Davi
Graça a deus consegui pegar a Raquel antes de ela desmaiar em meu colo. Fiquei assustado e nunca imaginei que isso iria acontecer.
— Querida, por favor, acorda... — A chamando novamente e a pego no colo e a levo direto para o sofá. Esperando ver se ela acordava e acabo esquecendo que o meu amigo Leandro se encontrava em casa e quando verifico ele estava olhando para ela com um olhar estranho e não gostei nenhum um pouco.
— Ela está bem? — ele pergunta ainda com o seu olhar fixo nela.
— Sim... Ela teve um desmaio e daqui a pouco ela retorna. — falo segurando a mão dela e que estava gelada. — Leandro, por favor, fica com ela um pouco em quanto vou buscar álcool?
— Claro amigo, vai lá. — ele responde rápido e fico com uma sensação estranha e não sei o que era. Agradeço deixando ela com ele e vou até a cozinha procurar álcool. Não encontro e sigo até o armário de limpeza também não acho e quando volto tomo um maior susto não consigo encontrar o Leandro.
— Leandro? — O chamo e nada de ele responder e quando meu olhar cai no sofá descubro que a Raquel não se encontra lá. — Raquel querida, está tudo bem? — A chamo e não tenho nenhum retorno. Começo a procura pela casa toda e nada de encontra-la e muito menos o Leandro.
— Puta, merda o que está acontecendo aqui? — quando percebo que não encontro nenhum e nem o outro. Pego o meu celular e ligo para o da Raquel e ouço chamar e nada de ela atender, quando o encontro.
Ligo para o celular do Leandro e cai na caixa de mensagem e logo me ocorre que ele pegou a Raquel, mais porque seria? Volto a discar novamente só que dessa vez é para delegacia.
— Delegacia? — ouço a voz que atende.
— Aqui o delegado Hauffernan, quero que faça um rastreamento... — Peço passando tudo o que sabia sobre o Leandro e seria um tiro no escuro, mais queria ter certeza que ele não estava envolvido no sumiço da Raquel, só que agora não tinha mais tanta certeza.
— O carro da policial, Duarte se encontra em movimento. — A policial avisa e peço que mande viaturas atrás dele e quando pergunta porque estava pedindo isso, só respondo dizendo:
— Ele sequestrou a minha mulher! — aviso puto ao perceber que o filho da puta iria me pagar por estar atrás da minha mulher.
— Ok, acabei de emitir um alerta para o carro do policial Duarte. — A policial avisa.
— Quero que me passa a localização dele agora! — peço pegando a chaves do carro, fecho a casa e corro para ele. E assim que entro no carro, coloco o celular no suporte e deixo no alto falante e vou ouvindo a localização e assim que estava para desligar ouço a voz do Mateus na chamada.
— O que está acontecendo, Davi? — ele pergunta e conto para ele o que sei que praticamente nada. — Você tem certeza que ela está com ele?
— Tem que está, Mateus ela desmaiou quando a apresentei ao Leandro... — ouço voz de fundo e sei que estava lá era o Diogo.
— Davi, o Mateus acabou de me contar que a Raquel está sumida e que você acha que o Leandro a pegou... — Diogo pergunta curioso.
— Sim, tenho certeza! Você a conhece... — O lembro ficando estressado se aquele filho da puta machucar ela não me respondo por mim.
— E você tem alguma ideia, da onde eles dois se conhecem? — Diogo pergunta.
— Não tenho, é isso que acho estranho... — comento entrando na rota que eles passaram e o estranho é que essa direção estava indo para o interior.
— Davi, me ocorreu que a ligação deles tem a ver com o passado dela... — Diogo começa e sinto suor frio escorrer sobre mim quando chego aonde ele quer chegar.
— Não... Isso é impossível, né? — Pergunto sentindo o sangue ferver mais do que ele estava.
— Eu quero que façam um levantamento do policial Duarte de mais ou menos 12 anos atrás, na comunidade do fogo... — Diogo grita.
— Diogo eu te juro! Vou acabar com aquele filho da puta, se encostar um dedo nela! — rosno puto com o Leandro por ter tocado na minha mulher.
— Você tem que se acalmar, Davi! — ele pede, ou melhor, ele ordena. — Você já tem a localização deles?
— Eu tenho estão seguindo em direção para o interior. — aviso sem responder se iria ou não me acalmar quando visse. E ouço o Diogo emitir um novo alerta para ter o acesso ao interior fechada. E faço uma coisa que não fazia há muito tempo, começo a rezar. "Feiticeira, estou indo te buscar amor, fique bem!"
Raquel
Quando volto do desmaio reparo que estava num local escuro e não precisava ser um gênio para notar duas coisas a primeira é claro que não me encontrava na casa do Davi. E a segunda coisa que noto é que estava algemada e amordaçada e as minhas pernas também algemadas e tento me virar e bato contra alguma coisa dura, ou seja, eu estava dentro de um porta mala.
— Ah porra, que enjoo... — resmungo em pensamento, quando sinto um solavanco, no porta mala. Não tinha ideia de quanto tempo estava ali dentro do carro. Só sabia que de uma coisa o filho da puta que tinha me violentado agora tinha um nome e um rosto.
Nunca imaginei, que acabaria encontrando esse monstro não podia nem dizer que era um animal, porque seria xingar ele. Não sabia o que iria acontecer comigo. A minha única preocupação era o Davi que nessa altura do campeonato deveria estar preocupado comigo e no mínimo louco para pegar o amigo dele.
Se para mim era um choque descobrir que o filho da puta que me violentou tinha um rosto agora conhecido por mim, fico imaginando a cara do Davi que no mínimo já deve ter juntado os pontos e ter descoberto quem era mesmo o amigo dele.
Noto que o carro para, e o meu coração para por alguns segundos. Ouço abrirem a porta do carro e os passos começam a se aproximar e não demora e o Leandro abre o porta mala e quando vê que eu estava já acordada ele sorri e diz:
— Então você acordou... — ele pergunta em tom satisfeito e olho pra ele e resmungo não conseguindo responder do jeito que faria e queria dizer era "Jura? Eu achei que ainda estava desmaiada!" penso com ironia. Ah como eu queria que o Davi me encontrasse logo e acabasse com esse filho da puta.
Leandro me tira do carro e me joga em cima do seu ombro como se fosse um saco de batata e me leva para uma casa pequena que mais parecia uma cabana. Observo ele pegar a chave e abri ela e entramos, ele segue para um sofá e me coloca lá sentada e vejo indo até um canto da sala aonde tinha uma cadeira e a puxa e senta.
— Então nos encontramos novamente hein... — Ele comenta e reviro os olhos para ele. "É fazer o que!" Penso com ironia. E dou os ombros para ele. Que me olha com fogo nos olhos. — Ah sim... Perdoa você está com a boca amordaçada. E agora sim você pode falar...
— E você quer que eu responda o que? Que estou feliz em saber que você é o homem que violentou? — pergunto com ironia o interrompendo, no fundo começando a ter medo dele não sabendo o que poderia me acontecer nesse local deserto.
— Você continua sendo a mesma com a boca esperta não? — ele ri e reviro os olhos pra ele.
— Você sabe que o Davi vai vim atrás de você, não? — aviso que me olha e começa a rir.
— Ah eu quero o ver tentar. — ele diz dando ombros. — Então você não vai responder a minha pergunta?
— E que pergunta seria essa, mesmo? — me faço de desentendida e desejando não rezando, orando e pedindo para todos os santos, que o Davi viesse atrás de mim e acabasse com esse filho da puta dos infernos.
— A gente? Minha querida era disso que estava te perguntando nos encontramos depois de muito anos... — ele diz sorrindo e a vontade que eu tinha de estar naquele momento com o meu chicote era grande demais.
— Se você acha isso um grande encontro quem sou eu para contrariar. — respondo com ironia.
— Sabe de uma coisa desde que te conheci, gostei de você... — ele diz de uma forma bem intima e não vou dizer que aquilo assustou a porra de mim com a forma de como ele disse intimamente, além do fato de me violentado entre outras coisas que deixei trancafiado dentro de mim e que achei que a segunda pessoa que saberia da história seria o Davi.
— O engraçado é que nunca te conheci até aquela maldita noite que você me violentou. — aviso e fico tentando entender como ele disse mesmo que sempre gostou de mim e aonde esse homem me conhecia? Penso comigo mesma.
— Não querida, você pode ter me conhecido naquela noite, mais eu sempre te via como gostosa que ficava passando com as roupas apertadas, só para me provocar... — ele declara e a minha atenção é desviada quando noto que aparece uma sombra e logo aparece o Davi e ele faz um sinal de silencio e sorrio por dentro sabendo que o meu homem tinha chegado.
— Então é minha culpa, por andar do jeito que eu queria? — rosno para ele e falo não querendo nem saber, tinha que enrolar esse filho da puta. — Era a minha culpa ter sido violentada por você e ver as pessoas da comunidade declarar que eu sou culpada por ser mulher? — desabafo.
— É claro que é, vocês mulheres não pode andar do jeito como se estivesse vindo ao mundo, nua. — ele declara preconceituoso e reviro os olhos pra ele. Reparo que passa mais alguns homens e sabia que tinha que enrolar o Leandro de alguma forma é o que faço o enrolo dizendo:
— Então é minha culpa, por andar do jeito que eu quero? — esbravejo puta com ele.
— Sim, é a sua culpa e de outras putas que andam desse jeito. — ele declara.
— Então é a nossa culpa, e pedimos para isso? — falo ficando nervosa com esse filho da puta.
— Sim, se vocês não ficassem nos dando sorrisinhos, se vestindo como uma puta, a gente não faríamos isso. — ele fala dando ombros e solto uma verdade que estava guardando a sete chaves e começo falar:
— É minha culpa também de além ter sido violentada, acabei gravida? — grito e vejo a sua reação de surpresa. E mal dá tempo de responder que sim a porta arrombada e entra um Davi furioso e vai para cima do Leandro e o pega desprevenido e começa a socar ele sem dá chance de revidar e o nocauteia, varias e varias vezes e vendo o Davi machucado eu falo com ele:
— Davi... Por favor, querido, você está machucado... — aviso pra ele que me olha preocupado e vem na minha frente, se ajoelha e me abraça e diz:
— Querida, você está bem mesmo? Esse filho da puta te machucou? — ele rosna preocupado e sorrio pra ele.
— Sim, eu estou bem, fiquei um pouco assustada e no final senti forças para mostrar para ele que eu muito melhor do que ele. — declaro e ele passa mão em meu rosto e diz:
— Querida, eu ouvi você dizer que estava... — ele começa e o interrompo dizendo:
— Gravida? — completo sorrindo triste.
— Isso... Porque não me contou querida? — ele pergunta com cuidado e tento me mexer e Davi nota o meu desconforto. — Perdoa querida... — Davi fala e pega a sua chave e não abre. Ele vai até o Leandro caído e vasculha os bolsos dele e pega o molho de chave e antes de voltar ele dá um chute no Leandro e ouvimos gemer. Davi volta e abre as algemas das mãos e dos pés e passo as mãos nos pulsos para ver se eles tinham se machucados.
— Não foi tão divertido como achei que seria... — brinco com o Davi que me olha sem entender nada.
— Divertido como assim? — ele pergunta curioso.
— Sempre sonhei em ser algemada por você... — brinco novamente e ele ri ao me abraçar e fala.
— Mais isso querida, vou te mostrar com a pessoa certa te algemando vai ser muito melhor e isso eu te garanto. — Ele responde fazendo carinho em meu rosto novamente e me beija longamente.
— Isso é uma promessa? — O questiono quando paramos de nos beijar.
— Sim, é uma promessa que em breve vou cumprir agora, vamos para nossa casa, ok! — ele pede e me abraça e passamos pelo Leandro e fomos embora, daquele lugar e encontro o Diogo que vinha rápido de nosso encontro ele me abraça e pergunta se estou bem e respondo que sim e ele entra na cabana e aí o que ele faz já outra história, com o filho da puta era o problema deles agora.
Fomos para casa do Davi e quando chego lá sou levada para o chuveiro e lá o Davi me ajuda a tirar as roupas e liga o chuveiro bem quente e entro debaixo do chuveiro, ele me ajuda a tomar um banho me cuidando.
Não ficamos muito no chuveiro. Depois que terminamos ele pega a toalha me ajuda a secar e me leva para o nosso quarto como ele mesmo disse varias vezes.
Davi como sempre cavalheiro, me senta na cama e vai até o seu guarda roupa e pega a ultima camisa dele e coloca no meu corpo. Ele olha pra mim e fala:
— Vou buscar algo para você comer, ok? — ele fala e sorrio acenando com a cabeça e vejo que o meu celular estava na cama e o pego e me sento melhor na cama e o abro e vejo que tinha varias chamadas perdidas e entre eles tinham, da editora, tinha do Davi e também tinha da Nella e ligo pra ela enquanto espero o Davi voltar e não dá nem o segundo toque ouço a voz da minha melhor amiga no fundo dizendo:
— Graça a deus, amiga! Você está bem? O filho da puta do Leandro te machucou? Se soubesse que era ele o tempo todo eu teria matado o filho da puta eu mesma... — Nella falava tão rápido, que acabo sorrindo e noto que o Davi vem com uma bandeja na mão e na outra segurando o Max e sorrio.
— Nella amiga, fica tranquila que eu estou bem, daqui a pouco eu te ligo, preciso conversar com o Davi sobre o passado... — começo e ela me interrompe dizendo com cautela:
— Você vai contar, tudo pra ele? — Nella pergunta.
— Ele sabe um pouco. — comento e nos despedimos e vejo o Davi colocar o Max na cama e ele vem em minha direção e faço um carinho nele. Davi vem também e se senta na minha frente e ele pega em minhas mãos e faço o cainho em seu rosto e respiro fundo. — A mais ou menos 12 anos atrás quando fui violentada, descobri que fiquei gravida... — começo a contar a história, para ele desde o começo.