Chapter 41 - 41. Aldeões e Jogador 3

Tomando coragem Hannah se dirigiu a todos na praça.

"Já tem algumas semanas, talvez pouco mais de 2 meses que eu venho sentindo um zumbido nos ouvidos."

Ela começou calando os burburios que continuaram.

"Alguns de voces devem se lembrar que nesses últimos meses as coisas tem sido ainda mais calmas que costume. Mesmo para o nosso vilarejo"

Os aldeões originais concordaram, realmente mesmo em um vilarejo como o dele algumas disputas ou vagabundagem são coisas comuns mas nos últimos meses isso quase não tinha acontecido. Mas e daí?, oque isso teria aver com oferecer um monte de carne podre há um Deus?

"Muitos não devem ter notado, mas a Sofi me disse que vários dos nossos habituais problemáticos frequentemente disseram que sentiram dores fortes, e falta de ar quando não estavam trabalhando. Quando Sofi os examinou vários deles estavam com algumas veias negras que sumiram já no dia seguinte."

Por essa frase vários dos residentes já começaram a encaixar as peças, dores fortes, falta de ar e veias negras foram os exatos mesmos sintomas que o nobre e seus lacaios mostraram antes de saírem mortos (depois de gritarem muito).

"Em todos esses casos eu ouvi um zumbido e as vezes oquenparecia ser a voz de um homem."

Vários se entreolharam, uns impressionados outros ainda bem céticos.

"Eu sei oque estão pensado e sim. Falar que eu ouvi algo é simples, provar isso é bem mais difícil." Hannah disse assim que terminou.

"Por isso mesmo eu disse que devemos deixar que eles façam essa oferenda. Assim eu vou ter a certeza deque oque eu ouvi realmente era a voz 'dele' e não só alguma coisa da minha cabeça." Ela disse com uma convicção que instantaneamente ganhou os corações de vários. "Eu assumo total responsabilidade pelo que acontecer, seje bom ou ruim."

Ela terminou, conseguindo uma miríade de olhares uns ainda céticos outros já mais inclinados há acreditar e olhares de raiva indiscreta vinda do grupo com os goblins. Quer fosse verdade ou não, o fato era que a tentativa deles de provocar uma reação negativa para o "Deus" agora tinha bem mais chances de acabar mau, do ponto de vista deles.

"Você não vai assumir esse risco sozinha, eu também vou arcar com as consequências."

Constance disse ao lado da amiga.

"E eu"

Dan disse instantes depois.

"E eu"

Gerard disse em seguida.

"E eu"

E Ivan.

"E eu"

E Sofi.

"E eu"

....

E vários outros.

Mesmo que algumas pessoas não considerassem Hannah como um dos membros mais influentes na pequena comunidade que se formava em torno do "Deus", era inegável que ela era um dos mais importantes. Lutar contra um inimigo com a essa que ele tinha dado, enquanto ele mandava raios e um novo guerreiro voltava dos mortos. Isso seria conteúdo para um épico.

Portanto qualquer consequência que caísse sobre ela, principalmente consequências ruins, seria uma grande perda para todos. Então juntaram toda coragem que tinham e decidiram todos assumir esse risco.

****************

Bom parece que tudo eles resolveu bem?

Mesmo que o grupo que tenha trazido a carroça cheia de goblins mortos ainda esteja mostrando uns emojis de raiva e a aura vermelha esteja ficando mais forte. Mas o principal é que deixaram a carroça com os goblins passar e agora na frente do altar de pedra a notificação que eu queria apareceu.

[Seus crentes oferecem há você uma oferenda de:

160 cadáveres de goblins

Você irá aceitar:

- Sim.

- Não.]

Beleza o jogo interpreta como oferenda, sem nenhum pensar eu aceito e logo a segunda notificação apareceu.

[Você receu 160 cadáveres de goblins como oferenda.

Você deseja

- extrair karma

- extrair poder divino

- transformar em moedas de sacrifício (fragmento)?]

Hum?!

Isso tá um pouco diferente de antes, será porque o "material" são monstros entregues... crus? e não um animal "processado"?

Eu não sei, mas sei que se eu posso conseguir moedas Premium de graça por basicamente lixo (sob qualquer perspectiva) é óbvio que eu vou aceitar as moedas.

[São necessários 5 cadáveres de goblins para fazer 1 fragmento de moeda de sacrifício, são necessários 5 fragmentos para fazer uma moeda.

Deseja prosseguir?

- Sim

- Não]

Era óbvio que seria bom demais pra ser verdade né. Mas ainda vou conseguir as moedas de graça então ainda tô no lucro. Mesmo que os 160 goblins só vão me render 3 moedas e 2 fragmentos.

'Aaaaaaahhhhhh realmente nenhuma empresa da ponto sem no em relação ao conteúdo Premium né...'

Huh?!

Antes que eu pudesse comecar a me chafurdar em auto piedade pelo monstro capitalista que é a vida uma coisa meio inesperada acabou acontecendo no vilarejo.

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'Maldição!!!!, não era pra acontecer assim!!!!'

Quiria queria que esse Deus se enfurecesse, atacasse as praias de alguma forma, para que assim as pessoas o esquececem. Mas porque?

Ele tinha ajudado contra os goblins?

Não, pelo menos não para Quiria.

Para ela 'ele' só ajudou quando quis, quando o goblin monstruoso apareceu, mas antes ele não fez nada. Os aldeões é que ficaram lutando, se ferindo e até morrendo contra os goblins até que aquela criatura apareceu e só então esse 'deus' resolveu agir, só depois que seu neto ser morto.

Ela não seguia nenhuma lógica além da dela mesma, assim como os demais. Irritar um Deus nunca é algo que acabava bem nas antigas histórias, mesmo com deuses benevolentes, mas nenhum deles se importava com isso, para eles uma parte do mundo já havia caído com os entes queridos se não o mundo inteiro. Portanto, eles não estavam muito preocupados em quais seriam as consequências, mesmo que ela respingasse em quem não tinha nada a ver.

Pois na cabeça deles mesmo essas pessoas que "não tinham nada a ver" tinham algum tipo de culpa.

Não era algo lógico, sensato ou minimamente crível para qualquer um que ouvisse, mas para eles isso já bastava e por isso eles continuaram com esse teatro ridículo. Mas quando eles acharam que a crença e confica que as pessoas tinham (muito rapidamente) cultivado estava prestes a ser abalada, aquelas duas piralhas apareceram e estragaram tudo.

Obviamente que não, isso aconteceu porque Tyler aceitou as oferendas, mas para ela e o grupinho 'ele' só tinha aceitado e não retalhado de alguma forma cruel porque suas duas protegidas intercederam. E logo os cadáveres dos goblins sumiram em uma luz branca assim como o javali dias antes, mas dessa vez não teve nada que 'ele' tivesse dado em troca dessa oferenda.

Alguns do grupo de Quiria até cogitaram a ideia de começar uma confusão tendo isso como base, mas logo essa ideia sumiu. Por mais insensatos que eles estivessem sendo, nem eles eram tão iludidos de acreditar que qualquer um que aceitace carne podre ainda retribuiria com alguma coisa, isso é além de raiva.

Mas mesmo com isso a raiva que eles sentiam não abaixava e eles também não pretendiam desistir sem tentar uma última coisa.

"Parece que ele é mais tolerante que imaginamos. Mas isso não é desculpa para abusarmos dessa tolerância ou da gentileza dele. Entenderam..." Dan disse alguns minutos depois que os cadáveres sumiram, tanto para se certificar de que nada tinha acontecido, quanto para organizar os próprios pensamentos.

Todos na praça concordaram e com uma fldas dúvidas sobre se 'ele' realmente seria um ser benevolente respondida a confiança que eles tinham 'nele' cresceu exponencialmente, para infelicidade do grupo que deseja erradicar essa confiança.

*Clenck**clanck**clenk*

E assim que ouviram outra carroça se aproximando, Quiria e seu grupo se prepararm para sua última tentava. Logo 5 pessoas puxando e empurrando uma carroça chegaram na praça, dentro dela não tinha uma mera carcaça em decomposição como antes. A criatura na carroça estava até bem conconcervada como se tivesse sido abatida ainda hoje, se não fosse por uma das patas cortadas de onde um líquido negro e ferido escorria.

Todos ficaram incrédulos com a criatura enorme que eles transportavam principalmente Ivan. Aquela criatura era a montaria do goblin monstruoso que estava sendo mantida segura no "porão" de sua casa.