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Chapter 51 - Pessoas, finalmente...

[05/04/2018] - [10:19:27]

[Localização ???]

[Lúcio POV]

Já se passaram algumas horas desde o momento que começamos a correr pela estrada surpreendentemente reta. É. Reta. Sem curvas ou desvios. Qualquer pessoa do ramo de construção civil ou de logística estaria surtando quando visse isso. E mais: parecia que a estrada foi feita antes do surgimento da floresta, porque as árvores cresciam desordenadamente ao redor e a sujeira na estrada parecia ser muito antiga. Claro que havia a possibilidade de ser o simples descuido do governo ou DEER local, já que a própria estrada parecia estar abandonada. Aliás, essa era a possibilidade mais plausível. Mas, por algum motivo, eu acreditava muito mais na primeira hipótese.

Mais alguns minutos e nós saímos da floresta. E quando saímos, avistamos uma barreira, quase invisível, em uma campina. Notei algumas runas azuis aqui e ali. Dessa vez, Galeto parou sozinho.

Lúcio: "Vivy, você consegue criar uma brecha na barreira?"

Obviamente nós não poderíamos destruir a barreira. Assim que fizessemos isso, iríamos alertar todos por aqui, e provavelmente a pessoa que fez a barreira. Claro que existia a quase inexistente possibilidade que ninguém notasse porque aqui era um pobre vilarejo de um grande Império, e os seus governantes não estariam nem aí para uma única vilazinha...

Vivy: "Sim, mas acho que vai ser mais rápido se eu absorver o permeabilizador de barreiras do Reinaldo."

Esses permeabilizadores são produtos ilegais, mas para quem trabalha no mesmo ramo de serviços do Reinaldo, é um artefato indispensável.

Reinaldo: "*prontamente* Claro!"

Carla: "*espantada* Cê tá doido?! Se a polícia te pega com isso... *arregalando os olhos em realização* NÃO ME DIGA QUE..."

Carolina: "*com um sorriso amarelo* Deixa isso de lado, Carlinha."

Lúcio: '*com uma veia saltada* Srta. Vivy, por um acaso você consegue criar a brecha sem absorver o permeabilizador, e só usou isso como desculpa para absorvê-lo?'

Nada contra Vivy absorver novas coisas mas, essa personalidade traquina e cheia de surpresas dela ainda iria me causar muitos problemas. Mas eu sempre a amarei, mesmo quando ela quase me causa um ataque cardíaco.

Vivy: "ATCHIM! Ugh... Acho que tem alguém falando mal de mim."

Ela absorveu o artefato, e logo começou a trabalhar na barreira.

DING!

DING! DING! DING! DING!

Lúcio: "*sorrindo* Uai, que maravilha! Mas por que eu posso evoluir essa Técnica imediatamente, sendo que a outra ainda vai demorar mais alguns dias?"

Vivy: 'No geral, é por causa de três motivos: Primeiro, esta Técnica é mais simples que a outra. Segundo, você tem mais proficiência com a criação de barreiras e formações do que o controle de magia espacial. E terceiro: Se você tivesse absorvido aquela formação de teleporte quando ainda estava intacta, o tempo para evoluir a Técnica seria MUUUITO menor. Agora não perca mais tempo e evolua logo a Técnica!'

Lúcio: "Ok, ok..."

DING!

Imediatamente após a Técnica evoluir, Vivy terminou a brecha na barreira.

Vivy: "*sorrindo* Evoluir a Técnica realmente me ajudou! Eu ainda iria precisar de mais alguns minutos para- *ficando preocupada* DROGA! TEM GENTE VINDO PARA CÁ!"

Rapidamente nos escondemos. Mesmo estando em uma campina, as capas iriam resolver o problema. Mas não é bom abusar da sorte. Vivy desfez a brecha mas, com a nova Técnica, criar uma nova não seria problema.

Sete pessoas atravessaram a barreira, como se passassem por um cortina d'água.

E pelas suas aparências, não eram pessoas normais...

Acho que sequer eram humanos...

Todos eram muito altos. Até mesmo Reinaldo parecia um tampinha perto deles. Acho que passavam facilmente dos 3,5 m, quase 4 m, de altura. Eram musculosos (Para nós, eles pareciam mini-Hulks. Mas se reduzir a escala de tamanho para que fiquem da mesma altura de um ser humano, eles sequer chegariam no nível dos bodybuilders, no máximo, no nível dos aventureiros normais.) e suas peles pareciam ser mais resistentes e elásticas que a maioria dos couros de monstros que uso para criar revestimentos. Como cheguei a essa conclusão? Mágic- Brincadeira, é graças a pura experiência do meu pai como coureiro.

Sobre os rostos, eram normais. Normais. Sem nenhum detalhe especial. Ok, a cor dos cabelos deles não era normal. Eram azuis, variando do azul-marinho para o azul-claro. Talvez fosse tintura? Naaaaaaaaão...

Tirando a altura e a cor provavelmente artificial, eles se pareciam muito com humanos, mas não sei dizer de qual país. Talvez de algum lugar com miscigenação de povos e culturas, como o Brasil.

Eles usavam armaduras leves ou de couro. Dos sete, quatro eram homens e as outras três eram mulheres. Um homem e duas mulheres iam na frente, um casal (talvez fossem mesmo, já que estavam praticamente colados um no outro) no meio e o resto vinha atrás.

Os da frente carregavam espadas e escudos. O casal carregava cajados e mochilas, e os outros dois homens carregavam bestas e rifles.

Mesmo resumindo os equipamentos deles de forma tão simples, estavam longe de serem simples. As armaduras de couro parecia ser melhores que armaduras completas de Adamantio e as armas... Cara... As armas deles pareciam melhores até que algumas de Rank Divino.

Mas essa é minha humilde opinião de artesão, que lida com essas coisas a mais de 5 anos. Simplesmente minha humilde opinião. Claro que a história seria outra se eu tivesse a skill Avaliação...

Lúcio: '*com um sorriso diabólico* Se não dá para usar Avaliação, é só ler a mente deles!'

Tentei me aproximar, mas assim que dei um passo, um dos homens com rifles rapidamente se virou e disparou a arma na minha direção. A Dança do Senhor Dourado Insandecido me salvou no último instante, me fazendo desviar instintivamente de um headshot. E por muita sorte, o tiro não acertou o capuz, ou eu estaria ferrado.

Os companheiros dele pararam, e começaram a falar e aparentemente discutir numa língua estranha, que parecia uma mistura de latim, ariano e outras línguas antigas.

Lúcio: 'Vivy, será que dá pra...'

Vivy: 'Deixa comigo!'

Vivy fechou os olhos e parecia se concentrar, enquanto ouvia a conversa deles. Mas antes que ela pudesse terminar, eles pararam e foram embora.

Lúcio: "*falando baixo* Droga, era só mais um pouco!"

Vivy: "*falando baixo* Espera... Só mais um pouco... Quase lá... CONSEGUI!"

DING!

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{Notas do Autor}

HUUUUUUUUUMMMM... O que será que esse final significa?

Até breve, garela!