Capítulo 16
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1 DIA DEPOIS
Maio, Ano 2332.
13:00PM
Na instalação/casa de Yuma, em um quarto de medicamentos, com paredes, teto e chão azuis e brancas, com vários equipamentos hospitalares e vários remédios.
Na mesma, se encontra Nero, deitado em uma cama de lençóis brancos, inconsciente, com uma camisa branca do tecido fino de mangas curtas uma calça cinza de moletom e meias brancas e por baixo das roupas, várias faixas em uma boa parte de seu corpo e em seu braço direito se encontra inserido um macrogotas.
Em frente a cama, está Akechi, sem sua máscara e com fones pretos Bluetooth ligados com a cor verde em seus ouvidos, sentado e dormindo de maneira largada em uma cadeira confortável, possivelmente dormir enquanto esperava seu amigo acordar.
Vestindo seu pijama, uma camisa branca do tecido fino, um calção do tecido fino e da cor vermelha e em seus pés, pantufas brancas.
Ao seu lado, está uma pequena mesa na qual em cima está um celular de capa vermelha carregando numa tomada próxima.
Segundos depois, Nero começa a abrir seus olhos lentamente e vê a sua frente o teto azul da sala em que está. Ergue sua cabeça para olhar ao seu redor e vê que se encontra no que aparenta ser uma sala hospitalar e em frente à sua cama, escuta roncos de uma pessoa dormindo e ao olhar, vê Akechi dormindo de maneira largada sentado no sofá.
Olhando para o mesmo, Nero diz de maneira baixa e cansada.
Nero: onde eu tô? – e sua pergunta é ignora pelos roncos grosseiros de Akechi.
Considerando que seu amigo preguiça não vá acordar tão cedo, Nero decide ficar encarando o teto, como ele já faz frequentemente, até o mesmo acordar e lhe explicar o que aconteceu depois da batalha.
1 hora depois, 14:00PM.
Akechi acorda de maneira lenta e tranquila, recompondo sua postura e Nero vira sua atenção para o mesmo, esperando que ele o note.
Akechi se senta de postura reta e apoiando suas mãos nos braços do sofá, o mesmo diz num tom baixo.
Akechi: Vou pegar comida pro Nero! – e o mesmo se levanta e desconecta seu celular do carregador e leva o mesmo em sua mão indo em direção a porta.
Ao colocar sua mão na maçaneta da porta, Nero percebe que o mesmo não notou que está acordado, então ele diz num tom alto para que o mesmo o escute antes de pegar comida para ele.
Nero: Tô acordado, pô.
Akechi vira sua atenção para ele e o encara por poucos segundos, mas ainda determinado a fazer sua ação, diz para seu amigo recém acordado.
Akechi: Mesmo assim, vou pegar comida pra você! Voce não consegue levantar! – e o mesmo abre a porta, passa por ela e assim, a fecha, indo em direção a cozinha.
Nero redireciona seu olhar para o teto e diz.
Nero: Pior que esse filha da puta tá certo!
Porém, segundos depois, Akechi abre a porta da sala novamente e pergunta para Nero.
Akechi: O que você vai querer comer?
Nero: Traz arroz, feijão e carne de boi!
Akechi: Tá! – e o mesmo fecha a porta novamente e Nero se permanece esperando.
Na cozinha, Akechi deixa seu celular no balcão e começa a preparar a comida para Nero.
Colocando arroz na panela e em seguida, água na mesma.
Colocando Feijão na panela de pressão e jogando temperos no mesmo.
E enquanto o arroz e o feijão estão cozinhando no forno, Akechi está cortando a carne de boi em pequenos cubos.
Enquanto cozinha para Nero, Yuma passa pela entrada da cozinha se dirigindo a Akechi.
Yuma está vestindo uma camisa cinza do tecido fino, por cima, uma jaqueta preta e aberta, com suas mangas dobradas até seus antebraços.
Em sua cintura, um cinto preto que aperta sua calça preta e em seus pés, botas pretas que chegam até seus tornozelos.
Yuma se aproxima de seu filho e vê que o mesmo está cozinhando, provavelmente para ele ou até mesmo para Nero.
E assim, Yuma pergunta para Akechi.
Yuma: Alguma coisa sobre o Nero?
Akechi: Tá acordado!
Yuma: Ah, que ótimo! A quanto tempo está acordado?
Akechi: Pelo o que parece, acordou agora!
Yuma: está cozinhando para ele ou para si?
Akechi: Pros dois!
Yuma: Ótimo!
Akechi: Você também quer?
Yuma: Tudo bem, vou falar com Nero enquanto isso!
Akechi: Beleza! – E nisso, Yuma se retira.
Yuma está de frente para a porta da Sala em que Nero está se recuperando e bate duas vezes na mesma, esperando a permissão de Nero para entrar e escuta o mesmo responder.
Nero: Pode entrar, idiota! – xinga o mesmo supondo ser o Akechi.
Então, Yuma abre a porta e começa a entrar e deixa Nero um pouco surpreso e ele diz..
Nero: Ah, foi mal, achei que era o Akechi!
Yuma: Sem problema! – fecha a porta da sala e se dirige até a cadeira em que Akechi estava sentado, e trás a mesma para o lado da cama de Nero, assim, sentando na mesma e ficando ao lado de Nero e perguntando – como você está?
Nero: Já estive pior...
Yuma solta risadas curtas e diz.
Yuma: Bom, estava mesmo a umas horas atrás.
Nero: Estive inconsciente por quanto tempo?
Yuma: 1 dia.
Nero: 1 dia? Tava tão mal assim?
Yuma: Seus músculos estavam rasgados, mal tinha sangue circulando pelo seu corpo e seus ossos estavam no estado de uma pessoa de 60 anos. É um milagre que você esteja vivo.
Nero: No caso, vocês são o milagre!
Yuma consente com a cabeça em silêncio, nem concordando ou nem discordando.
Nero: O Akechi parece bem, como se recuperou tão rápido?
Yuma: Ele tem seus meios....
Nero: E o Yan?
Yuma: Foi pra casa!
Nero: Naquele estado?!? – Nero questiona demonstrando estar surpreso.
Yuma: Ele tem o costume de se cuidar sozinho.
Nero: É... Eu também tinha! – e redireciona seu olhar para o teto.
Ambos ficam em silêncio por alguns segundos, até que Yuma olha para Nero novamente e pergunta.
Yuma: Então, como se sente?
Nero: Parece que tem 50 caminhões em cima de mim e estão saindo propositalmente lento.
Yuma: Não é do seu estado que estou falando! E sim, de sua vingança! Terminou aquilo que tanto queria, e como se sente?
Nero: Sim, bem satisfeito!
Yuma: Hum.....Então tá! – Yuma se levanta e se retira da sala, deixando Nero sozinho novamente.
Como de costume, Nero se encontra encarando o teto como faz diariamente, apenas ele e seus pensamentos.
Nero:...Como será que minha família tá agora?... Será que estão orgulhosos de mim?..... – e encarando o teto, ele sorri e pensa – seu treinamento não foi em vão, Vovô Kuroshi. Queria estar com vocês agora.. Mas acho que ainda devo ter coisas pra fazer aqui embaixo.. – e pensando isso, a expressão sorridente de Nero se transforma em uma expressão confusa e reflete sobre seu último pensamento, pensando – Né?
E passando uns minutos, Nero escuta alguém batendo duas vezes do lado de fora da porta e escuta logo em seguida a voz de Akechi, dizendo.
Akechi: Pode entrar?
Nero: Entra.
E Akechi entra com uma bandeja branca em suas mãos, na qual está em cima dela os pratos de comida de Nero e em seguida, segura a cadeira em suas mãos na qual estava sentado e se dirige para a cama de Nero, enquanto diz.
Akechi: consegue se mover? – e deixa a cadeira de frente para a cama de Nero, enquanto volta para a mesa.
E enquanto Akechi fica de costas para Nero, o mesmo começa a ficar sentando na cama e enquanto se levanta, diz para Akechi.
Nero: Não! – respondendo ironicamente, pois se levantou para mostrar que consegue se levantar, mas principalmente para zoar com Akechi.
Akechi percebeu que Nero se levantou enquanto dava as costas para ele e se aproximando da mesa, ele o responde, dizendo.
Akechi: Que bom, mano. – devolve o mesmo com uma resposta irônica também.
De frente para mesa, Akechi pega os pratos que trouxe cada um em uma mão e se dirige até Nero novamente, dando um dos pratos para o mesmo e o outro continua em suas mãos para que possa comer enquanto conversa com seu amigo.
Akechi: você tá melhor?
Nero: Caralho, só vão ficar me perguntando isso?? Tô melhorando!! – Nero se demonstra frustrado enquanto come.
Akechi: Só perguntei!
Nero: Tá!
Akechi e Nero:... – ambos seguem em silêncio enquanto comem.
Akechi: Você lutou muito bem contra os Comandantes! E quando começou a dilacerar os cara? Caralho, me deu até medo, mano.
Nero: *risadas curtas * Valeu!
Akechi: Aquela hora que você virou um cachorro louco foi muito foda!
Nero: Hum...é, acho que sim.
Akechi: Devia fazer isso mais vezes!!
Nero: Eu não tava pensando direito naquela hora, só tava fazendo o que meu corpo mandava e não se luta só com o corpo no combate.
Akechi: É, mas tem horas que não adianta pensar pra caralho! Só fazer as coisas também é foda, a Kalila me ajudou pra caralho na luta dessa vez, acho que se eu chamar ela na luta mais vezes, a gente pode... .
Enquanto Akechi segue falando, a voz do mesmo começa a ficar lentamente abafada para Nero, que começa a olhar para um ponto específico e seus pensamentos começam a ficar lentamente mais altos, até deixar de prestar atenção completamente em Akechi.
Pensamentos estes que seriam.
Nero: Hum.. acho que depois dessa conversa, vou tentar me levantar pra treinar! Tenho que ficar mais forte pra derrotar aqueles porras(Futatsu e Himari)... Mas espera aí, eu já matei eles! Eu já os derrotei.... cumpri meu objetivo, consegui vingar minha família e minha cidade! Eu.....já fiz o que tinha que fazer! Mas..... O que eu faço agora?
Akechi: Nero!!!!
Os pensamentos de Nero se dispersam completamente de sua mente e sua atenção é totalmente direcionada para Akechi que está estalando seus dedos em frente ao rosto de Nero, que toma um susto ao ouvir seu nome e os estalos, e diz.
Nero: Oi?? Oi!!
Akechi: Tá bem aí??
Nero: Tô, tô! Só tô pensando...
Akechi: Beleza, se você tiver bem depois de comer, vamo treinar!
Nero: Eu vou estar!
Akechi: Beleza, mas come direito aí! Tu tá com essa cara de cu e eu já tô na metade!
E Nero começa a se concentrar mais em terminar sua comida.
2 HORAS DEPOIS
16:00PM
Novamente, Akechi está de frente para a porta da sala em que Nero está hospitalizado, com uma mão segurando um conjunto de roupas e com sua outra mão batendo na porta novamente para saber se Nero o deixa entrar.
Incomodado com Akechi estar batendo em sua porta frequentemente durante o dia, Nero diz.
Nero: Entra, mano.
Assim que entra, Akechi diz.
Akechi: Trouxe roupas pra você! – destacando as roupas que estão em sua mão.
Nero: Valeu, vou tomar um banho e as coloco! Aí a gente treina! – diz isso enquanto se levanta.
Akechi: Tá!
Nero está se dirigindo até Akechi para pegar suas devidas roupas e enquanto caminha, Akechi percebe que Nero não está tão bem quanto o esperado, pois ao caminhar, Nero ainda está mancando um pouco e não está suportando seu próprio peso totalmente, o que lhe dá a entender que ainda não está apto para treinar.
Logo, Nero está de frente para Akechi enquanto pega duas roupas, e quando faz isso, Akechi se lembra de Nero dizendo que iria tomar banho e tem uma ideia.
Akechi: Pô, tu falou que vai tomar banho! Foda que deixei tua toalha no seu quarto.
Nero: Porra... tá! – e após pegar suas roupas, Nero começa a se dirigir lentamente para seu quarto.
Enquanto Nero saia, Akechi se mantém na porta da sala enquanto observa discretamente Nero indo para seu quarto.
Ao que aparentava, Nero não estava apto o bastante para conseguir treinar como o esperado. E para ter certeza, Akechi queria deixar o próprio Nero se dirigir ao seu quarto para determinar o quanto o mesmo conseguia andar, por quanto tempo conseguia se manter de pé e o quão rápido sua exaustão iria chegar.
E como esperado, não demorou muito para Nero começar a ficar ofegante por não conseguir suportar seu próprio peso, começou a usar as paredes como apoio, mas como o esperado, seguiu em frente.
E após ter visto bastante, Akechi se teleporta para o quarto de Nero e acha rapidamente a toalha do mesmo e assim, aparece na frente dele com sua toalha.
Vendo isso, Nero estende sua mão para pegar sua toalha, enquanto diz de maneira ofegante.
Nero: Fez uma! – e começa a se direcionar para o banheiro.
E não querendo que seu amigo se esforce mais do que o necessário, Akechi anda até ficar ao lado de Nero e diz.
Akechi: Eu te Levo! – e antes que Nero possa responder, Akechi coloca sua mão no ombro de Nero e teleporta ambos para o banheiro e assim que chegam, Akechi se dirige ate a porta, abre a mesma e deixa Nero sozinho para tomar seu banho.
16:35PM
Após seu banho, Nero abre a porta do banheiro e começa a sair do mesmo enquanto seca seu cabelo com sua toalha.
As roupas que está usando são uma regata preta do tecido fino e justa.
Luvas pretas do tecido fino em suas mãos que deixam seus dedos livres e terminam em seus antebraços.
Em sua cintura, está amarrada uma faixa vermelha do tecido fino, das quais as pontas soltas estão a esquerda de sua barriga e que são ondulações amarelas.
Sua calça é branca de um tecido um pouco largo e com faixas da cor vinho finas e pequenas nas laterais da calça.
E por cima de sua calça, ele usa caneleira que chegam próximos de seus joelhos e apertando as mesmas, elásticos amarelos que ficam próximos das pontas de suas caneleiras, tornando a calça um pouco mais justa ao passar de seus joelhos e em seus pés, tênis pretos de cadarços pretos.
Após sair do banheiro, a primeira coisa em que Nero pensa é no treinamento que terá com Akechi e por conta disso, se direciona para o quarto de Akechi para saber onde colocaram suas armas enquanto estava inconsciente.
Após chegar ao quarto de seu amigo com certa dificuldade, Nero vê Akechi deitado em sua cama relaxando, mas acordado e vendo que o mesmo trocou de roupa, provavelmente para treinar com ele.
Akechi está vestindo uma regata preta do tecido fino.
Em sua cintura, um cinto preto que aperta sua calça cargo cinza e vestindo tênis pretos.
E então, Nero pergunta.
Nero: Akechi, onde estão minhas armas?
Akechi: No seu quarto!
Nero: Tá! – e se dirige para seu quarto para pegar suas Glaives e seu Arco e Flecha.
Após alguns minutos andando lentamente por conta de Nero, Akechi e ele chegam na Sala de Treinamento.
E assim que chegam, Akechi olha para Nero e diz.
Akechi: Você tá fraco, não vamo treinar!
Nero: Que? Não tô não! – o tom de sua voz eleva.
Akechi: Cê morreu só pra chegar aqui!
Nero: Porque você é burro e não nos teleportou pra cá!
Akechi: Pra você ver que tá morrendo só de andar, burro!
Nero: Eu não vou aceitar que você tenha pena de mim, LUTA COMIGO AGORA! – Nero grita em sua última frase.
Akechi: Não acha que tá cedo pra morrer não, animal? Deixa de ser burro e vai descansar!
E enquanto responde Akechi, Nero vai se aproximando do mesmo enquanto seu tom de voz fica cada vez mais alto.
Nero: Escuta aqui, Akechi! Os únicos que podiam me matar eram aqueles merda que destruíram minha vida e ninguém mais! Por isso que ninguém vai me matar a não ser que eu queira perder! ENTÃO DEIXA DE SER ESCROTO E LUTA COMIGA AGORA!!!!!! – e direciona sua Glaive direita em Akechi.
Como o próprio Akechi disse, Nero não está apto para lutar e isso fica mais nítido quando Akechi vê Nero lhe direcionando um ataque extremamente mais lento e previsível do que os ataques normais de seu amigo.
E vendo este ataque horrível vindo em sua direção e sentindo que tem todo o tempo do mundo para reagir ao mesmo, Akechi da um passo para trás com seu pé direito e ergue sua mão esquerda para segurar firme o pulso direito de Nero, e consegue sem um mero esforço. E não parando por aí, Akechi começa a puxar o pulso de Nero para cima, enquanto ambos começam a se desmaterializar no meio do ar da Sala de Treinamento e começam a se materializar no quarto de Nero e após seus corpos se materializarem completamente, Akechi continuou puxando o pulso de Nero para cima e então, arremessou o mesmo contra a parede sem poupar forças e sem tempo de reação, Nero sente uma dor enorme ao suas costas baterem contra parede e cai sobre sua cama, desmaiando instantaneamente.
Em seguida, Akechi começa a se retirar do quarto de Nero e assim que passa pela porta, Akechi direciona seu olhar para as câmeras do corredor e diz.
Akechi: Pai, tranca a porta do quarto do Nero! Ele não tá bem não.
E Yuma na sala de câmera, começa a passar seus dedos pelo teclado de seu computador principalmente, enquanto responde Akechi.
Yuma: Certo! – e a porta atrás de Akechi se tranca em seguida.
Akechi: Eu vou sair um pouco, me chama qualquer coisa.
Yuma: Não demora.
Akechi e Yuma: Tchau!
E Akechi começa a caminhar para fora de sua casa, enquanto coloca seus fones em seus ouvidos e pega seu celular para escolher a música que ouvirá enquanto caminha pela Cidade das Brasas do Inferno, de Askkadia, Nação do Fogo.
MOMENTOS DEPOIS...
16:53PM
Nação do Fogo,
Cidade das Brasas do Inferno.
Akechi está andando tranquilamente pela Cidade, embaixo de um céu azul com um sol quente escaldante e observando as pessoas e os lugares ao seu redor, enquanto escuta uma música agressiva e barulhenta, o estilo de música muito bem conhecido mundialmente chamado "Rock".
Akechi passa por praças, ruas e lojas, observando amigos, casais e também famílias.
Enquanto ele está passando por uma praça, por um momento, ele observa uma mãe brincando com seu filho de arremessar uma bola de ar um para o outro e decidi encostar as costas em uma árvore para observar os mesmos até se cansar ou os mesmos irem embora.
Alguns segundo se passam, e a mãe arremessa a bola para seu filho e o mesmo acaba não conseguindo reagir a tempo e acaba que a bola acerta o meio de seu rosto, fazendo com que o mesmo comece a chorar de dor.
No mesmo estante, a mãe da criança se aproxima dele coloca suas mãos no rosto dele e Akechi vê a mesma mexendo seus lábios dizendo coisas que ele não consegue entender por conta de seus fones estarem no volume máximo e por conta da distância dele para eles, mas é fácil de presumir que ela esteja desculpando e coisas do gênero.
E enquanto vê isso, Akechi diz com sua voz num tom muito baixo por estar ouvindo música em seus fones de ouvido.
Akechi: ih....tomou no cu!
E no meio do processo, a mãe da criança começa a passar seus dedos nos olhos fechados de seu filho e dar beijos na testa e nas pálpebras de seu filho, para que ajudasse seu filho a ignorar a dor e parasse de chorar mais rápido.
No momento em que Akechi vê a ação da mãe de passar suas mãos nos olhos de seu filho, a cabeça de Akechi sente leve dores e como reação, ele abaixa a mesma e fecha seus olhos constantemente, conseguindo abrir meramente seus olhos por conta da dor.
E de olhos fechados, Akechi vê de maneira embaçada uma mulher a sua frente, com sua mão sobre seu olho esquerdo.
Ele não consegue enxergar seu rosto, mas consegue enxergar que a mesma tem uma pele negra e cabelos curtos, lusos e brancos.
E consegue ouvir a mesma dizendo de maneira abafada e num tom de choro.
"Não sabe a saudade que nós estávamos sentindo de ti.."
E aos poucos, a dor de cabeça começa a ir embora e Akechi consegue abrir seus olhos novamente e enxergar as coisas normalmente ao seu redor.
Ele olha para tudo e todos ao redor confuso com o que acabou de acontecer, e depois direciona seu olhar principalmente para a mãe e filho que estavam a sua frente e vê que eles seguiram brincando normalmente.
Akechi:....Que porra foi essa?
Akechi está confuso com o que acabou de ver, se lembra de que não é a primeira vez de que ele tem essas visões.. elas parecem ser reais, então Akechi não acredita serem alucinações ou alguma paranoia de sua mente.
E então, Akechi decide se sentar no chão, cruzando suas pernas e desligando seus fones de ouvido, fechando seus olhos e entrando em uma posição de meditação.
Ele então se encontra no plano de Kalila, quase completamente escuro, mas possível de ver o palaquim suspenso por aproximadamente 15 humanos ajoelhados, palaquim da coloração roxa e similar a um templo com adornos de ouro por toda sua estrutura.
Akechi começa a subir neste palaquim e terminando de subir, consegue ver Kalila sentada em seu trono adornado em ouro por toda sua estrutura e da coloração roxa também e a mesma se encontra com uma expressão neutra, observando o mesmo terminando de subir seu palaquim.
E assim que Akechi fica de frente para a mesma, ele diz.
Akechi: Kalila, você viu essa mulher?
Kalila: Vi.
Akechi: Sabe quem era?
Kalila: Sua mãe, boçal! – encosta seu cotovelo no braço do trono e apoia seu rosto em sua mão.
Akechi: Mas eu não tenho mãe!
Kalila: Acredita no que você quiser! – dobra suas sobrancelhas.
Akechi passa alguns segundos em silêncio, e diz.
Akechi: Uma vez, você me disse que meu pai morreu.
Kalila: Fazer o que, os melhores morrem mais cedo.
Akechi: E já faz um tempo que eu estou tendo essas visões...
Kalila: O que eu tenho haver com você estar usando crack?
Akechi: Essas visões.... são reais?
Kalila abaixa seu cotovelo e para de apoiar seu rosto em sua mão, e levanta sua cabeça, olhando para cima e dizendo.
Kalila: Não, tô fazendo você vê-las pra te deixar pirado!
Akechi: Fala a Verdade! – dando um passo a frente e aumentando seu tom de voz.
Kalila abaixa sua cabeça e volta a olhar para Akechi, e ambos olham profundamente um nos olhos do outro e um silêncio torturante permanece no ar por longos segundos, até que Kalila diz.
Kalila: Sim...são reais.
Ouvindo isso, Akechi abaixa seu olhar e começa a pensar em todas as coisas que viu ou ouviu que lhe fizeram ter gatilho dessas memorias.
O sonho em que Akechi era uma criança e via a sua frente uma silhueta feminina familiar de costas para ele.
Quando estava no Monumento da Nação da Água e assim que olhou para a katana, viu um Homem Alto e intimidador ao seu lado que ele não reconhecia.
No interrogatório com Nero, em que ele viu em sua mente esse mesmo homem treinando e o machucando sem piedade.
Quando ele deu as dicas para Nero sobre seu estilo de luta, e teve a impressão de já ter ensinado isso para alguém que não fosse Yan.
E agora, a imagem de uma mulher com sua mão sobre seu olho e que segundo Kalila, era sua mãe.
Após descobrir que todas essas visões eram supostamente de sua vida passada, Akechi passa longos segundos em silêncio olhando para baixo e Kalila se mantem olhando para ele esperando sua reação.
Então, o mesmo diz.
Akechi: Kalila....
Kalila:... – a mesma se mantem quieta esperando o akechi terminar sua frase.
Akechi ergue sua cabeça e olha para Kalila, e diz.
Akechi: Me conta tudo que você sabe....Por favor!
Kalila:... – segue olhando para Akechi.
Akechi:.... – segue esperando a resposta de Kalila.
Então, Kalila faz um longo suspiro enquanto fecha seus olhos com uma expressão de cansaço, e em seguida, cria uma cadeira logo atrás de Akechi e o mesmo se senta.
Então, ela apoia seus cotovelos nos seus joelhos e olha para Akechi, dizendo.
Kalila: Senta aí, Akechi.... que lá vem sua história!