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Chapter 3 - 3. Veneno, doença, magia ou...

"HEEEEEAAAAJHHHHHAHAHAHHA"

Todos na taverna ouviram um grito tão forte e gutural quanto o urro de uma besta que tinha sido mortalmente ferida. Um som tão horrivel e animalesco que todos na taverna foram obrigados a parar, até Matt com o a dor aguda do ferimento parou mesmo que brevemente suas lamúrias ao ouvir aquele som.

"HEEEEAAAJHHHHHJJHHJAAAAHHA"

Ouviram o grito novamente logo seguido pelo som de um enorme corpanzil caindo no chão acompanhado por mais berros, urros de pura dor que pareciam vir direto da alma de uma pessoa.

Quando os cavaleiros olharam em direção ao seu senhor, viram que ele havia saído de cima da garota semi-despida e estava rolando/estrebuxando no chão da taverna.

Seria até uma visão cômica se não fosse pela espuma e sangue saindo da boca, olhos, ouvidos e nariz, com veias negras se espalhando a cada segundo por seu grande corpo gordo.

"HEEEEAAAJHHHHHJJHHJAUUUUAAHHHAHUUA!!!!!!!"

Mais um urro feroz saiu da garganta do nobre, enquanto se engasgava com a própria saliva e sangue. Todos estavam estáticos e amedrontados, ninguém entendia oque estava acontecendo, mesmo Constance ainda no chão conseguia apreciar o fato de ter sido salva ao testemunhar a brutalidade crua da cena em sua frente.

E Matt mesmo sentido a dor do corte e sentir o sangue saindo do corpo, teve certeza que o sangue já não escorria com tanta força, ele poderia jurar que o sentia literalmente congelado nas veias e se recusava em fluir e acabar parte desse espetáculo assustador. Ainda que ele, diferente de sua irmã, estivesse sim apreciando um pouco o sofrimento do nobre.

Sentimento compartilhado por vários dos aldeões presentes, incluído Hannah.

Porém esse sentimento era sobreposto pelo medo do que estava se desenrolando na frente de todos.

Ninguém saberia dizer concerteza quanto tempo havia levado para os urros pararem, ou quanto tempo eles levaram para perceber que eles pararam. Talvez alguns minutos, talvez horas.

Mas independente disso todos tinham um pensamento comum.

"""Oque foi que acabou de acontecer"""

Hannah só percebeu que os urros param graças ao cheiro pungente do sangue de Matt, e a leve lamúria que ele voltará proferir.

"Argh...uggh, áhh"

Hannah logo entrou em ação e tirou seu casaco e o colocou sobre Constance, mas antes que pudesse ir em direção há Matt novamente alguém já há havia ultrapassado.

Dois homens vieram da entrada e assim que viram Hannah com Constance seguiram em direção ao jovem caído. Um era um homem de estatura media com uma barba modesta, cabelos castanhos claros e um físico forte que indicava uma profissão que exigia muito do corpo. O outro era um pouco maior com um bigode, cabelos pretos com alguns indícios de branco e um físico mediano sendo forte mas com um pouco a mais de gordura, porém longe de se parecer com o cadáver escurecido próximo.

Esses eram respectivamente Ivan, o caçador e mentor de Matt, e Gerard o pai de Matt e Constance. Instantes depois uma mulher veio com um cesto e se ajoelhou ao lado de Hannah e tomou Constance nos braços dizendo palavras para acalmar a jovem enquanto os homens tentavam parar o sangramento de Matt, essa era Agatha, a mãe dos irmãos e a única parteira da aldeia.

Enquanto alguns aldeões ainda tentavam encontrar algum sentido no que acabara de acontecer, outros já saiam para chamar mais ajuda, os cavaleiros tambem tentavam encontrar rapidamente algum sentido noque havia acabado de acontecer, não tendo mais sucesso que os aldeões. Dentre eles oque estava mais concentrado era o capitão de 2 estrelas.

Sem que ninguém percebesse ele se ajoelhou ao lado do corpo de seu senhor, nem dando atenção as jovens e a mulher perto de si, e analisou o melhor que pode o cadaver de seu empregador.

Logo ele pode ter certeza de duas coisas.

1. Seu empregador estava definitivamente morto, mesmo que qualquer um pudesse perceber isso.

2. Ele não teve uma morte pacífica nem rápida, oque novamente todos poderiam imaginar.

O capitão tinha certeza deque eu empregador poderia ter parado de berrar a mais tempo soque imaginavam, mas ainda estava vivo e ainda fora atormentado tremendamente antes de poder morrer.

A questão agora era pelo que ele morrera?

Bebida ou comida envenenados?. Provavel, mas se fosse isso todos também já teriam sofrido o mesmo destino, e as chances de uma pequena aldeia ter acesso há um veneno que causasse esse tipo de reação eram no mínimo baixas.

Uma doença?. Possível, mas bem menos provável, nenhuma doença atacaria dessa maneira e mataria de forma tão "rápida", mesmo se tivesse origem no decaimento que lentamente estava corroendo o mundo.

Para o capitão então restava apenas uma resposta.

"Magia"

Murmurou baixo, mas ainda pode ser ouvido por todos na taverna exceto os dois homens cuidando do jovem Matt. Magia não era algo leviano, nem no reino, no continente ou mundo. Até onde o capitão sabia existiam pouco mais de 300 usuários de magia espalhados entre os reinos e imperios conhecidos, sem contar os magistas elusivos, os bandidos e os negros, mas mesmo ao adiciona-los a conta subiria pra pouco mais 1.000 usuários de magia.

Nisso pode-se ter uma ideia do quão era rara a presença dos magistas num mundo que lentamente estava ruindo, e as chances de encontrar algum dos usuários de magia em uma aldeia no meio do nada, podia muito bem ser menor que as duas anteriores.

Com um raciocínio rápido o capitão teve certeza que deve ter sido algum tipo de veneno, feito exclusivamente nessa aldeia remota, por mais improvável que fosse não seria a primeira vez que uma aldeia teria uma especialidade mais sombria. Ele então se levantou rapidamente e foi em direção há maior suspeita nesse caso, sacando sua espada ele estendeu a mão e puxou a garota dos braços da mãe.

"Me responda agora!!, que tipo de veneno você usou?!!! Como fez para meu mestre ingeri-lo?!!!!!"

Ele perguntou rápida e ferozmente, tanto para a garota quanto para todos os aldeões da taverna, sem nenhum traço do escárnio de antes. Quando os cavaleiros ouviram a voz de seu capitão, por reflexo eles também tiraram as suas e assumiram possisoes de combate.

"Me repsondammm!!!"

O capitão vociferou olhando para todos os aldeões, alguns ainda que não haviam se recuperado do que viram até que ele gritou. Como nenhum dos aldeões se manifestou ele pensou rápido e sinalizando apenas com os olhos o capitão mandou um dos seus cavaleiros fazer os homens que ajudavam o jovem ferido de exemplo.

Porém antes que o cavaleiro pudesse se aproximar o suficiente ou que alguém pudesse avisar.

"AAAAHHHHHRREHHHHEEGGGHHAAHA"

O cavaleiro que se aproximava também soltou um urro bestial igual o nobre antes, sangue e espuma rapidamente apareceram, e suas veias também tiraram negras, ele se ajoelhou e continuou gritando.

"AAAGGGFFFHHGFFHHHGGGWWGG"

Outro cavaleiro também urrou, e caiu de joelhos, logo mais um, e mais, e mais.

Em instantes a taverna, um lugar que deveria ser um lugar de conversas, risadas, algumas vozes exaltadas e ocasionalmente brigas em uma pequena aldeia. Se tornou o centro de uma cacofonia de gritos de dor, medo e horror.

Todos os cavaleiros exceto o capitão, estavam ajoelhados abraçando o corpo, prostrados ou se contorcendo no chão.

Tudo que o capitão podia fazer era olhar incrédulo para a cena, se a visão do nobre gritando e se estrebuxando tinha sido um pesadelo, isso deveria ser como seriam os campos dos condenados no reino escuro de Harnom, o senhor sombrio da morte.

Lentamente os urros foram diminuindo, um a um, tal qual haviam começado. Lentamente um silêncio abençoado foi surgindo dos gritos aterradores de antes para o alívio dos aldeões.

Mas o capitão, graças ao seu treinamento tinha sentidos um pouco mais aguçados que uma pessoa comum, e ele podia ouvir e sentir oque os aldeões não podiam, ele sabia que seus cavaleiros não estavam mortos apenas haviam ficado sem voz alguma para gritar, suas cordas vocais permanentemente destruídas.

Mas ainda moviam os lábios e assim ele pode ver que eles imploravam, uns imploravam para viverem,outros imploravam para que aquilo acabasse, outros só imploravam talvez por perdão talvez para nada, mas em geral tinha certeza que via todos implorar em pela morte.

O capitão não sabia quando havia largado sua espada, ou quando havia se ajoelhado. Ele apenas olhava para cima, para o nada e pensava na possibilidade mais louca que podia, muito mais louca do que venenos exóticos, doenças misteriosas ou magias vindas das forças naturais.

Na única explicação do porque isso estava acontecendo, porque seus homens e seu senhor acabaram daquela forma e nenhum dos aldeões sequer havia dado um pio de dor e como um jovem ainda estava vivo mesmo depois de um corte direto com uma espada.

"Um castigo divino"

A garota que havia nocauteado um de seus cavaleiros disse baixo, mas no silêncio da taverna pode ser ouvido com total clareza, até pelas pessoas que estavam lá fora.

Sim essa também foi a conclusão que ele chegou, e logo quando ele estava prestes a implorar por sua vida, o capitão também sentiu o castigo.