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Chapter 17 - Dois pares.

Hora de encarar os dois, como consegui me manter nessa? —Obrigada.

— Está mesmo, não vai nos apresentar? —Thomas me dá um lindo sorriso, mexendo sem jeito em seu cabelo loiro bagunçado.

—Thomas esse é Nicolas um amigo do clube, e Nicolas esse é Thomas um amigo do colégio.

— É um prazer conhece-lo. —Thomas estende a mão.

—Igualmente. —Nicolas aperta a mão dele.

—Thomas, a Stacy e a Paula já chegaram?

— Elas estão lá dentro.

— Então vamos entrar.

Sem saber o que fazer, entramos para dentro em silêncio. Até avistarmos a Paulinha e Stacy.

— Oi vocês estão aí, por que está com essa cara, Stacy? —Eu pergunto enquanto me aproximo.

— O Pedro deu um bolo nela.

— Precisa jogar na cara, Paulinha.

— Como sabe que foi um bolo?

— Nós o vimos na sorveteria com a Maria.

— Sinto muito, quero que conheçam meu amigo Nicolas do clube. —Eu aponto para Nicolas que está ao meu lado. —Nicolas essa são Paula e Estesie minhas amigas do colégio, e esse é o Thomas um amigo do colégio também.

— Prazer em conhece-los.

— Igualmente. —Stacy olha para mim e sorri.

— O que estão achando da festa?

— Por acaso não viram se o Mario já chegou?

— Olha ele ali. —Paula aponta para Mario que está olhando em volta, como se estivesse procurando por alguém. Mais especificamente por nós.

— Mario aqui. —Eu grito e ergo a mão.

—Oi! Pessoal. —Mario complementa todos enquanto se aproxima.

— Vejo que o trio aumentou, o que eu perdi? —Ele olha para mim, com aquele olhar, quero ver como vai escapar dessa hoje.

— Esses são Thomas, Samuel e Nicolas.

—Oi. —Mario comprimente rapidamente Samuel, Nicolas e por fim Thomas.

— Como está a festa? —Eu pergunto para Mario.

— Sinto muito dizer a festa está como a de sempre, chata, só tem gente velha. Nós somos os únicos jovens aqui.

— Deve ter algo de bom. —Samuel olha em volta.

— Geralmente quando a festa é de adultos, a bebida é ótima. —Nicolas diz.

— Isso é verdade. —Thomas concorda.

— Nossas mães não costumam colocar bebida em festa de caridade, apenas ponche. —Eu digo.

—Estamos sendo perseguido pelo velho ponche. —Thomas ri.

— Que chato, então é melhor irmos pegar uns ponches. —Samuel fala.

— Mario você trousse a bolsa? —Eu pergunto.

— Que bolsa? —Paula pergunta curiosa.

— Não podemos falar, vou buscar me esperem na mesa dos fundos. —Mario sai para buscar a bolsa.

— O que será? —Stacy também pergunta curiosa.

— Não consigo pensar em nada. —Thomas diz.

—Nem eu. —Samuel concorda.

Todos se dirigimos para a mesa dos fundos e logo que Mario chega, eu dou um pulo. — Conheçam a bolsa tira do tédio.

— O que tem aí? —Stacy pergunta.

— Tudo para tirar do tédio. —Mario a responde.

— Engraçadinho.

— Tem um baralho, um uno, um jogo de tabuleiro, salgadinho e pôr fim a melhor coisa bebida, colocada em garrafinha para ninguém desconfiar. —Eu dou um sorriso.

— Que ótima ideia. —Nicolas diz.

— Não sabia que era desse tipo. —Thomas me olha.

— Porque nunca contou para nós? —Paula cruza os braços.

— De onde veio essa ideia? —Samuel pergunta.

— Também queria saber. —Nicolas me olha curioso.

— Fomos criados praticamente juntos, sempre íamos a festas juntos, porém ficávamos muito entediados.

— Foi aí que eu e a Emma, criamos essa bolsa.

— Ela foi evoluindo com os anos, antes tinha um caderno para colorir e a bebida era refrigerante.

— Foi esse ano que começamos a trazer bebidas.

— Eles não desconfiam de nada? —Thomas nos pergunta.

— Só fizemos isso uma vez, e ficamos com tanto medo que tomamos apenas dois goles cada e guardamos.

— Que loucura, eles que deveriam estar bebendo. —Samuel nos olha surpreso.

— Eu aceito um gole dessa bebida, estou precisando. Mario serve Stacy e todos ficamos de cara que ela toma tudo em apenas um gole.

— Vai com calma. —Eu digo surpresa.

— Ela quer afogar as mágoas, depois do Pedro lhe dar um bolo. —Paula ri.

— Vamos mudar de assunto, quem quer jogar uno? —Stacy pergunta.

Todos nos servimos e começamos o jogo, por pior que seja o clima está agradável.

— Então Liana não quer nos contar, como conheceu o Nicolas? —Paula pergunta enquanto joga sua carta. Mas eu sei que ela não pode saber a verdade

— É uma história chata, não vão querer saber. —Eu tento recuar.

— Por que não, nos conte. —Stacy sorri esperando pela história.

Thomass e Nicolas se olham esperando minha resposta, com medo, então eu invento algo. —O pai do Nicolas é amigo do meu, aí esses dias meu pai queria que eu conhecesse o Nicolas, para me contar como está sendo a experiência na faculdade.

— Isso mesmo aí viramos amigos.

— Em qual faculdade você estuda? —Stacy, o pergunta.

— Na universidade da Califórnia.

— Não sabia que estava querendo outras opções. —Paula me olha.

— É bom ter sempre uma reserva, ainda mais que fica aqui mesmo. O que poderia ser melhor é perto de casa.

— Isso é fato.

— Aqui em Los Angeles tem ótimas faculdades. —Nicolas fala.

— Vejam quem chegou. —Paula aponta para a entrada.

—Quem. —Eu pergunto.

— Não vai querer saber. —Thomas coloca a mão em meu rosto.

—Ei Thomas, deixa eu ver.

—Tá bom. —Ele abaixa a mão.

—A Margarida, pensei que fosse o Noah Centineo. —Eu sorrio.

—Se fosse ele, eu já havia desmaiado. —Stacy fala.

—Ei, menos conversa e mais ação. —Nicolas diz enquanto joga uma carta. —Uno.

—Não olha

Margarida com a maior cara de pau se aproxima. —A festa está tão chata que vocês têm que jogar esse jogo tedioso? Ainda fingem ser amigos, me poupe.

— Olá Margarida, quer jogar também? —Eu pergunto tentando manter a calma.

— Eu sei que vocês não gostam de mim, por isso não vou aceitar o convite, se divirtam com a princesa das masmorras.

— Como queira, boa festa. —Eu sorrio.

Ela sai reboando e Nicolas aproveita para falar. —Então essa é a menina que lhe deu o apelido. Por que deixa ela falar assim com você.

— Já estou acostumada.

— Não é verdade uma vez ela entrou no (tapa) com a Margarida. —Thomas me olha sorrindo.

— Ela tinha passado dos limites.

— A então, você não está acostumada. Você sabe revidar.

—Sim, ela aprendeu a revidar. —Stacy diz.

— Ela tem é inveja da Emma. —Paula fala.

— Mudei de ideia não quero jogar, mas você aí, qual o seu nome? —Margarida diz voltando para a nossa mesa e apontando para Nicolas.

— Eu sou Nicolas.

— Gostaria de dançar?

Ele olha para todos, sem saber o que responder, mas eu resolvo tomar a iniciativa. —Ele adoraria.

—Mais que cara de pau, coitado do Nicolas por ter que aguentar a mis chatonilda.—Stacy diz enquanto eles saem, e todos caímos na risada.

— Que tal a gente também ir dançar? —Thomas me pergunta.

— Claro.

— Vamos Samuel?

— Eu que deveria perguntar, Paula.

— Vou ficar aqui esperando vocês. —Stacy fala sem graça.

—Por quê? —Mario a pergunta.

— Não ouviu, meu par me deu um bolo. —Ela o encara.

— Esse é o problema, quer dançar comigo?

— Está falando sério?

— Por que não estaria?

Todos se dirigimos para a pista de dança onde toca músicas lentas. Thomas estende a mão e eu me aproximo e começamos a dançar. — Vamos trocar de par. —Nicolas olha para mim e Thomas.

— Por mim pode ser, Thomas se importa de dançar com a Margarida?

— Você não a aguentou né? —Thomas fala em um tom muito baixo, para que ela não escute.

— Não sei como você aguenta, preciso trocar de par. Ela só sabe falar de coisas fúteis.

— Está bem, eu troco de par. —Thomas fala alto.

—Emma, aceita dançar? —Nicolas estende a mão.

— Por que não.

Enquanto trocamos de par eu e Thomas não paramos de olhar para o outro, até Nicolas falar e me lembrar que estou dançando com ele. —É estranho ter que mentir sobre nós? —Nicolas me pergunta.

—Sem ofensa, porém seria mais estranho dizer a verdade, esse é Nicolas meu futuro marido rico.

— Se eu tivesse no seu lugar também não iria dizer a verdade, agora que já conheci seus amigos é a sua vez de conhecer os meus.

— Não é muito cedo, não? Só saímos uma vez.

— Direitos iguais, eu conheci os seus, agora você conhece os meus.

— Vou pensar no seu caso.

— Vamos jogar truco, cansei de dançar esses sapatos estão me matando. —Stacy diz atrás de mim.

— Estamos indo, já chamou a Paulinha?

— Ela já está nos esperando.

Todos jogamos truco e bebemos vodca, mas, só percebemos que estamos bêbados quando a garrafa acaba. — Me dá mais um gole dessa bebida, está muito boa. —Nicolas que está menos bêbado pede mais.

— Tomamos tudo acabou. —Thomas vira a garrafa.

— Isso não é um bom sinal, será que estamos bêbados? —Samuel pergunta.

— Não sei, mas estou muito feliz de ter vindo, e Mario você vale muito mais que o Pedro. —Stacy ri.

— Obrigado pelo elogio, você não deve perder seu tempo com ele. —Mario a olha sorrindo.

Stacy muito bêbada, sem saber o que está fazendo dá um rápido beijo em Mario. — O que foi isso, já esqueceu o Pedro?

— Que Pedro que nada, ele já era, por que não fazem o mesmo. Emma tá esperando o quê? Eu sei que você tem uma quedinha pelo Thomas. —Stacy me olha.

Tanto Thomas com Nicolas me olham esperando minha resposta. —Eu gosto do Thomas, mas não posso beijar ele, eu passo. O que o Nicolas vai pensar de mim? —Eu respondo bêbada, mas eles também estão muito bêbados para ficarem bravos.

— A vida é uma bolha, o que ele tem a ver com isso, ele não está dentro da sua bolha. —Paula diz enquanto bebe seu último gole de vodca.

— Entendi tudo, a vida é imensa, vamos fazer um brinde a nossa amizade e ao novo casal.