De repente Thomas se aproxima. —Posso me sentar? —Ele pergunta meio tímido.
Faço sinal que sim, e ele continua falando.
— Me desculpe por ontem, tinha me esquecido do jantar.
Eu tento ouvir o Conselho de Agatha, mas, não consigo. Com um pouco de medo no meu coração, faço a pergunta que tanto desejo saber a resposta. — Você foi embora devido ao jantar, ou foi por causa do nosso beijo?
— A não, desculpe por deixar essa impressão, o beijo foi bom. Fui embora por causa do jantar mesmo.
O que ele quis dizer com isso, bom pode ser apenas tolerável. Tem várias interpretações para esse. foi bom. — Eu sei que foi apenas um beijo, que você ainda gosta da Margarida. Se for melhor para você podemos voltar a ser amigos, e fazer de conta que isso não aconteceu.
— Eu não quero esquecer isso. —Seus lindos olhos brilham como o brilho do diamante.
Aos poucos ele vai se aproximando calmo, como se tivesse feito aquilo milhões de vezes. Estou quase entrando em desespero por dentro, pensando na sensação e no gosto que irei poder provar mais uma vez. O gosto doce como o mel de seus lábios. Com tudo, nosso beijo é interrompido com a chegada de Stacy e Paula. —A Paulinha queria comprar um lanche, e a fila estava gigantesca.
— Depois conversamos? Tenho que ir. —Para minha decepção, Thomas sai e me deixa sozinha com as meninas.
— O que ele queria? —Paula pergunta.
— Nada demais, queria só falar sobre o trabalho de arte. Tenho uma novidade que vocês vão gostar.
— Conte. —Paula me olha esperando, eu contar.
— No dia da caridade minha mãe vai fazer um baile também.
— Que ideia legal. —Stacy que ama festas sorri.
— Para que ela está fazendo isso?
— O que importa Paulinha, um baile sempre é bem-vindo.
— Ela teve essa ideia para aproveitar o dia da caridade, e arrecadar dinheiro para ong dos animais. O convite é 100 reais mais é para uma boa causa.
— Pode contar conosco nós vamos.
— Com certeza, por que não convidamos os meninos para ir junto?
— Por que eles aceitariam, Paulinha?
— Paulinha eles apenas foram ao baile conosco, não significa que viramos um casal.
— Stacy eu sei disso, mas não custa nada tentar.
— Você tem certeza? —Pergunto com medo.
— Vamos lá.
— Se me fizer passar vergonha irá ver o seu. —Stacy a encara.
— Relaxem o que pode acontecer de tão ruim?
— Talvez esteja certa, um não já temos. —Eu concordo.
Eu e Stacy nervosas seguimos Paulinha, de volta à sala de aula. — Então vamos fazer assim, trazemos os 3 aqui e convidamos todos de uma vez só. Assim não passaremos vergonha, sozinhas.
Cada uma vai atrás de seus pares, eu encontro Thomas sentado mexendo no celular, e tomo coragem para me aproximar. Dou um tapinha no ombro dele. — A você está aí, não a vi depois daquilo.
— A Paula quer falar algo, e fez a gente ir atrás de você e do Pedro.
— Que mistério em, por que ela quer falar conosco. Agora viramos amigos? —Ele falando assim não sei por que me deixou com uma pontada de tristeza.
— Se me seguir irá descobrir.
— Então serei breve, a mãe da Liana está organizando um baile de caridade, e queremos saber se querem ir conosco.
— É por uma boa causa, ajudar uma ong de animais. —Stacy diz.
— Quando será? —Samuel pergunta.
— Esse sábado, e sim sabemos que é em cima da hora. Entenderemos se não puderem ir.
— Por mim tudo bem.
— Não gosto de baile. —Pedro, sentado encima da mesa todo entojado responde.
Eu olho fixamente para Thomas, e ele percebe que estou ansiosa para saber sua resposta. — É por uma boa causa, eu irei, ei Pedro vamos, qual é o problema?
— Já disse não gosto de baile. —Pedro o encara.
— Está bem, eu vou. —Pedro concordou só porquê Maria estava passando por perto, eu sei que ele quer fazer ciúmes para ela.
— Combinado, sábado baile de caridade, às 19. —Paula sorri.
— Então amanhã trago os convites.
— Qual é a novidade? —Margarida pergunta se sentando ao lado de Thomas.
— Não é da sua conta. —Paula a encara.
— Minha mãe está fazendo um baile de caridade, para ajudar a ong dos animais.
— Não conta para ela. —Stacy diz enquanto coloca a mão em minha boca.
— A era isso, minha mãe comprou convite, e estou sendo obrigada a ir nessa festa cafona.
— Margarida chega. —Thomas a encara.
— Calma, já estou de saída, vejo vocês na festa? —Ela sorri.
— Vai com Deus. —Stacy sorri.
— Era isso, então preciso ir. —Pedro, pula da mesa.
Depois da aula voltamos para casa juntas, como o de costume. —Tá rolando alguma coisa entre você e o Thomas? —Paula me pergunta segurando um sorriso.
— Por que você pensa isso? —Pergunto ficando vermelha.
— O jeito que vocês estão se olhando ultimamente.
— Também reparei isso, e estão passando muito tempo juntos. Até fazendo trabalhos.
— Claro que não, vocês estão vendo coisa.
— Sei. —Stacy me olha maliciosamente.
— É verdade agora somos amigos.
— Stacy eles têm uma amizade-colorida.
—Paulinha, pare com isso. —Fico ainda mais vermelha quando me lembro do nosso beijo.