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Chapter 6 - Ética de Trabalho

Aquela proposta certamente fez com que a Guilda dos Aventureiros em sua plenitude tremesse, afinal de contas, quem seria aquele jovem louco que justo se candidatara para um trabalho tão difícil, antes mesmo de se tornar um membro de fato?

Esta é a pergunta que os grupos sentados às mesas, a recepcionista, Niella e Denelle se fazem, igualmente. Seus pensamentos, quase em uníssono perfeito, mantém suas visões individuais focadas coletivamente no estranhamente decidido homem jovem.

"Tomarei essa missão agora mesmo. Desejo tornar-me parte da Guilda dos Aventureiros."

Jake fita a recepcionista em seus olhos verdes como folhas jovens de primavera. A mulher está notavelmente movida emocionalmente pelo olhar afiado exibido por aquele rapaz que sequer possui as marcas da vida dura naquele mundo.

Ela engole a saliva que se acumulara na base de sua língua, arrumando a postura que assume. Ainda há o que se possa fazer, posto que aquele jovem aparenta não possuir noção do perigo com o qual está se envolvendo.

"Eu admiro sua coragem, rapaz. Contudo, você há de ter escutado quando eu disse que este grupo de criminosos em específico representa um grau de periculosidade elevado, até mesmo para os aventureiros mais experientes." Ela faz uso todo seu foco para dizer aquelas palavras.

Jake não demora em oferecer uma resposta direta.

"Sim. Eu ouvi tudo o que disse, e acredito ser capaz de tomar essa missão. Acredite em mim quando digo isso." Ele insiste.

Ela sente que, aos poucos, as opções estão lhe fugindo. Não é fácil vencer a determinação jovem, que leva os aspirantes a Guerreiros para as covas em trincheiras ao fim de todas as guerras.

"Sei que sou apenas um novato e que nenhum de vocês sabe quem sou ou de onde venho. Tudo isso é bastante repentino, entretanto, deixe-me provar meu talento. Posso garantir-lhe de que serei uma adição duradoura e útil para a Guilda, então novamente digo: eu desejo tomar esse serviço como meu primeiro. Possuo amplas habilidades." Jake posiciona a mão direita em seu peito, adicionando força em seu enunciado.

Escutando aquela heroica proclamação, repleta de palavras de esperança, ela apenas consegue lembrar-se dos inúmeros outros que também citaram palavras parecidas, apenas para perecerem em pouco tempo, mortos por algo ou alguém durante uma missão. A esperança está morta.

Uma voz diferente abala a estrutura gerada pela tensão.

"Não se preocupe, afinal, nós iremos com ele!" Um rapaz afirma, segurando uma espada longa, embainhada.

O rosto da recepcionista se distorce em uma expressão de consolidada surpresa. Os longos cabelos loiros e ondulados, parcialmente arrumados em tranças esvoaçam para trás de forma sutil e ao mesmo tempo impactante. Um grupo de aventureiros está se oferecendo para acompanhar aquele rapaz?!

"Vocês..." Ela, tomada pela surpresa, é incapaz de finalizar.

"Sim. Ele está com a gente. Não se preocupe com a segurança dele. Agora, por favor valide a inscrição desse novo aventureiro." O rapaz responde.

Jake, por sua vez, se mantém observador acerca da situação, e se algo pudesse se passar em seu coração, isso seria surpresa, e talvez uma porção de desconfiança mediante as intenções ainda desconhecidas daquele grupo de aventureiros.

Ali, parados em frente ao balcão, estão os membros do grupo composto por três pessoas: duas garotas e um garoto. Eles foram velozes em se manifestar para prestar ajuda. Pelo justo fato de qualquer auxilio parecer duvidoso, Jake opta por questioná-los acerca de seus motivos.

"Por que estão fazendo isso? Eu não pedi por ajuda." Jake pergunta, de um modo um tanto rude.

O aventureiro apenas ri por um instante, posicionando as duas mãos sobre o cinto de couro. Passados poucos segundos, ele desliza a mão esquerda pelos fios de cabelo castanhos.

"Então você deve ser louco! Deixe-me contar como as coisas funcionam na Guilda dos Aventureiros: aqui todos se ajudam, sem fazer distinções de nenhum tipo! Sei que todos nós nos sentiríamos muito mal por deixar que você fosse sozinho para o Burgo Esquecido!" Ele fornece uma resposta completa.

E então, a garota à sua imediata esquerda caminha um passo para frente.

"Nós aventureiros estamos sempre felizes em ajudar! Pode contar conosco sempre que necessitar." A usuária de arco longo e aljava nas costas se faz presente no diálogo.

"E afinal de contas, já está na hora de alguém colocar um fim na carreira criminosa desse grupo de ladrões!" A segunda garota, à esquerda da primeira, afirma com confiança, exibindo com ferocidade o par de adagas que carrega consigo.

Os sorrisos e a determinação exibem o que os torna sinceros. Essa experiência ainda não iniciada contribui para o aprendizado de Jake acerca de como funcionam as dinâmicas daquele mundo. Embora muitos acreditem que a esperança está morta, essa frase não abrange a maioria. Aqueles jovens brandem corações de ouro, exibindo que ainda existe a bondade e o altruísmo.

Posto isso, o jovem é compelido a aceitar. Aquele grupo não o deixaria em paz enquanto ele não aceitasse a ajuda oferecida, e além disso, como ele mesmo costuma pensar, ter aliados é interessante para a situação em que ele se encontra.

Ele fecha seus olhos, tomando uma grande quantidade de ar. Não há bolsos onde por suas mãos desta vez.

"Muito bem. Se vamos trabalhar juntos, que façamos isso da melhor maneira possível. Eu aceito."

A arqueira ri, suas mechas castanho-claro recaindo sobre os olhos.

"Não é como se você planejasse negar!" Ela gargalha levemente.

Jake abre seus olhos, encarando novamente a recepcionista.

"Ainda planeja me impedir?" Ele lança um olhar especialmente lapidado para ela.

Embora hesitante, a mulher não está mais em posição para impedi-lo. Jake está acompanhado de outras três pessoas, o que torna aquele quarteto equânime ao número de inimigos que planejam atacar. Indubitavelmente, a coragem preenche o ambiente, tomando o lugar da tensão quase por completo. Os olhares decididos do grupo já quase garantem a certeza acerca do retorno do objeto.

***

Ali está Jake, que acompanhado da recepcionista, preenche alguns dados básicos para validar sua inscrição. Perguntas essenciais são parte do processo, e ao fim do mesmo, é garantido o título de aventureiro.

"Pode me dizer seu nome e sua idade?" Ela prepara um formulário de inscrição.

"Jake Parker, 17."

"Seu nome é um tanto peculiar... Mas o modo como é pronunciado não me é estranho, para ser sincera..."

A recepcionista viaja pelas correntes de seu próprio pensamento por alguns poucos segundos, antes de retomar o foco para o que se passa no momento presente.

"Mas isso não é importante nesse momento. E então, Jake? Pode me dizer que tipo de armamento costuma utilizar?"

Ele não está trajado de qualquer tipo de armadura, diferentemente dos demais ali. Qualquer um que olhe para aquele rapaz imediatamente o assume como um simples camponês ou mercador, não como um aventureiro.

"Não uso nenhum tipo de armamento ou armaduras, luto apenas com meus próprios punhos e pés." A naturalidade com a qual aquele fato é explicitado é assombrosa.

"Esse rapaz é louco!" Esse é o pensamento que corre a mente da recepcionista da Guilda. Em todo seu tempo como conhecedora do papel dos aventureiros e suas missões, ela jamais viu alguém tão imprudente e de opinião imaleável. Ela não pode evitar senão acreditar que está fazendo um desserviço ao permitir que aquele jovem vá.

Hesitantemente, aquelas informações são escritas no formulário. Agora, apenas um passo é necessário para validar a inscrição.

"É um usuário de Magia? Se sim, que tipo de Magia utiliza?"

A realidade é que Jake desconhece esse aspecto de si mesmo. Para evitar maiores perguntas, ele apenas afirma não ser um usuário de Magia.

"Não. Não sou um usuário de Magia."

A recepcionista não pode evitar senão respirar profundamente e oferecer uma resposta para aquele rapaz.

"Missões de captura a este grupo já foram lançadas no passado, e até mesmo aventureiros usuários de Magia falharam grandemente... Você possui total certeza acerca das escolhas que está fazendo?" Ela novamente o questiona, com intensidade acrescida em suas palavras.

Desta vez, é Jake quem toma para si uma grande quantidade de ar.

"Sua preocupação é justificável e isso faz de você uma pessoa louvável. Contudo, acredito que todos nós merecemos uma chance de provar nossos valores individuais. Acredito que serei capaz de fazer isso, de dar um fim nessa jornada de crimes, violência e vandalismo causada por esses jovens, mas para isso, preciso de seu aval. Sua permissão pode significar uma mudança considerável na sensação de segurança destas pessoas, e por consequência, desta cidade inteira; mas para isso, você precisa ter fé em mim e permitir que eu vá. Eu acredito que fará a melhor decisão."

Ele a encara diretamente nos olhos. Um olhar profundo e sutilmente vulnerável. Jake deseja mostrar que, literalmente, está nas mãos dela.

A recepcionista sente-se imediatamente tocada pelas palavras de Jake. Seria ela realmente tão importante assim para a segurança de todas as pessoas do reino? Sua permissão para aquela missão poderá garantir um futuro melhor para todos?

"Se quer convencer uma pessoa com sucesso, levante argumentos que enalteçam sua participação e importância no processo." Jake pensa apenas para si mesmo. De fato, o jovem rapaz detém de conhecimento elevado na "arte de convencer". Para convencer uma pessoa a cooperar com você, basta atingi-la em suas carências emocionais mais profundas.

Aquilo funcionou com total certeza, e a expressão tachada na face da jovem mulher denota isso completamente. Ela havia sido totalmente seduzida pelas palavras docemente temperadas de Jake. No fim das contas, ninguém havia elogiado e reconhecido seu papel como aquele rapaz fez.

"Bem, se é assim que as coisas são, você tem minha permissão para ir." Ela pensa um pouco antes de responder.

Sem resistência alguma. O formulário é rapidamente preenchido e ele é permitido a se tornar uma aventureiro.

"Obrigado. Certamente você não se arrependerá dessa decisão." Jake veste um sorriso sutil como uma brisa de vento daquela manhã.

A recepcionista sorri docemente.

"Contem-me acerca da missão quando retornarem!"

"É claro que sim!" O aventureiro de cabelos castanhos diz.

***

Logo ao saírem da construção, Jake tem sua primeira troca de sentenças com aquelas pessoas.

"Meu nome é Klynt. É um prazer trabalhar com você!" O rapaz de cabelos e olhos castanhos apresenta-se, estendendo a mão.

Jake aceita o cumprimento, respondendo.

"Igualmente, Klynt. Sou Jake."

E em seguida, as garotas que o acompanham também permitem que seus nomes sejam ouvidos.

"Me chamo Marelle! Vamos concluir isso juntos!" A garota arqueira, de olhos azuis e cabelos castanhos na altura do pescoço afirma.

"Sou Leuthe. Vamos acabar com esses criminosos!" A segunda garota, uma atacante de curta distância, ruiva e com olhos cor de avelã se apresenta.

"Feliz em conhecer, Marelle e Leuthe." Ele responde.

Existe um truque psicológico bastante simples para aparentar ser mais agradável para outras pessoas, apenas refira-se a uma pessoa por seu nome. Ao escutar o próprio nome sendo pronunciado por outros, uma pessoa é involuntariamente compelida a acreditar que seu interlocutor é uma pessoa agradável e confiável. Por possuir conhecimento disso, Jake faz uso de tal técnica.

***

O grupo leva consigo as representações em desenho do grupo de ladrões. São retratos falados bastante realistas e cheios de detalhes, e enquanto questionam os transeuntes a respeito, conversam entre si.

"O que o levou a ser um aventureiro?" Leuthe dirige sua atenção para Jake.

"Bem, você sabe como as coisas funcionam, Leuthe. Todos precisamos de dinheiro, e fazer isso ajudando pessoas torna o trabalho ainda mais gratificante." Jake pensa em uma rápida maneira de responder aquela pergunta.

Apenas dizer que está no ramo por dinheiro não é uma opção muito correta, embora seja verdadeira. Jake deseja passar a imagem de alguém com motivos idealistas para ajudar, por mais que isso não seja a realidade.

"Oh, então você é como nós! Na verdade, nós três somos amigos de infância e sempre compartilhamos esse mesmo sonho! Por isso nos envolvemos recentemente com as aventuras!" Klynt diz, denunciando algo já suspeitável.

"Então vocês são um grupo novato?"

Marelle sente-se compelida a falar, notavelmente desesperada com o que justo havia sido dito por Klynt.

"Bem, sim... Nosso grupo foi formado há apenas algumas semanas..." Ela segura seu arco com força.

Eles são grandes novatos, um grupo literalmente recém-formado. Isso pode ser visto ao perceber o armamento pobre e a ausência de postura combatente daqueles três jovens. Peças de armadura de couro cobrem pobremente as partes mais vulneráveis de seus corpos.

Posto isso em mente, Jake apenas pode questionar-se se aqueles três irão ajudar ou apenas atrapalhar na missão.

***

Eles se espalham pelas ruas, questionando pessoas a respeito do jovem grupo de ladrões. Como são quatro, cada um deles tomou um dos retratos para si, perguntavam pelas ruas nas proximidades da Guilda dos Guerreiros.

"Com licença, você por acaso viu essa pessoa recentemente?" Klynt aproxima-se de um mercador.

O homem coça sua barba escura, pensando por alguns momentos.

"Não é esse um dos ladrões que constantemente rouba do burgo?" Ele questiona.

"Sim! Por acaso você viu essa pessoa em algum momento de hoje? Ou quem sabe algum de seus companheiros?" O jovem vê esperança naquele diálogo.

Infelizmente, o mercador de frutas apenas balança a cabeça para os lados, negando.

"Não vi nenhum deles por hoje, sinto muito."

"Entendido. Obrigado de toda maneira."

... ... ...

"Com licença...! Com licença! Algum de vocês viu essa pessoa andando pelas ruas hoje?"

Marelle tenta sua sorte com um grande amontoado de pessoas em frente a uma banca de especiarias. Quantos mais pessoas, melhor a chance de obter alguma resposta significativa.

Contudo, da mesma maneira, todas as pessoas imediatamente negaram ter visto a pessoa ou qualquer um de seus acompanhantes.

"Nenhum de vocês realmente os viu?" Ela pergunta novamente.

"Sinto muito, garota. Não me recordo de ver." Responde uma mulher.

"Que pena... Obrigada."

"Por nada! Espero que encontrem logo!"

... ... ...

Já Leuthe é mais corajosa e invasiva em sua abordagem sobre as pessoas, recorrendo a uma taverna em que uma grande quantidade daquele setor da cidade consome sua primeira refeição diária.

A garota sobe em uma das mesas, e sem medo nenhum, chama a atenção de todos daquele lugar. Balançando o informativo enquanto proclama em voz alta o que quer dizer.

"Com licença! Sinto estar atrapalhando a refeição de vocês, mas... Alguém viu essa pessoa ou algum dos outros que a acompanham? Essa pessoa é um dos ladrões que constantemente derrotam os aventureiros da cidade, então qualquer ajuda seria muito apreciada!"

Um dos homens que consumia um grande pedaço de pão ergue sua mão.

"Você está procurando por esse grupo? Soube que eles vivem na parte incinerada do Burgo Esquecido. Ninguém vai ali, logo é difícil encontrá-los. É tudo o que sei." O homem diz.

"A parte incinerada do burgo?! Agradeço sua colaboração!"

E logo, todos ali passam a se unir em uma força única de colaboração.

"Soube que há um modo de burlar a muralha que divide os espaços! Não sei exatamente de que modo eles fazem isso, e é apenas um rumor, mas vale a pena considerar isso." Outro homem diz.

"Um modo de atravessar, huh? Agradeço pela ajuda!"

E por último, uma mulher levanta-se.

"Estive sabendo que cada um deles usa um tipo específico de Magia, portanto tomem cuidado!"

"Um tipo específico de Magia?! Oh... Obrigado por isso!"

E assim, Leuthe rapidamente adquire uma grande quantidade de informação.

... ... ...

"Pouco sucesso. Encontrar meros criminosos é algo bastante complicado, levando em conta o pequeno tamanho da cidade, huh?"

Jake segura um dos retratos falados, e observando a imagem daquela pessoa, recorda-se do valor da recompensa ao sentar-se em um banco de pedra, ao lado de um grande chafariz feito de mármore. Aquela é uma pequena praça que se destaca como espaço aberto em meio ao intenso movimento comercial.

"Não posso me ater apenas ao dinheiro que obtive de Tadar. Aquele homem planeja com que me junte a Guilda dos Guerreiros, algo que definitivamente não está em minha lista, contudo, se todas as missões realizadas por aventureiros são dessa maneira, apenas posso pensar que serão águas turbulentas à frente."

Jake olha para o noroeste. Dali, do banco que ocupa, ele consegue ver as estruturas residenciais decrépitas do Burgo Esquecido. A fronteira entre os dois é próxima, e aquele espaço à distância está localizado em uma elevação do terreno, como um morro. De fato, não é difícil a movimentação entre os dois quadrantes.

Risos baixos são escutados nas proximidades.

De um segundo para outro, uma pessoa surge nas proximidades do chafariz, observando a movimentação contínua da água. Ao perceber aquilo, Jake rapidamente assume uma postura de alarme. Razão? Simples. Aquela é justamente a pessoa que ele procurava.

Inconfundível. A garota que ali está parada é indubitavelmente a mesma que o cartaz que ele segura exibe. Magra e alta, calças justas ao corpo, de cor preta e diversos rasgos nas coxas, uma simples camisa feminina em tom laranja, sem mangas e um pouco empoeirada.

Seus pés em botas desgastadas, grandes, volumosos e espessos cabelos crespos, coloridos como o sol do final do dia, em um gradiente de intensidades e matizes de âmbar e um par de despreocupados olhos cor de mel.

Um leve sorriso na face amorenada repleta de sardas e mãos cobertas por luvas que mostravam as pontas dos dedos, estas que escondem algo muito específico. As duas figuras encaram-se, imóveis, cada um em sua distância.

"Jake, você conseguiu alguma coisa? A Leuthe obteve um bocado de informações úteis!" A voz de Klynt perturba aquele silêncio.

Os três restantes do grupo logo prestam atenção àquela pessoa.

"Jake... Essa é..." Marelle gagueja.

"Um dos que estamos procurando." Ele mesmo conclui.

Quem diria que aquele encontro se daria de uma maneira tão inesperada? Os quatro olham aquela garota, que sozinha, deixa que eles vejam algo de relance em sua mão esquerda antes de começar a correr para longe. Um brilho pequeno avermelhado.

Jake não perde seu tempo, e trata de seguir aquela garota. Ele avança alguns metros antes que o restante do grupo tome a mesma atitude.

"É ela! Ela está com anel! Vamos!" Leuthe anuncia, sendo seguida por seus amigos.

E ali inicia-se uma perseguição. Os quatro seguem aquela única garota com grande afinco.

"Eu preciso desse dinheiro e eu irei pegá-lo." Jake pensa, focando-se no objetivo à sua frente.