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Chapter 6 - CAPÍTULO SEIS

Sexo era palavra proibida de ser pronunciada em Vadenberg.

Afinal, dissera Deus que "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a Terra. "

Então, o sexo tinha fins apenas reprodutivos e certamente era bastante utilizado para esse fim, pois todos os anos nasciam crianças em quase todas as casas de Vadenberg.

Sabia-se de algumas mulheres que as boas famílias consideravam com a alma perdida, recebiam homens, visitantes sorrateiros de suas casas quando suas esposas pensavam que eles estavam trabalhando.

Os homens jovens não sabiam como chegar até elas, pois eram segredos que seus pais guardavam. Os pais tinham que ter reputação inexorável para os filhos.

Michael Müller tinha 13 anos e gostava de espreitar mulheres. Ele vira a linda jovem chegar à casa da montanha.

Gostava também de caminhar furtivamente pelas margens dos rios.

Ele sabia que as filhas dos camponeses viriam tomar banho. Não lhes era permitido pelos pais o banho sem roupas. Mas elas tiravam pelo menos uma parte.

As roupas íntimas não deixavam ver nem ao menos as pernas das moças, mas molhadas, colavam-se aos corpos jovens.

E escondido, Michael sentia uma forte pulsação no baixo ventre e imaginava que todo o seu sangue circulava para entre as suas pernas. Temia que suas calças se rasgassem. Ele gostava dessa sensação e todos os dias fugia do trabalho que o seu pai lhe destinava, para fazer suas furtivas visitas.

À noite, deitado, pensava nas moças e sentia a mesma pulsação. Acariciava o volume que crescia embaixo de suas vestes e dormia.

E naquela noite, Michael sonhou. Ele estava na margem do rio e a moça de cabelos vermelhos chegava. E ela começava e tirar a roupa.

Ao contrário das outras moças ela tirava toda a roupa. E Michael via um corpo lindo como nunca desenhara em sua imaginação.

Pernas esguias sustentavam nádegas roliças e ao ficar frente a frente, Michael pode ver seios firmes e redondos como maçãs.

Ela chegou perto e sem uma palavra, beijou-o, despindo-o da camisa larga e descendo a boca colada ao corpo do rapaz.

Em seguida, avidamente desabotoou suas calças, e abocanhou seu pênis, em movimentos rápidos de vai e vem.

Atônito, Michel sentiu seu baixo ventre explodir.

E acordou molhado, sem saber o que diria a sua mãe, quando ela fosse lavar a sua roupa.

O que ele lembrava, era que jamais sentira algo igual em sua vida. Ele teria que saber se seria possível realizar o seu sonho.

Na casa de Eule, à tarde Bertha recebeu autorização para ir encontrar-se com seus pais. A ela foi incumbida a missão de trazer dez jovens para serem avaliadas para os serviços domésticos, já que ela cuidava somente dos prazeres de sua ama.

E ela foi levada de charrete, vestida com ricos tecidos. Poderia ser comparada a uma dama da mais alta classe do vilarejo.

Diria a seus pais que passaria a morar na casa da montanha, sendo governanta e dando ordens à equipe de empregados.

Ao chegar, seus pais viram que sua filha parecia uma princesa.

Mas havia uma sombra em seu olhar. Sua mãe sentiu isso e quando ela disse que ficaria morando com a ama, esse sentimento se intensificou.

Mas eram muito pobres e se a filha estava tão bem vestida, deveria estar bem alimentada, bem guardada e acabaria se acostumando.

Um dia seu noivo teria condições de casar e os dois lhes dariam lindos netos.

Deixando a informação de que dez moças deveriam ir para a casa em que ela trabalhava e que conseguiriam emprego também, Bertha despediu-se de seus pais.

E eles ficaram olhando a charrete com a filha desaparecer na curva que dava acesso à casa da montanha.

Bertha entrou no quarto de Eule e viu que ela não estava. Caminhou pelo corredor e percebeu vozes na cozinha.

Quando entrou, não pôde conter um grito de pavor. Parte de um pequeno corpo humano dependurado pelo pezinho oscilava num grande gancho de açougue.

Numa panela estava parte do que deveria ser o restante do corpinho. Bertha não resistiu e desmaiou.

Acordou na cama de Eule. E ela estava sentada ao seu lado.

– Minha amada... a partir de hoje, você não sofrerá novamente ao ver essas cenas – E debruçou-se sobre Bertha, beijando sua boca e seu pescoço.

E Bertha sentiu uma dor lancinante, quando dentes finos como agulhas cravaram- se em seu pescoço. Sentiu seu sangue jorrando, tudo rodopiou à sua volta.

Num último pensamento, viu seu pai, sua mãe... Corria livre pelos campos... Nunca mais os veria. Sentiu uma dor forte no peito e tudo escureceu.