e disse:

 

- Ela sempre se esquece que não gosto de atum enlatado. - O ruivo reclamara com uma expressão de nojo.

 

 

- Eu gosto, quer trocar? - Propôs Harry, oferecendo uma coxinha de frango. - Tome…

 

 

- Você não vai querer isso, é muito seco. Ela não tem muito tempo - Acrescentou depressa. - Você sabe, somos sete.

 

 

- Não tem problema... gosto de comida caseira. - Harry cortou o argumento do garoto enquanto pegava os sanduíches e entregava a coxinha. - Vamos lá, pode comer... - Por fim, ele disse enquanto mordia o sanduíche e demonstrava uma expressão de satisfação.

 

 

[ ... ]

- Que isso? - Perguntou Harry a Rony, mostrando um pacote de sapos de chocolate. - Eles não são sapos de verdade, são? - Estava começando a achar que nada o surpreenderia.

 

 

- Não. Mas vê qual é a figurinha, está me faltando a Agripa. - Ron disse com um sorriso.

 

 

- O quê? - Harry disse em dúvida.

 

 

- Claro que você não sabe, os sapos de chocolate têm figurinhas dentro, sabe, para colecionar, bruxas e bruxos famosos. Tenho umas quinhentas, mas não tenho a Agripa nem o Ptolomeu. - Ron explicara com Harry comparando muito isso com as cartinhas de Dragon Ball a quais ele sempre conseguia nos pacotinhos de salgadinhos de queijo que comprava no intervalo do trabalho.

 

 

Harry abriu o sapo de chocolate e puxou a figurinha. Era a cara de um homem. Usava óculos de meia-lua, tinha um nariz comprido e torto, cabelos esvoaçante cor de prata, barba e bigode. Sob o retrato havia o nome Alvo Dumbledore.

 

 

- Então este é Dumbledore... - Disse Harry, num oculto sentimento de raiva. Porém, conseguira esconder muito bem, fazendo ele parecer um fã do homem aos olhos do ruivo.

 

 

- Não me diga que nunca ouviu falar de Dumbledore! Quer me dar um sapo? Quem sabe eu tiro a Agripa. Obrigado. - O garoto disse a tudo, onde Harry mostrara que ele podia comer o que quiser dos doces e salgados.

 

 

Harry virou o verso da figurinha e leu:

 

"Albus Percival Brian Wulfric Dumbledore - Atualmente diretor de Hogwarts.

 Chefe da Suprema Corte dos Bruxos e Chefe Supremo da Confederação Internacional dos Bruxos. Agraciado com a honorável Ordem de Mérlin, Primeira Classe.

Considerado por muitos o maior bruxo dos tempos modernos. Dumbledore é particularmente famoso por derrotar Gellert Grindelwald, o bruxo das Trevas, em 1945, por descobrir os doze usos do sangue de dragão e por desenvolver um trabalho em alquimia em parceria com Nicolau Flamel. O Professor Dumbledore gosta de música, doces e boliche."

 

Harry, que não só estava surpreso com os feitos do diretor, mas como também com o fato da figurinha se movimentar, se espantou que a figura havia simplesmente sumido.

 

- Ele desapareceu? - Harry indagou por isso ser novidade comparado a suas cartinhas de Dragon Ball Z.

 

 

- Ora, você não pode esperar que ele fique aí o dia todo. Depois ele volta. Não, tirei a Morgana Le Fay outra vez e já tenho umas seis… Você quer? Pode começar a colecionar. - O garotinho disse a Harry que aceitara e realmente não pode deixar de admirar a beleza da bruxa das trevas e inimiga número um de Mérlin. Os olhos de Rony se desviaram para a pilha de sapos de chocolate que continuavam fechados. - Sirva-se. - Disse Harry achando graça do estilo tímido do garoto. - Mas, sabe, no mundo dos trouxas, as pessoas ficam paradas nas fotos. - Ele explicou enquanto achava estranha a magia presente em todo lugar.

 

 

- Ficam? O que, eles não se mexem? - Rony parecia surpreso. - Que coisa esquisita.

 

 

Harry arregalou os olhos quando Dumbledore voltou para a figurinha e lhe deu um sorrisinho. Rony estava mais interessado em comer os sapos do que em olhar os bruxos e bruxas famosas, mas Harry não conseguia despregar os olhos deles. Logo não tinha só Dumbledore e Morgana, como também Hengisto de Woodcroft, Alberico Grunnion, Circe, Paraceko, Mérlim e até mesmo um leão, a qual nomeavam como Rei Supremo de Narnia.

Por fim, ele despregou os olhos da Druida Cliodna que estava coçando o nariz, para abrir o saquinho de feijõezinhos de todos os sabores.

 

 

- Você vai ter que tomar cuidado com essas aí. - Alertou Rony. - Quando dizem todos os sabores, eles querem dizer todos os sabores mesmo. Sabe, todos os sabores comuns como chocolate, hortelã e laranja, mas também espinafre, fígado e bucho. George achou que sentiu gosto de bicho-papão uma vez. - Rony apanhou uma balinha verde, examinou-a atentamente e mordeu uma ponta. - Eca! Está vendo? Couve-de-bruxelas.

 

 

Eles se divertiram comendo as balas. Harry tirou torrada, feijão cozido, morango, capim, café, sardinha e chegou a reunir coragem para morder a ponta de uma bala cinzenta meio gozada que Rony não queria pegar, e que era pimenta.

Os campos que passavam agora pela janela estavam ficando mais silvestres. As plantações tinham desaparecido. Agora havia matas, rios serpeantes e morros verde-escuros.

Ouviram uma batida à porta da cabine e o menino de rosto redondo, por quem Harry passara na plataforma, entrou. Parecia choroso.

 

 

- Desculpem, mas vocês viram um sapo? - O garoto indagou enquanto os dois sacudiam a cabeça em negação, ele chorou.

 

 

- Perdi ele! Está sempre fugindo de mim!

 

 

- Ele vai aparecer. Vem cá! Senta um pouco e se acalme antes de voltar a procurá-lo. - Consolou Harry enquanto estranhamente via uma imagem clonada dele antes dos sete anos em tal garotinho.

 

 

- Eu não entendo! Ele nunca fica perto de mim e está sempre escapando. - O garotinho disse enquanto Harry e Rony olhavam um para o outro.

 

 

- Porque quando o encontrar não tenta fazer ele notar que precisa de ti. - Harry disse. - Por exemplo, faça algo que ele goste, onde ninguém mais faça, ou de alguma comida que ele só consegue com você. Pois aí, ele sempre irá sair para passear, mas uma hora irá voltar sabendo que com você é a casa dele. - Por fim Harry citou já que tinha grande especialidade com animais, seja doméstico ou silvestre. - Fora que estamos em um trem, sapos não gostam muito deste tipo de ambiente e com certeza foi se aconchegar em algo mais natural a ele.

 

 

- Tem razão, ele sempre foge no mesmo horário e sempre aparece no mesmo. - O garoto disse entendendo que todo animal precisa de um tempo próprio para passear ou descansar e sempre retornava quando sabia que seu dono precisava ir embora.

 

 

- Aqui! Coma uma coxinha de brigadeiro, não há por que se preocupar à toa. - Harry disse entregando uma das coxinhas. - Animais são muito espertos, e se souberem se cuidar, podem ir o mais distante possível que uma hora irão retornar para suas casas.

 

 

Tem razão! Obrigado. - O moreno baixinho e rechonchudo disse animado. - Sou Neville Longbottom, é um prazer. - Por fim, o garotinho disse enquanto voltava para a cabine dele mastigando uma das maiores maravilhas feita de chocolate, já criada.

 

 

- Não sei por que ele está tão chateado. - Disse Rony, parecendo incomodado com a proximidade dos dois. - Se eu tivesse trazido um sapo ia querer perder ele o mais depressa que pudesse. Mas, trouxe Perebas, por isso nem posso falar nada.

 

O rato continuava a tirar sua soneca no colo de Rony, e quando Harry o encarou pode ver com uma análise minuciosa que faltava um dedo e ele não estava dormindo, mas sim encarando ocultamente ao Potter.

Algo que não pode deixar de fazer os olhos de Harry inconscientemente brilharem muito rápido e ameaçadoramente.

 

 

- Ele podia estar morto e ninguém ia saber a diferença. - Disse Rony desgostoso, pouco notando os olhos de Harry, porém o rato notou e desesperadamente se escondeu nas vestes de Rony. - Tentei mudar a cor dele para amarelo para deixá-lo mais interessante, mas o feitiço não deu certo. Vou mostrar. Olhe… - Remexeu na mala e tirou uma varinha muito gasta. Estava lascada em alguns pontos e havia uma coisa branca brilhando na ponta.

 

 

- O pelo do unicórnio está quase saindo. Em todo o caso… - Tinha acabado de erguer a varinha quando a porta da cabine abriu outra vez. O menino sem o sapo estava de volta, mas desta vez tinha uma garota em sua companhia. Ela já estava usando as vestes novas de Hogwarts.

 

E pelo estilo autoritário dela, claramente forçara Nevílle a continuar caçando, mesmo já estando calmo.

 

 

- Ninguém viu um sapo? Nevílle perdeu o dele. - A garota disse enquanto tinha um tom de voz mandão, os cabelos castanhos muito cheios e os dentes da frente meio grandes.

 

 

- Já dissemos a ele que não vimos o sapo. - Respondeu Rony, mas a menina não estava escutando, olhava para a varinha na mão dele.

 

 

- Você está fazendo mágicas? Quero ver. - Ela disse enquanto se sentava ao lado de Harry, seguido do tal Nevílle sentar-se ao lado dela com Rony parcialmente desconcertado.

 

 

- Hum… está bem. - Pigarreou Rony.

 

- "Sol margaridas, amarelo maduro, muda para amarelo esse rato velho e burro." - Ele agitou a varinha, mas nada aconteceu. Perebas continuou cinzento e completamente adormecido.

 

 

Harry, que já teorizava algo, achou ser mais uma pegadinha dos gêmeos ruivos.

 

- Você tem certeza de que esse feitiço está certo? - Perguntou a menina. - Bem, não é ótimo, né? Experimentei uns feitiços simples só para praticar e deram certo.

 

- Ninguém na família é bruxo, foi uma surpresa enorme quando recebi a carta, mas fiquei tão contente, é claro, quero dizer, é a melhor escola de bruxaria que existe, me disseram.

 

- Já sei todos os livros que nos mandaram comprar, é claro, só espero que seja suficiente, aliás, sou Hermione Jean Granger, e vocês quem são? - Ela disse tudo isso muito depressa num tom orgulhoso e de superioridade para com o garoto ruivo.

 

 

- "Jean Granger?" - Harry pensou consigo mesmo. - "Só faltava ser ruiva, telepata com uma fênix maldita selada em si... quem sabe não damos um jeito." - Continuara o Potter pensando enquanto tocava ao bolso de seu blazer que continha uma fênix filhote.

 

 

- Sou Ron Weasley. - Ron bufou aparentando não gostar da garota.

 

 

- Harry Potter. - Harry respondeu ainda tentando buscar maneiras de transformar essa garota numa das mutantes telepatas mais famosas do planeta, ou ao menos uma das bruxas... seria interessante e Harry realmente já estava se sentindo entediado, o que com certeza não era bom sinal comparado ao que ocorriam as coisas ao seu redor quando ele se cansava das coisas.

 

 

- Uau? Já ouvi falar de você, é claro. Tenho outros livros recomendados, e você está na História da magia moderna, em Ascensão e queda das artes das trevas e em Grandes acontecimentos do século XX.

 

 

- Tudo falso! Se estiver pensando que eu seria capaz de matar um dos magos mais poderoso, ou assassinar um dragão... Creio que só temos de ter bom senso para entender que alguém de onze anos nunca conseguiria tais feitos. - Harry explicou a ela que entendia esse fato.

 

 

- Enfim... Já sabem em que casa vão ficar? Andei perguntando e espero ficar na Grifinória, me parece a melhor, ouvi dizer que o próprio Dumbledore foi de lá, mas imagino que a Corvinal não seja muito ruim… em todo o caso, acho melhor irmos procurar o sapo de Nevílle. E é melhor vocês se trocarem, sabe, vamos chegar daqui a pouco. - E foi-se embora sem escutar respostas, levando o menino sem sapo.

 

 

- Seja qual for a minha casa, espero que ela não esteja lá. - Comentou Ron e jogou a varinha de volta na mala. - Feitiço besta. Foi o George que me ensinou, aposto que sabia que não prestava.

 

 

- Em que casa estão os seus irmãos? - Perguntou Harry.

 

 

- Grifinória. - A tristeza parecia estar se apoderando dele outra vez. - Mamãe e papai estiveram lá também. Não sei o que vão dizer se eu não estiver. Acho que a Corvinal não seria muito ruim, mas imagine se me puserem na Sonserina.

 

 

- É a casa em que Vol… Quero dizer Você-Sabe-Quem esteve? - Harry indagou já sabendo que o garoto não gostava de escutar o nome do caído lorde das trevas.

 

 

- É. - Ron respondeu, onde afundou novamente no assento, parecendo deprimido.

 

 

- Mas, sabe... julgar uma casa por conta de um membro maligno que pertenceu a ela. Creio que esse preconceito nunca ajuda em nada... - Harry disse. - Não é uma casa que irá formar nossa imagem, e sim nós mesmos. - Por fim, o Potter explicou sob certa veemência do ruivo, que negou tudo e logo pediu para mudar de assunto.

 

- Então, o que os seus irmãos mais velhos fazem agora que já terminaram os estudos em Hogwarts? - Harry continuará dessa vez com uma verdadeira curiosidade sobre o que um bruxo fazia assim que terminava seus estudos.

 

 

- Charlie está na Romênia estudando dragões, e Bill está na África fazendo um serviço para o Gringotes. Algo sobre uma alma de um mago egípcio selada em um objeto ou qualquer bobagem ilusória que os duendes inventaram para assustar nós bruxos. - Ron disse mal, notando como tal informação poderia ser importante para muitas coisas em relação ao Potter. - Você soube o que aconteceu com o Gringotes pouco antes de nosso embarque? Mamãe disse que o papai não pode aparatar com a gente devido ao Profeta Diário só falar nisso, mas acho que morando com os trouxas você não recebe o jornal.

 

- Enfim, uns caras tentaram roubar um cofre de segurança máxima. - Ron disse enquanto Harry arregalara os olhos. - Algo que de imediato fizera o Potter puxar seu cartão preto do blazer, enquanto imaginava seu saldo bancário.

 

Que fizera de imediato fizera surgir um holograma a frente deles com uma quantia extremamente gorda de galeões. Ato ocasionado para o Potter descobrir se suas contas bancárias estavam intactas.

 

 

- Uau… Você me pareceu ter muito dinheiro! Mas não que era o mais rico do planeta. - Ron dissera impressionado e até avermelhado como um pimentão por algum motivo com a quantia demonstrada, onde logo o holograma sumira.

 

 

- Isso pode ser um segredo nosso? - Harry indagou sob consentimento imediato do ruivo. - Enfim, prenderam os ladrões? - Por fim, Harry perguntou.

 

 

- Não, é por isso que é uma notícia tão importante. Não foram pegos. Papai foi convocado de imediato, mas teorizam que deve ter sido um bruxo das trevas poderoso para enganar Gringotes, mas estão achando que eles não levaram nada, isso é que é esquisito.

 

- É claro que todo o mundo fica apavorado quando uma coisa dessas acontece porque Você-Sabe-Quem pode estar por trás da coisa mesmo que morto, sabe... muita gente ainda sente desespero por retornar aqueles tempos... ao menos é o que meu pai disse. - Ron explicara a tudo onde Harry repassara as notícias mentalmente.

 

Estava começando a sentir um arrepio toda vez que Você-Sabe-Quem era mencionado. Supunha que isso fazia parte do ingresso no mundo da magia, mas tinha sido muito mais confortável dizer Voldemort sem se preocupar. Pelo menos isso a ele que não viveu na época da guerra ocasionada por tal bruxo, o que com certeza era compreensível da apreensão do público e adoração para com ele.

Só restava agora ele estudar ao que ocorreu em tal guerra, e tomar cuidado para não assustar aos outros com assuntos que não desejam nem pensar.

 

 

- Enfim, qual é o seu time de Quadribol? - Perguntou Ron.

 

 

- Hum… não conheço nenhum. - Confessou Harry.

 

 

- O quê? - Ron parecia pasmo. - Ah, espere aí, é o melhor jogo do mundo.

 

E saiu explicando tudo sobre as quatro bolas e as posições dos sete jogadores, descreveu jogos famosos a que fora com os irmãos e a vassoura que gostaria de comprar se tivesse dinheiro.

Estava mostrando a Harry as qualidades do jogo quando a porta da cabine se abriu mais uma vez, mas agora não era Nevílle, o menino clone dele, nem a futura telepata das chamas que Harry criaria embaixo dos braços.

Três garotos entraram e Harry reconheceu o do meio na hora: era o garoto pálido da loja de vestes de Madame Malkin que vira a distância tratar mal uma das atendentes.

 

 

- É verdade? - Perguntou o garoto pálido. - Estão dizendo no trem que Harry Potter está nesta cabine, e principalmente que ele parece ter dezoito anos... Então é você?

 

- Sou... e é meio rude chamar aos outros sem se apresentar, não acha? - Harry indagou enquanto esse moleque parecia uma espécie de líder entre os dois amigos rechonchudos dele, que agiam feito guarda-costas. Mas a cena era tão ridícula pelo tamaninho deles que Harry realmente estava em conflito se ria ou descia o tapão nessa molecada metida.

 

 

- Ah, este é Crabbe e este outro, Goyle. - Apresentou o garoto pálido displicentemente, notando o interesse de Harry. - E meu nome é MalfoyDraco Malfoy. - Ron tossiu de leve, o que poderia estar escondendo uma risadinha fazendo Malfoy olhar para ele e Harry novamente fazendo sua mente viajar, porém, agora para o personagem agente secreto 007, Bond, James Bond.

 

- Acha o meu nome engraçado, é? Nem preciso perguntar quem você é. Meu pai me contou que na família Weasley todos têm cabelos ruivos e sardas e mais filhos do que podem sustentar. - Virou-se para Harry que pouco ligara para as alfinetadas boba dali. - Você não vai demorar a descobrir que algumas famílias de bruxos são bem melhores do que outras, Potter. Você não vai querer fazer amizade com as ruins. E eu posso ajudá-lo nisso. - Ele estendeu a mão para apertar a de Harry, mas Harry não a apertou.

 

Simplesmente se levantou enquanto pegava sua maleta e dava um sorriso para cada um dali.

 

- Não me coloquem no meio de discussões bobas e infantis. Podem medir o tamanho de seus micro pênis, e como realmente acreditam que dão conta do recado enquanto eu estiver fora daqui, crianças. - Harry disse enquanto saia da cabine, deixando cada garoto corado de vergonha ou até raiva e confusão. - Irei me trocar e guardar minha maleta, vejo vocês outra hora. Isso claro, quando não estiverem tentando ocultar seus sentimentos amorosos... pois qual é, eu não julgo... então podem se beijar à vontade. - Harry terminou a isso rindo sarcasticamente enquanto saia e fechava a porta, mantendo lacrada quando vira o desespero e negação nos gritos de cada criança.

 

- Ah, tão fácil afetar a mentalidade frágil de um jovem. - Harry suspirara contente enquanto caminhava pelo corredor, enquanto era alvo do olhar de muitos estudantes em outros vagões.

 

Isso até passar por uma cabine e ver Fred e George ali dento. Onde ao dar dois toques no vidro, atraindo a atenção de todos, os ruivos logo saíram da cabine animadamente.

 

 

- Harry! - Ambos disseram em coro. - Que saudade, há quanto tempo não nos vemos. - Ambos continuaram a dizer, seguido dos dois rirem com a falta de emoção na face do Potter, o que tornava mais engraçado a eles.

 

 

- Sabem onde posso guardar essa maleta, e me trocar... Seria estanho caminhar para todos os lados com ela na mão. - Harry disse aos dois que logo sorriram.

 

 

- Claro que sabemos! Mas antes, venha aqui... vamos apresentá-lo para a galera. - George dissera enquanto puxava Harry para dentro da cabine.

 

 

- Geral, esse aqui é Harry Potter. - Fred disse aos outros que arregalaram os olhos.

 

- Harry Potter, esses aqui é geral. - George continuou sob reclamação dos amigos deles.

 

 

- É um prazer, Potter. Sou Cedric Diggory. - Um garoto pouco mais velho que os irmãos ruivos, se apresentara cordialmente com Harry correspondendo ao aperto de mão.

 

- Eu sou Cho Chang... - Uma garota com aparência oriental e mais nova que Cedric se apresentou animadamente com um beijo no rosto de Harry, no qual piscara pela atrevida garota.

 

- Eu sou Linot Jordan, mas pode me chamar de Lino. - Um garoto de penteado afro e bem estiloso ao ver de Harry, disse quando quase o cumprimentara tendo uma tarântula nas mãos. - Opa... quase.

 

- Como já sabem, sou Harry. É um prazer conhecê-los. - Harry se apresentara enquanto notava eles trajados com vestes da escola. Seguido de Harry afrouxar sua gravata enquanto agora encarava os ruivos.

 

 

- Nos acompanhe, jovem lorde! - Ambos ruivos disseram em coro, já puxando a maleta das mãos de Harry para ele ir ao local certo se trocar.

 

 

[ ... ]

Saindo de uma cabine específica para todos trocarem suas vestes. Harry logo vira os gêmeos ruivos, que demonstravam euforia com uma minúscula maleta situada na palma da mão de um deles:

 

- Que negócio é esse? - Harry disse descrente de que aquilo era sua maleta.

 

 

- Usamos o "diminuendo" na maleta. Agora pode levá-la no bolso de suas vestes. - Fred explicou sorrindo.

 

 

- Mas não se esqueça, daqui a três horas ela irá voltar ao tamanho normal. Então assegure-se de estar em seu dormitório a mantendo escondida como uma maleta comum de roupas. - George terminou sob riso admirado do Potter que segurava a maletinha entre os dedos.

 

 

- Ainda tenho que me acostumar com essa coisa de mágica. - Por fim, Harry disse onde ambos os ruivos riram, mas logo olharam para sua espada embainhada na cintura.

 

 

- Por que vive com essa espada na cintura? - George indagou.

 

 

- É de verdade? - Fred disse com os olhos pidões, onde logo Harry a desembainhara com um fino som de corte se propagando.

 

 

- Eu costumo treinar diariamente artes marciais e Kenjutsu, são como proteção já que intimidar visivelmente os outros é bem melhor que literalmente ter de entrar numa briga. - Harry explicou enquanto Fred pegava a espada na área segura, só para a outra ponta ir ao chão.

 

 

- É muito pesada, como aguenta andar com isso para todos os lados? - Fred dissera enquanto tivera que segurar a katana com ambas as mãos.

 

 

- Com o tempo se acostuma... - Harry disse já andando por entre o corredor de vagões, sob brincadeira de Fred e George com a Katana.

 

Para só assim ele notar que estava escurecendo. Viu montanhas e matas sob um céu arroxeado.

Harry caminhava calmamente pelo corredor, que mal notara quando quase trombara com o carrinho da linda vendedora de doces que o atendera recentemente.

 A mulher sorrira com graça ao Potter, onde vendo que ela guardava algumas caixas pesadas do carrinho que parecia não ter fundo. O mesmo logo optara por ajudá-la enquanto sentia o trem parecer estar diminuindo a velocidade.

A mulher de início até dissera que não precisava, porém, Harry insistira sob riso contente da mesma.

 

 

- Obrigada. - A mulher dissera enquanto Fred e George paravam o que estavam, só para invadir uma cabine mais perto, e passar a vigiar o que Harry fazia, em um ato falho de espionagem, pois o trio feminino da cabine riam com as palhaçadas deles.

 

 

- Parecia bem pesado... - Harry sorrira com o agradecimento dela. - Costuma trabalhar todos os dias com esses doces? - Harry perguntara para a mulher que sorrira ainda mais.

 

 

- Eu tenho uma loja repleta deles... Se chama Dedos-De-Mel, e sou eu quem preparo os derivados do mundo trouxa. - A mulher disse orgulhosa. - Apesar de muitos bruxos não comprarem os que eu preparo. - Ela disse dessa vez meio cabisbaixa.

 

 

- Eu adorei as coxinhas que você prepara... Acho que os outros estão é perdendo tempo de não experimentar. - Harry disse a mulher que sorrira com o elogio. - Ainda não estou acostumado com doces do mundo mágico, então, por favor, não deixe de fazer essas maravilhas... Eu preciso delas para viver. - Dessa vez ele dirá enquanto a mulher ria em compreensão. Os bruxos tendem realmente a ser bem criativos e até malucos na criação de seus doces e salgados, onde muitos evitar experimentar alimentos do mundo trouxa, sendo esses um dos melhores.

 

 

- E qual o nome do meu novo cliente favorito? - A mulher perguntara enquanto terminava de guardar suas coisas, para assim se aproximar bem perto do moreno.

 

 

- E muito feio perguntar o nome dos outros, sem ao menos se apresentar. - Harry respondeu sob riso da mulher que logo se apoiara rapidamente no ombro de Harry, devido à freada que o trem fornecera sob o aviso de que estavam a um minuto de Hogsmeade.

 

 

- Sou Amanda Flumê, meus pais são os donos da Dedos de Mel, apesar de agora ser eu quem tomo conta de tudo por aqui..., mas caso queira me encontrar por lá, será sempre bem-vindo. - A mulher disse num sussurro no ouvido de Harry, seguido dela dar um curto selinho na bochecha dele, para somente assim se afastar rindo do olhar dele.

 

 

O trem foi diminuindo a velocidade lentamente para só assim ir parando. As pessoas se empurraram para chegar à porta e descer na pequena plataforma escura. Harry estremeceu ao ar frio da noite que vinha de fora com as portas do trem sendo abertas.

Para logo ele olhar a mulher à sua frente, enquanto sorria para ela.

 

 

- Pode ter certeza que uma hora eu dou uma passada por lá... - Harry disse indo para o outro lado do vagão em direção à porta. - Aliás, meu nome é Harry Potter. - O mesmo dessa vez disse sob surpresa da mulher. - Até outra hora, Amanda. - Harry por fim disse com um sorriso a ela, onde logo Fred e George o puxaram para fora do trem.

 

 

Com o surgimento de uma lâmpada balançando sobre as cabeças dos estudantes, Harry ouviu uma voz conhecida:

 

- Alunos do primeiro ano! Primeiro ano, aqui! Tudo bem, Harry? - O homem grande e corpulento disse a outro homem sob olhar de várias crianças. O rosto grande e peludo de Rubeus Hagrid sorria por cima de um mar de cabeças.

 

 

- Meu querido Harry... Você não perde tempo. - George disse com um sorriso malicioso ao Potter.

 

 

- Espero que caia na Grifinória! Iremos aprontar muito esse ano. - Fred disse com graça enquanto entregava a katana de Harry, onde ele a embainhara sob olhar impressionado de muitos.

 

 

- Vamos, venham comigo. Mais alguém do primeiro ano? - Hagrid novamente dissera enquanto Fred e George iam atrás de seus amigos.

 

 

Aos escorregões e tropeços, eles seguiram Hagrid por um caminho de aparência íngreme e estreita. Estava tão escuro em volta que Harry achou que devia haver grandes árvores ali.

Ninguém falou muito. Nevílle, o menino que vivia perdendo o sapo, fungou umas duas vezes sob o frio que se instaurara no local.

 

 

- Vocês vão ter a primeira visão de Hogwarts em um segundo. - Hagrid gritou por cima do ombro. - Logo depois dessa curva.

 

 

Ouviu-se um coro alto de vozinhas impressionadas com a vista do céu estrelado, e se Harry tinha dúvidas antes, agora não tinha mais, para o céu ser tão estrelado assim, com certeza estava em alguma parte isolada da terra, ou até mesmo fora dela... algo que ele só conseguia resumir como puramente: magia.

O caminho estreito se abrira de repente até a margem de um grande lago escuro. Encarrapitado no alto de um penhasco na margem oposta, as janelas cintilando no céu estrelado, havia um imenso castelo com muitas torres e torrinhas.

 

 

- Só quatro em cada barco! - Gritou Hagrid, apontando para uma flotilha de barquinhos parados na água junto à margem. Harry e Ron foram seguidos até o barco por Nevílle e Hermione.

 

- Todos acomodados? - Gritou Hagrid, que tinha um barco só para si. - Então… VAMOS! - Por fim, o grandioso homem dissera, e a flotilha de barquinhos largou toda ao mesmo tempo, deslizando pelo lago que era liso como um vidro.

 

 

Todos estavam silenciosos, os olhos fixos no grande castelo no alto. A construção se agigantava à medida que se aproximavam do penhasco em que estava situado.

 

 

- Abaixem as cabeças! - Berrou Hagrid quando os primeiros barcos chegaram ao penhasco, todos abaixaram as cabeças e os barquinhos atravessaram uma cortina de neblina que ocultava uma larga abertura na face do penhasco. Foram impelidos por um túnel escuro, que parecia levá-los para debaixo do castelo, até uma espécie de cais subterrâneo, onde desembarcaram subindo em pedras e seixos.

 

 

- Ei, Nevílle! Não é o seu sapo? - Perguntou Harry, que estendera a mão, para o animal logo pular na parte superior dela. Vindo do barco que estavam, para si.

 

 

- Trevor! - Gritou Nevílle feliz, estendendo as mãos.

 

 

- Lembre-se do que eu disse! Faça ele saber que mesmo saindo para passear, tem de voltar para você. - Harry disse ao garoto que sorrira em animação por ter o sapo de volta.

 

 

Hagrid olhava admirado o Potter, já tendo ideias de um futuro amigo de caça.

Então eles subiram por uma passagem aberta na rocha, acompanhando a lanterna de Hagrid e desembocaram finalmente em um gramado fofinho e úmido à sombra do castelo.

Galgaram uma escada de pedra e se aglomeraram em torno da enorme porta de carvalho.

 

 

- Estão todos aqui? Você aí, continua com o seu sapo? - Hagrid dissera a Nevílle que levantara as mãos de forma contente, com o sapo entre elas.

 

 

Nisso, Hagrid ergueu o punho gigantesco e bateu três vezes na porta do castelo.

Um ato que faria a vida de Harry Potter mudar para sempre.

O que antes ele imaginava ter de trabalhar dia após dia para se sustentar e pagar sua matrícula em um colégio próximo da casa dos seus falecidos pais. Agora era um novo recomeço criado por ele mesmo, e não permitiria que ninguém ditasse o que deveria fazer ou não.

E com isso dou fim ao sétimo capítulo da Changed Prophecy.

Espero que estejam gostando, e não se esqueçam de comentar abaixo XD

Niklaus: https://i.ytimg.com/vi/izvi2xgKgbE/maxresdefault.jpg

Ron Weasley: https://i.pinimg.com/564x/5e/a1/b2/5ea1b246545c10141d4ff09bfca661af.jpg

Gred e Forge Weasley: https://static1.purebreak.com.br/articles/3/17/78/3/@/88861-fred-e-jorge-weasley-aprontavam-muito-950x0-1.jpg

Neville Longbottom: https://www.factinate.com/wp-content/uploads/2018/02/Screenshot-from-2020-01-02-13-05-10.jpg

Hermione Jean Granger: https://cacheia.com/wp-content/uploads/2015/10/cabelo-hermione-granger-harry-potter-1-1024x435.jpg

Cedric Diggory: https://1.bp.blogspot.com/_mBXE-OiA8wA/THBOdltA8rI/AAAAAAAAOqw/REdY9yH2ErM/s640/26022_109395315739935_100000084024997_243806_8007519_n.jpg

Cho Chang: https://static1.purebreak.com.br/articles/7/10/31/37/@/432993-katie-leung-a-atriz-de-cho-chang-em-ha-700x700-2.jpg

Linot Jordan: https://pm1.aminoapps.com/6295/497bd19f1933ebea7186d3b888f25d463b94bd65_00.jpg

Amanda Flumê: https://1.bp.blogspot.com/-g5m-ClRFIk8/XeqQBpUDmZI/AAAAAAAABMo/b-uEddtHwjIiqljNACbozq5LZm7KrdejwCNcBGAsYHQ/s640/Camila%2BMendes%2Bmakeup.jpg

== Criaturas da Maleta Engana Trouxa ==

Arpéu: https://pm1.aminoapps.com/6283/1dc041aea8d2e46d0fc81ee52ee6949b9fbf84c7_hq.jpg

Occami: https://pm1.narvii.com/6814/493505adbb18841ac62076db1cc02975ff682a81v2_hq.jpg

Tronquilho: https://boletimnerd.com.br/wp-content/uploads/2016/11/Criaturas-Animais-Fant%C3%A1sticos-e-Onde-Habitam-3.jpg