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Chapter 23 - Despedida.

Já está amanhecendo e dormi muito pouco, passei a noite toda pensando no que aconteceu, até que consegui tomar uma decisão, nada fácil. Minha mãe me chama para tomar café e, desço cansada. — Quero pedir desculpas por ontem, sei que envergonhei vocês.

Ninguém me responde. — Mãe vou seguir seu conselho e vou me afastar de vez do Thomas, ele está me levando para o buraco.

— Sabe que só queremos o seu bem, não é? —Minha mãe me olha séria.

— Por isso vou obedece-la, só não sei se o Nicolas poderá me perdoar.

— Não se preocupe, uma hora ele terá que esquecer tudo isso, vamos falar de coisas boas. Acabou de chegar as cartas das faculdades não quer abri-las?

—Como, se eu mandei por e-mail?

—Não sei, só sei que chegou agora pouco.

Nesse caos todo um pouco do meu ânimo reaparece. — Mais do que tudo, estou muito ansiosa para saber se consegui entrar em alguma delas.

— Qual vai abrir primeiro?

Vou deixar a mais importante por último. — A que eu menos quero ir Yele.

Quando começo a ler já no início está escrito que não fui aceita. — Então você foi aceita? —Minha mãe pergunta.

— Não.

— Não se preocupe, ainda tem duas para abrir. —Meu pai diz.

— Eles não sabem a excelente aluna que estão perdendo.

Eu resolvo abrir a carta da California e meu coração fica mais tranquilo. — Eles me aceitaram.

— Que bom! Vamos comemorar depois, eu sabia que não iriam lhe recusar. —Meu pai fala animado, porém eu não estou tão feliz. Pois, não quero ir para California.

— Ainda temos uma para abrir, está preparada? Essa é muito importante, você e as meninas decidiram ir para Nova York na sétima série.

— Não sei se consigo, um dos dois pode ler?

Meu pai pega a corta e sem dizer nada sorri. —Por favor fala logo.

— Meus parabéns, alguém aqui vai para Universidade de Nova York.

— Ai meu deus não acredito. —Dou um grito.

— Hoje à noite iremos no seu restaurante favorito comemorar, e se suas amigas também tiverem entrado elas poderão ir junto. —Meu pai fala me abraçando.

—Espera aí, eu não estou de castigo?

— Hoje é uma exceção, o seu castigo começa amanhã.

— Muito obrigada mãe, mas se eu não for agora irei chegar atrasada e só para deixar claro, vou acabar com tudo hoje mesmo. —Estou feliz, mas ao mesmo tempo desanimada por ter que dar um fim no Thomas.

— Depois quero saber como foi, vou ajudá-la se puder ok.

— Obrigada, mãe.

Chegando ao colégio encontro Paula e Stacy. — Vocês receberam as cartas das faculdades?

— Recebi. —Paula fala.

— E então? —Eu pergunto.

— Entrei em duas, porém na Nova York fiquei na lista de espera.

— A Paulinha que triste, tomara que alguém desista, a faculdade não será a mesma sem você. —Eu faço uma cara de tristeza.

— Acredito que a felicidade acabou. —Stacy diz desanimada.

— Você também não entrou?

— Não, eu fui aceita, mais como vamos sobreviver sem você Paulinha?

— Calma não vamos perder as esperanças vai que alguém desiste e eu consigo entrar.

— Isso mesmo, vamos para a sala?

A aula é normal como de costume nós tentando prestar a atenção e a Margarida tentando se aparecer, com tudo a hora do recreio chega. — Vamos ver o que é de lanche? —Paula fala.

— Podem ir na frente preciso falar com o Thomas.

— Ai, ai vocês dois em cada vez mais próximos.

— Ei não é nada disso, minha mãe pediu para perguntar a ele se a mãe dele vai a um evento.

— Não precisa se defender.

—Vamos Paulinha.

— Se tiver Braune para vender eu quero um.

— Pode deixar.

Em quanto caminho na direção de Thomas um sentimento de pânico me toma conta, com uma sensação de estar aprisionada num pesadelo sem fim.

—Thomas, podemos conversar?

— Claro, vamos até à arquibancada.

— Dessa vez prefiro conversar no banco do Jardim, lá é mais isolado.

— Você entendeu algo da explicação de química? —Thomas tenta puxar conversa.

— Claro que sim, eu prestei a atenção, em quanto você conversava com a Margarida.

— Não precisa ficar com ciúmes, ela está saindo com o Brian o Jogador de basquete.

— E quem disse que estou com ciúmes?

— Chegamos, o que queria me dizer?

— O que tenho a dizer não é nada fácil, precisamos falar sobre a gente.

— Sei que estou de castigo, mas vamos dar um jeito, não se preocupe, continue saindo com o Nicolas falta apenas dois meses para a faculdade.

— Eu sei que você quer que as coisas continuem do mesmo jeito, mas isso não dará certo. Olha tudo o que estamos fazendo, você está afastando seu irmão, traindo ele, isso é errado. Você não pode me amar mesmo que queira.

— Eu sei que parece que o mundo conspira contra nós, mas se lembre, o mundo gira em um giro desses tudo pode mudar, não desista do nosso amor.

— Saiba que jamais vou esquece-lo vou sempre lembrar do que vivemos, você foi o meu primeiro amor. Porém, não posso machucar mais ninguém, foi bom em quanto durou, mas vamos ficar melhor separados, sem causarmos mais nem uma vergonha a nossos pais.

— Eu aguento vela de mãos dadas com o Nicolas até beija-lo, mas, saber que quer desistir de nós isso eu não aguento.

— Entenda nós estaremos melhor separados, estou tentando fazer o que é melhor para todos. Não podemos ser egoístas e fazer o que queremos, já tentamos e olha no que deu.

Thomas com um olhar de tristeza se aproxima e me dá um beijo cheio de e emoções, um beijo que ambos sabemos que será o último.