Titânia passou a caminhar pensativa. Não queria que sua vida fosse como a maioria na corte. Casamentos arranjados vividos à base de tradição, sorrisos falsos e fofocas.
Há, as fofocas, sempre presente verdadeiras ou não tinham participação diária nas conversas dos nobres. Era uma vida linda para quem a via de fora, mas, para aqueles que viviam dos títulos era uma vida onde os fortes sobreviviam.
Titânia sabia que sua mãe Amélia havia se apaixonado por seu pai, tinha ciência de que o divórcios na corte era tabu apesar de ser aceitável para os plebeus. E por isso, o ciclo de fingimento devia ser mantido. Ela deveria suportar…
Por enquanto.
Chegou a casa da Condessa a comprimentando formalmente. Não demoraram a partir para a capital real de Amenoi. Sabia que chegaria no mínimo uma hora atrasadas para o almoço, mas, não estava se importando. Apenas desejava que a Condessa calasse a boca e parasse de falar o quanto gostaria de morar no castelo um dia. Será mesmo que ela não percebia o quanto inoportuna era. Pobre sonhadora. Titânia não tinha a menor intenção de convidá- lá se quer para comparecer ao Palácio durante seu reinado. Quem dera morar no mesmo.
Foram duas horas e meia ouvindo as lamúrias e expectativas de futuro da Condessa, até finalmente chegar ao seu destino. Titânia se quer esperou dois segundos para saltar da Carruagem e se dirigir ao interior do Castelo. Se pudesse, ela com certeza se trancaria no quarto e passaria o dia fora do ar mais precisava conferir como estava a situação dos Cavaleiros no lado leste do reino, onde, haviam ocorrido Invasões, além de, conferir como estavam os convidados que haviam chegado para festa.
Três horas depois, em um dos corredores do castelo acabou por encontrar-se com Érico Cowertmusk, Príncipe de Spart, reino vizinho e aliado de Amenoi a anos. Apesar das estruturas desta aliança esta abalada por seu tio August ter tentado colonização territorial sem consultar o atual rei de Spart, Emillio.
Titânia sabia bem, se ocorresse o contrário seu tio não pensaria duas vezes para entrar em guerra com o reino vizinho, mostrando seu poder de ataque e o quanto poderia ser temível em combate. Mas, o reino vizinho viveu em paz por anos e agora não seria hora para pensar em guerra. O rei Emílio estava prestes a passar a coroa para o filho mais velho Erick, enquanto procurava um bom casamento para o filho mais novo, Everson, o qual era um verdadeiro Don Juan assumido. E pior, desejava ser rei. Por isso vivia em Amenoi, perturbando Titânia enquanto seduzia as moças do Castelo.
No entanto, Érico era diferente. Assim como o irmão mais velho Erick, Érico era um cavalheiro. Seguia os ensinamentos de sua mãe, tinha bons princípios mas infelizmente para tristeza de Titânia queria apenas amizade. Ou pelo menos era isso oque o mesmo demonstrava.
Érico! que prazer revê-lo.
Digo o mesmo princesa. Como tem passado?
Muito bem! Apesar de querer fugir às vezes. E não me olhe com essa cara de desgosto. Se pudesse você o faria. De certa forma tem sorte. E o segundo filho.
E agradeço por isso. Não tenho vocação e muito menos pretensão para ser rei.
Pois é. Sabemos que um governante deve ser astuto e você é certinho demais para isso. (Risos)
Ei! eu sou esperto. Só não quero me envolver tanto com as políticas do reino. Seria uma dor de cabeça.
Entendo. Um rei tem que estar sempre um passo à frente. Seja dos aliados ou dos inimigos. Generoso e impiedoso. Corajoso mais cauteloso. A vida de um governante é como um tabuleiro de xadrez, devemos fazer movimentos calculados para não receber um xeque-mate.
E assim se mantém vivo. Sendo seguido não pelo medo mas pelo mérito.
Exatamente. Bom, preciso me arrumar. Te vejo depois?
Reverenciando-a com um sorriso provocador ele responde:
Claro que sim, futura vossa Majestade.
Idiota!