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Chapter 21 - Capítulo 21- Artefato

Em instantes, a noite sobreveio.

Rixas e sua equipe caminham sem rumo na escuridão da floresta. 

Infelizmente não conseguiram achar um caminho que os leve a sair da floresta, por isso, querendo ou não, eles terão que passar a noite aqui.

Rixas.

-Pessoal, é melhor nós descansarmos. 

Todos cansadamente capotam no chão, mas foi só por um momento. 

Rapidamente Matheus e Ricardo montam uma barraca.

Maria e Camila vão à procura de lenha, mas sem se distanciar muito.

Rixas caminhava, vigiava as redondezas, prestando atenção nos sons e tentando sentir a mana ao redor.

-!!!

Rapidamente puxa as espadas, enquanto vira bruscamente o corpo. 

-...

Mas só ver enormes árvores.

-(Tive a sensação de ter visto algo).

Vendo que não era nada, guardei minhas espadas nas bainhas. Continuei tentando sentir a mana em nossa volta, mas nesta floresta, é complicado sentir a mana, além de que tudo é muito silencioso.

-(Um silêncio tão frio, que chega a ser arrepiante, nem mesmo há som do vento).

Dei minha última olhada em volta, antes de eu retornar a minha equipe, assim que cheguei, vi que a barraca está montada e que Maria junto com minha filha, retornaram com a lenha, assim que a puseram no chão, Ricardo cria uma pequena chama que queima a madeira.

Paramos para descansar um pouco, enquanto víamos as labaredas de chamas, nós tiramos de nossos anéis de armazenamento, comidas rápidas.

Ricardo não escuta nem sequer um grilo.

-(Credo… Essa floresta é muito silenciosa).

Matheus ao lado de Maria.

-(Apesar de ser perigoso, eu sempre estive curioso em saber como é ficar mais de um dia aqui).

-(E eu posso dizer agora…)

-(É horrível!)

Não demorou muito para que eles fossem dormir. 

A barraca é espaçosa, conseguindo caber toda a equipe com um relativo conforto.

Matheus colado ao lado de Maria, já dormia profundamente. 

-Zzzz.

Maria que está praticamente em cima de Matheus, continua irritada com os acontecimentos, pensando ainda que não deveria ter cedido e muito menos ter caído na lábia de Rixas.

Pensando cada vez mais nisso, só a deixa ainda mais irritada, mas agora não adianta pensar nos "e se", ela sabe que agora tem é que se preocupar em sobreviver neste ambiente hostil.

Maria.

-...

-Rum.

-...

Ela fecha os olhos tendo um semblante um pouco mais leve.

-...

Pelo menos Maria pode abraçar Matheus. 

Ela abraça fortemente a pelagem fofa, o melhor anti estresse.

Ricardo, que está mais próximo da saída da barraca, deitou-se e, ao lado esquerdo de Matheus, viu Maria mudar de humor.

-(Agora que eu parei para pensar, eu nunca toquei no pêlo de Matheus).

-(Toda vez que Maria fica irritada, é só tocar no pêlo dele, e quase que imediatamente, ela fica mais calma).

-...

-...

-(Talvez…)

 

Estica a mão lentamente, se aproximando da pelagem fofa de Matheus.

sua mão está prestes a saber qual é a sensação.

Mas uma mão rápida bateu na de Ricardo, dando-lhe o aviso.

Maria abre levemente um dos olhos, encarando mortalmente Ricardo.

Quase mandando telepatia: "Não ouse! Não me irrite ainda mais! O pêlo fofo é só meu!".

Ricardo.

-...

-...

-(Assustador).

Ricardo foi dormir, mas em sua mente, ainda tinha a curiosidade.

-(Qual deve ser a sensação?)

Camila dorme à direita de Maria. 

-Zzzz.

Dormindo profundamente igual a uma pedra.

Já Rixas, dormia ao lado de sua filha.

-...

Mas Rixas ainda está acordado, pensando em seus erros.

-...

Suspirando de cansaço, gradualmente, ele fechava os olhos e dormia.

-Zzzz.

…. 

… 

.. 

Matheus.

-... 

-(Que sensação é essa?)

Abre os olhos vagarosamente, e vê um monstro serpente levando Ricardo!

-!!!!

Em um pulo, Matheus se levanta e no embalo, Maria também acorda.

-Levanta gente!

-Estamos sob ataque!

O monstro serpente, vendo que o grupo acordou, apressou-se em levar Ricardo, mas Matheus avança instantaneamente, golpeando a lateral da cabeça do monstro, com a maior força que tinha.

O golpe forte, obriga a serpente a soltar Ricardo, assim que o solta, Maria corre para segurar o corpo de Ricardo. Logo se afasta.

Rixas acordado, desembainhar as espadas, avançando para atacar a serpente.

Ele faz um movimento cruzado, criando lâminas de vento, que acerta em cheio a cabeça do monstro.

Sangue escorre do topo da cabeça.

-Sssssss!

Irritado, a serpente abre a boca e lança um jato potente de veneno.

Matheus levanta a mão invocando sua magia de escudo.

O veneno colide no escudo, que se espalha por todas as direções.

Derretendo a barraca. 

A magia de escudo começa a corroer.

Matheus arregala os olhos e força a magia a ficar sólida.

-Grrrrrr!

Bate o pé no chão avançando, empurrando o veneno e a cobra com a sua magia.

Dando oportunidade para eles se afastarem do veneno que se espalhou.

Rixas não perdendo chance, arremessa uma de suas espadas no monstro, a serpente via a espada prestes a lhe acertar, mas ela desvia no último instante, a espada só partiu ao meio uma árvore que estava atrás.

Maria olha para Camila.

-Segura!

Maria lança Ricardo, e Camila o segura. 

Imediatamente Camila o põe no chão, examinando-o. Identificando que ele sofreu envenenamento.

Tira de seu anel de armazenamento, poções que ajudam a eliminar o veneno.

Assim que Camila derramou a poção na boca de Ricardo, ela começa a usar magia. 

-Cura!

Ricardo foi coberto por uma leve cor amarelada. E Camila vê que imediatamente Ricardo está melhor. 

No mesmo instante, Maria tira do seu anel de armazenamento seu arco e flecha, mirando no olho da serpente, atira a flecha embainhada com a habilidade de vento, mas a serpente desvia. 

A serpente com uma velocidade surpreendente avança para atacar Rixas, mas quem interveio com um escudo, foi Matheus que avançou, batendo o escudo na cabeça dela.

A ferida no topo da cabeça, só piorava, forçando a serpente a recuar um pouco, mas logo, ela grita de dor quando percebe que uma flecha atingiu seu olho direito.

Rixas avança, a serpente solta desesperadamente líquidos roxos, o veneno se espalha por todas as direções.

Forçando todos a se afastar, Rixas olha o veneno borbulhando e derretendo árvores, o chão, tudo virava uma pasta preta.

-Gente!

-Não encostem no veneno!

Vendo a oportunidade, a serpente libera mais veneno, mas desta vez, em forma de névoa. 

A névoa roxa se espalha muito rapidamente, cobrindo tudo no caminho.

Rixas olha para Maria, Maria já sabe o que fazer, ela guarda seu arco e flecha no anel de armazenamento e no lugar, puxa uma espada.

Rixas e Maria balançam suas espadas, criando fortes ventanias para afastar a névoa venenosa. Mas o veneno se mostrou resistente, forçando ambos a correr.

Víamos todas as árvores em volta da serpente virarem pastas borbulhantes e logo em seguida, o terreno derretia. Imediatamente eu peguei minha filha, e Matheus segura Ricardo, nós corremos para bem longe, mas a névoa venenosa também é muito rápida. 

Eu, Maria e Matheus, falamos magia de aceleração, correndo ainda mais rápido. 

Rixas e sua equipe já bem longe, viam o lugar onde estavam, derretendo de veneno.

Quando a nuvem venenosa se abaixou um pouco, nós não víamos mais a serpente, ela tinha desaparecido, não deixando nenhum rastro. 

Rixas solta sua filha e olha envolta, não sentindo nenhuma presença. 

Cai no chão de alívio, mas abismado.

-Que coisa!

-Como um monstro conseguiu chegar tão perto de nós, sem que sentíssemos sua presença?

Matheus.

-Não sei, só senti a presença dele só quando já estava quase levando Ricardo.

Rixas se levanta.

-(Não podemos mais confiar nos nossos sentidos!)

Matheus coloca Ricardo no chão e Camila se aproxima, vendo que o corpo de Ricardo está melhorando.

Os olhos de todos estão preocupados, vendo que Ricardo não acorda.

Camila.

-Não se preocupem pessoal, o veneno que tem em Ricardo aparentemente é mais fraco, já usei a poção e minha magia de cura.

Maria mantinha os olhos em Ricardo.

-Mas ele não está acordando. 

Camila.

-De fato, mas pela minha análise, o veneno em seu corpo é fraco, mas como estamos nas profundezas da floresta, talvez os venenos de monstros aqui, tenham alguma propriedade que faz as pessoas dormirem.

Rixas.

-... 

-(Mas que porcaria de líder que eu sou, por minha culpa meu companheiro foi envenenado, Maria tem razão, não deveria ter insistido em vir para cá).

…. 

… 

..

Manhã seguinte. 

Nagaro caminha pela floresta em um ritmo acelerado. 

Tendo um objetivo bem claro, sair deste lugar.

Depois de ter me despedido de todos os orcs e ifrits, que porventura demorou a noite toda, agora estou aqui, andando pela floresta, ainda perdido e sem rumo. Mesmo estando preso aqui, sabe se lá quantos dias, meses ou se não anos, eu ainda não sei qual caminho devo seguir ou para onde eu devo ir, tanto porque eu não tenho nenhuma referência, como também eu não sei ler o céu.

-(Eu me lembro que na televisão, tinha histórias de pessoas que só de olhar para as estrelas ou para a direção do sol, já sabia onde estavam e para onde ir, mas olha, eu não sei nada disso).

-(E também não tem como eu ter pontos de referências, este lugar como eu já disse antes, é uma bagunça, é só piscar e o cenário a minha volta pode mudar).

Um tremor repentino abala a terra, e fendas se abrem, das fendas, revelando o nascimento de um vulcão, que entra em erupção.

Nagaro que testemunha a cena.

-Viu?

 

Mas mesmo com todos estes problemas, não pretendo desistir, tenho certeza que estou cada vez mais perto de sair deste lugar, que por ventura eu não conheço o nome ou se tem algum.

Mas agora que eu vejo este vulcão aqui, relembrei da luta que tive com aquele ifrit escamoso, também me faz lembrar de um questionamento que tive durante o combate.

Nagaro caminha em direção ao novo vulcão.

-(Acho que já está na hora de eu experimentar algumas coisas que não foram respondidas).

Durante minha luta, percebi que ele, assim como também alguns "seres mal compreendidos", tinha a capacidade de controlar os elementos ao seu redor, no caso do ifrit escamoso, ele podia controlar a lava, o magma e a terra, com bem quisesse.

Nagaro lembra que o ifrit, invocou vulcões e montanhas na parte final da luta.

-(Imagine só eu fazendo isto).

-(Será um grande acréscimo a minha força).

Assim que cheguei perto do pé do vulcão, saltei indo direto para a boca.

Pousando lá, aproximei-me e vi a lava borbulhante.

-Vamos nessa.

-Opa, quase esqueci.

Nagaro retira a roupa(trapo), pondo-a no chão.

-(Já está em um estado desgastado, imagina se eu for direto para um vulcão).

Coloquei uma pedra por cima, para não sair voando.

-Devo dizer novamente, que esta roupa é bem resistente, ela está comigo desde o dia que eu acordei nesse mundo, mesmo estando acabada, ela ainda consegue me servir.

Assim que Nagaro retirou a roupa, pula direto para o vulcão, seus olhos viam a lava infernal, e sem medo, mergulhou nela. Nagaro nada no vulcão igual a como nada em uma piscina.

Não querendo mais nadar, ele vê terra firme de dentro do vulcão.

Se aproximou dela e subiu, pronto para continuar com seu plano.

Nagaro senta no chão e escreve com o dedo o que ele já sabe.

-Agora, vamos destrinchar todas as coisas que eu sei e descobrir, para que eu possa saber e conseguir controlar os elementos.

-O que eu sei:

-É necessário por sua mana no elemento escolhido.

-...

-...

-É pouca coisa que eu sei. 

-Bom, então terei que descobrir na marra.

Uma outra coisa que eu lembrei também, que já faz muito tempo, é a luta que eu tive com a matilha de lobos das sombras, aquela que eu fiquei durante um tempo com eles. Eles tinham a capacidade de se misturar com as sombras, esta é outra coisa que também quero saber se eu sou capaz.

-(Mas por enquanto ao meu ver, sinto que se eu primeiro descobrir como controlar os elementos, ficará mais fácil de descobrir como posso me misturar com os próprios elementos e me esconder neles).

Começando já, fechei meus olhos, enxergando a mana ao meu redor, o vulcão quase não tem mana, tanto é, por ele ser novo, como pelo fato de que seres não vivos(objetos), não tem mana, mas os objetos, como por exemplo o chão, podem via a obter mana, mas não porque elas produziram a sua própria, mas sim, porque as árvores e os seres vivos que a produzem, consequentemente, os objetos acabam por pegar(absorver) a mana.

-(Quando as plantas se regeneram, a terra que absorveu a mana, acaba por ser forçada(estimulada) a regenerar também).

Isto explica porque a regeneração desta floresta ser tão anormal, não é por conta da terra, mas sim, por conta dos seres vivos, principalmente as árvores.

Existem pontos muito específicos nas profundezas deste lugar que tem bastante mana, como por exemplo, a árvore gigantesca no reino élfico, que tem uma mana tão massiva, que se a mana fosse energia elétrica, suponho que facilmente alimentaria um grande país inteiro sozinha. 

-Mas o foco hoje não é saber como funciona a floresta, mas descobri como controlar os elementos.

Após colocar minha mão na terra, liberei mana, instantaneamente, senti que a terra teve uma leve resistência a minha mana, mas sem sinal de recusa ou repulsão.

Mas ela começou a se dispersar na terra, por isso forcei minha mana a ficar em um ponto específico.

-(É escorregadio, tenho que manter a mana em um lugar só, senão ela vai esvair).

Vendo que a mana estava onde eu queria, levantei do chão, e com um movimento de mão, estiquei meu braço para cima.

-...

-...

-...

Mas a terra que tem minha mana, nem sequer se mexeu.

-Por que?

-Será que precisa de mais mana?

Vendo que a terra nem escutou meu comando, decido colocar mais mana na terra, controlando a mana para que ficasse no lugar.

Fiz novamente o movimento, mas o chão nem sequer tremeu.

Repetir essa ação várias e várias vezes, mas sem resultados.

Então forcei mais ainda o controle na terra, mas o único resultado foi minha mana abrir um enorme buraco no chão, e a mana ficou flutuando no ar, conseguindo finalmente fazer a terra se mexer, mas isto o que eu fiz, não foi controlar o elemento, foi somente controlar minha mana.

-Hummm.

-(Será que devo aumentar a área que coloquei a mana?)

Mas logo minha ideia se torna errada, se eu não consigo controlar um pequeno espaço de terra, não vai ser aumentando a área que fará a diferença.

-O que está faltando?

Tento lembrar se tinha mais alguma coisa que o ifrit fazia.

-(Eu lembro que ele somente colocava mana na terra e sem dificuldade, conseguia controlá-la).

Abriu os olhos.

-Espera!

-Ele tinha habilidades de terra, lava e magma.

-Já eu, tenho habilidades de fogo, lava, água, gelo e vapor.

-Então, talvez a minha incapacidade não seja porque eu não consiga ter alguma percepção, mas sim, porque eu não tenho nenhum poder relacionado com a terra!

Bati minha mão na testa, achando a resposta, então eu corri em direção às margens da lava, e imediatamente coloco minha mão na lava.

Assim que liberei a mana, a lava aceitou com muito bom grado, aceitando-a melhor do que a terra, até mesmo senti uma leve conexão acontecer. Mas eu ainda tive que controlar a mana para que não fosse dispersa. 

Assim que me afastei, levantei o braço para cima, e surpreendentemente, vi a lava em que eu coloquei a mana, fazendo uma leve ondulação.

-Isso!!!

-Esta era a resposta!

A mana de Nagaro se desfez na lava, mas conseguiu o resultado.

-Denovo!

 

Coloquei mais mana, ao ponto de cobrir toda a superfície da lava.

Fiz novamente o movimento com as mãos, e toda a superfície da lava se mexia, quase chegando a minha altura.

Nagaro levanta um leve sorriso.

-Mais uma vez! 

Coloca mana novamente na lava.

….

..

.

Não sei quantas horas estou aqui treinando e manipulando a lava, mas cada tentativa, tenho um resultado melhor do que a anterior.

Com um movimento de mão, empurrava a lava, e com outro movimento, fazia a lava se aproximar até meus pés.

Levantei uma de minhas mãos e a lava subia a altura de minha cabeça. Abaixei a mão, e a lava abaixava.

Nagaro puxa um ar e olha para o outro lado do vulcão.

-Agora!

Movimentava a mão bruscamente para frente, rapidamente a lava o obedecia, criando uma grande onda, que chegou até o outro lado, batendo na parede onde Nagaro olhava. 

Quando ele viu que a lava o obedecia, sorriu verdadeiramente, satisfeito com os resultados. 

Nagaro empolgado, se aproxima da lava e coloca uma carga de mana tão pesada, que até mesmo a lava do vulcão fica muito mais densa(vermelha) e quente.

Sentindo que minha mana cobriu toda a lava do vulcão, afastei-me um pouco, fazendo um movimento de mão.

Estico meus braços para cima.

-...

-...

-...

-Hué?

O vulcão começou a tremer sem fim.

-??? 

Nagaro sente que sua mana está se espalhando desenfreadamente por debaixo do vulcão, se juntando aos rios subterrâneos de lava.

Fechou os olhos, e viu que realmente sua mana está se espalhando por debaixo da terra.

Arregalou os olhos.

-Hu ou…

Logo, a lava começou a subir em um estado acelerado, antes, batia abaixo de meus pés, mas agora, já está quase cobrindo minha cabeça.

Pulei, saindo de dentro do vulcão, assim que cheguei na superfície, peguei minha roupa e a vesti. Olhei para o vulcão e a lava já estava prestes a explodir.

O novo vulcão acaba de explodir, liberando muita lava e magma descontroladamente, destruindo tudo envolta.

Nagaro bem longe da erupção.

-Exagerei, deveria ter controlado a distância que minha mana foi.

Via de longe a lava e o magma escorrendo do topo do vulcão.

-Mas pelo menos tive um avanço bem significativo.

-Descobri que é necessário eu ter o mesmo elemento que eu quero controlar.

Nagaro ponderava.

-Mas ainda tem umas desvantagens iniciais além da minha falta de domínio.

-Só para que eu conseguisse fazer aquela onda chegar até o outro lado do vulcão, houve um gasto bem grande de mana.

-Apesar do elemento lava ter aceitado minha mana, ainda teve uma grande resistência para que eu pudesse controlá-la.

Analisando minhas descobertas e tentativas, e as comparando com a do ifrit escamoso, posso dizer que há dois motivos do porque ele consegue controlar tão magistralmente os elementos. Um dos motivos, é pelo fato dele ter muita mana. Uma coisa notável daquele ifrit que enfrentei, era a sua reserva de mana, que ao meu ver, é aparentemente infinita, então ele pode gastar à vontade sem nem se preocupar.

Já o segundo fato, é porque ele tem experiência, durante nossa luta, pude sentir que ele sabia o que estava fazendo, aqueles movimentos de mão não foram movimentos aleatórios e sem entendimento, são movimentos que só as obtém por meio de muita prática ou pelo menos, uso constante delas. 

Mas minha linha de raciocínio foi quebrada quando repentinamente, senti a terra tremer, rachaduras se formam e a lava flui sem fim, foi então que percebi que minha mana ainda continuava interagindo com o vulcão.

-Não só a do vulcão, mas com todo o fluxo de lava por debaixo da terra! 

 

Tentei interferir, para que minha mana parasse de estimular a lava, mas a segunda erupção do vulcão foi inevitável, e a lava que brota no chão só aumenta, devastando toda a vegetação por lá.

-...

-Eita.

Nagaro só pode ficar olhando, até mesmo os animais e monstros foram obrigados a sair. Novos vulcões surgiram, transformando aquela área em mais uma extensão da floresta de vulcões.

Perto onde Nagaro está, as árvores morreram queimadas, porque a terra onde ele pisa, já foi tomada por lava. Vulcões nascem em torno de Nagaro.

Árvores e plantas que conseguiram sobreviver neste novo cenário caótico, se adaptaram às bruscas mudanças, em uma velocidade que podia ser vista a olho nu. As plantas tomam uma coloração mais escura e avermelhada, as folhas das árvores deixaram de ser verdes, passaram a ter uma cor mais acastanhada ou avermelhada, suas raízes agora, podiam absorver lava sem nenhum problema. 

A terra parava de tremer e a lava flui com um rio, mas já deixou os resultados.

Nagaro vendo a mudança da floresta.

-...

Não tive nem reação para impedir que minha mana fizesse isto, de uma hora para a outra, a floresta verde virou uma selva de vulcões, como eu poderia imaginar que meu descuido causaria uma mudança drástica desta?

Sentindo que minha mana foi absorvida e dispersada pelos canais de lava subterrâneos, fiquei mais aliviado.

Olhei para as árvores sobreviventes.

-Pelo menos eu não destruí tudo.

 

Mesmo não destruindo todo o ecossistema daqui, as plantas sobreviventes sofreram mudanças tão drásticas que nem parecem estar vivas.

Aproximei-me de uma árvore sobrevivente.

Toquei nela, sentindo sua quentura.

-Ficou quente!?

Fiquei encabulado e queria ver mais(analisar e apreciar) este ocorrido, não é todo dia que vemos um ser vivo se adaptar em um ambiente tão rapidamente todos os dias. 

Mas infelizmente tive que me preparar para o combate, pois sinto centenas de presença de mana se aproximando.

Quando Nagaro olha, tem centenas de milhares de monstros o cercando.

Onde quer que olhe, vê hordas e hordas de monstros.

Nagaro suspira. Alonga com muita tranquilidade os braços e pernas.

-Bom… 

Alonga os dedos da mão.

-(Fiquei muito tempo naquele vulcão mesmo).

-(Tava até esquecendo como é o meu cotidiano).

Mas eu noto que as expressões destes "seres mal compreendidos" é bem diferente da que eu estou acostumado. 

-(Na maioria das vezes eles vem com a intenção de me matar ou de me comer, mas estes parecem que estão…)

-(Com raiva?)

Alguns estão até com as bocas espumando de raiva, o ódio é tão grande, que parece até ser palpável.

-Porque será que estão tão furiosos?

Sem que Nagaro saiba, todos esses monstros estão raivosos porque suas moradias foram destruídas, todos eles viram suas casas(territórios) virarem cinzas e sendo drasticamente transformados em rios de lava.

Sendo obrigados a fugir, eles correram por suas vidas, mas quando perceberam que os terremotos e os rios de lava se acalmaram, voltaram para seus territórios, assim que retornaram, não tinha mais nada, só cinzas e vulcões.

Mas eles logo perceberam uma presença de mana que interagia com essa lava.

Assim que identificaram de onde veio a mana, furiosos, correram em direção de quem foi o causador, o responsável por destruir suas preciosas moradias.

Nagaro termina de alongar.

-...

Aqui tem bastante deles, olhei para trás, diversas matilhas de lobos, olhei para o meu lado direito, ogros e orcs, olho meu lado esquerdo, gatos verdes e amarelos, olhei para o céu, muitas aves de rapina, e na minha frente, tem um grupo de goblins.

Diferente dos goblins que se esperava, estes a frente de Nagaro, são bem formidáveis fisicamente, eles têm as características comuns desta raça, pele verde, nariz longo e orelhas ovais pontudas. Mas diferente da aparência feia, são bem bonitos e jeitosos. Além de terem um físico digno de frequentador de academia, eles empunham armas que parecem ter sido feitas por bons ferreiros, e se vestem tão bem, como se um alfaiate as tivesse feito.

Nagaro olha sua roupa(trapo).

-...

Se Nagaro estivesse mais sujo, facilmente seria confundido como um mendigo.

-(Por que eles se vestem melhor do que eu?) 

Nagaro via alguns destes goblins exibiam seus músculos para ele, talvez como uma forma de intimidação?

-Hum?

Notei a altura deles.

-(Eles têm a mesma altura que eu).

Durante toda a minha caminhada pela floresta, os goblins são os que mais se assemelham a mim em questão de altura. 

-(Já que eu tenho uma altura média de um garoto em torno de 14 ou 15 anos, então eles são as criaturas mais próximas de um humano).

Olhei novamente para eles, percebendo que diferente das outras criaturas, eles não transmitem ódio. Entre eles vi um goblin mais alto do que eles se aproximando. Este goblin era fisicamente mais magro, tinha umas tatuagens envolta do corpo e segurava um bastão com uma joia no topo. Deduzo que ele é provavelmente o líder deste grupo.

Assim que o líder goblin chega e olha para Nagaro, ele enruga a cara e grita palavras incompreensíveis, aponta o bastão em direção a Nagaro e imediatamente, os goblins esbravejam, suas caras se tornam feias e ferozes.

Nagaro até deu um pequeno pulo de surpresa.

-(Esquece! Próximos de um humano? Uma ova!).

Assim que os goblins avançaram, os outros monstros também avançam.

Nagaro suspira.

-(Bom… isto também vai servir como um treinamento para algo que quero testar).

Abri minha mão e dela, saíram três esferas, uma de água, fogo e vapor. Durante minhas tentativas de controlar a lava do vulcão, eu percebi que também seria bom e de grande ajuda, se eu pudesse controlar minhas habilidades a longo alcance.

Nagaro via um ogro se aproximando.

-Vamos testar então.

As esferas da mão de Nagaro ficam mais intensas, o fogo vira lava, a água fica mais densa e o vapor mais compacto.

Imediatamente lança as três esferas no ogro, que quando sente o impacto, ele é arremessado a quilômetros de distância, desaparecendo da vista de Nagaro.

Dois gatos verdes surgem bem atrás de Nagaro, mas a altíssima velocidade de Nagaro os surpreende, quando percebem, Nagaro já está entre os dois.

Nagaro levanta os braços, tocando nas laterais deles, rapidamente liberam vapor nos gatos, que os arremessam em direção às árvores. Seus corpos batem nas árvores e eles desmaiaram ali mesmo.

Um gato amarelo veio em alta velocidade, mas uma esfera de água surge e bate bem na cara do gato, deixando-o meio desnorteado, quando se recompôs, Nagaro já está bem na frente dele, antes que pudesse ter reação, Nagaro o congela dentro de uma enorme icebergue.

Múltiplas correntes de vento vieram em um instante, Nagaro reage rápido e ataca com alta pressão de vapor. Todo o grupo de gatos verdes foi arremessado para longe. Mas muitos deles não foram gravemente feridos, por isso, Nagaro libera uma chuva de fogo que estourou neles.

Um gato verde avança, passando entre os ataques de Nagaro, mas infelizmente, quando menos se esperava, algumas das chamas fizeram curva íngreme, atingindo o gato verde, estourando-o. Quando ele se levantou, Nagaro já estava bem na sua frente e o congela, deixando-o em uma pedra de gelo.

Assim que congelei o gato, desviei milimetricamente do machado de um orc.

Olhei para ele, vendo algumas semelhanças com o líder orc, mas não era ele, por isso, pulei e golpeei a cara do orc. Ele voou a metros de distância, uma tribo de lobos veio para o ataque, mexi meus braços e as esferas de água e fogo voaram na direção deles, acertando dois lobos na frente.

Os dois lobos foram desmaiados, e as duas esferas se movimentam tão rápido que parecia que tinha mais do que apenas duas, em um piscar de olhos a matilha foi derrotada, só sobrando o líder, que quando percebeu onde Nagaro está, um golpe surge bem na cara dele, desmaiando-o na hora. 

Olhei para minha esfera de fogo e água.

Os goblins avançam de frente com suas armas.

Eu rapidamente movo meus braços e as duas esferas em altíssima velocidade acertam os goblins.

Nagaro segura alguma coisa, mas a gente não consegue ver o que era, mas Nagaro sabia o que é, assim que o segurou, Nagaro acerta o gato com sua esfera de vapor. Imediatamente o gato amarelo deixou de ficar invisível.

Até o gato está surpreso, não conseguindo saber como este pequeno soube identificá-lo tão facilmente. Nagaro pode notar esta surpresa na expressão do rosto dele.

Nagaro continuava a segurar a pata do gato, ele gira o corpo e sem muita dificuldade, arremessa o gato amarelo para cima.

Os pássaros avançaram ativando sua habilidade de vento e fogo, mas Nagaro já está de olho neles, ele saltou para o céu, confrontando os pássaros, os pássaros lançaram um ataque em conjunto, mas Nagaro libera vapor.

O vapor colide com o ataque de vento e fogo, mas infelizmente os pássaros levam a pior, o vapor era tão pesado, que alavancaram os pássaros para longe.

Alguns conseguiram persistir em ficar no lugar, mas foram recebidos por uma chuva de gelo, que os derrubaram no chão, desmaiando-os.

No ar, Nagaro vê uma parede de flecha se aproximando, rapidamente suas três esferas derrubam as flechas, uma flecha venenosa quase atinge seu olho, Nagaro desvia no último segundo, olha na direção que as flechas vieram, e vê um grupo de goblins arqueiros.

Mais uma parede de flecha veio, Nagaro libera uma onda de água que varre os arqueiros, antes que se recomponham, Nagaro movimenta a mão para cima, e toda a água congela os goblins arqueiros, incapacitando-os.

Uma outra matilha de lobos se aproxima, quando Nagaro ainda está caindo, ele imediatamente se impulsiona, chamas saem de seus pés e mãos, o fazendo parecer um foguete.

Nagaro colide com essa matilha, a terra explode e treme por um momento, quando a fumaça desaparece, vimos que todos os lobos estão queimando, muitos já caíram desmaiados, alguns que conseguiram resistir ao ataque, correram desesperados, tentando ir embora, mas não demorou muito para que as três esferas atingissem esses fujões.

Um goblin se aproxima e tenta socar a cara de Nagaro, mas Nagaro levanta o braço golpeando ele que pensava ter chance.

Rapidamente Nagaro levanta a perna, dando um chute em outro goblin, os dois paralisados, não conseguindo resistir a tamanha força, foram novamente golpeados e caíram no chão sem se mexerem.

Muitos monstros já estão começando a temer e se arrepender de terem vindo para cá, algum já corre de medo, mas assim que se distanciam, as esferas vem e atacam eles.

Nagaro pega a lança de um goblin e a quebra, e logo, soca a cara dele, desmaiando na hora.

-(Controlar minhas esferas para que ataquem a longas distâncias mentalmente é mais difícil do que parece).

Alguns que fugiram já estão bem distantes do meu raio de visão, por isso, fechei um de meus olhos, onde poderei enxergar parcialmente a mana em todas as direções.

Assim, com meus pensamentos, ordeno as esferas irem na direção deles.

Mesmo que Nagaro se sinta mentalmente cansado, sua regeneração imediatamente o curará, por isto, antes mesmo que Nagaro se sinta cansado, a regeneração já age.

A terra tremia entre os vulcões, com seus passos pesados e rápidos, um trio de minotauro cinzas vieram descendo um carreirão em Nagaro, todos eles controlam a terra, ordenando-a que ataque Nagaro.

Assim, a terra avança em conjunto com os minotauros. 

Nagaro vira o rosto para eles.

Segundos depois, os três minotauros e a terra que eles controlavam, são repelidos pelas enormes ondas de lava, sendo arremessados de volta para onde vieram.

Um lizard solitário desceu sua garra contendo eletricidade, mas uma parede grossa de gelo o impede de atingir Nagaro.

Assim que sua garra atinge o gelo, o gelo retorna ao seu estado líquido, criando uma esfera, e retorna a virar gelo, prendendo a mão do lizard.

O gelo pesava muito, não permitia que o lizard conseguisse mexer ou se quer levantar o braço. Percebendo que se distraiu, quando levantou a cabeça, só viu um soco atingir sua cara, desmaiando-o na hora.

Uma flecha envenenada veio em sua direção, mas Nagaro segura a flecha.

O goblin do alto das árvores, se surpreende com tamanha reação dele, mas quando percebe, Nagaro desaparece de sua vista.

-???

Uma mão segura lateralmente sua cabeça.

-?! ?! ?!

Logo, a cabeça se choca no tronco da árvore, deixando-o inconsciente.

Nagaro via um grupo de ogros, com a flecha na mão. Nagaro arremessa a flecha, que atinge o ombro do líder deste grupo, deixando-o abalado com o veneno letal.

No outro segundo, cada ogro foi derrubado, deixando buracos no chão, indicando que algo muito forte os atingiu de cima para baixo.

Já o líder ogro, assim que conseguiu suportar o veneno, foi atingido com um soco tão potente, que ele voou para o céu, sumindo no horizonte.

….

..

.

Um grupo de gatos verde segue seu líder amarelo, que já está a quilômetros de distância, para ficarem mais rápido, usam a habilidade de vento.

Todos os gatos estão contentes, pois conseguiram fugir daquele monstrengo (Nagaro) rebaixado.

Mas uma esfera de água atinge o líder amarelo, liberando água, que o congela na hora, assim que os gatos verdes viram a esfera de água, correram em direções opostas, antes que eles ganhassem distância, vários jatos pressurizado de água atinge-os, congelando-os na hora. Mas a esfera de água se desfez do processo.

….

..

.

As outras esferas também se desfizeram, deixando que alguns monstros fugissem.

Estes monstros que estão bem distantes, gargalharam quando viram as esferas se desfazendo.

Mas não são idiotas, eles tomaram ainda mais distância, fugindo de Nagaro.

….

..

.

Nagaro sente que suas esferas se desfizeram. Abriu 

o olho, retornando a enxergar tudo normalmente.

-(Parece que esse é o limite atual de meu alcance). 

Olhei à minha volta, percebendo que nenhum deles avançava. 

Mas um goblin avançou, rapidamente segurei a cabeça dele, girei meu corpo e amassei a cara do goblin no chão, percebendo que ele perdeu a consciência, o soltei. Assim que levantei o rosto, vi muitos goblins correrem em minha direção.

Os goblins são os únicos que persistem em atacar, todos os goblins armados, ferozmente balançam as armas, cercando Nagaro, eles pulam todos juntos, pensando que algum deles conseguirá acertá-lo.

Mas infelizmente, Nagaro libera uma pressão de vapor, que os arremessa longe. Todos eles caem de costa a metros de distância.

Mas Nagaro nota que falta alguém.

-(Cadê o líder deles?)

Olhei para trás e vi o líder goblin dizer algumas palavras incompreensíveis, ele parece fazer algum esforço, sentindo que a mana dele está se mexendo loucamente.

-(O que ele está fazendo?)

Por alguma razão, consigo entender algumas palavras no meio destes grunhidos.

-???

-(Ouvi errado?) 

-(Parece que ele disse…)

-(Aceleração, fortificação e… petrificação!?)

No instante, o líder goblin já está bem na frente de Nagaro, atacando-o, mas mesmo com tal reforço, Nagaro mostra uma reação rápida.

Conseguindo segurar seu punho e logo, Nagaro soca no meio dos peitos o goblin. Sangue e saliva escorre de sua boca, mas ele já suspeitava que essa criatura conseguiria atacar, por isto, o goblin levanta a outra mão, mão essa que segura o bastão, a joia brilhava e uma espécie de nuvem cinza atinge Nagaro em cheio.

A nuvem espalha, petrificando tudo ao redor, nem mesmo a pouquíssima grama sobrevivente ao chão, escapou de virar pedra. Alguns goblins que foram pegos pela nuvem, viraram estátuas de pedra, outros monstros que foram parcialmente pegos, também ficaram parcialmente petrificados. 

Rapidamente o líder goblin se distancia, assim que se distanciou da nuvem, a poeira cinza rapidamente foi dispersada pelo vapor, mostrando que Nagaro escapa intacto da magia, nem mesmo a roupa foi afetada pela petrificação.

Tanto os goblins, como os monstros, olham chocados para Nagaro, pois o líder goblin, para eles, é o mais forte aqui, tendo uma capacidade estranha e terrível, toda vez que essa nuvem cinza aparece, é sinal de perigo, e cada criatura aqui presente, sabe disso, por conta deste fato, os goblins se tornaram poderosos aqui.

Líder goblin olha horrorizado, não compreendendo, como pode existir uma criatura que resista a petrificação?!

Nagaro olha para o líder goblin.

Líder goblin treme as pernas, se distanciando ainda mais de Nagaro.

-!!!

Mas logo, o líder goblin solta seu bastão, que caiu no chão, ele sente algo em seu corpo.

-!?!?!?

Quando percebeu, suas mãos e pernas viraram pedra, e logo, seu corpo vira uma estátua de pedra.

Goblins e monstros.

-...

-...

-...

-...

-...

-...

-...

-...

-...

-...

Ninguém entende o que aconteceu. Os monstros pareciam expressar: "O líder goblin simplesmente virou pedra?".

Mas Nagaro logo soube o que havia acontecido.

-(Ah, é isto).

-(É o meu contra dano!)

Minha habilidade mágica está ativada, consequentemente os danos que eu recebi também serão dados para o agressor.

-(Mas neste caso, ele caiu na condição que eu descobri sobre minha habilidade mágica).

-(Ele é menos resistente à petrificação do que eu, por isto, ele virou uma estátua de pedra e eu não).

Eu já enfrentei vários ambientes que quase me transformaram em pedra, esses foram tempos sofridos, mas por conta disso, eu acabei ganhando resistência a essa condição. 

Nagaro se aproximou do líder goblin. Vendo que ele realmente virou pedra, e que infelizmente não respirava mais, está morto, seu corpo se transformou em pedra por completo. 

-(Mas em todos os casos, onde eu sofri petrificação, foi por conta do ambiente ao meu redor, não gerada por um ser vivo).

-(Se eu não tivesse resistência a este tipo de efeito, eu também me tornaria uma estátua de pedra).

Olhei para o chão, vendo o bastão que ele deixou cair, meus olhos viam aquela pedra brilhante.

Peguei o bastão.

-(Isto não é um simples bastão, é um cajado).

Analisei ele, sentindo que esse artefato, me parece ter alguma capacidade desconhecida.

Balancei o cajado, colocando minha habilidade de fogo nele.

Instantaneamente a pedra brilhava um vermelho, e dela, sai um destrutivo ataque de fogo, que varre as formações vulcânicas no caminho.

Os monstros tinham olhares arregalados, quando viram os vulcões desaparecerem, deixando suas pobres moradias ainda mais miseráveis.

Mas o pior, é que eles só podiam tremer de medo, o monstro perverso(líder goblin) acaba de ser derrotado e transformado em pedra, agora, o monstro poderoso (Nagaro) que o derrotou, está em posse do cajado, deixando-o ainda mais poderoso.

Agora quem poderá o parar?

Nagaro.

-Uao! Nem usei tanto poder assim, mas já fui capaz de fazer um ataque desse calibre?

-De fato! Esse cajado tem o poder de amplificar.

A ideia veio à cabeça de Nagaro.

-Hummm.

Ele sorria um pouco.

-(O que vai acontecer se eu colocar bastante poder?)

Nagaro, sem perder tempo, direciona o cajado para cima e libera uma onda de poder monstruosa.

….

..

.

Em dragonia, a terra treme um pouco, e uma onda de poder podia ser sentida por todos os dragões.

O brilho no céu veio por um clarão, e a explosão levanta leve ventania.

Cada dragão interessado, olha para o estouro no céu.

-…

Mas logo retornaram a fazer seus afazeres, mesmo que esse poder tenha chamado a atenção deles, não é como se ocorridos semelhantes não existam por aqui.

Dois anciões dragões que estão no mesmo lugar e nas mesmas pedras.

Um deles.

-Oh, oh, oh.

-Viu isto?

O outro que nem sequer olha para a explosão do céu.

-Uaaaah!

Olho para o céu, não sentindo nenhum tipo de emoção.

-Parece que algum monstro está entrando em ascensão?

Seu colega.

-Não sei, vamos ver se vai ter mais um desse.

Os dois olham para o céu.

-...

-...

-...

-...

O dragão sonolento logo volta a fechar os olhos.

-Nada mais aconteceu, então não tem o porquê perder tempo em ver.

Seu colega dragão ainda espera com expectativa.

Mas no final, nada aconteceu, fazendo-o se entediar de esperar.

Semelhante ao sonolento, ele também voltou a dormir.

….

..

.

Fora da floresta. 

Os aventureiros olham desesperados. 

A explosão fez a terra tremer e o vento rugir como um leão, quase alavancando os aventureiros. 

Um deles olha para o céu.

-O que foi isto!?!?

Outro aponta o dedo.

-Veio das profundezas da floresta!

Grupos de aventureiros que estavam para se arriscar a entrar na floresta, imediatamente recuaram ao ver a explosão no céu.

Os poucos aventureiros que estão lá, olha abismados para tamanho poder destrutivo.

-...

-...

-...

-Cadê a guilda com os reforços!!?

-Este poder destrutivo… Só pode ser obra da nova calamidade!

Um líder de grupo.

-Não vamos mais entrar lá! 

-Pessoal vamos embora!

Um oni aventureiro olha para a floresta.

-(Que pena para os aventureiros que estão lá dentro, provavelmente estão passando por dificuldades terríveis).

-(A explosão foi bem distante, mas claramente é um sinal que algo grande está por vir).

-...

-Acho melhor eu ir também.

E o oni foi embora, pagando um carroceiro para levá-lo.

Outro carroceiro, este sendo contratado pela guilda, rapidamente pega um pergaminho de teleporte e escreve uma mensagem, pedindo que a guilda apresse-se em vir para a floresta.

Assim que a mensagem foi escrita, o carroceiro coloca mana no pergaminho, que rapidamente desaparece.

….

..

.

Onde Nagaro está. 

Os monstros envolta de Nagaro sofreram queimaduras severas, mesmo que o poder tenha sido direcionado para cima, e que eles tenham um alta resistência ao fogo, esta escala de poder, foi demais para eles.

Mas graças à regeneração anormal, suas feridas desapareceram um pouco, deixando-os bem melhores do que antes. Ainda estão bem machucados.

Mas nada disso os incomoda, pois eles estão aterrorizados, paralisados de medo! 

Eles nunca tinham visto tanto poder de fogo assim.

Muitos se ajoelham de medo, todos estão chorosos, se arrependendo amargamente de terem vindo.

Os goblins que mandavam nesta área, caíram de joelhos, implorando para que sejam poupados.

Nagaro que nem prestou atenção neles, tem um brilho nos olhos, animado com tamanho poder que este artefato lhe proporcionará.

-(Uma arma tão legal!) 

-(imagine a vantagem que terei em uma luta!)

Nagaro tinha um gratificante sorriso.

-Com isto em mãos, imagine o que serei capaz de fazer!

Nagaro se prepara para lançar outro ataque no céu, desta vez, com muito mais poder.

A pedra brilha intensamente, mas partiu em milhares de pedaços e o cajado vira pó em um instante.

-...

-...

-...

O sorriso de Nagaro murchou.

Caiu de joelhos, tentando segurar o pó.

-Meu cajado!

Mas, para a infelicidade de Nagaro, além dele ter usado o cajado de maneira errada, o poder era demasiado para que esse artefato conseguisse suportar, só o segundo ataque, já tinha reduzido drasticamente o tempo de vida útil, este próximo ataque então, nem dava para ser executado, encerrando por completo sua vida útil.

Nagaro sentia-se triste por ter perdido em então pouco tempo, uma boa arma, mas sua tristeza desaparecia, pois não tinha mais nada o que fazer, ele no final, destruiu sem querer uma arma que ao seus olhos, era lendária.

Suspirou de desânimo.

-Bom…

-Então vamos retornar para meu treinamento.

Sacudi o pó em minhas roupas e mãos, e olhei para os "seres mal compreendidos", vendo que eles estão chorosos e tremendo de medo, alguns deles até estão ajoelhados, não entendo o porquê estão desse jeito.

Assim que o estrondo passou, os monstros puderam respirar, ficaram um pouco aliviados, quase que alguns tinham sorrisos no rosto. 

Mas logo voltaram a ficar apreensivos, porque eles sentiram o olhar de Nagaro. Todos sentiram um sinal de perigo, que algo terrível vai acontecer.

Nagaro não tendo mais nenhuma expressão no rosto, o olhar naturalmente frio, deixava qualquer um aqui com frio na espinha.

-Olha, se fosse em dias normais, eu simplesmente os derrotaria e sairia daqui, mas hoje… Hoje é um dia muito diferente do comum, eu senti uma coletânea de emoções que eu pensava ter perdido, mas hoje... eu até sorri com tanta felicidade e fiquei triste no final.

Abriu a palma da mão.

-Então…

Os monstros olham amedrontados para sua mão, logo, três esferas, água, fogo(lava) e vapor surgem.

Mesmo não entendendo nenhuma palavra de Nagaro, os monstros souberam que o perigo era inevitável. Cada um deles sua de nervoso.

Nagaro.

-Mais!

Nagaro se esforça mais um pouco, e em sua mão, surge mais uma esfera, a de gelo.

Quando os monstros viram a quarta esfera, eles correram a toda velocidade, sem nem olhar para trás.

Nagaro se posiciona para arremessar as esferas.

-Correr só piora!

E sem misericórdia, Nagaro joga as quatro esferas.

Um pobre orc que corre desesperado, mas era lento em comparação com os outros, viu quatro esferas voarem em sua direção.

Ele se entristece, lacrimejava, aceitando seu destino, fecha os olhos, mas o seu sofrimento durou pouco, assim que as quatro esferas batem nem, o desmaia na hora.

Assim que o orc foi derrubado, as quatro esferas tomaram rumos diferentes, atrás dos monstros que fugiram. 

….

..

.

Longe onde Nagaro está… 

Rixas e sua equipe estão deitados no chão, pois o som estrondoso que surgiu no céu, que os quase matou de susto.

Matheus meio surdo.

-R-Rixas!!!

-O que será que foi isto?!!

Rixas que meio tonto, se recompôs.

-Eu queria muito saber também!!

Camila.

-Parem de gritar!!

Maria.

-Mas você está gritando!!

Rixas.

-Já chega!!!

-Vamos ficar deitados por aqui!...

-Até!... 

-...Que nossos ouvidos e corpos!… 

-Possam se mexer! 

-Entenderam!?

Assim que eu gritei, todos concordaram comigo e esperamos deitados, até que nossos sentidos retornem. 

Camila.

-Conseguimos ficar de pé.

Matheus não escuta mais nenhum som(zumbido) no ouvido.

-Tudo normal aqui.

Maria.

-O que raios foi isso?

Matheus.

-Que tipo de criatura tem um poder tão avassalador?

Rixas enruga a cara. 

-Não sei e nem quero descobrir. 

Aponta o dedo.

-Me parece que este poder vem daquela direção, vamos ir para outra então.

Camila.

-Certo pai.

Matheus, percebendo que sem querer, durante a explosão, tinha derrubado Ricardo no chão. Olha Ricardo, que continua desacordado.

Ricardo.

-...

Uma bolha surge no nariz.

-Zzzz.

Matheus.

-Credo, um barulho desse, e esse bicho não acordou?

Maria olha para Ricardo.

-Camila, tem certeza que ele está só dormindo?

Camila que também olha Ricardo.

-É… Eu tenho, seu corpo não tem mais veneno, então ele só pode estar dormindo agora.

Matheus pega Ricardo, o pondo em suas costas.

-É melhor sairmos daqui.

Rixas.

-Concordo, vamos seguir então.

-(Esta explosão, sinto que foi bem distante de nós, seja lá quem tenha criado ela, pode está se aproximando, então temos que nos apressar em sair daqui).

Voltamos a andar cautelosamente, olhando os nossos arredores. Como é Matheus que carregava Ricardo, eu tive que ficar na frente do grupo, minha filha é quem analisa o mapa e Maria atrás do grupo. 

Quando nos demos conta, sons vinham dos arbustos.

-...

-...

-...

-... 

Olhamos aquela figura acinzentada, chifruda e com cara de boi. 

-Ah não…

Matheus engoliu seco.

-(Pior hora possível).

Maria está esgotada.

-...

Rixas fala bem baixo para a equipe.

-Não movam um músculo e não façam barulho.

O que está na nossa frente, nada mais é do que um Minotauro! Um terrível monstro rank S, que ainda poder entrar no modo berserk, mexer com um minotauro estando sozinho, é a mesma coisa que procurar a morte. Nas bordas da floresta e fora dele, os minotauros têm um pelo alaranjado, mas os que estão nas profundezas da floresta, sua pelagem é escura, e quanto mais escura for o pêlo ou a pele do monstro, mais perigoso ele é.

-(Os minotauros já são extremamente agressivos e fortes, imagine os que moram aqui).

-(Devem provavelmente ultrapassar o rank S).

A melhor recomendação que tem ao ver um, é correr, mas se você não tiver como correr, fique parado e não faça nada, os minotauros não tem boa visão, mas uma ótima audição. 

-(Espero que este conceito funcione aqui também).

-(Não sei se os minotauros desta floresta tem essa mesma limitação, mas se não tiver… estamos fritos!)

O minotauro olhou cautelosamente em volta, parecendo desconfiado que havia alguém aqui. 

-...

Avançou em direção a Rixas e sua equipe, passou perto deles. 

Matheus pode sentir que sua pelagem quase encosta no minotauro.

-...

Assim que o monstro passa por eles, todos estão suados, acompanhavam com os olhos o minotauro ir embora, desaparecendo entre as árvores. 

Demorou longos minutos para que a equipe Rixas se mexesse.

Matheus passa a mão na testa. 

-Ufa… Foi por pouco... 

Ricardo.

-Uaaaaaah!!! 

-Bommm diiiia pesssssoal!!! 

Camila.

-... 

Maria.

-... 

Matheus.

-... 

Rixas.

-... 

Ao longe, escutamos um rugido horroroso, que criava um terremoto, foi o aviso, para que logo víssemos um minotauro cinza correndo em nossa direção. 

Peguei imediatamente minha filha e sem precisar dar ordens para minha equipe, todos nós dissemos aceleração e corremos por nossas vidas. 

Ricardo.

-O- O que está acontecendo??! 

-Cadê a nossa barraca?!

Matheus.

-Depois nós te explicamos!

Rixas.

-Isso… Isso mesmo! 

-Por que agora é! 

-Sebo nas canelas!!!!

E o minotauro seguia atrás deles.

….

..

.

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