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Chapter 19 - Epílogo ( parte 02)

Raquel

Saio da sala do delegado com a cabeça a mil, estava estressada e com a cabeça doendo de tanto que tive que responder as perguntas e também falar sobre a minha filha.

A vontade que eu tinha era de chorar, e nem percebo que as minhas lagrimas já estão deslizando pelo meu rosto. Sinto os braços do Davi em meu corpo e fico ali me sentindo segura. Não sei quanto tempo que fiquei assim em seus braços.

Também não percebi que a Laís tinha me deixado, acho que ela viu o meu estado e deve ter chamado o Davi.

— Calma meu amor, acabou... — ele declara e choro mais um pouco e sorrio ao limpar as lagrimas.

— Me desculpa... — sussurro para ele que me olha sem entender nada.

— Porque você está se desculpando? — ele pergunta curioso.

— Por estar chorando em seus braços novamente. — sussurro pra ele com a voz rouca de choro.

— Você sabe que sempre pode chorar em meus braços, se bem que eu não quero ver esses lindos olhos feiticeira, chorando mesmo que seja de alegria viu.

— Ok! — É o que eu respondo, sorrindo e o vejo secando as minhas lagrimas e agradeço a deus, por ter me dado um homem maravilhoso que ele era.

— Agora vamos para nossa casa! — ele pede e seguimos para fora da delegacia e lá encontramos a doutora Lacerda, dando entrevista e quando vê que a gente saiu ela interrompe e vem ao meu lado e pergunta:

— Você está bem? — ela pergunta preocupada.

— Sim... Eu estou bem! — respondo tranquilizando ela.

— Você está pronta? Pronta para tomar a sua vida novamente? — ela pergunta fazendo um gesto com a cabeça para a imprensa.

— Sim eu estou! — respondo sincera e vou até os jornalistas e respiro fundo e olhando para eles repito a mesma frase que a Laís me falou: — Antes de responder as perguntas de vocês vou começar a dizer que eu Raquel Santos estou tomando a minha vida de agora em diante... — começo a contar a minha vida e vou respondendo algumas perguntas e não sei quanto tempo que estou ali na frente deles respondendo as suas perguntas e só concluo dizendo antes de encerrar: — Se você mulher que foi violentada, pelo policial que usou a sua posição para te violentar, ou foi um marido seu, namorado, pai, mãe, irmão etc... Não tenha medo denuncie. E peço a todos que aconteceram com vocês lutem, se unem que vou estar junto com vocês, obrigada! — agradeço e saio sob aplauso dos jornalistas e quando estava indo em direção ao carro agradeço a doutora Laís que agradece dizendo que vai me encontrar próximo a data de julgamento do Leandro, agradeço.

— Vamos para casa? — Davi pergunta quando entro no carro e o olho e me surge uma ideia.

— Quero que você me leve em um lugar pode ser? — peço sorrindo e ele me olha e diz:

— Sim querida, aonde? — ele pergunta curioso.

— Ao cemitério da Paz. — peço pra ele que sorri surpreso e me leva até o cemitério. Seguimos em silencio e quando chegamos lá passo na floricultura e compro um ursinho de pelúcia e algumas margaridas e quando ia pagar o Davi não deixa e sorrio agradecida.

O Davi leva o vasinho de margaridas e eu seguro o ursinho e em silencio seguimos até o tumulo da minha filha. Enquanto passávamos pelos túmulos, e vendo as datas da lapides e algumas antigas e outras tão recente que me fazem as minhas lagrimas escorrem pela perda que os pais estão tendo naquele momento.

— Querida, tudo bem? — ele pergunta preocupado.

— Sim... Eu estou, só que vendo essas lapides e reparei que algumas são desses dias e fico imaginando a dor que os pais deles estão sentindo é a mesma que senti e sinto até hoje. — comento e o Davi não responde nada e agradeço, porque sei o quanto é difícil pra ele vim ate aqui, comigo.

Quando chegamos a lapide da minha filha e tiro as flores do braço do Davi e substituo pelas novas e olhando pra aquela lapide e começo a falar:

— Filha, eu quero te apresentar uma pessoa muito especial... — começo e o Davi sorri ao dizer:

— Amanda, muito prazer meu nome é Davi Hauffernn e gostaria de dizer que eu antes de tudo, gostaria de ter te conhecido quando nasceu, tenho certeza que agora aonde você estiver sei que é uma linda criança. — ele fala sorrindo e sorrio também. — Eu quero muito que você acredite que vou fazer a sua mãe muito feliz, querida! Também quero te falar que você também, tem uma parte de mim e tem o meu coração e gostaria de pedir pra você Amanda a sua mãe em casamento e pedir também que me aceite como seu pai... — O interrompo surpresa.

— Davi... — sussurro pra ele que sorri e as lagrimas que antes era só uma ou outras agora caíam livremente e vejo que ele está ajoelhado e fico em choque quando percebo o que ele esta fazendo.

— Eu Davi Hauffernn, quero pedir a sua mãe Amanda em casamento e prometo Amanda que vou fazê-la muito feliz. — ele fala e me estende a caixinha de anel e era tão lindo que choro mais ainda.

— Davi... Ele é lindo! — sussurro olhando para caixinha e olho para ele e falo: — Eu aceito Davi ser a sua esposa. — declaro sorrindo. Vejo o Davi se levantar e o ouço dizer:

— E Amanda. — ele fala olhando para a lapide da minha filha e fala: — Quero muito pedir pra você e para sua mãe que você seja a minha filha, de papel passado porque você sabe que mesmo não tendo o meu sangue, já te considerei desde que eu soube de você como a minha filha. — ele mal acaba de falar e passa um aroma de um perfume que não sei da onde vinha mais eu tinha certeza que era a benção da minha filha, ou melhor, dizendo nossa filha.

— Obrigada, querida! Você não sabe a falta que me faz, mais sei que aonde você estiver vai estar nos protegendo meu anjo. — declaro e dou um beijo no seu ursinho e coloco em cima da sua lapide e beijo o seu nome e também a foto dela e vejo o Davi fazer a mesma coisa e ele me abraça e ficamos assim olhando a lapide e sorrindo sabendo que a nossa filha estava nos abençoando com o seu amor.

Depois que saímos do cemitério já era tarde e seguimos para a minha casa e quando chego lá noto que tinha vários carros e entramos dentro dela e encontro a minha mãe que quando me olha, sorri e começa a chorar e choro junto com ela. Quando passou o chororô, ela vê que eu estava acompanhada do Davi e diz:

— Então finalmente, você conseguiu se declarar para minha filha não? — A minha mãe brinca e estende os braços para o Davi que não se faz de rogado e se joga nos braços da minha mãe e diz:

— É foi difícil, dona Ester, mais consegui! — ele brinca e reviro os olhos pra ele feliz e ouço passos vindo da cozinha e sorrio ao ver que era a Nella com a Duda e o seu delegado ao rebote e junto com eles também apareceu a Laís, seu irmão Mateus e o seu marido Gustavo. Abraço todos e agradeço a todos pela força que me deram.

— E já que veio todos para cá, quero dizer que finalmente a Raquel resolveu me fazer um homem honesto e aceitou se casar comigo. — ele declara ainda abraçando a minha mãe que ri muito e todos acabamos rindo junto com a empolgação dele.

— Então além de minha amiga, comadre, minha chefa e agora vai ser a minha cunha? Estou feliz pra cacete! — Nella grita e dou mais risada e nos abraçamos e quando senti seus braços em mim e ela me fala bem baixinho. — Está vendo querida, que você está tendo o seu feliz para sempre!

— Sim, amiga! Agora sim eu acredito em feliz para sempre! — respondo feliz e mostro pra ela o anel que o Davi me deu e ela disse:

— Agora vamos organizar um casamento, já sabe pra quando? — ela pergunta pra mim e quando ia responder o Davi se intromete e diz:

— Duas semanas... — ele mal acaba de falar e a Nella grita dizendo:

— Nem pensar, Davi dois meses... — ela diz e eles dois começam a discutir e a minha mãe me puxa para cozinha enquanto deixamos os outros rindo das brigas dos irmãos e ela me abraça e diz:

— Vocês demoraram querida, aonde vocês estavam? — ela pergunta curiosa.

— A gente foi até o cemitério... — falo para ela e quando me sento na cadeira e ela faz a mesma coisa e começo a contar como foi no cemitério como tinha sido especial e lindo ao ver como ele falou com a Amanda.

— Fiquei sabendo que pegaram aquele maldito. — minha mãe declara. E aceno em concordância com a cabeça e mudo de assunto: — A senhora mal voltou de viagem e estou me mudando em breve.

— Minha querida, eu sempre soube que um dia, você ia se casar com o Davi, graça a deus esse homem nunca desistiu de você, hein... — ela brinca e me faz rir.

— Sim a senhora tem razão. Ele me faz feliz e outra mãe ele pediu pra ser o pai da Amanda. — conto pra ela que senti um perfume e a minha mãe fala:

— Eu tenho certeza que era a nossa menina abençoando vocês! — ela declara e falo:

— Sim, mãe eu também senti isso e agora o próximo passo e mudar a documentação dela e colocar o sobrenome do Davi. — comento e ficamos conversando sobre o meu casamento com o meu ex-dominador.

Dois Meses Depois...

E chegou o dia do meu casamento, nem eu mesmo acredito que conseguimos esperar tanto tempo para nos casarmos. A Nella não deu por vencida e acabamos marcando o nosso casamento para hoje, mesmo se passando dois meses foi tudo tão corrido e ao mesmo tempo emocionante.

Mudei de casa, e como morávamos em uma casa grande pedimos para a minha mãe morar com a gente e ela disse que não e que iria aproveitar pra viajar mais um pouco e rimos dela.

A minha antiga casa, ficou pra ela e ela ia ver o que iria fazer se iria vender ou alugar, ela achou a casa muito grande só pra ela e até que concordei com ela.

— Querida, você está tão linda, gostaria muito que o seu pai estivesse aqui... — ela declara e sorrio sabendo que ele estava de alguma forma junto com a minha filha. Meu pai foi embora muito cedo vitima de um infarto.

— Mãe a senhora também está lindíssima. — A elogio e mal termino de me arrumar e ouço um assobio do Diogo vindo da porta e ele me abraça e diz:

— Querida, você está linda demais, tem certeza que ainda quer se casar, com aquele bobão? — ele brinca e dou risada e ouvimos um grito enfurecedor vindo do corredor:

— Diogo seu filho da puta, para de tentar fazer a minha mulher mudar de ideia. — ele rosna e damos risada.

— Você está pronta? — ele me pergunta e olhando para ele e falo:

— Sim eu estou, mais do que pronta! — pego o meu buque e com a ajuda da minha mãe seguimos em direção ao jardim, estávamos fazendo o nosso casamento na casa da Nella aonde tinha mais espaço e assim que chegamos à entrada começa a tocar a musica do cantor "Michael Bolton" com a musica "When a man loves a Woman" e começo a chorar por saber que essa era a nossa musica e combinava como ele mesmo disse com a gente. Vejo a minha mãe ir para o altar e quando ela chega lá o Davi vai até ela a abraça e sussurra algo pra ela e fico curiosa pra saber.

— Vamos? — Diogo pergunta e aceno em concordância e sou levada até o altar e quando chego lá o Davi agradece o Diogo e depois me dá um beijo de leve e ouvimos protesto e demos risadas.

— Estão prontos? — O juiz de paz pergunta e olhamos um para o outro e sorrimos ao dizer juntos:

— Sim, estamos prontos! — A gente responde e o juiz começa a cerimonia.

A cerimonia acaba logo. A Duda estava lindinha e o Max então estava de gravatinha e sorrio jogo o buque de rosas quem pega é o Mateus que ri ao dizer eu sou casado, já e ele passa o buque para a sua irmã que fica toda feliz em receber ele.

Ouvimos que as musicas começa a ser tocadas e começo a dançar com agora o meu marido, sim agora o Davi Hauffernn era um homem comprometido e que tinha de Periguetes no Face dele fazendo coração partido, que ele acabou removendo elas e sorri quando ele fez isso, sabendo que elas nunca iriam mais vim atrás dele.

Davi me puxa mais para perto do seu corpo e ficamos dançando juntinhos e logo me lembro de que tinha o visto falando algo para a minha mãe e pergunto o que era e ele sorri ao dizer:

— Eu estava agradecendo a ela por ter colocado você no mundo, você nasceu para ser minha e eu nasci para ser seu. — ele declara e porra lá vem em chorando novamente e vinha acontecendo desde o momento que descobri um pequeno milagre que estava ali se formando em mim.

— Davi eu quero te contar uma coisa... — começo e ainda emocionada com as palavras dele e a gente dançando, paramos de dançar e olho para ele que me olha curioso e fala:

— O que houve querida? — ele pergunta preocupado e pego a mão dele e levo até ao meu ventre e quando ele percebe que era, noto que seus olhos ficam cheios de lagrimas e ele diz: — Tem certeza?

— Sim... Eu tenho certeza! — declaro e ele me abraça e me beija e correspondo ao seu beijo.

— Eu vou ter mais um filho! — ele grita emocionado e sorrio também, quando ele sempre fala em ter mais um filho fico daquele jeito, emocionada. O Davi cumpriu o que ele tinha falado, deu um pouco de trabalho, mais refazemos todas as documentação desde da certidão de nascimento e a de Óbito que constava assim, Amanda, dos Santos Hauffernn filha de Raquel Santos e Davi Hauffernn e até a lapide dela foi arrumada, Davi fez questão de que até a lapide dela tem o sobrenome dele e com a frase com os "Pais delas a amavam muito!"

— Sim, a gente vai ter mais um filho, meu amor! — concordo com ele que me abraça todo feliz.

E sete meses depois em uma manhã linda, nasce o nosso filho chamado Enzo dos Santos Hauffernn.

Dois meses depois, que ganhei o nosso filho, o Leandro é julgado por violência sexual, agressão e pega mais de vinte anos de cadeia. Quando ele foi indiciado apareceram mulheres que tinham sido violentadas, por ele. Tinha também mulheres que sofreram abuso de um ente querido e que o meu desabafo foi um incentivo e sabia que estávamos no inicio de uma batalha e que iriamos lutar para não ocorrer mais violência contra nós mulheres.

Recebi cartas dele perguntando se eu poderia visitar ele, para falar sobre a nossa filha, como se aquilo fosse remedir de alguma coisa. Avisei para o advogado dele que a gente nunca tivemos uma filha, porque quem teve uma filha era eu e ela tinha um pai e esse pai era o Davi e pedi para nunca mais ele me importunar e acho que deu certo, porque ele nunca mais me procurou.

Descobrimos que foi o advogado dele que era tão bom advogado que invés de manter com a boca fechada, achou melhor contar o meu segredo só para ganhar mais visibilidade, no caso idiota, recebeu um processo e é claro foi causa ganha pra gente.

— Amor você está pronta? — ouço o Davi perguntar ao entrar com o nosso filho Enzo no colo o nosso filho era tão lindo e sorrio esquecendo naquele momento todo o meu passado.

— Sim, estou! Vamos? — aviso e pego a caixa de transporte aonde tinha um gatinho agora um gatão muito grande. O Max cresceu muito e agora estava até gordinho e quem ficou encantando por ele era o Enzo agora o Max fugiu dele e a gente só ria.

Fecho a porta de casa e vejo o Davi colocar o Enzo na cadeirinha e ele o prende com o cinto de segurança e pega a caixa de transporte e coloca no carro perto do Enzo. Lá já tinha uma mochila com roupa para a gente se trocar depois que fossemos no nosso destino e partimos em direção a ele.

Chegamos ao cemitério da Paz e como a gente sempre faz, pegamos margaridas e um ursinho, ou melhor, dois um para o Enzo e o outro para sua irmãzinha.

Deixamos o Max no carro protegido e ao mesmo tempo recebendo ar com as janelas entre abertas. Davi segurando o Enzo e eu segurando as flores. Desde que engravidei fiquei muito ruim e quem sempre vinha era o Davi e só pude vim agora depois que o Enzo já tinha alguns meses. Quando chegamos ao tumulo da nossa filha, pego o Enzo e dou as flores pro Davi que faz as trocas e olho para o Enzo e falo:

— Enzo aqui, dorme com os anjinhos a sua linda irmãzinha. — falo pra ele que solta o seu ursinho e que deixa cair dos braços e o Davi é rápido e consegue pegar antes de ir para o chão. E ficamos ali olhando para ele que começa a balbuciar e a bater palmas e feliz.

— Será que ele está vendo ela? — Davi pergunta curioso e emocionado.

— Sim eu tenho certeza! — concordo sentindo as lagrimas correrem e vendo ele alegre e balbuciando mais ainda e falo: — E acho que eles dois estão tendo uma conversa muito boa não? — comento com vontade de ter o poder de ver ela da mesma forma que o nosso filho estava vendo.

— Sim, eles estão! Amanda filha esse é o seu irmãozinho e sei que aonde você estiver vai estar cuidando dele, como sempre! — Davi declara e sorri para o tumulo e sorrimos também.

Ficamos mais um pouco conversando com a Amanda, sobre o Enzo ser arteiro e quando partimos, senti novamente um leve perfume e olho para o Davi que me olhou surpreso ao dizer:

— É a nossa filha, gostou muito de conhecer o seu irmãozinho não? — ele diz emocionado e também estava.

— Sim... E um dia a gente vai se encontrar num outro plano. — declaro e dou um beijo no nosso filho e o Davi se inclina e também dá um beijo nele.

— Sim, querida um dia, vamos encontra-la, se bem que antes disso lembre-se podemos vê-la em nossos sonhos, não? — Davi comenta sorrindo e sorrio ao dizer:

— Você tem razão, querido! — declaro que sorri e enquanto olhamos para o Enzo que agora vai para o colo de novo do pai e falo: — Agora vamos para a casa da dinda?

Saímos do cemitério e seguimos em direção para a casa da Nella. Como ela me deu a Duda de batismo, fiz o mesmo dei o Enzo pra ela batizar e quando as crianças se encontravam era aquela festa e penso será que um dia eles iriam namorar? Diogo que não me ouvisse esse tal pensamento porque ele morria de ciúmes da Dudda e isso ficaria para uma próxima história, ou não?

FIM