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Chapter 34 - Manchas do Passado: Passado Maldito

Capítulo 7

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INSTANTES ANTES DA VOLTA DE ALGOZ...

Rey: Vai!!! Sai logo, desgraça!!!

Enquanto Rey coça e tenta limpar as ampulhetas de seus antebraços, com água, Hilda dá um tapa em sua cabeça e diz.

Hilda: Para com isso, Palerma!!! Eu.. eu já tentei. – Diz, desanimada.

Pêonia: Todos nós já tentamos.. isso não vai sair.

Magnus: E o que sugere que façamos?

Pêonia: Já entendemos que seu combate se baseia em longa a distância e esquivar infinitamente. Ou temporariamente, até achar uma abertura..

Rey: Mas nós 3 parados iguais postes naquela hora, era uma baita abertura..

Magnus: E como ele teria aproveitado com nós 2 encurralando ele, Gênio? – se refere a Irene, ao seu lado.

Rey: Haha se você chama aquilo de "Encurralar" hahaha...

Magnus: Tsck...

Quando Rey olha para frente, a muitos metros de distância.. seu sorriso some e diz.

Rey: Pera, eu acho que é ele ali!!!

Magnus: ONDE?!? – corre, no mesmo instante.

Rey: ESPERA AI, CAPITÃO PRECOCE!!!!!!

Hilda: Ahh.. hoje vai ser foda..

Pêonia a acompanha.

Irene:...

Ficando pra trás, Irene olha neutra para o chão por alguns segundos.. depois, olha para seus antebraços e abaixa suas mangas. Na direita, 2 ampulhetas paradas.. e na esquerda, apenas 1 ampulheta caindo areia em tempo real, tal ampulheta que estava abaixo da que fazia o mesmo ato, e não está mais lá.

Irene:...O que isso significa?

Correndo na direção de Algoz, Rey arrasta a ponta de sua montante pelo chão, acumulando pedras e rochas até se tornar um grande pedregulho e jogar para o alto.

Rey: Tá indo! Tá indo! FOOIII!!!!! – Atinge Algoz, facilmente.

Do céu, Hilda e Magnus veem essa cena, numa plataforma de terra.

Hilda: Hahaha boa Rey, 250 pont-

Magnus: Leva ele pra mim! – pula para o alto.

Hilda: ..Grosso! – emburra a cara.

Hilda levanta um pilar abaixo de Algoz e o joga para cima, onde está Magnus caindo na direção dele e direcionando um Punho Gravitacional em seu rosto e o fazendo atravessar todo este pilar, até chegar no chão, preso e machucado por centenas de rochas, mesmo com seu Gou de Enrijecimento ativo.

Algoz: *Coff* *Coff* Nem tão deixando eu clicar dessa vez..

Ele começa a entrar no solo novamente, até uma mão imergir do solo e ficar empurrando ele para cima, o impedindo de fugir ou se esconder, de novo.

Algoz: ..Urg!! Que?!

Essa mão o levanta e o põe agressivamente de bruços no chão, revelando seu braço e então seu corpo que se desfaz do solo, revelando ser Pêonia.

Pêonia: Pode se enrijecer por fora, mas é o mesmo por dentro. Sabe o que significa?

Todos os destroços sobre eles são levados pra longe, causando uma enorme poeira ao redor de todos, e quando se abaixa, Magnus, Hilda e Rey veem Pêonia na frente de Algoz, deitado de barriga para cima e preso por estacas de metal do seu próprio corpo, espalhadas entre seus braços e pernas.

Algoz: *Coff* *Coff* mnh.. eu acabei de pegar esse moletom...

Pêonia: Hmpth, Que peninha...

Algoz: Hihi.. o dia tá lindo né?

Ele sorri, olhando para o céu, até Magnus chegar com mais um soco em seu rosto.

Magnus: Vamos acabar com isso logo? Já tô caindo de sono...

"Pêonia..."

Ela escuta isso e olha pra trás, vê Irene.

Irene: Olha os antebraços ele..

Pêonia sinaliza para Magnus fazer isso, por já estar perto de Algoz. Ele rasga as mangas de seu moletom e todos veem seus antebraços com ampulhetas pretas que descem areia em tempo real. Todas são iguais, exceto a que está brilhando em roxo, no antebraço esquerdo.

Irene: Esse que está brilhando.. sumiu do nosso antebraço.

Todos olham e confirmam isso.

Pêonia: Mas o que que..

Algoz: Hihi..

Magnus: Seu lixo..

Pêonia: Desiste, Magnus! Vem, temos que falar sobre isso!

Hilda: Concordo!

Eles se afastam um pouco de Algoz e tentam entender seu "poder da ampulheta".

Pêonia: Irene, como você sabia que ele também tinha isso e que brilhavam?

Irene: Eu.. eu não sabia. Com o rasgo das estacas, vi que tinha algo brilhando roxo no antebraço.. por isso pedi pra você rasgar.

Pêonia: Hum.. Talvez ele esteja absorvendo algo nosso! Perdemos uma ampulheta enquanto ele "ganhou" uma.. mas, quando que ele usou isso na gente?

Hilda: Ele não nos atacou a longa ou curta distância e todo contato físico fomos nós que fizemos. Talvez, seja ao tocar nele?

Magnus: Mas nenhum de nós tocou pele com pele.. se bem que eu fiz isso, na verdade. Então, só eu devia.. a, sei lá. – interrompe sua ideia, desanimado.

Pêonia: Aff.. são muitas incertezas.

Hilda: Deve ser isso o que ele quer. E você, o que acha?

Rey:...

Hilda: Ou, tá ouvindo?

Rey: Hum? Ah.. eu não sei. Desculpa, a gente tá falando de que?

Pêonia: Ahh bocó.. até esqueci o que ia falar depois disso.

Magnus: Eu também, mas não esqueci por causa dele.. mas tava sem ânimo pra falar, então acabei esquecendo.

Pêonia: Sem ânimo?

Magnus: É.. sei lá.

Olhando pros seus companheiros, Pêonia percebe que todos parecem cansados e desanimados, inclusive ela está se sentindo assim, mas tenta ignorar isso.

Pêonia: Ah.. mas o que tá acontecendo?

Hilda: Acha que devíamos tentar perguntar à ele?

Pêonia: E por que ele nos explicaria como sua habilidade funciona?

Hilda: Porque pra nos enfrentar sem medo, não deve ter nada a perder além da vida.. e também é muito arrogante pra achar que nos vence, então sabermos seu poder, não deve fazer diferença à ele.

Pêonia:...

Hilda: Tem outra ideia?

Pêonia: Vamo logo.

Enquanto andam até ele, Hilda pensa.

Hilda: Por que estou sentindo esse peso no meio do peito? Que droga, não é possível que ele vá ganhar de nós desse jeito..

Algoz: Como foi a reunião?

Hilda: Explica o que fez com a gente.

Algoz: Por que eu explicaria?

Pêonia olha mal humorada para Hilda.

Hilda: Que diferença vai fazer pra você, nós sabermos?

Algoz:...É, mas mesmo assim, não tô com saco pra explicar tanta coisa á vocês. Ainda mais do jeito que estão.. tristes e lerdos.

Pêonia: Tsck, ainda ousa nos subestimar?

Irene: "Tristes e lerdos..." – Irene pensa, sozinha – Hum.. como ele estava?? Ele tá falando bem mais do que antes e apesar de estar deitado, parece mais disposto a lutar.. enquanto nós estamos cada vez mais desmotivados pra qualquer coisa...

"Perdemos uma ampulheta enquanto ele ganhou uma.."

Irene: A ampulheta é nossa "felicidade" ou algo assim?

Algoz: Tava pensando, tem uma coisa que eu gostaria de perguntar à vocês...

Todos:...?

Algoz: Preferem que eu os derrote... ou  vocês se derrotem sozinhos?

...

Irene: Que?

Pêonia: Já chega, cansei de você.

Outras estacas de metal vão surgindo lentamente pelos braços e pernas de Algoz, uma delas surge próxima da ampulheta ao lado da que brilha em roxo, o que faz Irene continuar se questionando.

Irene: A ampulheta ficou roxa quando a areia dela acabou, não foi?...

Então, ela percebe que a ampulheta ao lado também está prestes a acabar.

Irene: Gente, Pera aí!!!

Algoz: Tarde demais! – olha pra Pêonia – Você julgou me controlar por ter domínio do meu metal, mas você esqueceu que o metal continua sendo meu.

Algoz transforma as estacas de metal em areia e as une a seu corpo, enquanto se senta no chão e bate palmas em direção à eles, provocando uma forte onda de vento que leva todos para longe. Seu Gou Rosa percorre por todo o seu corpo e cura seus ferimentos, permitindo que ele dê um Mortal frontal e se levante, assim, controlando o Gou de Vapor e o Gou de Areia, fazendo movimentos circulares com os braços, Algoz provoca uma névoa grande e densa sobre os prefeitos e corre em direção a ela, enquanto ambas ampulhetas brilham em roxo em seu antebraço esquerdo.

Deitado e cansado no chão, Rey começa a abrir seus olhos e levantar sua cabeça. Ele não vê seus companheiros ou seu inimigo.. apenas uma névoa densa, e mais a frente, a sua Montante no chão. Ele rasteja em direção a mesma, até ver algo que o deixa confuso.

Rey:...Pai?

Uma bengala preta na frente das laterais do punhal de sua montante, olhando pra cima, vê um Senhor de Idade, branco, olhos escuros, cabelos brancos e grisalhos e roupas formais, assim como as pessoas atrás dele.

A esquerda, um jovem adulto, branco dos olhos azuis, de cabelos escuros e mechas azuis.

E a direita, uma Senhora de Idade, alta, branca, cabelos azuis e olhos vermelhos.

Rey: Não! Isso...

Pai: Hmpth... Você já vai nos descartar de novo, não é?

Rey: O que? Não, eu..

Pai: Não? Então, o que você ia dizer? Fala!

Em silêncio, Rey desviar o olhar, triste em dizer..

Rey:...Que vocês não são reais.

Quando Rey olha para o seu pai, ele não diz nada, mas a decepção e raiva em seu olhar, fala bastante por si só. Com um aperto no seu coração, Rey vê seu irmão mais velho, Yuri, se aproximar e dizer.

Yuri: Tsck, mas você tá sendo bobo né Pai! Sério que você esperava que seu primogênito ainda se importasse com a gente? – Diz, colocando seu braço envolta o pescoço de Rey.

Mas antes de Rey deixar, ele o empurra.

Rey: NÃO FALA MERDA, YURI!

YURI: ME EMPURRA DE NOVO PRA VOCÊ VER!

Mulher: Isso o empurra, de novo, você nunca ensinou nada realmente bom pro seu irmão mesmo..."

Rey escuta, de sua mãe, Rita.

Rey: Isso não é verdade!

Rita: Por que não aceita de uma vez que tudo que faz, é em prol de você mesmo?

Rey: Eu não tenho tempo pra vocês!!

Se direciona até sua montante, mas seu irmão entra em sua frente.

Yuri: É claro que não, assim como não tinha tempo pros civis de sua Nação. Ao invés de ajudar seu amigo na evacuação, preferiu enfrentar o vilão para ganhar créditos de fodão, não é?

Rey: O Seth já conseguia fazer isso sozinho!!

Yuri: A sim, claro... todos somos independentes para fazer e aprender coisas sozinhos, não é? Humm... vamos testar.

Yuri dá golpes aleatórios no ar, na expectativa de que algo aconteça com o chão ou o ar, mas nada acontece. Então, ele imita uma criança, fazendo uma expressão triste e levantando a mão, como pedido para falar.

Yuri: É é.. Professor. Rey??? Pode me ensinar Gou de Terra???

Rey: EU NÃO TENHO CULPA DE TER NASCIDO COM GOU E VOCÊS NÃO!!!!!

Homem: VOCÊ NOS ABANDONOU, REY!!!!!! – Escuta de seu pai, Gerald, que se aproxima.

Rey: FORAM VOCÊS QUE SE AFASTARAM DE MIM!!!!!

Gerald: TODOS ESTÁVAMOS CONTENTES E FELIZES NO FUNDO DO POÇO, ATÉ VOCÊ NASCER E QUERER SER MELHOR DO QUE TODOS!!!

Rey: EU SEMPRE TENTEI CUIDAR DE TODOS VOCÊS! O CUIDADO QUE VOCÊ NÃO TINHA A OFERECER, MAS VOCÊS NUNCA DEIXARAM!!!!

Gerald: EU NÃO ACREDITO COMO QUE AINDA NA SUA CABEÇA TODOS NÓS ÉRAMOS ESTRELAS, MAS VOCÊ NUNCA PERCEBEU QUE VOCÊ ERA A PORCARIA DA ESTRELA NO PALCO E QUERIA QUE SIMPLESMENTE ACEITASSE-MOS FICAR NA PLATEIA PRA SEMPRE!!!!

Rey: DESCULPA! DESCULPA POR SIMPLESMENTE QUERER UMA FAMÍLIA QUE ME APOIASSE! EU NÃO TENHO CULPA SE ALÉM DE NÃO TEREM GOU OU UMA BENÇÃO, NÃO CONSEGUIREM FAZER O MÍNIMO QUE UMA FAMÍLIA TINHA A OFERECER!!!

Rey manipula o solo para levar sua montante até sua mão, e assim, dá as costas para sua família. Mas antes de 5 passos sequer, seu pai, põe sua bengala sobre a capa de seu filho.

Gerald: ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI?!?!

Mas Rey levanta um pequeno bloco de terra sobre a bengala, soltando a capa e seguindo andando.

Rey: Voltar pra minha família.

Gerald: REY, VOLTE AQUI AGORA!!!! REY!!!!!!

Gerald bate sua bengala no chão o mais forte que consegue, chamando a atenção de Rey, enquanto os deixa pra trás, "de novo"

Gerald: REY!!!!!!!!

*top!* *top!* *top!* *top!*

Rey:....

Apesar de Rey conseguir ignora-los, ele não se sente capaz de ir embora, mas não tem o mínimo interesse em olhar nos olhos de seu pai de novo.

*top!* *top!* *top!* *top!* *top!* *top!*

*CROTH!!*

O som que se escuta ao uma menina aterrissar no chão...

20 anos atrás, 2312.

A Nação da Terra está sendo atacada por Phrygia, a Nação do Vento. Tornados e Furacões predominam todo o país, soldados e comandantes de ambos lados travando batalhas que entrariam pra história, e dentre eles, uma menina negra dos cabelos escuros e vestes que condizem com uma cria de Gaia, corre com um objetivo desconhecido.

Ela está assustada.. com medo.. os céus em que já procurou nuvens engraçadas, formam um dia escuro e sombrio.. as paredes em que já desenhou, agora são escombros que bloqueiam seu caminho.. e o chão em que já brincou de Amarelinha, agora é um chão cheio de sangue dos homens e mulheres mortos ao seu redor.

Para evitar obstáculos, ela entra em uma casa aleatória e sobe as escadas. Tentando ignorar os corpos da casa, ela vai diretamente para a varanda e continua procurando seu objetivo, olhando para todos que estão nessa guerra.

Menina: Cadê...Cadê você?

"Aargh...Urgh"

Menina: Huh??

Ao olhar pra trás, ela vê um soldado caído no chão, encharcado do próprio sangue e gemendo de dor. Ela se aproxima e pergunta.

Menina: Você... você tá vivo?

Soldado de Gaia: Grrr..Argg!!!

Menina: Calma! Calma, eu vou... eu vou... O que eu faço?

Acima da cabeça dela, uma estaca longa e afiada é formada em meio ao ar, e rapidamente atravessa a cabeça do Soldado de Gaia, tirando sua vida.

Menina: AAAAAAAAHHHH!!!!!! AAAAAAAHH!!!

Todo o sangue mancha seu rosto e sua roupa, ela se rasteja para trás até se encostar na grade e ver na sua frente o homem responsável por isso.

Soldado de Phrygia: Ele já não tinha mais salvação.. assim como sua Nação, garotinha.

Desesperada, ela se aproveita de seu tamanho para passar pelas barras da grade e descer até o chão usando os escombros como uma escada.

Persistindo em achar o que procura, ela volta a olhar para está guerra, e vê uma silhueta humana rodeada por uma aura verde, se locomovendo absurdamente rápida por todos os soldados.

Menina: Mamãe...

Ao aterrissar no chão, ela continua correndo em sua direção...

Menina: Mamãe!!!!! MAMÃE, VEM AQUI POR FAVOR!!!!! MAMÃE!!!!!!

Seu corpo começa a flutuar e girar no ar, até ela parar de frente para o Soldado de Phrygia que está a controla-la com sua mão direita. Com sua mão esquerda, ele forma uma serra de vento, e unificando seu Gou de Vento e Gou de Agua, se forma uma Serra de Gelo, e sem a mínimo de compaixão, ele arremessa está serra numa criança frágil e inocente.

Enquanto ela chora de olhos fechados e suas lágrimas estão a tocar o chão, a presença daquela silhueta passa diante dos olhos do Soldado, saltando em direção a menina e a protegendo em seus braços. Com Gou de Gravidade, a silhueta controla a serra dos Soldados e pisa na mesma como se fosse uma prancha, e assim ela gira no ar com a serra em seus pés e a arremessa na direção do Soldado, partindo seu corpo em dois e recuando do cenário logo em seguida, entrando no solo.

A menina começa a abrir seus olhos e se dar conta de que está sendo carregada, até entender por quem é e dizer..

Menina: Mãe...

Enquanto a silhueta corre abrindo um túnel para ambas, sua  aura verde se esvai no ar e se revela ser uma mulher negra dos cabelos cacheados escuros e olhos verdes, vestindo uma armadura verde e brilhante, sendo ela a 3°Rainha de Gaia.

Rainha de Gaia: O que tá fazendo aqui, Pêonia?!

Pêonia volta a chorar e escora seu corpo com o de sua mãe, sem dizer nada.

Rainha de Gaia: Desculpa filha, mas você sabe que tinha que estar na Caverna poxa.. por que você veio pra cá?

Pêonia: Eu- eu tava com medo de você se machucar..

Rainha: Cadê seu pai e sua irmã?

Pêonia: Estão lá..

Rainha: Você sabe que sua mãe tá te levando pra eles, não é?

Pêonia: Eu sei.. D- desculpa...

Rainha: Tá tudo bem... ninguém vai machucar a mamãe! Nem a mamãe, o papai ou a mannha.. sabe por que?

Pêonia enxuga suas lágrimas, respira fundo e olha para sua mãe.

Pêonia: Porque.. nós somos durões!

Rainha: Essa é a minha pedrinha.

Ambas sorriem uma para a outra.

Rainha: Estamos chegando... vou saltar em 1, 2 e 3!

Pêonia e sua mãe saltam e pousam na Caverna, o lugar onde os civis se escondem e são protegidos durante guerras, invasões de grande escala e etc. Quando olham para frente, ao invés de verem sua família, veem um cenário terrível... cada civil está flutuando no ar em cima de uma plataforma de terra, com uma corrente de vento presa em seu pescoço.

Pêonia: O que?.. O que é isso, Mãe?

Sua mãe olha enfurecida para cima, e vê todas essas correntes ligadas a uma grande nuvem, em cima dela, está um homem dormindo tranquilamente, seria ele o 3°Rei de Phrygia. Seus cabelos ondulados e pretos escondem a parte  superior de seu rosto, sua pele é branca e suas roupas são um sobretudo preto e aberto, revelando usar uma camisa social e cinza de manchas pretas, uma calça branca e sapatos marrons.

Rainha: ACORDA! ACORDA, SEU VERME!

"Mamãe??"

Rainha: Ann..?

No meio de todos, ela vê sua filha caçula, negra dos olhos castanhos e cabelos ruivos cacheados, usando um vestido preto.

Rainha: Yumi...

Yumi: Mamãe!!!

 "Você podia ter demorado mais, meu amor"

Diz seu marido, Iori, que seria o mesmo homem a ter se tornado o 4°Rei de Gaia e perdido para a 4°Rainha de Askkadia, Fuyuki.

Iori: As rochas ainda nem começaram a descer...

Rei: uuuAAAAARGHHhhh....Que conversa toda é essa? – pergunta, coçando sua orelha e esfregando seus olhos. – An?? Você já chegou?? Mas por que...?

Quando ele olha para quem está atrás da Rainha, tem sua pergunta respondida.

Rei: Aaah.. sua filha te trouxe até aqui! Muito obrigado, queridinha.

Rainha: Chega de papo furado!!! Desce todos eles agora!!!!

Rei: Como quiser...

Todas as plataformas caem no chão e todos os homens, mulheres e crianças começam a ser enforcados pelas correntes.

Instintivamente a Rainha de Gaia pula e destrói todas as correntes que vê na sua frente, rodeada por aquela aura verde novamente e que torna seu corpo uma silhueta. Porém, no segundo em que uma corrente é destruída, outra é criada no segundo seguinte. Na visão de Pêonia, sua Mãe pula por todos os cantos da caverna, atravessando todas as correntes que existem na sua frente, enquanto o Rei Malvado cria, recria e recria todas que prendem os seus amigos e conhecidos... uma tortura pra quem vê, sente e atravessa essas correntes... exceto, pra quem as cria.

Como isso não leva a lugar nenhum, a Rainha de Gaia pousa no chão e ergue uma grande plataforma para que todos possam pisar e respirar novamente, e no meio de todos eles, ela está a olhar ainda mais furiosa para o Rei, que apenas debocha dela.

Rei: Ah, desculpa... pensei que se referia as plataformas.

Rainha: Me diz o que você quer e vamos chegar a um acordo!

Rei: Hum? Aprendeu a falar minha língua? Hehe.. Quero parte do território de vocês.

Rainha: Negado!

Rei:....Aí fica difícil. – Seu sorriso se desfaz.

Rainha: Nossa Nação já é a menor dentre as 4° e logo antes da nossa, vem a sua. Não aceito que meus civis possam sair vivos hoje, pra que amanhã não possam cruzar a rua sem chegar na sua Nação.

Rei: Hum...Eu quero ter a posse de algumas minas daqui.

Rainha: Não, porque tô entregando recursos da minha Nação pra sua. Não acha que tá querendo muito?

Rei: Tsck... Tá! Então...Eu quero tropas de Gaia para servir Phrygia. – Seu sorriso volta.

Rainha:...

Rei:...?

Rainha: Não.

Rei: ENTÃO DÁ ALGUMA SUGESTÃO, SUA MALDITA! SÓ SABE RECUSAR, PORRA!!!!

A Rainha abaixa sua cabeça, fecha seus olhos e cruza seus braços, demonstrando estar pensativa. Isso causa um breve silêncio para todos... até ela erguer sua cabeça e dizer.

Rainha: A Guerra vai cessar e todos os meus civis presentes continuaram vivos... em troca de minha vida!

....

Assim como todos entram em choque, todos questionam:

"O QUE?!?!? VOCÊ ENLOUQUECEU?!?!? RAINHA RITA, PENSE MELHOR!!!!! NÃO FAZ ISSO!!!!!"

Até que todos são silenciados, não por alguém, mas pela surpresa de verem as correntes de ar se desfazerem e então, escutarem...

Rei: FECHADO!!! – alegre.

Lá do alto.

No instante seguinte, Rita pisa agressivamente no chão, descendo todos os civis pro chão, transformando sua plataforma em um pilar.

Pêonia: PAPAI!!! YUMI!!!!

Ioro: Filha!!! – os 3 se abraçam.

Pêonia: Papai!!!! Fala pra mamãe parar, pra ela vir aqui!!!!! – diz, chorando.

Rei: Bom, pra que não ache que sou de todo mal... últimas palavras?

Ioro: RITA!!!! NÃO FAZ ISSO E TRATE DE PENSAR EM OUTRA COISA!!!! NÃO SEJA LOUCA!!!!!

Rita:...

Ioro:...

Rita: Eu tenho certeza do que estou dizendo... Quer um exemplo? No momento em que meu corpo parar de respirar, você se tornará o 4°Rei de Gaia.

Ioro:...Hã?!

Rita: Minhas pedrinhas... Desculpe por essa se tornar a ultima lembrança de sua mãe viva, mas sendo sincera... fico feliz de vocês serem a última visão que terei. – Sorri.

A caçula, Yumi, abraça sua irmã mais velha e esconde seu rosto no seu colo, enquanto Pêonia não desvia o mínimo olhar de sua mãe, com seus olhos transformando esta Caverna numa piscina de lágrimas.

Pêonia: Mã..Mamãe...

"Tsck! Acho... que você ouviu errado!"

Rei: Eu disse "últimas palavras", não "último texto" *estala os dedos*

O sorriso de Rita é desfeito quando sua boca se abre para sair todo o ar que a permite viver. Este ar rodeia sua cabeça como uma esfera e sai de todo o seu corpo...de seus pulmões...de sua alma. Rita cai de joelhos no chão, sua visão começa a ficar turva e os seus olhos ficam vermelhos, sabendo disso, ela fecha seus olhos para que suas filhas não vejam isso. Com sua Geolocalização, ela descobre para que direção fazer o seu ultimo sorriso, e assim, ela faz para suas filhas, até o seu último suspiro.

Um silêncio desconfortável e triste predomina está Caverna, a Rainha de muitos cidadãos acabou de morrer na sua frente... mas apenas para 2 crianças, foi sua mãe quem morreu, e uma delas quebra esse silêncio maldito, gritando.

"MAAAMÃÃÃE!!!!!!!!"

No dia atual, muitas coisas estão diferentes do dia da Morte de Rita... mas o que se mantém igual, são os joelhos de Pêonia no chão, com a companhia de suas lágrimas.

Pêonia: Por que você fez isso?

Pergunta para Algoz, parado e de pé na frente dela.

Algoz: Vocês podiam só ter me dado o Bastão... não precisava ser tão difícil.

Pêonia: *soluçando* Você é um monstro.

Assim como as lágrimas caem no chão, a areia das ampulhetas continua caindo, e enquanto no antebraço dela some, mais uma ampulheta brilha no antebraço de Algoz, o que abre um sorriso no rosto dele e emana seu Gou rosa.

Algoz: Vocês se coçaram tanto para saber como minhas ampulhetas funcionavam... e você acha que eu sou um monstro apenas com 2...

Pêonia olha para Algoz, e vê o seu Gou moldar as cores de seu corpo. Toda a sua pele e roupas mudam para cores negativas, enquanto seus olhos, cabelos e bocas brilham em branco, com uma expressão sorridente e maléfica. Sua mão se transforma em uma lâmina rochosa a partir do Gou de Terra e com um sorriso macabro, ele diz.

Algoz: É PORQUE VOCÊ NÃO VIU DO QUE EU SOU CAPAZ DE FAZER COM 3!!!!

Prestes a conhecer a morte, de repente Pêonia começa a cair, ela não entende o porque ou como, já o Algoz, não viu um portal surgir apenas debaixo da Pêonia como viu surgir um na sua frente e um do lado de seu antebraço, fazendo com que sua lâmina acertasse ele mesmo.

Algoz: Aahhhr....Mas!?!?! POORRA!!!!

A poucos metros das costas de Algoz, Pêonia acaba por sair de um portal.

Pêonia: Hã...? Mas...O que aconteceu?

Algoz: Grr!!!

*pock* pock* *pock*

Algoz e Pêonia:...??!

Passos ecoam pela névoa, são confusos e mistériosos.. até Algoz entender que estão vindo na sua direção. Ele vê uma silhueta masculina de 1,93cm de altura se aproximar calmamente, sem nenhum pingo de agressividade  ou insegurança.

Algoz: Hum...quem será que é? – pensa, consigo.

Até se revelar na sua frente, Yan, de olhos fechados.

Yan: Não quer cuidar do seu machucado? Parece que doeu...

Algoz: Hehe...Não se preocupa, não é todo mundo que rala o braço e já quer trocar por lata-velha que nem você.

Yan: Hmpth... – Entra em posição de combate.

Algoz: Mas já?!? Não quer nem bater um papo?!?

Yan: Em momentos como esse, não sou muito fã de papo furado..

Algoz: Ahhh eu sou o oposto!! Me fala, assim como eu, você vai deixar de ser chato e ficar mais empolgado durante a luta? – Entra em posição de combate.

Yan: Pessoalmente, não me acho alguém tão chato assim. Mas, na verdade...

Uma aura lilás surge ao redor de Yan, com a abertura de seus olhos vermelhos.

Yan: Sim, acredito que está luta será empolgante.