Passos longos chegaram aos ouvidos de todos na sala e logo após isso uma jovem tão bonita quanto Marie apareceu diante deles, seus cabelos eram longos e vermelhos.
— A Samantha veio falar comigo, Swon, ela estava aborrecida.
Inari sentiu que estava sendo um incômodo, mas Swon apertou sua mão forte, o que fez ela recuar um pouco da ideia de ser um incômodo, mas ainda sim.
Os olhos dela eram de um carmim profundo, seus cabelos lembravam os dele, mas mais vermelhos e intensos.
— Eu não queria ter aborrecido ela.
— Você sabe que ela odeia estrangeiros, não é porque você esteja saindo com alguém que não deva avisar ninguém da casa que irá trazê-la.
— Entendo, eu peço desculpas por esse mal-entendido e pedirei a ela mais tarde.
A jovem de cabelos vermelhos suspirou pesadamente, olhando ainda para os dois.
— Voltarei para a cozinha, caso precise de algo, não hesite em me procurar.
— Obrigado.
A jovem de cabelos vermelhos dá as costas e volta para o que parecia a cozinha. Inari sentiu sua hostilidade, mas resolveu ficar calada.
Ela vestia um vestido de empregada longo com abertura lateral nas pernas, a roupa de maiden era personalizada com desenhos de cartas de copas, seus brincos longos de pêndulos eram da cor prata e em suas costas existia uma cicatriz visível, na perna direita uma tatuagem de um lírio aranha.
"Muito linda, aqui, por acaso, só tem mulheres lindas?"
Marie interrompeu os pensamentos de Inari, que vagava pensando no número considerável de mulheres lindas que existiam na mansão.
— Eu falo com ela, agora vocês têm que subir, senhora Riko está esperando vocês em seu quarto.
Inari não lembrava mais de como era a mãe de Swon, mas sabia que era uma mulher magnificamente linda.
Marie foi atrás da jovem pelo mesmo caminho que ela fez, sua roupa de empregada tinha alguns adornos prateados e algumas cabanas desenhadas.
Seus pulsos e braços tinham outros adornos de pano que faziam parte da roupa.
"As mulheres aqui são tão lindas."
— Swon eu… — Ele se virou e deu um beijo nela. Inari retribuiu o beijo, desistindo de falar o que estava pensando e se entregando à sensação que ele transmitiu.
O beijo foi um pouco demorado e molhado. Inari começou a se sentir uma presa caindo nas garras de seu predador, mas o que ela poderia fazer amava a sensação.
Colocando sua cabeça no peito dele, escutou seu coração batendo forte.
— Swon, você não era bv (boca virgem), não é?
— Eu não lembro de ter dito que era e se disse, foi só para receber um beijo seu. — Segurando o queixo de Inari, olhou em seus olhos e mordeu sua boca, a apertando pela cintura.
— Eu brinquei quando disse que você era gado, não levou a sério, não é?
— Não mesmo, mas nem me importo com isso.
— Fico feliz em saber que não era boca virgem, imagina eu ter que te ensinar tudo, mas uma coisa ainda me faz ter uma pulga na orelha: você é virgem?
Swon pareceu surpreso com a pergunta, mas apenas fez uma expressão presunçosa.
— Descubra.
Inari desiste de tentar controlar seus instintos e começa a beijar Swon profundamente, empurrando sua língua o mais fundo que pode.
— Aqui não. — Inari afastou Swon para trás, enquanto encarava seus olhos e boca.
— Podemos ir para seu quarto depois, me pergunto se você é tudo isso que demonstra ser.
— Eu não demonstrei nada.
— Sei… Temos que ir até sua mãe, como Marie falou, ela está nos esperando, mas não quer dizer que não possamos ir até seu quarto antes, então, onde é?
— O meu quarto? Ele é o último quarto do corredor de cima.
— Me leva até lá.