Havia um velho ditado que dizia que quando a raiva atingia um certo ponto, uma pessoa se tornava equilibrada, como uma calmaria antes da tempestade. Esta foi a primeira vez que Oriana percebeu a sabedoria dessa afirmação.
Seu olhar frio tentava ver através de que tipo de pessoa era seu mestre. Ele mudava seu comportamento como um camaleão, e desde o dia em que o conheceu pela primeira vez, ela testemunhou inúmeras faces—não, talvez chamá-las de máscaras seria mais apropriado—desse príncipe real com o nome de Arlan Cromwell.
Ela o viu brincalhão e infantil, sério e assustador, sociável e cavalheiro, confiável e inteligente, até pervertido e sedutor.
'Qual era o verdadeiro ele?'
Ela sentia que nunca seria capaz de entendê-lo.
Satisfeito com a reação dela, Arlan voltou para a mesa para encher seu copo com vinho.
"Você ainda tem dificuldades para entender o que deve fazer?" ela ouviu ele dizer depois de terminar a segunda bebida.
Uma nova máscara. Uma máscara normal.