Os olhos de Inari brilharam, ela entrelaçou o seu braço no dele.
— Então vamos. — Inari colocou sua cabeça contra o ombro dele e suspirou. Estava animada, mas algo a incomodava.
— Me desculpa por ser promíscua, talvez eu não seja a garota que se apaixonou quando era um pré-adolescente.
— Não acho que seja promíscua, apenas uma mulher que gosta de transar. Se for assim, também sou promíscuo.
Inari ficou surpresa com o tom que a conversa teve, mas, ao mesmo tempo, gostou e se sentiu confiante.
Os dois saíram da área da sala e foram até as escadas do segundo andar, o caminho era curto, mas aproveitaram esse tempo para conversar.
A escada era antiga, igual à casa, mas o corrimão parecia pintado recentemente com verniz, mas nem a pintura poderia mudar os feitos do passado.
Enquanto ambos começaram a andar, Swon tomou a liderança após soltar a mão e o braço dela.
Enquanto subiam degrau por degrau da escada segurando o corrimão, se encararam e continuaram a conversar.
— Inari, me sinto feliz por estar ao seu lado. É estranho, mas, ao mesmo tempo, é bom. Minha opinião sobre você nunca mudou.
— É satisfatório escutar isso, que dizer éramos tão grudados quando crianças até pré-adolescência. É como se eu encontrasse alguém há muito tempo sem ver. E isso me faz feliz, Swon, mesmo com o dia sendo tão confuso como esse.
A mansão era grande e provavelmente Inari se perderia se tentasse sozinha.
Os lustres e velas davam um ar menos asiático e mais ocidental dentro da mansão, era comum a miscigenação de culturas devido às grandes guerras que tiveram em vários continentes do passado.
A cada passo, seu coração batia mais forte, sua respiração ficou pesada.
Assim que chegou ao fim das escadas, chegou no segundo andar, onde existiam vários quartos e um corredor considerável.
Mas o primeiro quarto em específico, que estava no fim da subida da escada, chamou sua atenção. Uma jovem maiden de cabelos cinza estava parada parecendo vigiar a porta do quarto, sorriu quando percebeu o Swon.
Seus cabelos cinza-escuro e olhos roxos brilhantes ficaram ofuscados por suas orelhas de lobo e cauda.
Tanto a orelha quanto a ponta da cauda tinham uma tonalidade branca no final.
— Senhor, Swon. — Os olhos dela brilharam, sua expressão era de felicidade com admiração.
— A senhora Camila disse que poderemos fazer o ritual daqui a alguns anos. — A jovem para de falar bruscamente quando vê Inari, uma pessoa que ela nunca tinha visto na vida.
— Isso é ótimo, Reona, posso entrar para falar com minha mãe?
Reona fez uma expressão triste e suas orelhas se abaixaram. — Infelizmente, não posso permitir, a senhora disse que era uma conversa privada.
— São de verdade? — Inari tentou tocar nas orelhas de Reona que estreitou seus olhos, mas ao ver o sorriso de Swon e sua mexida de cabeça para baixo, ela entendeu o sinal.
Inari tocou em suas orelhas, Reona sentiu cócegas e ficou vermelha, suas orelhas de lobo no topo de sua cabeça eram sensíveis e podiam escutar muito longe.
— Obrigada, desculpa tocar em suas orelhas sem permissão.
— Unhum, tudo bem, se é amiga do senhor Swon é minha amiga.