Emma acordou com sede e uma dor de cabeça já conhecida. Porque sempre a drogavam? Ela se sentou na confortável cama de casal em que se encontrava e não viu remédio para aliviar sua dor. Ela mordeu o lábio inferior até sentir o sabor do próprio sangue de tanta raiva. Andrey! Ele sabia que ela escolheria Richard e já estava preparado para essa hipótese. Olhou para o ambiente ao seu redor. Sabia que nunca havia estado ali, mas a decoração de origem egípcia lhe era muito familiar. Ela observou as cores e apesar da modernidade empregada ali algo sutil de um Egito antigo se fazia presente. Ela foi até a porta. Estava trancada. Descobriu sem surpresa. Foi até o armário e viu que só havia roupas femininas. Mas não eram as que ela estava habituada. Aquelas eram muito mais bonitas. Eram vestidos de seda com decotes discretos na região dos seios, mas que deixavam a barriga a mostra. Todos os vestidos seguiam o mesmo padrão. Encontrou roupas de dançarina do ventre, mas não parou para olhar a riqueza delas. Jamais voltaria a dançar para Andrey. Encontrou roupas intimas em uma gaveta do armário. Eram peças finas. Ela nunca havia vestido nada tão rico em detalhes e com um tecido tão agradável. Pegou um conjunto de uma calça prata e uma camisa de botões rosa claro e entrou na porta que viu ao lado do armário. Sabia que devia ser um banheiro. E era. Com banheira. Mas ela não quis se aventurar. Tinha medo que Andrey chegasse ali e a pegasse na banheira. Sentiu seu rosto arder com o rumo que seus pensamentos estavam tomando e colocou o chuveiro no modo frio e após se despir entrou e a água fria fez bem para ela. Revigorou seus sentidos e tirou o desejo que seus pensamentos trouxeram. Agora tinha que pensar em uma forma de fugir. Saiu do banho, mas o fez com esforço. A água estava muito agradável. Vestiu as roupas que escolheu e penteou os cabelos. A dor de cabeça também havia desaparecido. Chegou a pensar que estava em um cárcere isolado, pois não havia escutado nenhum barulho até alguém mexer na maçaneta. O coração deu um pulo no peito. Mas não era Andrey. Era pior. Era Elena com uma mulher carregando uma bandeja. A mulher deixou a bandeja na cama saindo em seguida e Elena encarou Emma com ar e sorriso debochado.
"Oh! Como sou distraída!" Ela disse colocando a mão no peito com falsa preocupação. "Era para eu ter trago seu comprimido para dor de cabeça mais cedo, mas como deve saber sou muito equivocada com horários. Mas aproveitei e trouxe seu almoço." Ela disse e fez um gesto com a mão mostrando a bandeja na cama.
Emma olhou para a bandeja e depois para Elena com total desprezo nos olhos.
"Pode levar de volta. Se eu tiver que ser drogada novamente, prefiro morrer de fome."
"Acho que não fui muito óbvia. Não pedi para se alimentar. É uma ordem querida! Não me importo com suas preferências. Elas não fazem diferença para ninguém aqui." Elena disse colocando as mãos na cintura e olhando para o quarto como se fosse a primeira vez que estivesse ali. "Acho que Andrey está te dando muita mordomia. Este quarto é maior que o meu. E também tem mais capricho na decoração. Tive que decorar o meu pessoalmente..."
"Quer trocar?" Emma perguntou na esperança de sair daquele quarto sem ser percebida. Sabia que tinha força para forçar sua passagem por Elena, mas ela não estaria ali a desafiando se não tivesse um plano. E com aquela frase ela se entregaria. E estava certa. Elena caiu na armadilha.
"Muito simpático de sua parte. Mas tem dois guardas vigiando a porta desse quarto. Não iria muito longe..."
"O que foi feito de Richard?"
"Do que está falando?"
"Ele estava comigo quando me trouxeram."
"Você está louca? Andrey teria me dito se ele tivesse aqui..."
"Parece que não."
Elena fitou Emma desconfiada.
"O que Richard estava fazendo com você?"
"Como assim? Não contaram para o brinquedo preferido deles a intenção de ambos?" Emma gostou de ver o rosto lívido de Elena e continuou. "Me contaram que vocês encontraram uma forma de se divertirem juntos. Os três."
"Eles não ousariam contar a você o que se passou entre nós... Só não me disseram como foi que conseguiram encontrar você..."
"Andrey me deixou escolher entre os dois e eu escolhi Richard. Mas pelo jeito Andrey é uma cobra. Vocês dois deviam se casar novamente e ter filhos. Fariam uma família com o mesmo propósito e o mesmo caráter."
"Não diga uma coisa dessas como se fosse a pior coisa no mundo. Se lembre sempre que seu filho está sendo criado e doutrinado por Andrey." Elena disse sarcástica.
"Ele não é mais meu filho." Emma disse indiferente. "Vão me manter trancada nesse quarto?"
"Emma... Você me assusta." Elena disse a olhando horrorizada. "Você só terá utilidade nesse quarto. Para que quer ir para outro lugar?"
"E você? Qual sua utilidade? Ser uma boa governanta e me trazer as refeições?"
"Eu sou a segunda esposa de Andrey. Pelo menos nas leis aqui. Era para você ter tudo o que quisesse, mas essa sou eu. Vim só lhe dar as boas-vindas." Elena disse e prendeu a atenção nas roupas de Emma. "Também não era para ter roupas boas. Um saco de algodão para quem nunca vai servir de nada além de sexo já estava muito bom. Falarei com Andrey sobre isso." Elena disse e se retirou.
A porta ficou aberta e mesmo sem esperanças Emma foi até lá. Havia dois homens com trajes do deserto, armados, guardando a porta um de cada lado. Emma voltou para dentro, mas manteve a porta aberta. Pegou a bandeja em cima da cama e a lançou porta afora. O barulho ecoou pelo corredor e Emma se deitou irritada. Já era demais ser escrava sexual novamente. Ela não permitiria. Se levantou e foi até a janela gradeada e olhou para o extenso corredor cercado de tâmaras que fazia parte de sua vista. Ela olhou para baixo e percebeu cabelos castanhos claros correndo entre brinquedos de um parquinho. Caio! Andrey trouxe o menino. Ela desviou o olhar para o caminho como se assim pudesse dizer a Richard onde estava. Sabia que ele não a faria sofrer. Andrey parecia ter gosto em promover angustias a ela. E ela amava Richard. Tanto quanto amava Andrey, mas ela não gostava de como Andrey se apropriava de tudo o que desejava sem pedir licença. Ela não era um objeto e provaria isso para ele. Ela se distraiu com seus pensamentos e quando retornou a vista para o caminho de tâmaras viu uma mulher que mesmo a distância podia sentir seu olhar sobre si. Emma franziu a testa. Era estranha. Usava um vestido como os que tinha no armário, mas frisado. No seu ombro tinha uma coruja e em uma de suas mãos segurava uma lança e na outra um escudo com a figura de uma mulher com a cabeça cheia de serpentes. Emma sabia que significava alguma coisa, mas não sabia o que. A mulher lhe sorriu e dando as costas sumiu andando pelo corredor. Emma se voltou para a cama e se sentou. Não podia ter sido drogada. Não comeu e nem bebeu nada. Mas havia acabado de ter uma alucinação. Antes que pensasse nisso novamente Andrey entrou no quarto como um furacão. Estava vestido como os homens do deserto e tinha um turbante na cabeça que tirou e lançou longe quando a viu e seus olhos estavam irritados. Elena veio logo atrás.
"Você está louca? Precisa comer! Não é mais uma adolescente para fazer greve de fome! Como ousou jogar a comida no corredor? Sabe quantas pessoas estão passando fome nesse país nesse exato momento?"
"Pode levar a refeição para elas. Não comerei nada que não seja preparado por mim mesma. Não permitirei que me drogue novamente. Eu teria jogado pela janela se não fosse a grade..."
"Quem você pensa que é para exigir algo assim?"
"E quem você pensa que é para me manter refém de suas vontades? Escolhi Richard!"
"Mas se casou comigo!"
"Porque me manipulou para acreditar que Richard estava com outra mulher."
"Não tenho que discutir isso com você. É minha esposa!"
"Já não roubou o suficiente de mim, Andrey?"
"O que roubei de você?"
"Meu direito de escolha!"
"Por falar nisso." Elena disse se envolvendo na conversa. "O que Emma disse é verdade? Richard está aqui?"
Andrey se voltou para trás e fitou Elena com o olhar ameaçador.
"Sai daqui Elena! Seu lugar não é nesta ala do palácio!"
"Irei quando vir comigo e me explicar onde está Richard. Sabe que teria que me matar antes que permitisse que fizesse mal a ele! Já tentei ligar e ele não atende. Você sabe onde ele está e não sairei daqui até que me diga!"
Andrey a fitou pensativo. Depois decidido a fitou.
"Ele viajou para Chicago. Não tem nem uma hora... Vá atrás dele se quiser."
"Vou sim. Assim que me der a autorização. E vou trazer ele comigo para cá."
"Agora já não importa mais." Ele disse e se voltou para Emma. "O que quero ele não pode mais levar de mim."
"Vou me preparar para a viagem então." Elena disse e saiu.
Andrey encarou Emma. Ia se aproximar, mas olhou para trás e foi fechar a porta que permanecia aberta e depois se voltou para encarar ela novamente. Emma conhecia aquele olhar.
"Se me tocar..."
"Tenho que tocar Emma." Ele disse se aproximando. "Prometeu me dar um filho e não tem como fazer isso sem que nos toquemos." Andrey se aproximou e colocou as mãos nos ombros de Emma.
"Já lhe dei um filho."
"Já sim. Mas eu quero mais. Quero todos que puder me dar..."
"Não vou resistir, Andrey. Mas se me violar vai ser a última coisa que vai fazer comigo!" Emma disse o encarando com o olhar frio e indiferente.
"E o que vai fazer, Emma? Vai me matar para me impedir de vir lhe visitar vezes seguidas?" Andrey perguntou em um tom perigoso e começou a desabotoar a camisa de Emma.
Emma sentiu as mãos de Andrey apalparem todo seu corpo com uma certa urgência. Ele mordiscava sua orelha e beijava seu pescoço causando arrepios em seu corpo todo. Ele tirou sua camisa e sua calça as arrancando como se fossem de papel e as suas mãos encontraram seu sexo por cima da calcinha e começou a acariciar ali. Emma colocou as mãos no ombro dele para se apoiar para que ele se aprofundasse naquela caricia. Era muito bom. Ela nem em seus maiores sonhos havia permitido que um homem a tocasse daquela forma, mas o perfume dele era inebriante assim como seu toque. Suas mãos abandonaram seu sexo e viajaram para seus seios e apalpava os com furor e ela sentiu uma dor gostosa dessa vez com aquela caricia. Ele a pegou pelos cabelos e a fez o encarar. Beijou sua boca como se pertencesse a ele e mordeu seus lábios. Mas Emma não reclamou. Estava gostando. E deixaria que ele fizesse tudo que desejava, pois aquela seria a última vez que passariam juntos. Seus pensamentos, no entanto, foram nublados pela fome que Andrey demonstrava ter dela. Ele parou um momento para avaliar o corpo dela. Emma, mais que nunca se sentiu um objeto, mas não disse nada, pois ele não demorou a voltar com seu ataque. Ele rasgou seu sutiã e enquanto apalpava um, chupava e mordia o bico do outro. Emma amou aquela sensação, mas começou a ficar com medo da dor que ele podia lhe causar. Contudo não teve chances de dizer nada, pois tudo que conseguia fazer era gemer e ela gemia alto sem saber que fazia isso e que essa era uma forma de convite para que Andrey se aprofundasse mais em suas carícias.
Andrey a virou de cara para a parede e arrancando sua calcinha começou a apalpar suas nádegas de forma impaciente e dando tapas ele se abaixou e começou a chupar sua vagina por trás. Emma se apoiou ainda mais na parede. Estava louca de desejo. Queria mais, muito mais. E começou a gemer cada vez mais alto. Ela sentiu que precisava dele dentro dela, mas não quis parar aquela tortura. Queria ver até onde ele pretendia ir. Ela queria uma despedida como aquela. Achava que merecia. A mulher que viu no caminho de tâmaras apareceu em sua mente com o sorriso confiante. Emma se recusou a voltar seus pensamentos para ela e se distrair das mãos e da boca daquele homem que estava prestes a possuir ela de forma que nunca foi penetrada. Sabia que jamais o esqueceria, mas sabia também que não queria esquecer. Ela colocaria um fim em tudo tendo o rosto dele em sua mente. Ele a voltou de frente para ele novamente e arrancou suas roupas ficando nu diante dela. Ela prendeu a respiração ao ver o tamanho do membro dele. Não acreditava que ele já tinha entrado todo dentro dela. Ele a puxou pelo cabelo e se sentando em uma cadeira voltado para ela a fez abaixar a cabeça até seu membro. Ela sabia que ele queria que ela o chupasse e apesar dela querer muito ele dentro dela, queria que ele também se lembrasse daquele momento. Pegou o e começou a chupar sem parar. Ouviu o gemido dele e intensificou sua caricia. Era o som mais inspirador que já ouviu. Ele estava gemendo por causa de sua boca e de suas mãos. Ela sentiu um gosto diferente e depois o membro dele começou a latejar e de repente um jato quente caiu em sua boca e ela o soltou assustada. Ele estava com o olhar surpreendido também. Mas a pausa foi curta. Ele a puxou pelos cabelos e a levou até a cama enorme e a fez deitar de costas. Ele abriu suas pernas e a lambeu sem se importar com seus gemidos e com seu corpo ardente que não parava de se mexer querendo mais que apenas a língua e então Emma sentiu seu primeiro orgasmo daquele dia. Andrey pareceu perceber isso e sem dar tempo para ela se recuperar a virou e a colocou de quatro. Emma não estava preparada para aquilo que ia acontecer. Ele enfiou seu membro no seu anús com força. Ela gritou. A dor era muito grande. Tão intensa quanto as carícias que ele havia feito. E isso tirou seu tesão por alguns momentos pois a fez se lembrar de Henrique e Anne. Pediu para ele parar e gritou por socorro, mas tudo que conseguiu foi que ele estocasse cada vez mais rápido. Enquanto ele a segurava firme para que não saísse da posição ela começou a gostar da penetração e seu corpo sem que ela comandasse começou a rebolar. Ele gemeu. Aquilo o agradou e ela intensificou o rebolado e começou a sentir prazer também. Soube quando ele gozou, pois ele largou sua bunda. Pensou em cair na cama e dormir, mas ele ainda não estava satisfeito. A virou de frente para ele e a forçou a se deitar novamente na cama. Ele abriu suas pernas e soube que era hora de ele tentar colocar o filho dele dentro dela. Ele a penetrou com força, mas a dor foi muito menor do que quando ele a sodomizou. Depois era só prazer. Ele ficou em cima dela com os movimentos rápidos de vai e vem e ela aprendeu a gostar disso. Ela gozou e sabia que ele havia percebido, mas não parou. Beijou sua boca e depois seu pescoço e desceu para os seios. Tudo sem parar os movimentos de vai e vem. Ela começou a sentir que teria um novo orgasmo e o enlaçou com as pernas e puxou seus cabelos enquanto implorava entre seus gemidos para que ele não parasse. Então ele fez o que ela queria e o outro orgasmo chegou. Pensou novamente que agora poderia descansar, mas ele a colocou de quatro novamente e ela esperando a dor que viria se surpreendeu quando ele colocou no sexo dela e daquela forma era ainda mais prazeroso o sexo. Em poucos minutos ela sentiu que novo orgasmo estava para vir e se retesou quando ela o sentiu e Andrey gozou junto com ela como se estivessem conectados em tudo. Naquele momento ela sentiu que era dele e ele era dela.
Andrey a pegou pelo braço e a levou até o banheiro e ligou o chuveiro. O banho foi relaxante para ambos, mas Andrey não perdeu a oportunidade de fuder ela ali mesmo de pé. Assim que saíram do banho Andrey a possuiu inúmeras vezes e Emma perdeu as contas de quantas vezes alcançou o orgasmo. Quando ele finalmente a deixou já era noite. Ela pode ver pela janela e uma lágrima solitária rolou por sua face. Se levantou quando teve certeza que estava sozinha e foi até o banheiro. Colocou a banheira para encher e encontrou vários aparelhos de barbear. Tirou a gilete de um deles e entrou dentro da banheira com ela ainda enchendo e cortou os pulsos com as lágrimas correndo por seu rosto agora em torrentes.