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Chapter 9 - Capitulo 9

Alex

— Boa noite. Estou ligando nesse celular direto e ninguém o atende! — Sou grosso e bem sério. Tentando entender o que estava acontecido comigo!

— Senhor, me desculpe! Só pude atender agora. — ela se desculpa. Que voz é essa?! A voz dela é muito sexy. Quando ela me responde, finjo acreditar no que me diz, mas achava impossível uma pessoa não conseguir atender o telefone em nenhum momento.

— Eu perdi meu esse celular hoje. Podemos marcar para que ele seja devolvido? — sugiro o encontro também com outras intenções. Quero muito conhecer essa mulher!

— Olha, senhor hoje com certeza não dá! — Ela se desculpa e percebo que está sonolenta. Além disso, quem sairia de casa de madrugada para entregar um celular?

— Senhora, acho que te acordei. Me desculpe! Sei que hoje não há condições. Mas se possível, pode ser amanhã? O horário que der? Eu preciso mesmo do meu celular de volta. — praticamente imploro.

— Tudo bem. Amanhã podemos nos encontrar. Senhor, vamos fazer o seguinte, amanhã eu tenho que ver um cliente, poderíamos marcar em algum lugar para te entregar o celular — ela me diz e fico tentando saber no que ela trabalhava?

— Ótimo. Tem uma cafeteria chamada "Coffee", podemos nos encontrar lá às 10hs da manhã? — faço a sugestão do local, já passando o endereço. Agora fico pensando se meu interesse está ligado somente ao celular...

—Sem problemas, procuro por...? — ela pergunta e eu percebo um interesse ali.

— Alex.— respondo.

— Ok, então, senhor Alex, a gente se encontra lá — ela responde e percebo que está querendo encerrar logo a ligação. No mínimo, estava querendo acordar cedo para esse encontro com o cliente?

— Ok, senhora, Como vou saber quem é você? — eu pergunto curioso, sinto em mim um sentimento de posse, mesmo não a conhecendo.

— Estarei de uniforme. Com certeza, você vai saber que sou eu. — Ela estará uniformizada? Agora sim, estou muito curioso para saber quem é essa mulher! E no que será ela trabalha?

— Vou esperá-la, senhora...? — eu pergunto curiosa querendo saber o nome dela.

— Baptista.— ela me responde. Gostaria de saber mais sobre ela, porém encerramos a ligação naquele momento.

Fico segurando o telefone e a voz da senhora Baptista não sai da minha cabeça. Como ela é? Pela voz sinto que ela é sensual. A curiosidade de conhecê-la, é muito grande! Coloco o telefone de volta na base, ajeito-me na cama, e sinto-me só.

Às vezes, eu queria ter uma mulher ao do meu lado, para dormir junto e outras coisas. Mas seria traição para com Sarah. Acabo dormindo, e em meus sonhos, sonhava que a minha Sarah está me fazendo um carinho e dizendo que me ama. Acordei com uma sensação de paz e ao mesmo tempo de tristeza ao sentir que mesmo com o passar dos anos eu sempre sentirei uma saudade imensa dela.

Sigo a mesma rotina de sempre, tomo banho, penteio os cabelos, passo um desodorante, coloco meu terno e arrumo uma mochila com alguns itens que eu possa precisar. Passo pelo quarto dos gêmeos e percebo que eles já desceram, vou ao encontro deles, que já estão tomando café e cumprimento-os. Observo que a Renata está meio receosa, no mínimo ainda estava com medo de ser mandada embora.

Começo a tomar o café com os meus filhos, Sempre brincando e falando sobre algum desenho ou a escola, Faço sempre questão e conversar com eles. Termino de tomar meu café, despeço-me deles, pego minha mochila, saio e vou direto para a agência. Estava ansioso para conhecer a mulher que me deixou de pau duro!

Antes, eu tinha alguns compromissos. Paro na mesa de minha secretária, vejo como está minha agenda e digo.

— Leticia, hoje às 09hs virá me procurar uma segurança que me foi mandada pelo meu amigo Rafael.

— Ok, senhor Alex. Qual é o nome da moça? — pergunta Letícia.

— Ah, sim, claro, seu nome é Jack — falo e logo percebo que ela estranha:

— Algum problema? — pergunto curioso.

— Senhor, ela tem nome de homem? — pergunta intrigada.

— Sim. Eu também achei estranho — comento e realmente tinha percebido. — Espero que ela seja bem profissional e cuide da segurança dos meus filhos.

— Sim, é verdade. — ela concorda e pede licença.

Na minha sala, começo a responder alguns e-mails... faço algumas ligações... E fico tão entretido que não percebo que as horas passaram... Sou interrompido pela minha secretária que anuncia a chegada da tal segurança.

— Pode pedir para ela entrar, Letícia, por favor? — dou a ordem para Letícia e fico ansioso para que ela entre.

Fico em frente à porta esperando-a , quando finalmente ela entra em minha sala, e eu tomo um belo de um susto. Que mulher linda! Ela é mesmo segurança? Impossível!

Quando ela me olha, também se assusta. Será que sou tão feio? Que estranho!

— Você? — ela pergunta, chocada.

— Desculpa, mas a gente se conhece? — eu pergunto curioso. Sua voz não me é estranha. Conheço-a de algum lugar, só não me lembro de onde.

— O senhor que é o Alex? Amigo do Rafael Monteiro? — ela me pergunta.

— Sim, eu sou. E a senhora é Jack? — pergunto para ter certeza.

— Sim, meu nome é Jackeline Baptista.— diz e reconheço a voz imediatamente.

— Posso te fazer uma pergunta? — digo, mostrando o lugar para ela se sentar. E quando passa por mim e eu sinto o seu perfume na hora começo a ter uma ereção. Como isso é possível? Ela responde ao meu questionamento:

— Claro! — diz receosa.

— Foi com a senhora que falei, ontem à noite, a respeito de um celular perdido? — pergunto desejando que tenha sido.

— Hum... sim... foi... —gagueja sem graça.

— Bom, parece que não precisamos nos encontrar na cafeteria, senhora Baptista. — comento e reparo que ela está distraída.

— É verdade. Gostaria de ser chamada de Jack! — ela me pede e fico impressionado com o olhar que me dá. Seus olhos negros como a noite brilhavam de uma maneira que me faziam querer puxá-la para meu colo e me deliciar com a sua boca carnuda. Ela tem cabelos longos com uma singela franja que cai sobre olhos e tinha feito uma trança... Que me faz imaginá-la de quatro e eu puxando seu cabelo enquanto a fodo intensamente. Meu Deus! De onde estavam saindo todos esses pensamentos? Devo me sentir mal por estar sendo tão pervertido? Acho que não.

— Está tudo bem, senhor Alex? — ela me olha preocupada.

— Sim, sim. Está tudo bem! — respondo sem ter muita certeza.

— Bom, parece que eu não vou mais precisar ir até a cafeteria. — ela diz e logo eu tomo uma decisão.

— Não seja por isso, vamos lá, e eu te pago um café? — faço o convite sem perceber.

— Não, imagina. Eu já entrego o seu celular. — diz e pega o aparelho do bolso da sua calça jeans, que estava meio que agarrada para meu gosto em seu corpo, entrega-me o celular, e ao pegá-lo, nossas mãos se tocam e sinto certo tremor em minhas mãos.

— Então, vamos tomar um café? — digo mais uma vez e ela balança a cabeça dizendo que não.

— Senhor Alex, agradeço, mas vamos falar sobre a missão que me foi dada... Que é proteger seus filhos — diz em tom sério.

— Jack, eu estou pedindo para tomarmos um café! E enquanto tomamos, podemos tratar do assunto. O que acha? — sugiro não querendo deixá-la ir embora. E isso é estranho, nunca senti essa necessidade.

— Ok. Só um café! — ela concorda. Eu guardo o celular no bolso e a chamo para irmos tomar café. Aviso a Letícia onde pode me encontrar caso ela precise de algo e saímos. Enquanto esperamos o elevador, eu a ouço gemendo:

— Algum problema? — pergunto curioso.

— Odeio elevadores. — ela resmunga confessando e eu acho isso fofo.

— Não se preocupe, é só um elevador! — falo tentando tranquilizá-la.

— Eu não acho! Para mim, é um monstro torturador, que me deixa morrendo de medo. — confessa entre os dentes.

Ficamos esperando o elevador chegar e quando chega, ela fica paralisada. Ajudo-a entrar e logo a vejo fechando os olhos, tenho a impressão de que ela está rezando, acredito que seja para que aquela tortura acabe logo!

Sem ela perceber, por instinto, dou-lhe um abraço, sinto seu corpo se retesar e logo depois relaxar. Eu mesmo estou chocado comigo, jamais pensei em proteger e cuidar de uma mulher com medo de elevador. A cada andar que o elevador descia, entrava mais gente e isso fez com que ficássemos mais juntos um do outro. A maior ironia do destino foi quando todas as pessoas desceram, faltando dois andares para o térreo, e simplesmente o elevador parou. Nós estávamos ali sozinhos e tínhamos que aguardar ajuda.

— Merda, merda! Não acredito, só pode ser sacanagem! — ela diz emburrada. Jack se solta de meus braços e começa a andar de um lado para o outro. Eu tenho vontade de rir. Como uma mulher de aparência forte, podia ser tão frágil?

— Calma, já nos resgatarão.— tento acalmá-la.

— Não... — ela diz quase chorando e continua. — Você não entende, eu não quero morrer sozinha dentro de um elevador!

— Se acalme... —eu lhe peço e continuava tentando acalmá-la. — Você não vai!

— Ah, ótimo! Era só o que me faltava! Ao invés de você ligar para alguém vir nos tirar daqui, fica aí falando sobre o que não sabe! — ela comenta, já ficando histérica. E sem saber mais o que fazer para acalmá-la, vou até ela, a encosto contra a parede do elevador, toco seu rosto com carinho, passo os meus dedos sobre os seus lábios e, ao sentir a maciez de sua boca, não resisto e a devoro ali mesmo. Ah, sua linda da boca maravilhosa!

O que começou com um beijo calmo, transformou-se em uma pegação intensa. Nós nos beijamos cada vez mais e com nossos corpos colados, gemíamos de prazer.

Era como se os nossos corpos e as nossas bocas não quisessem se separar. Enquanto estávamos agarrados, levanto as suas pernas, coloco-as em minha cintura, fazendo com que ela sinta a excitação do meu corpo. Sem pararmos o beijo, percebo que Jackeline está com as mãos em meus cabelos, e a forma com que ela me toca me deixava com muito tesão. O elevador faz um barulho, e nos soltamos sem entender muito bem o que tinha acontecido.

— Nossa! — falamos juntos.

Eu estava em choque. A porta do elevador se abre e Jack foge correndo sem olhar para trás. Queria ir atrás dela, falar sobre nosso beijo, mas estava confuso demais! A única coisa que eu tinha certeza naquele momento, era que eu queria aquele beijo, aquele corpo, perto do meu novamente!