Mike entrou na sede da Silver Blades, observando o interior grandioso e bem estruturado. A guilda era organizada de forma militar, com corredores amplos, paredes adornadas por escudos prateados e espadas cruzadas. Estandartes pendiam do teto, exibindo o brasão da guilda: uma lâmina brilhante atravessando uma lua crescente.
Assim que entrou no saguão principal, um soldado em armadura prateada aproximou-se. Era um homem robusto, de cabelos curtos e um olhar firme.
— Quem é você e o que faz aqui? — perguntou, a mão repousando no cabo de sua espada.
Mike respondeu calmamente.
— Sou Mike, da guilda The Last Dragons. Estou aqui para buscar um artefato, enviado pelo general Klovis.
O soldado relaxou a postura e deu um leve aceno.
— Entendido. Meu nome é Gilis. Venha, vou levá-lo até o responsável por esse item.
Enquanto caminhavam pelos corredores da guilda, Gilis começou a explicar.
— Nossa sede é uma das mais antigas de Altália. Cada canto aqui foi construído para refletir nossa missão: proteger o continente de ameaças externas e internas.
Mike observava os detalhes. Havia vitrines exibindo armas lendárias, troféus de batalhas e pergaminhos antigos. No caminho, outros membros da guilda olhavam para ele com curiosidade, murmurando entre si.
— E aqui estamos — disse Gilis, parando diante de uma grande porta dupla decorada com entalhes de espadas cruzadas. — Capitão Castro está lá dentro.
Ao entrar, Mike encontrou um homem alto, de cabelos grisalhos e uma barba bem aparada. Ele usava uma armadura leve de couro reforçado e tinha um olhar perspicaz, típico de alguém com experiência em combate.
— Então você é Mike, o enviado da The Last Dragons? — perguntou Castro, cruzando os braços enquanto avaliava o jovem à sua frente.
Mike assentiu.
— Isso mesmo. Estou aqui para buscar o artefato.
Castro caminhou até uma mesa onde o objeto estava guardado em uma caixa de metal reforçada. Ele abriu a tampa, revelando o artefato: um bracelete negro com runas brilhantes que pareciam pulsar com energia própria.
— Este é o Bracelete de Áurea Velocitatis, um item raro e extremamente cobiçado. Ele aumenta a agilidade de quem o usa em 50%, mas não sem custos.
— Custos? — perguntou Mike, intrigado.
Castro continuou.
— Para utilizá-lo, é necessário ter uma alta taxa de compatibilidade mágica. Caso contrário, o usuário pode sofrer sérios efeitos colaterais: fadiga extrema, danos físicos e até perda de controle mental. Por isso, este artefato é perigoso, tanto para o usuário quanto para quem deseja tomá-lo à força.
Mike franziu a testa.
— E é exatamente por isso que fui enviado. Meu trabalho é garantir que ele chegue em segurança à minha guilda.
Castro parecia relutante, mas continuou.
— Recebemos informações recentes. Uma guilda de assassinos, conhecida como Asas Negras, está atrás deste bracelete. Eles são altamente perigosos, com membros de ranking A- ou superior. Por causa disso, esta missão foi reclassificada para nível A.
Mike permaneceu firme.
— Sei dos riscos. Mas posso lidar com isso.
Castro suspirou, claramente hesitante, mas acabou entregando o bracelete a Mike.
— Espero que saiba o que está fazendo. Se este item cair nas mãos erradas, as consequências serão catastróficas.
Mike colocou o bracelete em sua bolsa, garantindo que estivesse bem protegido.
— Não se preocupe. Eu prometo que vou levá-lo em segurança.
Castro o encarou por um momento antes de responder.
— Boa sorte, garoto. Você vai precisar.
Mike deixou a sede da Silver Blades com o bracelete em mãos e uma nova determinação. Ele sabia que o caminho seria perigoso, mas confiava em sua força e nas habilidades de suas sombras.
Enquanto caminhava pelas ruas de Lunaria, ele revisou mentalmente o mapa que recebera. Seu destino estava claro, mas os perigos à espreita eram desconhecidos.
Com passos firmes, ele seguiu para fora da cidade, pronto para enfrentar o que quer que viesse.